Romance Mentiroso escrita por Hikari


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Saiu *-----*
Quentinho do forno *----*
Foi escrito com tanto carinho *--*
Cara de verdade, to começando a respeitar cada vez mais KibaHina escrevendo essa fic.



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Hinata POV’s

 

Apesar de tudo, eu estava feliz. Kiba sempre me ajudou nas horas que eu precisei, sempre me apoiou em tudo e sempre esteve ao meu lado, cuidando de mim caso qualquer coisa acontecesse. Kiba era um grande homem... Mas mesmo assim eu não pudera deixar de amar profundamente Naruto.

Já se passaram dois dias desde que firmamos namoro. Poucas vezes, nesse meio tempo, nos abraçamos como um casal e entrelaçamos os nossos dedos como se fossemos nos completar. Isso tudo era uma grande mentira. E eu quem a fiz... Eu quem envolvi Kiba nela. E agora somos dois numa única falsidade. Não há amor verdadeiro nessa relação por minha parte. É somente uma mentira.

Sempre amei o Naruto, sempre o admirei... Mas em troca eu recebia a ignorância e sorrisos alegres dele... E jamais amor. Então pensei em dar uma chance a quem sempre quis ser o meu par. E o único que viera rapidamente na minha cabeça, fora o Inuzuka.

Agora, nós dois estamos na casa dele. Cuidando dos cachorros do clã. Estou com Akamaru, já que este se acostumara com a minha companhia. Já terminei o banho do enorme cachorro, escovar os longos pelos e lhe dar comida. Só espero que Kiba termine o seu serviço que assim sairemos para almoçar.

- Hina-chan! – a voz do moreno me chamou. – Já terminei, só vou tomar um banho rápido que vamos almoçar certo?

- Hai! – respondi de volta.

Continuei fazendo carinho no Akamaru até que Hana, a irmã de Kiba, me chamou. Perguntou se eu consegui fazer todos os trabalhos que havia me passado e respondi que sim, assim despediu-se de mim com um sorriso feliz na face e saiu do cômodo em que estávamos. Permaneci ali, aguardando que o meu namorado saísse do banho. Ele não estava demorando, mas aquele tempo sem fazer nada, fazia parecer uma eternidade.

- Vamos, Hina-chan? – ele indagou, atrás de mim, afagando os meus cabelos levemente.

 Eu somente assenti positivamente com a cabeça e dei um sorriso tímido á ele. Apesar de ele saber toda a verdade dos meus sentimentos, ele continuava sendo uma pessoa carinhosa, atenciosa e doce ao mesmo tempo. Talvez, Kiba seria mesmo a escolha certa, já que Naruto não se importava muito comigo.

Andávamos em cima do Akamaru. Eu na frente e ele atrás, enlaçando a minha cintura com seus braços. Eu não liguei, não corei e não comentei. Éramos namorados e ele tinha liberdade para abraçar-me quando quisesse. Entrelacei meus dedos aos seus e deitei um pouco a minha cabeça. Eu estava deveras cansada, devido às missões que tivemos.

O tempo estava feio, nuvens negras cobriam todo o céu que deveria estar azul e ensolarado. Logo, não tardou para que as primeiras gotas de chuva caíssem, e estas, em pouco tempo, se intensificassem numa grande quantidade. Sorte que estávamos próximos à barraquinha de rámen, afinal eu não estava nem um pouco a fim de ficar gripada ou resfriada.

Após pegarmos um pouco daquela tempestade que caia, chegamos ensopados no Ichiraku. Akamaru ficara no cantinho da barraca para não pegar chuva, chacoalhara-se inteiramente e espirrara água por todos os cantos. Eu precisaria dar outro banho nele... Fizemos os pedidos e aguardamos eles ficarem prontos. Nesse meio tempo, Naruto adentrara o local.

- Yo, Naruto-kun! – cumprimentou o senhor da barraca.

- Yo! – respondeu ele, olhou em volta e nos percebeu ali – Yo, Kiba e Hinata!

- Yo! – Kiba disse.

Eu só acenei com a cabeça. Não queria falar com ele. Não agora que eu estava com outro. Meu mundo tornou-se pequeno naquele instante e meu coração passou a ter os batimentos acelerados. Eram tão altos que era possível escutá-los. Minhas mãos estavam trêmulas e eu estava pálida. Kiba me olhara e percebera que meu comportamento estava diferente. Perguntou o que havia acontecido preocupado, e eu respondi “Nada demais”. Certamente ele sabia que era a presença de Naruto que me incomodava, mas não disse nada assim. Somente esperou o nosso pedido ficar pronto e ser servido.

