Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 3
Capítulo 3- Persuasão


Notas iniciais do capítulo

Enfim, o capítulo 3. õ/
Apesar de que tenho atualizado rapidamente até. ;o
Estou bastante empolgado e animado com a repercussão positiva da fic. *-* E gostaria de agradecer a quem deixou reviews. õ/
Mais uma coisa, não lembro se mencionei, mas nessa fic eu trabalho com Pov's, e uma alternância entre eles. Só pra avisar mesmo. n.n
Boa leitura, e se ler, por favor, deixe um review. õ/



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Capítulo 3- Persuasão



    A minha primeira semana de aula tinha sido tranqüila, eu ainda tinha algum tempo livre todos os dias para fazer minhas leituras e pesquisas, mas é claro, isso diminuiria com o passar do tempo. Suspirei só de imaginar. Pelo menos, era sábado, e no dia seguinte eu teria o domingo inteiro para descansar. Estou me sentindo menos deslocada do que pensei que estaria. Fiz dois amigos, para muitos não é muita coisa, mas para mim é um grande passo.


- Então, te vejo mais tarde, Hinata.- Tenten acenou para mim e caminhou apressada em direção à sala dela. Ela era uma boa garota, não era um poço de superficialidade como as outras, ela demonstrava ter conteúdo, inteligência, e curiosidade, assim como eu.

- Até mais tarde, Tenten.- Acenei para ela, tenho certeza que foi um pouco estranho, porque me senti sem graça no meio do caminho, e fiz uma espécie de aceno medroso. Deus, como eu queria superar minha timidez.

     Talvez a Tenten me ajudasse, diferente de mim, ela não era tímida, ela era uma garota extrovertida, não necessariamente agitada, e aparentava ser bastante calma também. Éramos duas morenas em um mar de loiras. Nada contra loiras, não as inteligentes pelo menos, mas em Los Angeles a maior parte das garotas eram loiras, grande parte, com cabelos tingidos, lembra que eu disse sobre as garotas que são um poço de superficialidade? Pois é. Mas procuro evitar tal tipo de generalização, as pessoas sempre acabam por me surpreender, é claro que existem loiras inteligentes, mas eu estava falando do estereótipo tolo de Los Angeles, onde oitenta por cento das garotas agiam como babacas. Deixando de lado meus pensamentos críticos, eu caminhei até o laboratório de química. Minha dupla, e meu segundo amigo, já estava me esperando, na segunda mesa, ao lado da janela.


- Olá, Naruto.- Eu disse, me sentando ao lado dele, e colocando meu caderno e minha bolsa sobre a mesa.

- Olá, senhorita Hinata.- Ele me cumprimentou, com o jeito cortês habitual dele. Me perguntei se todos os ingleses eram daquela forma. Acho que não, né? Bem, eu não me incomodava com o fato dele me chamar assim.

- Conseguiu fazer o dever de casa, com aquelas dicas que eu te dei?- Eu tinha trocado alguns e-mails com o Naruto, ele me fez algumas perguntas de química, e eu dei algumas dicas para ele fazer o  dever de casa.

- Consegui sim. Mas dá uma olhadinha aqui, pra você ver se ta certo?- Ele juntou as palmas das duas mãos, em um pedido de por favor. Acho que corei um pouco, fiquei com um pouco de vergonha, porque tinha achado o gesto dele fofo. Com medo de gaguejar, apenas assenti, enquanto ele colocou o caderno sobre a mesa e uma caneta.

- Você fez progresso.- Eu estava analisando os casos. - Acertou quase todos, porém você errou nesse penúltimo item.- Percebi que havia pegado a caneta de Naruto enquanto analisava, e que a estava mordendo. Uma mania minha. Tirei a caneta da boca, e senti a minha face esquentar. - Ai, d-desculpa, s-sua caneta... M-Mil p-perdões.- Ah, não, gaguejei de novo.

- Tá tudo bem, não se preocupa.- Ele sorriu, acho que para me acalmar. - Você pode ficar com a caneta.- Acho que ele realmente me acalmou, assenti, sentindo a temperatura de minha face voltar ao normal. Sem dizer nada, apenas mostrei com a caneta, onde ele tinha errado. Ele pegou a caneta de minha mão, e corrigiu, me devolvendo em seguida. - Eu vou te mandar as fotos hoje, o.k?

