Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 2
Capítulo 2- Palpite


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está o segundo capítulo. n.n
Espero que gostem, e gostaria de agredecer pelos reviews, e por aqueles que receberam minha mensagem de divulgação e resolveram dar uma olhada. *-* Se puderem, caso gostem da fic, mandem para os seus amigos. n.n

Importante: A parte em Itálico nesse capítulo é um Flashback. Assim como todos os Flashbacks da fic serão em Itálico.

Boa leitura, e se por favor, se ler, deixe um review. n.n



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Capítulo 2- Palpite



    Que primeiro dia de aula... Cansativo. Tanta coisa tinha acontecido, e eu sequer imaginava que poderia ser assim. Mas não estou achando ruim, pelo contrário, foi muito bom. Tenho um comparsa agora, e desde o começo sabia que uma hora ou outra eu iria precisar de um. Mas o grande problema era que ele estava na minha frente, estava um passo à minha frente. E Uzumaki Naruto não gosta de perder, ah, não mesmo. Cheguei em meu apartamento e fui direto para o meu quarto. Eu morava sozinho, tinha me mudado para os EUA pois queria ser independente logo, afinal, tive de aprender a me virar e achava que era hora de por a minha responsabilidade em prática. Felizmente, não me sentia tão mal, havia me acostumado com a solidão, na maior parte do tempo, preferia ela. Entrei no meu quarto, e deixei a mochila do lado da cama, puxei a cadeira em frente a escrivaninha e me sentei, em seguida, liguei meu computador. Era hora de botar o que eu tinha de melhor em prática!

    Depois de alguns minutos, eu fui capaz de encontrar o que eu queria, os registros policiais envolvendo Uchiha Sasuke. Antigamente eu entrava no sistema americano de polícia por diversão, é o sistema policial mais difícil de se penetrar, mas para alguém com minhas habilidades já não era lá tão difícil, diria que estava em um nível de dificuldade médio, bastava notar os padrões e barreiras de segurança, e é claro, evitar deixar qualquer tipo de rastro que possa me incriminar. E sendo assim, encontrei a ficha policial de Sasuke, que era bem limpa, ele era um bom garoto para a sociedade. Mas... Nem tudo é doce, e eu encontrei os registros policiais do caso Uchiha, foi algo realmente muito triste... Eu me senti chocado, abalado por dentro. Havia acabado de descobrir que eu e meu comparsa tínhamos mais em comum do que nossos desejos e pretensões para cometer crimes perfeitos. Felizmente, uma parte dentro de mim gritou dizendo que aquilo poderia se tornar ainda mais interessante. É, meus caros, eu estava escapando do tédio de minha vida cotidiana e entrando em um bravo novo mundo.

    Ao contrário do que as pessoas geralmente pensam de mim, eu não sou desorganizado, pelos menos não em relação à certas coisas, e eu era extremamente perfeccionista em relação aos rastros que eu poderia deixar. Motivo esse que fez com que eu me sentisse ainda mais frustrado por ter sido pego em flagrante fazendo um de meus joguinhos. Mas iria tomar mais cuidado de agora em diante, as peças estavam em jogo, e quem estava um passo à frente agora, era eu. Durante o resto do dia, deixei de lado essa historia toda, e apenas tomei um banho e jantei. Me deitei na cama e como geralmente faço, analisei o meu próprio dia. Lembrei-me de outra coisa que tinha me intrigado bastante. Hyuuga Hinata. Eu precisava alimentar minha curiosidade, e descobrir mais sobre ela. Quando algo me intriga, eu faço uma investigação completa sobre o meu alvo.



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    Saí do chuveiro e fui para a sala de estar, já estava vestido, usava roupas casuais adequadas para o clima quente dessa época do ano. Olhei para a foto de meus pais sobre na mesa de centro que havia no meio da sala. Tanto tempo e eu ainda sentia saudades, a morte era realmente algo estranho... Mas é o que me trouxe até aqui. Sentei no sofá e liguei a TV, não havia nada de bom passando. Ao menos as coisas pareciam estar indo bem, as lembranças daquele dia ainda vivas em minha mente.



    Saímos da estação de metro, e fomos para uma praça pública ali por perto. Naruto era alguém muita intrigante, parecia ser agitado e impulsivo, mas era o tipo de pessoa que calculava bem o próximo passo que daria. Paramos no meio da praça, e ele se sentou em um banco, eu preferi ficar de pé.


- E quais são o seus planos, Uchiha? Você ainda não me disse.- Ele perguntou, era um folgado, tinha praticamente se esparramado no banco.

