Closer escrita por lekrisbian, AnnaLiih


Capítulo 2
Capítulo 2 : O Sonho




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Eu odiava quando ele fazia aquilo. Odiava quando ele tentava mandar em mim. Se bem que eu o odiava de qualquer forma. Mas, essa não era a melhor hora para se pensar nisso.

— Nessie? - Sussurrei entrando em seu quarto. Ela ainda estava no mesmo lugar onde eu havia a deixado. Abri o armário e logo depois senti seu corpinho chocando-se contra o meu. Abracei-a e peguei-a no colo. 

Ela me olhou com os olhinhos marejados de lágrimas. Seu coração batia freneticamente. Ela estava com medo, é claro. E aquilo me causava uma dor indescritível. Doía vê-la com medo. Vê-la sofrendo. Ela ainda era um bebê e não entendia nada do que estava acontecendo. 

– Onde está o papai? – Ela perguntou enquanto eu a levava para longe da casa.

– Nós já vamos encontrá-lo... – Disse tentando tranqüilizá-la. Edward não fora muito longe. Eu podia sentir seu cheiro, ele havia se escondido em outro chalé, não muito longe do lugar onde estávamos também cedidos por Aro, por precaução, se acontecesse algo como o que havia acontecido agora a pouco.


Nessie apoiou sua cabeça em meus ombros e agarrou meu pescoço. Desci as escadas com ela em um ritmo apressado, e antes de sair correndo para fora em busca de Edward, peguei uma manta que havia na poltrona e passei sob suas costas. Mas mesmo assim, quando sai para a friagem senti Renesmee estremecer, segurei-a mais firme e corri em disparada ao chalé seguindo o cheiro de Edward.

Abri a porta de madeira do pequeno chalé de tijolos e fiquei surpresa em encontrar Edward junto com Aro, Félix e Marcus. Eles me fuzilaram quando apareci com Nessie no colo, dei de ombros e fui para o canto da sala e os observei, enquanto conversavam. 

– Tem certeza Aro? Não acha meio arriscado se nós sairmos de perto do restante da guarda e do castelo? – perguntou Edward voltando à conversa e me ignorando completamente.

– Meu caro Edward... Bella sabe se proteger... E provou que também sabe cuidar de Renesmee. Então as duas ficaram seguras. E com você com elas, melhorará a segurança de ambas. Forks é uma cidade pouco habitada e afastada, é o lugar perfeito para você ficarem. Ninguém irá desconfiar de que estarão lá, acho, suponho que ficaram mais seguros lá do que aqui em Volterra. 

– Entendo. – murmurou Edward absorto em pensamentos distantes.

– Então Edward, creio que não precisa mais de nossa ajuda. Peguem o que quiserem. Terá um helicóptero os esperando ao alto da colina. Vista a criança apropriadamente, Forks é fria. Nossa pequena reunião está encerrada. Temos muito que fazer. – disse Félix rispidamente. 

– Tio. – chamei Aro antes de ele sair. E fui caminhando em sua direção com Nessie ainda no meu colo. – Se eu entendi direito... Nós vamos para Forks? 
– Você, Edward e a criança, sim. Tome cuidado minha sobrinha. – ele respondeu depositando um breve beijo em minha testa e saindo com seus companheiros. 

– Vamos embora daqui mamãe? – perguntou Nessie a mim com sua boca levemente batendo. 

– Sim. Vamos para um lugar bem afastado, onde você ficará a salva. – respondi a cariciando.

– E não vão mais destruir nossa sala?

Eu sorri.

– Não meu bem. Não irão. 

Por um lado eu estava feliz, pois meu bebê estaria mais seguro. Mas por outro lado, eu temia ter que ficar em um lugar tão longe de Volterra com - nada mais, nada menos que – Edward Cullen.

Vi que Edward queria falar alguma coisa, mas o ignorei levando Renesmee para um pequeno quarto no Chalé. Fiz o que Aro havia me pedido, agasalhei Renesmee o mais rápido que pude – o que foi muito, realmente, rápido – e separei algumas de suas roupinhas para o frio. Quando voltei para a sala e Edward já nos esperava pronto com tudo o que precisaríamos para a viagem à Forks. 

– Vamos agora? – Perguntei a ele, enquanto o via vir em minha direção.