- Ainda bem que você não esqueceu.- Sorri. Pra ser sincera, já estava quase me esquecendo que tínhamos combinado que eu o ajudaria, e daria umas dicas para ele sobre Los Angeles, e que ele me mostraria fotos e coisas da Inglaterra.


    Conversei com Naruto sobre as matérias da escola, e depois de alguns minutos, o professor chegou e deu início a aula. Felizmente, a aula acabou rapidamente, e nos estávamos livres para curtir o final de semana. Acenei para o Naruto, me despedindo, e ele apenas acenou de volta. Dessa vez, tomei cuidado para não fazer um aceno medroso como o que eu fiz para Tenten. Estava feliz de que fosse sábado, mas não deixava de odiar esse momento, toda vez que a aula acaba, e o sinal toca, os corredores enchem de pessoas, e a escola vira um grande tumulto. A questão, é que eu odeio lugares cheios de pessoas, eu não me sinto à vontade, então aqueles poucos minutos para mim eram uma verdadeira tortura. Passado o pior, eu fui até o meu armário, olhei para os lados antes de usar a combinação correta, felizmente, o corredor estava mais vazio. Ao abrir a porta, tive uma surpresa, tinha uma caixa dentro do meu armário. Eu não sabia se me sentia surpresa, ameaçada ou intrigada com aquilo, então apenas abri a caixa. Dentro, haviam três coisas, uma rosa branca, sem espinhos, eu aspirei o perfume da rosa, e admirei sua beleza por algum tempo, rosas como aquela eram raras de se encontrar, o que será que aquilo significava? Um admirador secreto? O livro tinha o título de MWM: Diagonal Thinking. Era um livro de imagens em preto e branco, o que me intrigou no livro, quando eu o folheei, é que haviam números nas primeiras páginas, escritos com caneta. Na primeira página, tinha o número 1, e ele tinha sido escrito com caneta vermelha, nas páginas seguintes os números tinham sido escritos com caneta amarela, e eram números diferentes. Página 2, número 6, página 3, número 7, página 4, número 8, página 5, número 10, e assim por diante. Admirador secreto? Acho que aquilo era algo mais. E foi o que eu conclui depois de ver  o bilhete, pois o que quer que significasse aquilo, para mim não era coisa de um admirador secreto.


   A glimpse of the
future, I search for
the superior material.
 One like you, pearl.
I need just one day,
To make you understand,
_Such a magnificent                         
view of life, it is such a pity,
that are people ignorant                               
enough to criticize my idea.
So can you understand how
we came to this? I need you.
So please, pretty much, please,
pretty, pretty please, will you?

.org


    Eu tinha certeza de que aquele bilhete não fazia sentido algum ,não se você fosse ler ele normalmente, mas ele tinha uma mensagem a passar, e havia um símbolo em forma de redemoinho no topo da página. Aquilo não era uma admirador secreto, pelo menos não um admirador romântico, era alguém engenhoso que queria chamar minha atenção através de provocações. Era como uma mensagem dizendo: Do que você é capaz? E aquele cara, tinha acertado meu ego em cheio, pois com a minha curiosidade atiçada, nada iria me parar de chegar até aquele cara e descobrir quem ele era. Talvez minha rotina escolar não vá ser mais tão entediante. Sorri com meu pensamento, coloquei o livro e o bilhete dentro da minha bolsa e fui para a entrada do colégio, onde meu motorista estava me esperando.

    Logo que cheguei em casa, fui para o meu quarto, e retirei o livro e o bilhete da bolsa, colocando-os em cima da minha escrivaninha. Fiquei um tempo pensando no que poderia significar aquilo, então comecei a separar os detalhes. No livro, as primeiras 14 páginas tinham números. O primeiro número estava escrito em vermelho. Certo, passei para o bilhete, comecei contando quantas linhas o bilhete tinha, e retirando o nome que assinado pelo meu admirador, um nome estranho aliás, o bilhete tinha coincidentemente 14 linhas. Ou será que era propositalmente? Agora, como os números em cada página poderiam se relacionar? A seqüência de números, na ordem de cada página, era: 1, 6, 7, 8, 10, 10, 14, 17, 18, 20, 20, 21, 25, 29. Vamos, Hyuuga Hinata, pensa. E logo decidi relacionar os números com as palavras respectivas aos números. Mas não deu certo, voltei atrás no meu pensamento. Se cada página era equivalente à uma linha, então cada número era equivalente ao que? Certamente, não havia 29 palavras na ultima linha, então ele só podia estar falando de letras. Há! Essa é sua, Hinata. E depois de alguns minutos procurando a mensagem, eu a encontrei, o cara não tinha contado espaço como letra, mas ele decidiu contar o underline. Cada número correspondia à uma letra, e isso resultou na mensagem: Are you curious?