- Bem, acho que nós deveríamos começar as coisas pegando leve.- Sorri, nosso objetivo era algo grande e que tivesse visibilidade, mas  o certo era seguir aquele caminho. - Não acha? É melhor que nos fazermos coisas mais pequenas antes de partir pra algo grande. Dessa forma, nos podemos aperfeiçoar nossas habilidades e evitar erros.- Naruto se endireitou no banco, e cruzou os braços.

- Eu concordo nesse ponto.- Ele balançou a cabeça, em sinal afirmativo.

- De qualquer forma, a questão de um milhão é, o que vamos fazer primeiro?- Naruto se levantou e tocou meu ombro.

- Pode esperar algum tempo? Eu preciso fazer algo antes, e é algo que pode nos beneficiar.- Não gostei da idéia de ter que esperar, mas a curiosidade falava mais alto do que a minha ansiedade naquele momento, o que poderia nos beneficiar?

- E o que poderia nos beneficiar?- Eu perguntei.

- Uma pessoa.- Ele concluiu, e saiu caminhando na direção de onde viemos. - Você logo vai saber. Te vejo na escola..- Ele acenou, de costas e continuou seu caminho. Uma pessoa? Só espero que não dê nada de errado. Não seria trágico terminar uma parceria de poucas horas?



    Eu deixaria as coisas acontecer por um tempo, por mais que elas dessem errado, eu sempre poderia influenciar um pouco no resultado final, de qualquer forma. Embora eu ache que Naruto não é do tipo que vá ceder se discordarmos. Suspirei. Só devo esperar que ele dê um bom passo adiante.



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    Acordei bem cedo, tinha que me preparar para o primeiro passo da operação Hyuuga Hinata! Talvez eu estivesse me arriscando demais por um mero palpite, mas sentia que esse palpite tinha grandes chances de estar certo. Vesti uma calça jeans, e uma blusa laranja de mangas negras, e calcei um all star preto, em seguida, peguei minha mochila e fui para a escola. Tive que pegar o metro de novo, não é ruim, mas eu preferia dirigir, e eu ainda não tinha disponibilizado minha carteira provisória nos EUA, depois de um ano eu vou ter que tirar a carteira de motorista americana.

    Cheguei cedo, e fui logo para o laboratório de química no segundo andar. Eu odiava química, física e matemática, pelos menos da maneira como eram ensinadas na escola. Quando cheguei, a sala estava praticamente vazia, tinha umas três pessoas, mas qual não foi minha surpresa ( e sorte ), ao ver que a senhorita Hyuuga estava sentada próxima a janela, na segunda mesa. Ela me notou, e acenou para mim um pouco sem graça. Me aproximei dela, e me sentei ao seu lado.


- Olá, senhorita Hinata. Que coincidência que você também tenha aula de química comigo.- Sorri, estranhamente, me sentia um pouco confortável ao lado de Hinata. E isso era algo que fortalecia o meu palpite.

- É, parece que sim. Fico feliz com isso, assim não me sinto tão deslocada.- Ela sorriu timidamente para mim. - Ontem você parecia estar com pressa, tinha acontecido algo?- Ela perguntou calma, e depois pareceu se desesperar um pouco. - N-Não que isso seja da minha c-conta, é claro.- Eu ainda estava me acostumando com a timidez dela, geralmente, isso me incomodaria bastante, mas era algo que combinava com a personalidade dela.

- Ah, eu tive que correr para ir pra casa, porque eu tinha que resolver algumas coisas da mudança, sabe?- Passei a mão direito pelo meu cabelo espetado, e soltei um riso nervoso.

- Ah sim.- Notei que entre os livros que estavam sobre a mesa dela, havia o livro “Investigação Criminal”.

- Gosta de ler romances policias e livros investigativos no geral, Hinata?- Finalmente consegui controlar minha mania estúpida! Só não levantei os braços por alto porque ela ia achar que sou louco. Há! Ela pareceu ficar um pouco nervosa com a pergunta.

- Ah... E-Eu não gosto... P-Por favor não me ache estranha...- Sinceramente, eu não entendi o que ela quis dizer. Mulheres são complicadas, não?

- Ora, porque eu te acharia estranha, senhorita Hinata?- O.k. Fail. Mas isso é o que menos importa agora, descobrir se meu palpite estava certo era mais importante. - E esse livro na sua mesa? Investigação Criminal?- Ela ficou boquiaberta por uns três segundos sem saber o que dizer. Pela reação, só posso subentender que ela estava mentindo. Ao contrário do que deveria ser, isso era bom, muito bom, ao menos para o meu instinto.