- Aqui está o seu... – entregou-me o meu rámen. – E o seu... – e o de Kiba.

- Hinata, você andando com o Kiba, essa é nova pra mim, hein? – comentou inocente o Uzumaki. Provavelmente o meu namoro com Kiba não havia chego aos ouvidos do loiro.

- É que estamos namorando, Naruto-kun... – respondi firme nas palavras.

Se eu queria mostrar segurança no nosso relacionamento, não poderia mais ser aquela ingênua que era antes. Teria que ter confiança em cada palavra que saía da minha boca, para não demonstrar que era falso. Não podia mais gaguejar ou corar quando fosse falar em assuntos assim. Eu mudaria... Mesmo que fosse uma mentira.

- O quê? – gritou incrédulo.

Eu já sabia dessa reação de Naruto. Na guerra contra Pein, eu havia me declarado a ele. E fora por este mesmo motivo que eu comecei um relacionamento com o meu companheiro de equipe... Após a declaração, Naruto não teve coragem de vir nem sequer olhar na minha cara e não tirou nenhuma dúvida do que eu lhe informara aquele dia...

- Foi o que ouviu Naruto-kun... Estamos namorando... Há dois dias... Ninguém te contou? – perguntei

- C-Contou, mas...

- Entendo...

- Mas agora pode acreditar Naruto! – disse Kiba, sorrindo – É a mais pura verdade, não é Hina-chan?

- Hai! – sorri tímida.

Naruto recebeu seu rámen e o comeu em silêncio. Pagou o homem da barraca e não pediu mais nenhuma tigela do alimento, o que foi uma surpresa a todos. Antes de sair, o loiro olhou aos meus olhos, profundamente, e me desejou felicidades. Pude constar um brilho diferente naquele azul penetrante. Agradeci.

- Percebeu algo estranho no Naruto, Hina? – indagou-me Kiba.

- Sim... Pareceu ficar triste com a notícia... – sussurrei.

- Pois é... Depois conversarei com ele, okay amor? – falou empolgado.

- Hai! – respondi um tanto corada. Era a primeira vez que ele me chamava de amor...

A chuva cessou há uns minutos, eu e Kiba estávamos esperando que ela parasse para podermos ir embora. Pegamos Akamaru e andamos lado a lado, os três, afinal o enorme cachorro estava encharcado. Os dedos de Kiba estavam entrelaçados com os meus. Gotas da chuva que passara há umas horas ainda escorriam pelo meu longo cabelo. Dei um espirro.

- Hina-chan... Veja só, ficou gripada por causa da chuva que tomou... – disse ele.

- N-Não é nada... – respondi com dificuldade, porque outro espirro vinha.

- Estou vendo... – provocou com um sorriso. – Vou te deixar na sua casa, certo? Assim poderá se cuidar melhor... Sei que uma gripe não é nada perto do que vivemos, mas é melhor se prevenir.

- Certo... – suspirei. Apesar de tudo, eu gostava de estar com ele. Então tive uma idéia – Kiba-kun, como vai me deixar em casa, poderia ficar comigo mais um tempo? – perguntei.

- Gomen nee, Hina-chan... Prometi a Hana-neechan que voltaria a casa depois de sair com você... Tinha em mente você ir comigo, mas não pode, já que está resfriada...

- Entendo... Tudo bem, Kiba-kun! Veremos-nos amanhã! – sorri

- Hai!

Foi uma caminhada curta, pois não parávamos de conversar. Descobri que descontrair com alguém é bom... Agora talvez me chamem de tagarela... É bom falar com Kiba, porque ele me entende e posso confiar nele, afinal sei que ele não ficará espalhando os problemas alheios às outras pessoas...

Ao chegar a minha residência, Kiba roubou-me um selinho. Eu não briguei ou dei um tapa, como muitas fazem, aliás, ele é meu namorado. Somente corei um pouco com o ato, pois era o primeiro beijo roubado que eu ganhei na vida inteira. Despedi-me dele com um abraço e um sorriso gentil na face. Esperei ele sair de minha vista e adentrei a casa.