    Tinha chegado até a mensagem, e notei que poderia ter chegado de maneira mais rápida, se tivesse me baseado no título do livro. MWM: Diagonal Thinking. Pensamento diagonal, exatamente como a mensagem havia sido escrito, ela estava na diagonal das palavras do bilhete. Mas isso ainda não dava em nenhuma resposta, e isso me incomodou, ele queria que eu pensasse diagonalmente? Eu fiz isso, e agora? Suspirei, odiava não estar certa. Decidi descer até a cozinha, para beber um copo de água. Tomei água gelada e refrescante, e então subi, mais calma. Olhando o bilhete por cima, eu notei o sentido do nome usado pelo meu admirador. “.org”. Será que a mensagem era um site? Liguei meu computador, e digitei a mensagem na barra de endereços, somada ao “.org”. Me certifiquei de retirar a pontuação final da mensagem, a interrogação. A página abriu, ela tinha um fundo branco, e no topo da página, havia novamente um símbolo em forma de redemoinho, dessa vez, alaranjado. E um outro bilhete de meu admirador secreto no meio da tela.


     No  primeiro passo, você foi bem. Sabe, eu te vi pela primeira vez em um

píer no Sunset. Você consegue se lembrar disso? Ou será que vai precisar


de uma ajudinha? Eu fiquei bastante intrigado com você, e preciso saber de


uma coisa, será que eu estarei ficando louco se te provocar? Quer me achar?


praia de Santa Mônica, estarei lá? Talvez. Que tal você descobrir? Uma praça


famosa talvez? Ou quem sabe vou em Bervely Hills? Se você me achar talvez


eu converse contigo, e beberemos algo, Whisky? Você é muito nova pra isso?


Estarei a sua espera para desfrutarmos de uma tarde as pressas.


Por favor, não me deixe esperando, será que você acha as dezesseis luzes da cidade belas?


Lá nos encontramos então.


Just a word.


    Meu admirador estava sendo bonzinho? Seria aquele nome apenas mais uma dica de como eu deveria ler as coisas de agora em diante? Apenas uma palavra? Ele queria que eu pensasse em diagonal e que usasse somente uma palavra? Pela mensagem, apesar de ser sem sentido, ele estava me intimando a encontrá-lo, e isso me deixava ainda mais determinada e intrigada a respeito disso. Troquei as letras, por palavras, se eu usasse os números, não daria certo, então eu tentei encontrar a mensagem sem recorrer os números. E achei. A mensagem era: No Sunset, eu estarei lá em Whisky, as dezesseis. Pelo visto, o detalhe da rosa não era nenhum tipo de pista, apenas cortesia de meu admirador. Eu tinha uma leve suspeita de que ele fosse alguém que eu já conhecia, mas não creio que pudesse ser ele, ele não conhecia nada de L.A, ou conhecia? Ele mencionou que estaria no Sunset, em Whisky. Então acho que ele estará no Whisky a Go Go na Sunset Strip. As dezesseis ele estará lá, como é um clube noturno, creio que será fácil não cometer enganos, não deverá ter mais ninguém lá na frente além dele, ou dela, vai saber. De qualquer forma, no dia seguinte eu iria descobrir quem era meu admirador. E algum lugar bem no fundo de mim desejava que minhas suspeitas se confirmassem.


    Estava pronta para sair de casa, como ainda estava um pouco calor, eu estava usando um vestido branco, bem leve, que chegava até a altura dos meus joelhos mais ou menos. Peguei minha bolsa, e desci. Minha casa tinha um terreno grande, e possuía três andares, o meu quarto ficava no segundo, quando cheguei ao lado de fora, o motorista já estava a minha espera, pronto para seguir minhas ordens. Apenas acenei e sorri para ele, ele tirou o chapéu para me cumprimentar, e abriu a porta do banco de trás do carro para mim. Eu não gostava desses “privilégios” todos, queria dirigir, mas meu pai não tinha deixado eu tirar a carteira de motorista, então eu tinha que pedir para o motorista me levar e me buscar nos lugares. Finalmente, estávamos em Sunset Strip.