- É-É da  minha irmã! É i-isso, é d-da minha irmã.- Ela se exaltou de verdade, tive que me segurar para não rir da reação de Hinata, tinha gostado daquilo. - M-Mas então, Naruto-kun... Você gosta de química? Quais são suas matérias preferidas?- Ela estava mudando de assunto, certamente tinha se sentido desconfortável com a pergunta. Eu queria provocá-la um pouco, mas sabia que não deveria. Esse não era o primeiro passo.

- Ah, não. Eu odeio química, sou horrível. E minha matéria preferida é historia.- Ela pareceu mais aliviada quando eu fui de acordo com o que ela queria, sorriu. E aí eu já não conseguia mais pensar em provocar ela, vai entender. Mas era melhor assim, ver ela sorrindo, aquilo fazia eu me sentir um pouquinho melhor.

- Sério? Eu amo historia. Eu não gosto muito de química, mas ainda assim, me dou bem na matéria.- Felizmente, ela parecia estar se sentindo confortável comigo novamente.

- Sério? Sabe, eu tive uma idéia.- Ela me olhou um pouco confusa, e eu só abri minha mochila, peguei o meu caderno e uma caneta. - Me passa o seu e-mail? Assim você a gente pode trocar aquelas dicas, e você pode tirar minhas dúvidas em química. Isso é, se não for te incomodar.- Eu sorri para ela, e ela abaixou a cabeça um pouco, ela estava um pouco sem-graça, mas ainda aprecia bem. Então Hinata pegou a caneta da minha mão e escreveu o endereço na parte superior da ultima folha do meu caderno. Ela tinha uma boa caligrafia. Cara, eu tinha que parar de ser tão detalhista e ficar reparando em cada mínima coisa.

- Aqui. Mas eu vou querer que você me mande algumas fotos da Inglaterra, o.k? Você deve ter algumas.- Bem, eu não tinha muitas, mas tinha algumas. Creio que era o bastante, apenas assenti, e continuamos conversando.


    Durante a aula de química, não chegamos a conversar de nada além da matéria, embora antes disso, a gente tenha conversado sobre algumas casualidades dos EUA e da Inglaterra. O resto do dia prosseguiu normalmente, eu vi Sasuke quando tive aula de literatura, mas não trocamos palavras, apenas nos cumprimentamos. Tinha um grupinho de meninas enjoadas perto dele, daquelas que passam a vida de ilusões, quando o cumprimentei, elas ficaram me observando, e soltando risinhos. Deus, como eu odiava toda essa futilidade adolescente. Estúpidas. Sentei novamente ao lado de Hinata, e conversei um pouco com ela quando tive a oportunidade. O tempo demorou um pouco a passar, só porque eu queria chegar em casa o mais rápido o possível. Assim que saí da aula, corri para pegar o primeiro metro que aparecesse para chegar em casa cedo.

    Já estava na frente do notebook, digitando ansiosamente, consegui passar pelas travas de segurança do e-mail de Hinata com facilidade. Esse era o primeiro passo, adquirir o e-mail de Hinata e verificar o que tem lá dentro, verificar os rastros deixados, e tentar me infiltrar na rede dela para ter acesso aos arquivos de seu computador. Eu a adicionei no MSN também, por volta das 17:00 horas ela entrou no Messenger. Evitei deixar qualquer rastro de que tivesse entrando no e-mail dela. Não li as mensagens novas, embora tivessem só duas, e procurei algo nas mensagens antigas, mas não encontrei nada. No máximo, tinha fotos e vídeos das amigas de Hinata, e uma garota que julguei ser sua irmã devido à semelhança física. Consegui acessar também os arquivos do computador de Hinata, mas não encontrei nada. Me surpreendi com a proteção do computador de Hinata, diferente do e-mail, havia sido um pouco mais difícil de penetrar, mas nada que pudesse atrapalhar um exímio cracker como eu. Ou pelo menos, eu queria acreditar nisso, me senti indignado por não ter encontrado nada, tudo por causa de meu palpite, eu não queria estar errado. Eu realmente acreditava estar certo, mas ai isso trazia um novo problema, não encontrar nada feria meu orgulho. Mas onde ela poderia deixar arquivos daquele tipo?


- Pensa, Naruto. Só mantenha a calma e pense.- E eu me senti um idiota por não ter pensando naquilo antes. Ainda existia uma esperança. Memória móvel.


