Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 1
Capítulo 1- Companheiros?


Notas iniciais do capítulo

Bem, finalmente postei o meu ultimo projeto. n.n
É minha terceira Fanfic, e particularmente, estou bastante empolgado com ela. :D Espero que possam apreciar e gostar dela tanto quanto eu tenho gostado. n.n
Boa leitura. õ/

Ps: Por favor, peço para que se ler, por favor deixe um review avaliando a historia. :D



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Capítulo 1- Companheiros?




     Eu jamais iria imaginar que naquela semana a minha vida iria mudar por completo, pois é, aquela semana. Era o dia em que começavam as aulas em Los Angeles, mais precisamente, dia 25 de agosto de 2014. Eu tinha me mudado recentemente, devido à uma série de problemas, deixei meu país de origem, minha bela Inglaterra, parar vir morar nos Estados Unidos, tudo por opção própria. E eu pensei que seria apenas mais um dia tedioso. Me enganei. Foi um dos dias mais importantes da minha vida. Antes de mais nada, deve-se entender que eu gosto de brincar, sou uma criança, uma criança de 17 anos tentando descobrir o mundo através de meus próprios joguinhos. Quer um exemplo? Bem, preste atenção, pois irei lhe dizer.

    O dia estava quente, embora o verão estivesse quase no fim. Eu havia acabado de agüentar uma aula torturante de química, e o intervalo para o almoço estava quase no fim. Ninguém tinha vindo falar comigo ainda, mas quem viria? Americanos são muito preconceituosos, acham que todos nós ingleses somos iguais, mas eles ainda não me conheceram, ainda não conheceram Uzumaki Naruto. Era hora de me divertir um pouquinho, o refeitório estava quase vazio, o sinal estava tocando, e eu estava sentado em uma mesa na extrema direita, sozinho. Procurei por algum alvo, e logo encontrei, perfeito! O meu alvo era um garoto da minha turma de química, sequer sabia seu nome, mas sabia de uma coisa, ele era burro, burro como uma porta. Tentava conversar e argumentar com o professor, mas acabava humilhando a si mesmo de tão inútil, isso porque era o primeiro dia de aula. Ele havia levantado para ir deixar a bandeja em cima do balcão do refeitório, e havia deixado a mochila no banco da mesa. Pronto. Era minha deixa, levantei sem chamar a atenção dos demais alunos, e coloquei minha bandeja de comida no local em que a dele estava antes. Depois disso, fui me sentar.

    Foi hilário ver a expressão confusa no rosto do garoto, hilário e satisfatório, pois ele levou minha bandeja até o balcão do refeitório. Um crime perfeito. Era assim que eu me divertia, procurava me aproveitar dos outros de alguma forma, cometendo um crime perfeito, por mais simplório que fosse. Mas quando olhei para a direita, me assustei. Havia um garoto olhando para mim, e sorrindo, e eu entendi muito bem o que aquele sorriso cínico queria dizer. Ele tinha me visto, e eu certamente não tinha cometido um crime perfeito. O garoto tinha cabelos negros, era normal, mas seu penteado parecia com o de uma pessoa alternativa, uma franja sobre a testa, e grande parte do cabelo estava espetado na parte de trás, tinha olhos negros também. O sinal terminou de tocar, e o garoto se levantou e saiu do refeitório, sem olhar para trás. Que arrogante, certamente não podia deixar aquilo barato. Estava me sentindo desafiado, e sai do refeitório determinado, mas no momento em que atravessei a porta, uma garota esbarrou em mim, e seus livros caíram, se espalhando na frente da entrada do refeitório.


- Ah, me perdoe, eu não tinha te visto ai, eu juro. Me desculpe.- É bom não perder a educação, não é? A garota soltou um pequeno gemido de dor, e passou a mão na perna, onde provavelmente havia sofrido um maior impacto. Ela me olhou, e sem querer eu acabei me distraindo com o olhar da garota. Eu nunca tinha visto nada igual, ela tinha orbes perolados, uma pele alva, lisa, e parecia ser suave. - Sério, eu não tinha...- As bochechas estavam avermelhadas, tinha longos cabelos, e os vários fios caíam sobre a testa, em uma franja de fios negros. Era bonita, e seus olhos eram certamente, fascinantes. Havia me distraído, reparando nos olhos incomuns da garota. - A menor intenção.- Concluí.

