Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 15
Capítulo 15- Preocupações


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. õ/
Bem, antes de mais nada, queria agradecer aos reviews, porque dessa forma vocês me deixam mais feliz e eu acabo me inspirando mais para escrever. *-*
Em segundo lugar, eu gostaria de fazer propaganda da minha mais nova fanfic:
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/119549/Cisne_Mudo
É uma fanfic NaruHina, uma one-shot, bem simples, se gostarem, recomendo que leiam. n.n
Gostaria de pedir para aqueles que lerem, que por favor, deixem um review (nas duas fics *-*). õ/ Boa leitura. n.n



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Capítulo 15- Preocupações




     Por alguns segundos eu senti como se tudo tivesse parado, eu simplesmente não podia acreditar no pedido que Gaara tinha feito, ele queria que eu o ajudasse a investigar a Perfect Crime Society? Como isso pode ter acontecido?! Eu não o vejo faz dois anos, ele não deve confiar em mim tanto assim, porque está pedindo a minha ajuda? Será que ele suspeita que eu faço parte da PCS? Antes que parecesse estranho demais, eu voltei a falar.


– E-Eu não sei, eu teria que pensar... Embora eles tenham me deixado intrigada. – Ele não pareceu gostar muito, mas apenas respirou fundo e mexeu nos cabelos. – Mas... Porque eu? Porque logo agora depois de dois anos? Ele colocou as mãos nos meus ombros e olhou nos meu olhos.

– Não consegue ver através disso aspirante? – Ele riu, e abriu os braços mostrando para mim minha própria escola. – Você estuda aqui, eles surgiram aqui, que contato melhor que você eu poderia ter? – Talvez a garota que você seqüestrou, cretino. Fingi um sorriso.

– Você está certo, de qualquer forma, eu tenho que pensar, tente entrar em contato comigo daqui há alguns dias, eu posso te passar o meu telefone. – Abri minha bolsa e retirei uma caneta e tirei uma folha do meu caderno para escrever o telefone e o meu endereço de e-mail. – Aqui. – Ele pegou, e apenas assentiu. Olhei para o Kanji, que era algo novo para mim. – O que significa a tatuagem?

– É um Kanji, significa amor. – O que? Não me deixe ainda mais confusa Gaara, você era um ótimo garoto, se tornou um seqüestrador, e tem o Kanji que significa amor tatuado na testa?! – Minha mãe tinha uma tatuagem igual no ombro esquerdo, essa tatuagem é apenas uma homenagem à pessoa dela. – É claro, a mãe dele, se havia uma explicação para o novo Gaara seria o que aconteceu com a mãe dele no passado.

– Entendo... É um gesto muito belo da sua parte. – Falei.

– É... Eu acho que deveria ir, seu namorado está quase perfurando minha cabeça com o olhar. – Ele gesticulou na direção de Naruto, que de fato, não parecia nada feliz. Eu corei com o comentário. – Acho que ele está com ciúmes.

– Ele é só um amigo... – Gaara riu e apenas acenou, indo embora, mas sem não antes me dar um ultimo alerta.

– Eu estarei por perto de vez em quando, mas darei alguns dias para que você responda se quer trabalhar comigo ou não. Até mais. – E ele continuou caminhando na direção da saída, reavivando minha memória da ultima vez que havíamos nos encontrado.


     A sala de estar estava cheia, não completamente, mas o bastante para que me incomodasse, eu não tinha passado por muitos dias como esse, mas havia passado o bastante para saber que era sempre assim quando alguém importante morria, as outras famílias de prestígio eram convidadas para o enterro e para uma confraternização logo após. Não havia lugares para sentarmos, então eu, Neji e Hanabi ficamos próximos da escada, encostados na parede, enquanto meu pai e meu tio conversavam com o pai de Gaara. Neji estava batucando na madeira da parede com os dedos, e isso estava me irritando um pouco, mas eu estava me controlando.


– O que você sabe sobre o caso da sua esposa? É verdade o que King me disse? – Meu tio perguntou.

– O que ele disse é verídico, quanto aos detalhes... – O homem falava entre prantos, era realmente necessário perguntar esse tipo de coisa? O pobre coitado havia acabado de perder a esposa. – Gaara estava lá, ele viu tudo... P-Pobre c-criança, ficará marcado pelo resto de sua vida... – O homem soluçou. Gaara tinha visto tudo? Meu Deus, como pode? Olhei para o outro lado da sala, e lá estava Gaara, no canto, parecia desolado, olhava para o chão, mas parecia estar olhando para um lugar muito mais distante.