    Tive que esperar até quinta-feira para poder a segunda parte da minha operação em prática. Esse seria um bom desafio, novamente, pensei se não estava me arriscando demais me colocando em uma situação daquelas por um mero palpite. O objetivo era simples, pegar qualquer tipo de aparelho eletrônico com memória, utilizado por Hinata e copiar os arquivos para o meu notebook. O grande problema era a segurança da minha escola, ou melhor, as câmeras de vigilância. Eu não podia permitir que o oficial de segurança me visse cometendo um pseudo-furto. Já estava quase na hora, foi quando o sinal tocou, era a troca de turmas, o momento que eu estava esperando. Eu tinha cinqüenta minutos para conseguir fazer o que queria. Aproveitei o tumulto dos estudantes e fui para o terraço da escola, passei pela massa de estudantes despercebido. Quando eu estava quase no terraço, vi que um professor estava descendo as escadas, e se ele me visse, meus planos iriam por água abaixo. Com a mochila nas costas, não pensei duas vezes, e atravessei a janela. Minhas mão estariam visíveis, pois estava segurando na janela, mas era a minha melhor opção, já estava correndo o risco de ser visto pelas câmeras, entretanto, devo admitir que ver o chão, três andares abaixo de você quando você está segurando na janela, pode não ser muito legal. A menos que você estivesse tão excitado quanto eu.

    Subi a janela e entrei novamente na escadaria, os passos do professor já estavam distantes. Eu podia sentir a adrenalina se espalhar pelo meu corpo, enquanto eu corri escada acima. Finalmente tinha chegado no terraço, tentei abrir a porta com a placa de “Entrada Proibida”, mas não obtive sucesso, estava trancada. É nessas horas que eu tenho vontade de xingar, mas que droga! Me acalmei um pouco e sentei ali mesmo, abri a mochila, e retirei o notebook. Conectei o notebook ao meu celular, e ativei o modo de navegação na internet. Pelo menos ali era um lugar vazio, toda as salas do quarto andar eram para um determinado tipo de atividade e estavam vazias. Consegui infiltrar o sistema da escola, o nível de dificuldade foi quase médio, não chegava a se comparar com o da polícia americana, mas era um sistema de segurança de alto nível, era o esperado de uma escola tão prestigiada. Acessei os sistemas de câmeras, e ganhei total visibilidade às dezenas de câmeras que tinha na escola. Não havia câmeras dentro de todas as salas de aula, só algumas, mas havia câmeras nos corredores. Demorou vinte minutos, mas consegui montar uma padrão de imagens vazias para o trajeto que eu iria seguir. Essa gravação vazia iria durar somente meia hora, mas era mais do que o bastante para que eu concluísse os meus planos. Fechei meu notebook com pressa e coloquei na mochila, e então, desci as escadas correndo, e evitando fazer barulho. Peguei meu celular e disquei um número, deixei chamar duas vezes, em seguida, o fechei.

    Olhei para o relógio, eu tinha pouco mais de dez minutos, e estava correndo contra o tempo. Cheguei no ginásio de esportes, havia descoberto no dia anterior que haveria aula de educação física todas quintas e sextas, e que a aula seria para todo o terceiro ano. Logo, Hinata estava lá também, e era a melhor oportunidade que eu tinha para verificar seus arquivos. Entrei no vestiário feminino, observei com cuidado o lugar, para não correr o risco de ser pego por alguém, mas o lugar estava vazio. Suspirei aliviado, e fui até os armários. Era o penúltimo armário da terceira fileira, na parte superior. Sabia disso pois tinha uma fita azul saindo de uma das aberturas do armário, Sasuke tinha recebido a minha ligação. Já estava aberto, peguei a bolsa de Hinata e comecei a procurar, não demorou muito, e eu achei o celular e o Ipod dela. Retirei o notebook da mochila, e o liguei, conectei os aparelhos, e copiei os arquivos. Ia demorar um minuto para copiar todo conteúdo dos dois aparelhos. Eu deveria estar me sentindo feliz, meu notebook era bem rápido até, a julgar pela quantidade de gigas que ele estava passando em pouco tempo, mas aquele minuto pareceu uma verdadeira eternidade, puta merda! Quando terminou, coloquei o celular e o Ipod de Hinata de volta na bolsa e fechei o armário. Sai do vestiário com cuidado, temia que as garotas já estivessem vindo, mas não tinha ninguém no corredor. Eu sai e me sentei em um banco ali por perto, do lado do vestiário masculino, que ficava do lado oposto da parede ao que o vestiário feminino ficava. Acho que eu realmente fui sortudo, pois menos de dez segundos depois que eu sentei, as garotas adentraram o corredor.