– O mais rápido possível... – Ele murmurou, tomando Renesmee de meus braços.

— Me devolva o meu bebê, seu idiota – Murmurei baixo, de modo que só Edward pudesse me ouvir.

— Shii! Não fale assim perto dela... – Disse ele sério, mas eu sabia que ele estava se divertindo após me fuzilando-o com os olhos.

“Desgraçado, imbecil, bastardo...” – Comecei a xingá-lo em pensamentos, tentando lembrar de todas as palavras de baixo calão já usadas ao redor da Terra. 

— Eu estou ouvindo isso, Isabella. 

“Morra!” – Desejei, ainda em pensamentos, revirando os olhos.


Ele não havia me devolvido Nessie. Resolvi não continuar discutindo em pensamentos, pois já estávamos indo embora. Eu sentiria falta de Volterra, afinal, eu havia passado toda a minha vida aqui, desde os meus tempos humanos – mesmo que eu não me recorde muito deles – até o presente momento.

— Eu também vou sentir falta – Edward disse, fazendo-me olhar para ele. Assenti, mas não respondi nada. Em poucos minutos já estávamos subindo a colina em direção ao helicóptero. Nessie já dormia nos braços de Edward. Sorri e agradeci aos céus que, apesar de ter uma ótima audição, ela tinha um sono pesado. 

Entramos no helicóptero, pilotado por Demetri, um membro da guarda Volturi, e então partimos.

[...]

Já tínhamos feito boa parte da viagem, mas ainda faltava muito pela frente. O sol ainda não havia nascido, e Renesmee ainda dormia, apesar de que ela parecia estar um pouco agitada. Talvez estivesse tendo um sonho... Ou um pesadelo.

– Tente ler seus pensamentos... – Pedi a Edward. Ele olhou para ela concentrado e ficou encarando-a por... “cinqüenta e sete segundos” – contei, e depois suspirou.

– Ainda não consigo ler seus pensamentos... – Ele murmurou, frustrado. Depois disso, ela começou a se mexer em seus braços e acordou. Parecia que iria chorar, mas Edward foi mais rápido e começou a acalmá-la, cantando sua canção de ninar.

Prendi meu lábio entre os dentes, observando-os. 

“Se fosse menos chato, mesquinho e idiota, você seria um bom pai...” – Pensei. Ele olhou para mim e sorriu.

— Obrigado.

— Eu agradeceria se você parasse de ler os meus pensamentos – Disse. Se eu ainda fosse humana, estaria corada.

— OK.

O resto da viagem passou calma e sem brigas para felicidade de todos. Eu ficava observando Edward e Nessie, enquanto ele olhava pela janela pensando em algo. Como eu queria poder ler sua mente e ver o que pensava... Parecia concentrado em algo. E esse é Edward, o misterioso. Sempre assim. O mistério em pessoa. 

Renesmee ainda dormia em um sono pesado, e eu me contentava com isso, há dias que ela não dorme bem. Sempre acordando durante a madrugada por causa de sonhos. Posso não ser a melhor mãe do mundo, até por que... Eu nunca fui mãe. Mas estou aprendendo, e sei que Nessie está com problemas... A tensão é muito grande para uma menina tão pequena, tanto entre mim e Edward como ela mesma e seus poderes incontroláveis. Mas o que eu poderia fazer? Contratar um psicólogo com certeza seria uma péssima idéia, na verdade acho que eu precisaria matá-lo depois de ter escutado o “probleminha” de Nessie. 

Parei com meu blábláblá interno quando o helicóptero aterrissou. Ouvi Edward soltar um suspiro frustrado e se levantar com uma Renesmee ainda adormecida em teus braços. Eu me levantei também e o segui. Enquanto descíamos para terra firme, vi que tínhamos parado em frente de uma casa. Não era bem muito bonito, mas era maior que nosso chalé... Edward abriu a porta da frente assim que Demetri partiu de volta a Volterra. Até que a casa era... Bonitinha por dentro... Arejada e limpa. Aro supostamente deveria manter está casa aqui habitada constantemente por vampiros, talvez aqueles que passam viajando de lugares em lugares para missões.

A lareira estava ligada, e vi que Edward também observava a casa como eu. 

– Vou dar uma olhada na parte de cima. – disse Edward. – Segure-a um estante. – pediu, me dando Renesmee.