- T-T-Tudo b-bem...- A voz dela teria sido inaudível se eu não estivesse tão próximo, e só então percebi que ela estava envergonhada com a situação. Como não estar? Eu estava encarando ela não faz dois segundos. Eu me levantei, e reuni os livros que ela havia deixado cair no chão. “Como conduzir uma investigação criminal”. O gosto da garota por livros me intrigou bastante, afinal, que garota do segundo grau estaria interessada por esse tipo de livro? - O-Obrigada p-por me ajudar.- Disse ela, dessa vez em um tom um pouco mais alto.

- Sem problemas, foi minha culpa de qualquer maneira, senhorita... Hã... Qual é seu nome mesmo?- Perguntei, e dei um leve sorriso para a garota.

- Hinata, Hyuuga Hinata.- Ela parecia estar sem graça, brincava com os indicadores, e estava de cabeça baixa. Era notável que ainda estava corada. Que garota estranha, aliás, estranha não... Hum... Eu diria, diferente.

- Sou Uzumaki Naruto. Prazer em conhecê-la.- Coloquei uma mão na cintura, e estendi a outra para ela. Ainda um pouco sem graça, ela retribuiu o aperto de mãos. -Bem, o sinal já tocou, eu tenho que ir. Mas te vejo por aí. E me desculpe, novamente.- Acenei para ela, e corri pelos corredores, afinal, não tinha esquecido meu objetivo.


    Infelizmente, não encontrei o garoto do sorriso cínico andando pelos corredores. Mas sabia que ele estava na escola, então uma hora eu o encontraria. Cruzei os braços, tentando disfarçar meu mau-humor. Eu havia sido bastante cortês com aquela garota. Geralmente não tratava ninguém assim, mas ela me passava uma boa impressão. E era raro uma pessoa me passar uma boa impressão, talvez fosse porque ela era um pouco diferente. De qualquer forma, me dirigi até o meu armário. Depois de pegar o meu material, eu fui para a aula.

    Nada de interessante aconteceu, até a ultima aula. Era aula de literatura, e o garoto do sorriso cínico, e a garota de orbes perolados estavam na mesma turma que eu. A garota se sentou na cadeira que estava na minha frente, estávamos do lado da janela, no meio da fileira de cadeiras. O garoto sentou do outro lado da sala, e dessa vez, não olhou para mim. Enquanto o professor não chegava, a sala estava barulhenta, todos conversavam animadamente. Eu a ouvi me chamar. A garota estava falando comigo.


- Pois não?- Eu disse.

- P-por acaso v-você é um aluno novo também?- A voz dela era baixa, tinha certeza que só eu podia ouvir o que ela dizia. Ela brincava com os indicadores novamente, parecia um hábito constante de sua parte.

- Sou sim. Você também é, Hinata?- Perguntei, e sorri para ela. Era óbvio que sim, mas não custava perguntar para confirmar.

- S-Sim. De onde você veio, Naruto?- Ela parecia um pouco mais aliviada. Parecia ser tímida e introvertida, e como era uma aluna nova como eu, parecia não estar em condições de fazer amizades tão facilmente. Mas parece que nosso encontro anterior vai ser o combustível para uma possível amizade. Preciso de amigos, isso é essencial.

- Eu vim de Londres, da Inglaterra. E você senhorita Hinata?- Sorri novamente para ela. Não sei o que estava pensando, a tratando dessa maneira. Mas parecia que minha boca tinha vontade própria, e eu acabava por a chamar de “senhorita”.

- Nossa, Inglaterra? Eu sempre tive vontade de visitar o país. Isso é fantástico, vou poder conhecer um pouco mais de lá através de você.- Ela sorriu. Foi a primeira vez que eu a vi sorrir. E senti minhas bochechas esquentarem, tamanha foi a beleza de seu sorriso. Parece que ela era capaz de se soltar mais se o assunto se tratasse de algo que ela gosta.