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    Quando acabou a aula de educação física, me dirigi ao vestiário masculino. Parece que Naruto tinha conseguido o que queria, pois estava sentado no banco do lado da porta do vestiário, com uma cara de alívio no rosto. Me aproximei, e me sentei ao lado dele.


- Sucesso?- Perguntei, e ele olhou para mim e fez um sinal de positivo com o polegar.

- Sucesso!- Já não tinha mais dúvidas de que as coisas seriam interessantes, depois do pedido que Naruto tinha me feito no dia anterior, eu não tinha mais dúvida alguma. - Ainda bem que você conseguiu encontrar o armário da Hinata e o abrir para mim.- Ele disse, praticamente sussurrando, pois tinha algumas pessoas no corredor.

- Você é mesmo capaz de alterar as gravações? Não quero ser pego.- Eu falei. Tinha me arriscado bastante, pois tinha entrado no vestiário feminino e arrombado as portas de vários armários até encontrar o da tal Hinata. Apesar de que eu não levei muito tempo, as câmeras eram preocupantes.

- Se você acreditasse que eu não fosse capaz, você não teria feito isso, teria?- Há, e não é que o cara é um pouco sagaz?

- Idiota. Nos somos comparsas agora, era meramente o meu dever.- Ele riu, e não disse nada. - Então, o britânico é um cracker?- De tudo que o Naruto tinha feito até agora para me surpreender, essa definitivamente tinha sido a coisa mais chocante. De certa forma, ele poderia ser considerado um criminoso. Eu só precisava saber de que nível ele era.

- Há, olha quem fala, Uchiha Sasuke, o arrombador de portas. Qual é sua especialização? Cofres?- Dessa vez eu ri, e em seguida sorri. Acho que eu também já poderia ser considerado um criminoso de certa forma.

- Não vou revelar os meus segredos agora, Uzumaki.- É melhor surpreender no futuro do que mostrar todas as cartas que eu tenho na manga agora. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que eu decidi perguntar. - O máximo que consegue é alterar gravações?- Já imaginava a resposta que eu iria receber, mas não custava perguntar.

- Usando suas próprias palavras, eu não vou revelar os meus segredos agora, Uchiha.- É, eu sabia. Me levantei, afinal, ainda tinha que trocar de roupa.

- E a tal da Hyuuga Hinata? É ela que pode ser um benefício para nós?- Ah, se não fosse. Tudo que havíamos feito foi por causa dela, afinal. Me pergunto se ela seria tão beneficente quanto à pessoa que eu tinha em mente para se juntar a nós.

- Veremos.- Foi tudo que Naruto disse naquele momento. Ele parecia estar seguro e não seguro ao mesmo tempo. Era confuso, mas resolvi deixar o tempo passar mais um pouco.



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    Fui para casa ainda mais ansioso do que na terça-feira. Eu queria saber o que tinha nos arquivos de Hinata o mais rápido possível. Quando o pessoal do terceiro ano saiu do vestiário, eu me aproximei deles, para passar despercebido, as câmeras voltariam a funcionar em alguns minutos, e era bom que eu estivesse com minha turma quando voltasse à escola, assim eu não iria parecer suspeito. No resto da aula, eu não fiz nada demais, exceto abrir meu notebook quando podia e alterar as gravações pouco à pouco. No final da aula já não havia maneira de comprometer à mim nem o Sasuke.

     Aquela noite com certeza foi umas das mais inesquecíveis de minha vida, e eu posso dizer isso através de inúmeras razões, mas a principal foi a de ter descoberto o verdadeiro potencial de Hyuuga Hinata. Os arquivos dela, no geral, consistiam em músicas, fotos urbanas de paisagens, grande parte delas, de Londres, e uma pasta chamada “Obssession”. Dentro dessa pasta, havia mais de 500 outras pastas, e pelo que eu vi, cada pasta correspondia à uma série de reportagens, estudos e anotações sobre investigações criminais. Fiquei por mais de um minuto, boquiaberto ali, na frente do notebook, devia estar parecendo um idiota. Mas era incrível, absolutamente incrível! Hyuuga Hinata era um gênio na arte da investigação, meu palpite estava correto! Ri sozinho por um tempo, meu orgulho já não estava mais ferido, e agora era hora de prosseguir. A primeira parte de meu plano foi concluída, e eu cometi meu primeiro crime perfeito com o Sasuke, por mais que não fosse essa minha intenção. Mas agora, vinha a segunda parte do meu plano: Persuasão.


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Notas finais do capítulo

Deixe um review para eu saber como a fic está. :D