– Claro. 

Ele subiu com sua velocidade vampiresca para o andar de cima da casa. E eu apoiava, era melhor dar uma olhada em toda casa, em busca de quais quer coisas que possam ser “perigosas” ou mesmo uma pessoa escondida. 

Nessie estava mais quente agora, sua temperatura estava um pouco acima do normal, mas não com febre, ainda. Deus que a faça se estabilizar, mesmo sendo preparada para tudo o que acontecê-la, ainda fico meio desnorteada quando isso acontece. Porque é meu bebê. E não gosto de vê-la... Estranha.

Meu sonho sempre foi ser mãe, quando você tem um século de vida, fica meio frustrada com isso, de não poder gerar nada. Mas quando Nessie apareceu... Senti algo de especial pela pequenina, era como se ela fosse... Um pedaço de mim. E ela é agora. Minha filha. A realização de meu sonho. Minha vida... Meu abrigo... Minha Nessie. Se algo a acontecesse não sei o que seria mim... Provavelmente me revoltaria e iria até o inferno em busca do desgraçado que a vez sofrer... E depois de vingá-la, me mataria. 

Eu podia escutar os passos abafados de Edward no andar de cima, ele ainda checava toda a casa. Fui até o sofá de couro que havia ali e me sentei com Nessie para ficar mais confortável com ela. Foi quando vi...

Seu rosto começou a escorrer suor... Ela suava muito, levei minha mão a sua testa e a vi que estava queimando! Seus lábios se juntaram em uma linha rígida e seus olhos começaram a tremer ainda fechados. Oh céus! 

– EDWARD! – gritei para que ele viesse me ajudar, o que estava acontecendo com Nessie? 

Antes que eu pudesse chamá-lo novamente já estava na minha frente com o rosto marcado de preocupação.

– Nessie! – eu falei.

Ele a fitou assim como eu.

Renesmee começou a dizer coisas inelegíveis. E ainda suava frio. 

– Não, não, não... Não faça isso... Não! – ela começou a sussurrar mais alto.

– Nessie! – eu a sacudi. – Acorda filha!

Aconteceu tudo rápido... Renesmee começou a tremer compulsivamente em meu colo, as janelas ao nosso redor se abriram com um baque agudo e uma grande luvada de vento entrou na sala derrubando tudo ao seu encontro. A lareira que até então estava quase virando cinzas, se ergueu com chamar de fogo vivas e altas. E as luzes começaram a piscar. 

Olhei desesperada para Edward enquanto não parava de berrar o nome de Renesmee, ele estava pálido, se é que um vampiro conseguiria ficar mais pálido do que já é. Olhava para Nessie com os olhos arregalados e sem duvida preocupado. 

Meu olhar saltou de volta para Nessie que agora seus cabelos estavam molhados de tanto calor que estava e de tão quente também. Oh céus!

– Nessie! – berrei de novo a ela. – Acorde! Por favor! – suplicava. 

Vi que bem no fundo em teu subconsciente ela me ouviu, pois seus olhos se fecharam com mais força ainda como se estivessem pregados e ela tentava abri-los. 

– Nessie, me escuta... … a mamãe... – eu dizia passando a mão em sua testa, afastando os cabelos grudados. – Acorda filha... Fale-me de seu sonho... Acorde! 

– Ela não vai acordar. – disse Edward finalmente com uma voz praticamente sem vida.

– O que? – gritei para ele.

– Nessie não está em si. Deve estar sonhando com algo muito poderoso e ruim que a está dominando... Ela está lá, no sonho. Seus poderes estão evoluindo. – ele disse.

Eu olhei para seu rosto angelical. Nessie estava sofrendo.

– Pare com isso! Pare! Não está vendo que ela está sentindo dor? – berrei para Edward. – O que fazemos? Não posso ficar parada! 

– Deite-a no sofá e vá buscar uma toalha bem úmida. – Edward falou.

Se isso iria ajudar não sei, mas eu estava tão desesperada que fiz o que ele mandou. Deitei Nessie delicadamente no sofá de couro, custou-me a sair de perto dela, eu não suportava a idéia de ficar longe dela, principalmente nessas condições... Não suportava a idéia de vê-la sofrendo e sentindo dor. Ela era tão pequena e frágil... Não podia sentir estas coisas! Fui correndo o mais rápido que pude até a cozinha, reparei que não eram só as janelas da sala que estavam abertas, mas sim da casa toda, comecei a abrir as portas de todos armários, até que achei um pano que o mergulhei na pia o torcendo um pouco e voltando até Nessie. 