- Por favor, pare. É aqui que eu vou ficar.- O motorista parou, na frente de um restaurante de comida italiana.

- Aonde a senhorita vai ficar?- Eu não gostava de ter que dizer tudo que eu ia fazer para o motorista, mas eram ordens de meu pai, então eu sempre tinha que falar onde eu ia ficar. Mas é claro, hoje eu teria que mentir.

- Você parou no lugar certo, Sebastian. Vou me encontrar com algumas amigas e comer nesse restaurante. A gente deve colocar o papo em dia, então volte daqui a uma hora, uma hora e meia, está bem?- Sebastian apenas concordou, e eu desci do carro.


    Esperei até Sebastian dobrar sumir de minha vista com o carro para eu ir ao meu verdadeiro objetivo. Caminhei apressada entre a massa de pessoas que ia e vinha na rua, engoli em seco, a ansiedade crescia dentro de mim. Quando finalmente cheguei à frente do Whisky a Go Go, eu fiquei chocada. Não tinha ninguém. Não é possível, eu tinha errado?!


*******************************************************************************


    Já tinha passado das 18:00 horas. E nada da Hinata aparecer. Suspirei, ela caiu no nosso truque, não foi capaz de nos encontrar. Olhei para Sasuke, ele parecia decepcionado, talvez sentisse que o esforço dele tinha sido para nada. Depois imaginei que fosse outra coisa, afinal, ele nem teve tanto trabalho assim, só precisou colocar o pacote no armário da Hyuuga.

- Pelo visto, ela pegou a mensagem errada.- Ele disse.

- Eu sei disso.- Não sei porque, mas me senti irritado. Meu palpite estava certo, e eu queria que Hinata se juntasse a nós.

- Ela não conseguiu decifrar a brincadeira de criança.- Sasuke disse, em tom debochado.

- Bem, nos mexemos com o psicológico dela através da mensagem. Talvez seja isso.- É, talvez fosse, talvez as provações a tivessem deixado um pouco cega.

- Você não está superestimando essa garota?- Balancei a cabeça, em sinal negativo.

- Ela tem potencial, eu sei disso.- Olhei para Sasuke, e sorri. - Ainda tem uma pista. E sei que ela irá me descobrir através disso.- Não sei se ele bufou, ou se o som que ele emitiu foi uma risada.

- Mesmo assim. Nos ficamos aqui o dia inteiro pra nada?- Bem, de fato, aquilo era um motivo para se sentir um pouco irritado. Mas eu ri.

- Você não gosta de curtir um pouco a praia no domingo?- Sasuke cruzou os braços, e fechou a cara. Para minha interna satisfação. Era legal irritar o Sasuke.

- Estou indo embora, Naruto.- Ele se virou, e começou a caminhar para algum lugar. Era hora de voltar pra casa, antes disso, olhei para o mar, e desejei que Hinata conseguisse descobrir que quem tinha feito aquilo tudo era eu.


*******************************************************************************


    Cheguei em casa sentindo um pouco de dor de cabeça, de tanto pensar. Eu não tinha encontrado a mensagem correta, não tinha sido capaz de encontrar a resposta. Mas queria saber porque eu não fui capaz de fazer isso. Não me preocupei em jantar aquela noite, fui direto para o meu quarto, e entrei no site novamente, tentando encontrar a mensagem correta, peguei o bilhete e o livro e os deixei em cima de meu colo, enquanto observava o bilhete e tentava entender ou encontrar algo. Naquele momento, tinha jogado o tal do pensamento diagonal pro espaço, e estava me concentrando em achar a mensagem. E eu não consigo explicar, o quanto eu me senti idiota, quando eu vi que a mensagem estava bem clara, era a primeira palavra de cada linha que formava a mensagem. Lembrei do número 1 vermelho que tinha na primeira página do livro, então era isso que significava? Eu vacilei, tinha deixado um detalhe do lado de fora. Li a mensagem que dizia: No píer de uma praia famosa, eu estarei por lá. Em Los Angeles? Não era difícil de imaginar que ele estava falando do Píer da praia de Santa Mônica. Coloquei minhas mãos sobre meu rosto, e apoiei meus cotovelos na mesinha do computador. Respirei fundo, e olhei novamente para o site na minha frente.