-H-Hã... M-Mas e você, senhorita... Q-Quer dizer, Hinata...- Ótimo, estava me atrapalhando na frente dela. Me senti besta por estar sem graça por causa de seu sorriso, por mais que ela fosse bonita. - De onde você veio?- Consegui dizer, finalmente, e sem gaguejar. Voltei ao normal quando ela parou de sorrir.

- Não vim de outro país, creio que infelizmente, não gosto muito daqui. Nasci em New York, e moro aqui em L.A desde os meus doze anos de idade.- Ela disse, embora não estivesse sorrindo, pelo menos parecia mais confortável na minha presença, já que não tinha gaguejado.

- Entendo. Bem, quem sabe você não me dá umas dicas, afinal, você já mora por aqui faz um tempo né? Eu me sinto um pouco perdido só de ir até a esquina.- Ri, e a contagiei um pouco. Pois ela riu, e novamente eu me senti um pouco encabulado com aquilo. Idiota. Me xinguei mentalmente.

- M-Mas não é cedo demais?- Ela perguntou. E eu gelei. Um passo mal calculado?

- Há, há, eu estava só brincando. Não leve isso à sério, senhorita Hinata.- Chamei ela daquela maneira novamente. Acho que teria apenas que me acostumar com o meu “eu” cortês. Mas parei de pensar nisso, pois ela riu.

- N-Não se preocupe, eu p-posso te dar umas dicas sim.- Me senti um pouco surpreso com a resposta dela. - Mas só se você me falar e mostrar algumas coisas da Inglaterra, o.k?- Bem, é claro que tinha que ter algo assim. Nem tudo são flores, certo?

- O.k. Negócio fechado então.- Eu sorri de canto para ela. E naquele momento, o professor entrou na sala de aula.


    A aula passou tranquilamente, não cheguei a conversar novamente com a Hinata durante a aula. Embora estivesse até um pouco contente de fazer amizade com ela, já que ela me parecia uma boa pessoa, eu estava vigiando o garoto que tinha me pego em flagrante. Ele não tinha me denunciado ainda, mas eu precisava descobrir mais sobre ele. Mas quem disse que eu não estava gostando? Era um jogo novo para mim, e divertido, uma escapatória da minha vida tediosa, e o que eu tinha de fazer agora, era encurralar o garoto antes que ele me encurralasse. Durante a chamada, eu descobri o nome dele, Uchiha Sasuke.

    O sinal tocou, e a aula acabou, em segundos, os corredores haviam sido preenchidos com alunos desesperados para sair da escola, eles eram como eu, estavam apenas querendo escapar da vida tediosa. Mas eu não podia deixar meu alvo escapar, e lá estava ele, Uchiha Sasuke, tinha recolhido a mochila, e saído da sala de aula.


- Tchau, senhorita. Te vejo amanha.- Eu acenei para a Hinata, e ela retribuiu. Então eu sai da sala de aula.


    O jogo começou! Eu estava seguindo os passos dele com cuidado. Ele estava à uns sete metros de distância de mim, e havia pessoas caminhando na mesma direção que nós, então seria um pouco difícil ele me ver por ali. Olhando para trás talvez tivesse sido um pouco entediante, já que durante todo o caminho, Sasuke não olhou para trás sequer uma vez. Mas eu me sentia extasiado com a idéia de fugir do olhar dele, de seguir ele sem que fosse notado. Eu queria cometer um crime perfeito, para compensar a minha falha no refeitório, eu tinha que encurralar ele. Caminhamos durante uns seis ou sete minutos, até que finalmente ele desceu para a estação do metro. Eu, obviamente, o segui. Sasuke não comprou um ticket para entrar, ele já tinha um. Droga! Isso iria me atrasar. Corri até o balcão, e esperei pacientemente a senhora que estava na minha frente ser atendida. Passei o dinheiro por debaixo do vidro de proteção, e peguei um ticket. Coloquei o ticket na máquina, e pronto, passei.