Seu corpo estava rodeado de vento que a cercava. E no mesmo instante que contatei isso, comecei a ouvir sons de chuva caindo, oh céus! A casa estava aberta! 

– Aqui. – disse apressadamente.

– Coloque na testa dela, e fique conversando... Talvez sua voz a faça voltar. 

Fiz o que Edward falou, sentei-me no sofá e coloquei a cabeça de Nessie que ainda sussurrava coisas estranhas em minhas pernas. Coloquei como pedido, o pano úmido em sua testa. E comecei a conversar com ela. 

– Nessie. – eu falava alto. – Olha é a mamãe aqui... Acorda filha, já está na hora! Por favor... Eu estou aqui... E seu pai também... Nessie... Estamos nós aqui, juntos! Acorda meu amor... Venha conhecer sua nova casa... A nossa nova casa. – eu falava qualquer coisa que aparecia em minha cabeça, coisas banais e de fácil compreensão. – Meu amor... Acorda! Sei que você adora chuva, por que gosta de brincar nela... Venha ver! Está chovendo! 

Estava... 

– Granizo. – falou Edward, assim que pedrinhas comeram a invadir a casa.

– Oh céus! – consegui somente pronunciar isso.

Em um borrão enorme, Edward começou a fechar toda casa, todas as janelas e portas que estavam abertas, trancando-as para a chuva e o granizo não entrar.

– Nessie! – eu disse mais uma vez. 

Graças a Deus sua cor começou a voltar... E ela ficou um pouco menos quente. Sua temperatura começou a se estabilizar aos poucos. 

– Ela está voltando. – sussurrei tendo certeza de que Edward tinha escutado.

– Nessie... Ouve a voz da mamãe... Acorda... Meu amor... – e dito isso a razão do meu viver abriu seus olhinhos. 

– Oh céus! – eu a abracei forte, trazendo-a a meu colo. – Nessie, está bem? – perguntei.

– Estou, sim. Mamãe...? – eu a olhei, seus olhos estavam cheios de água. Edward se aproximou e se ajoelhou a nossa frente. – Papai...? – ela repetiu as mesmas palavras com uma emoção que não pude identificar, e com os olhos banhados ainda de lágrima. 

– Sim. – eu respondi. – Somos eu e seu pai, meu amor. 

– Oh! Sim! Não me deixe! Nunca mais, nenhum de vocês dois! Eu lutei tanto mamãe! E papai... Não abandone a mamãe nenhum estante, por favor! Não quero que aconteça nada! Eu não quero ficar só... Eu os amo muito. – Renesmee soltou tudo em somente um fôlego... Mas eu não entendi nada... Do que ela falara? Mas... Parece que Edward sim, até porque ele a observou com os olhos arregalados e chocados. 

– Não... Eu irei protegê-las de tudo e de todos. – Edward disse, o que a deixou mais calma.

– Não quero que o que eu vi se realize! – Nessie gritou para mim e Edward.

– Filha... E o que você viu? – Edward perguntou.

– Você... E a mamãe... Vi... Vocês me deixando sozinha. – ela respondeu.

– Como sozinha? – Edward perguntou de novo.

– Eu os vi morrendo.


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Notas finais do capítulo

OOi meus amores s2
Segundo capitulo postado, por questões de ameaças de morte...
Eu e a Nise amamos escrever esse cap... Ficou legal? rs
Hmmm, e lá vem eu com o meu momento #propaganda.
Leiam minha fic nova, leiam, leiam, leiam! Leiam e me ajudem a continuar...
… Robsten... Aqui o link: http://fanfiction.nyah.com.br/historia/100108/Not_Like_The_Movies
A opinião de vcs são mt importante! E quem quiser, passem nas minhas outras fics,no meu perfil tem todas: http://fanfiction.nyah.com.br/annaliih

E leiam as da Nise, é claro: http://fanfiction.nyah.com.br/aysla

São perfeitas, espero que gostem.

Beijos, Ann&Nise.