- Símbolo?- Acho que meu espírito investigativo despertou ao perceber que eu ainda tinha uma pista em mãos. O símbolo em forma de redemoinho que tinha no bilhete e no site.


    Senti minha determinação voltar, e prometi a mim mesma que iria descobrir quem estava por trás daquilo. Me deixei levar pelas provocações de meu admirador, e cai em sua armadilha. Aquilo era um jogo, e eu queria vencer o jogo. Sorri. Por mais cansativo que fosse, fazia algum tempo que eu não me sentia tão excitada, tão viva. Vamos jogar, e no final do jogo, eu irei comemorar a minha vitória.


*******************************************************************************


    Acordei ansioso para a escola. Se ela tivesse realmente me descoberto através da pista que eu deixei, ela iria falar comigo hoje. Saí de casa com pressa, vesti uma calça jeans, e uma blusa laranja, calçei meu tênis e fui. Cheguei na escola faltando vinte minutos para o começo da aula. E lá estava ela, recostada sobre meu armário, com a rosa branca em mãos, e olhando para mim do outro lado do corredor. Caminhei até ela à passos lentos. Me senti tão aliviado.


- O-Obrigada p-pela rosa, N-Naruto.- Ela me disse, sorrindo. Estava vermelha, achei bastante meigo o jeitinho dela, quem mais iria corar em tais circunstâncias?

- Então, você me descobriu?- Ela assentiu.

- Você me deixou aquele símbolo de propósito. O brasão da família Uzumaki.- É, eu tinha mesmo deixado de propósito. Felizmente, eu sabia que ela não iria ser capaz de descobrir mais do que aquilo através do símbolo. - Mas você tem um passado misterioso, eu não consegui descobrir mais nada além disso. Mas sabe, tinha suspeitas de que era você. Sua insinuação sobre o livro, e também, o gesto cortês de me deixar a rosa.

- O que importa é que você descobriu.- Eu disse, e percebi alguns segundos depois, que estava sorrindo.

- É. Mas...- A expressão dela se tornou confusa por um momento. Mas acho que os motivos para isso me eram transparentes, ou pelo menos eu achava que eram. - Porque você fez tudo isso?

- Antes de você me descobrir, eu te descobri, Hinata. Tinha um palpite de seu potencial como investigadora, e coloquei isso à prova. Você me provou que era o que eu pensava que fosse, ao descobrir que fui eu que fiz tudo aquilo.- Acho que as coisas iam bem. Se ela não estava me acusando de invadir o espaço dela nem nada do tipo, é porque ela não estava com raiva de mim.

- Nesse caso, você teria me descoberto depois não? Antes era só uma suspeita, eu descobri, e você só me descobriu depois, quando confirmou sua suspeitas.- Faz sentido. Espertinha, você hein? - Mas você não me disse ainda, porque fez tudo isso?
- É, eu não disse. Irei te falar, não se preocupe. Mas antes, me deixe te fazer uma pergunta. Você se divertiu com tudo isso?

-P-pra ser sincera... Eu me senti viva como não me sentia há um bom tempo.- Ela ficou um pouco corada ao falar. Não entendi, mas, por mim estava tudo bem.

- Ótimo. Pois eu fiz tudo isso, para que você se juntasse a nós.- Ela ficou confusa quando eu falei “nós”. Fiquei com vontade de rir, pois não tinha esclarecido nada sobre o Sasuke ainda, mas me controlei. - Hinata, você não gosta da idéia de cometer crimes perfeitos?

- Crimes?!- Agora eu não pude me controlar, e eu ri. A expressão de Hinata foi de puro choque e surpresa. Creio que ela levou o que eu quis dizer ao pé da letra.

- Não estou falando de crimes de verdade. Estou falando de testes para as nossas habilidades, de algo que faça com que nos sintamos vivos.- Ela ficou algum tempo calada, acho que estava analisando a idéia. Mas parecia mais calma.

- Então, não são crimes?- Eu balancei  a cabeça, confirmando que não eram crimes.

- O que acha?- Perguntei, e ela sorriu.

- Eu vou ter que ver o que você quer dizer pessoalmente antes de te dar uma resposta definitiva.- Ela estendeu a mão para mim. - Certo?

- Certo. Negocio fechado.- Peguei a mão delicada de Hinata, e depositei um beijo na costas de sua mão. Ela corou, e eu apenas ri, me divertindo com sua reação. As coisas estavam caminhando para uma nova direção, e eu logo iria descobrir isso.


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