- Conte-me tudo o que aconteceu, Hinata-neechan! – pediu Hanabi.

Não acho estranho o fato de Hanabi querer saber o que houve, o que eu acho realmente estranho é ela ficar tão empolgada. Meu pai, Hiashi, aceitou o namoro, afinal gosta do clã Inuzuka. E Neji... Bom, Neji não ligou muito. Ele não quer saber dos meus relacionamentos, pois tem muitos problemas, o maior deles tem um nome: Mitsashi Tenten.

- Hanabi-chan, depois eu conto. Tenho que conversar um pouco rapidinho com Neji-niisan, certo? É rápido mesmo!

- Se é rápido, tudo bem!

- Sabe me responder onde ele está?

- Sei sim... Ele está na cozinha, fazendo chá e pelo que vi está nervoso.

- Arigatou, Hanabi! – agradeci e fui em direção à cozinha.

- Como foi o encontro, Hinata-sama? – indagou-me ele, indiferente, quando eu cheguei ao cômodo onde se encontrava.

- Foi bom, apesar da tempestade que caiu! E você? Muito nervoso?

- Imagina. – ironizou.

- Neji-niisan, eu não creio que você tem medo de se declarar a uma garota...

- Você sabe que nunca me apaixonei.

- Já sim. Quando crianças, você era apaixonado por mim... – comentei superior.

- Você era a única garota que eu convivia! – retrucou – E a Tenten não é como você. Quando éramos crianças e tinha me declarado a você, você sorriu e disse simplesmente que não gostava de mim. Já a Tenten, pode muito bem jogar uma chuva de kunais para cima de mim, dar um tapa, me xingar de tudo quanto é coisa e ainda por cima dizer que não me ama!

- Certo... Já entendi... – suspirei. – Você combinou de se encontrar com ela às 14h, já são 13h45min. É bom ir indo... – disse.

- Certo... Deseje-me sorte. – ele pediu.

- Boa sorte, Neji-niisan... – sorri e ele foi andando para sair de casa.

Por dentro eu estava rindo, era cômica a cara de Neji. Um misto de seriedade, nervosismo, apaixonado e felicidade. Mas não me permiti rir, seria falta de educação com ele, que estava se matando para se declarar à Tenten. Sorri feliz, pois sabia do amor platônico da Mitsashi pelo meu primo desde os 12 anos. Não éramos amigas próximas naquela época e nem agora, mas quando dá, conversamos como garotas normais, que não tem rotina ninja e nem nada semelhante a isso. Voltei à sala e contei tudo detalhadamente sobre o encontro à Hanabi.

Eu não queria ficar na casa, então resolvi sair. Peguei um guarda-chuva, caso chovesse novamente, eu teria como me proteger. Avisei Hanabi que andaria pelas ruas da Vila um pouco e sai. Fui logo ao centro, onde predominava o comércio. Achei uma loja que vendia bijuterias e adentrei-a.

- Sumimasen... – disse e fui ver os produtos.

- Irasshaimase! – cumprimentou-me uma senhora, dona da loja, aparentemente.

Interessei-me por um anel de prata – falsa -, simples e bonito. Comprei dois, um para mim e outro para Kiba. Seria um símbolo para o começo do namoro. A senhora pegou o dinheiro, colocou os dois anéis numa pequena sacolinha, entregou-a junto ao troco. Agradeci e ela pediu para que eu voltasse mais vezes.

O vento estava leve e gelado. As nuvens cinza ainda predominavam o céu. Praguejei algo inaudível quando começaram a cair as primeiras gotas de chuva. Peguei meu guarda-chuva. E apressei um pouco mais o meu passo.

- Não deveria estar aqui na chuva, Hina-chan... – disse-me uma voz atrás de mim.

- K-Kiba-kun... – sussurrei.

O homem enlaçou minha cintura, pelas costas. Seu corpo era quente e aconchegante. Certamente ele falaria que eu não deveria estar fora de casa, na chuva. Mas não... Ele falou algo inesperado:

- Não... Não sou o Kiba...

- Naruto... Kun... – murmurei.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Acho que isso é só para vocês terem uma ideia do que será a fic a partir de agora. E como disse, fãs NaruHina podem ler :)
Espero que tenham gostado, e se não, critiquem por meio dos reviews *--*

Ja ne õ/
Kisus ;**
~KawaiHikari~