    Corri, o atraso poderia me fazer perder o Sasuke de vista, e isso não podia acontecer. Eu não podia falhar duas vezes. Não! Desci as escadas com pressa, e quando cheguei lá embaixo, comecei a vasculhar o local com o meu olhar. Não o encontrei. O lugar estava cheio de estudantes, seria difícil encontrar alguém por ali sem ser percebido. E foi ai que eu gelei. Senti um toque sobre meu ombro. Virei minha cabeça lentamente, e meu olhar encontrou o dele. Ele estava sorrindo, mas dessa vez, não era um sorriso cínico como o do refeitório, era algo mais simples.


- Você estava me seguindo, Uzumaki?- Ele falou ironicamente.
- E porque eu faria isso? Ah, como é seu nome mesmo...- Fiz uma cara de desentendido. - Sasuke, certo?- O jeito era me fazer de idiota e partir para o teatro agora.

- Não tente se fazer de idiota. Eu vi o que você fez com o Gerard hoje.- Gerard? Bem, eu não sabia que o nome do cara era Gerard, mas eu definitivamente sabia quem o Gerard era.

- Eu não sei nem quem é Gerard.- Respondi, ainda me fazendo de desentendido.

- O cara da bandeja.- Dei de ombros, e ele soltou uma risada abafada. - Você não entende? Não estou tentando te acusar de nada, me interessei por você.- Eu me assustei e dei um passo para trás.

- S-Se interessou? Como assim?- Ele deu um longo suspiro, irritado.

- Não dessa forma. Eu me interessei porque você tem feito o mesmo que eu.- Ele sorriu, vitorioso. Vitorioso pois sabia que agora ele tinha definitivamente chamado a minha atenção.

- O mesmo que você?- Perguntei.

- Você está tentando escapar dessa vidinha tediosa. Você quer emoção. E pra isso você faz aquele tipo de coisa, como a que você fez com o cara da bandeja hoje. Eu te entendo, porque eu sinto o mesmo.- Aquele cara não era comum, disso eu tinha certeza. Mas senti que valia a pena me arriscar.

- E daí?- Eu me entreguei. Desisti do meu showzinho de teatro, para escutar o que ele tinha a me dizer.

- Há, acabou de admitir que é verdade.- Ele olhava para mim satisfeito, triunfante. Naquele hora eu tive vontade de socar o Sasuke, mas fiquei quieto. - Enfim, o que eu quero na verdade, é um comparsa.- Dessa vez, eu soltei uma risada abafada.

- Um comparsa?- Ele assentiu. - Pra cometer crimes perfeitos?- Os olhos dele brilharam com fervor com as minhas palavras.

- Crimes perfeitos? É isso que você faz? Gostei da idéia. Embora eu não tivesse um nome para ela em minha cabeça.- Ele deu um passo para a frente, e estendeu a mão. - Você não quer fazer com que a vida tenha um pouco mais de emoção? Não quer um comparsa para te ajudar com seus crimes perfeitos?- Eu fiquei calado por um instante. E em seguida, apertei a mão de Sasuke.

- Eu acho que poderia ajudar.- Soltei a mão dele, e mantive minha pose. Sorri. - Companheiros?

- Sim.- Ele respondeu. - Já tem alguns planos bolados em sua mente maquiavélica?- Dessa vez, ele me mostrou o sorriso cínico. Aquele que eu tinha visto na lanchonete. Mas por incrível que pareça, éramos cúmplices, pois eu sabia que tinha o mesmo sorriso cínico em meu rosto naquele exato momento.

- Muitos.- Disse, por fim.


    Eu senti que não tinha escolha a não ser aceitar a proposta de Sasuke, mas no fundo eu sentia que poderia ser interessante ter um parceiro. Quem não queria tornar a vida um pouco mais interessante? Eu era só mais um adolescente procurando o que fazer, embora eu não fosse comum. E eu não sabia aquele dia, que minha vida tomaria outro rumo. Aquele foi o começo de minha vida de “crimes” perfeitos.


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Notas finais do capítulo

Responderei quaisquer dúvidas que tiverem, basta deixarem um review perguntando. n.n