– Nós fomos avisados... Não deveríamos ter nos envolvido com isso, só de pensar que poderia ter sido minha esposa e o meu Neji... – O Tio Hizashi parecia genuinamente preocupado, isso significava que nós estávamos em perigo? A morte da senhorita Karura estava envolvida com a investigação deles?

– Cuidado com as palavras Hizashi, tem crianças aqui. – Hey! Eu não sou uma criança, pai, eu tenho quatorze anos!

– Hiashi... Você tem conhecimentos amplos na área da psicologia, então, será que poderia conversar com o Gaara? – O senhor Saikyo estava pouco melhor, ainda estava acabado, mas melhor, não estava mais chorando. Meu pai nada disse, apenas saiu de perto e caminhou na direção de Gaara.


     Meu pai estava quase chegando perto de Gaara, mas algo fez com que ele parasse, um homem estava cambaleando e dançando entre ele e Gaara, ele estava muito bêbado, estava rindo, de repente todos na sala de estar o encaravam com desgosto. Como alguém pode ser tão ignorante e desprezível?


– Ah, eu batia nele. – Neji disse.

– Eu também. – Comentei.

– Eu vou bater nele. – O pai de Gaara falou, estava furioso, mas Hizashi o segurou e fez um sinal negativo com a cabeça. Um lembrete de que tal ação seria uma escândalo muito grande para ele e a carreira dele.


     Não foi preciso que o senhor Saikyo fosse até lá bater no homem bêbado, Gaara o fez, e fez com maestria,  foi um gancho de esquerda no maxilar do homem, eu pude ouvir o estalo dos ossos de longe. O homem caiu no chão, sua boca estava cheia de sangue, e ele parecia desesperado, Gaara o olhou com desprezo, por um momento o salão inteiro ficou em silêncio e assistiu enquanto Gaara fez sua saída passando por uma porta de madeira direto para a cozinha.



     Eu acho que a morte da senhorita Karura poderia ter afetado o Gaara de tal maneira, lembro que na confraternização foi dito que Gaara não tinha chorado nem uma lágrima desde o momento em que foi encontrado ao lado do corpo da mãe. Estava tão distraída que nem percebi que Naruto estava ali até que ele tocasse na minha mão.


– Você o conhece? – Ele perguntou, sério.

– Ele é o Gaara, um dos filhos do Saikyo. – Naruto nem mesmo me deixou falar, estava ansioso e um pouco perturbado.

– O que ele queria? – O pior.

– Ele queria me chamar para investigar a Perfect Crime Society e descobrir quem são seus membros, assim como vocês, ele sabe do meu potencial. – Naruto ficou estático, eu nunca o tinha visto tão chocado, sem saber o que fazer, apenas apertei a mão dele. – Eu disse que ia pensar, eu não sei o que fazer.

– A gente vai pensar em algo, amanha, o.k? – Eu apenas assenti, ele apertou minha mão para me deixar mais segura, e acho que decifrou a curiosidade em meu olhar. – Eu tenho que fazer algo hoje, por isso amanha. – Eu só não quero prejudicar a PCS.

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     Fazia tanto tempo que eu não me sentia tão frustrado comigo mesmo em relação as minhas habilidades, de repente me senti patético, completamente inútil.  Lacrei a caixa da Fenrir em meu ato de desistência, passei a tarde e boa parte da noite trabalhando naquilo, mas não consegui nada, esse tempo inteiro e não consegui penetrar nem na primeira porta da Fenrir. Aburame Shibi era o único que sabia o segredo e estava desaparecido, ele codificou a Fenrir de maneira eficaz devo dizer, 50 portas travadas, cada uma com 75 sub-travas que necessitam códigos de acesso de 7 dígitos para serem liberadas, o maldito podia estar me dando um trabalho dos infernos, mas ninguém podia negar que ele era mais do que um gênio naquilo que fazia. Onde eu devo começar? Quando eu devo começar? As dúvidas constantes em minha mente não obscurecem minha amargura.

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     Estávamos todos reunidos na sala de estar de Naruto, em silêncio por alguns segundos pois todos já sabíamos do que se tratava, bastava alguém s voluntaria a falar e a conversa começaria. Respirei fundo, olhei para minha bolsa em cima da mesa de centro pensando no que pegar mas não consegui pensar em anda, a decisão que eu tinha tomado não era fácil, eu só podia esperar que nenhum dos três garotos me entendesse mal ou achasse ruim o que eu estava prestes a dizer, então eu me levantei, me voluntariando a ser a primeira falar.


– Hã... Garotos, tem algo que eu gostaria de dizer a vocês. – Eles assentiram, estavam um pouco estranhos, pareciam calmos e agitados ao mesmo tempo. Seria isso ansiedade e nervosismo? – Bem... Antes de falarmos sobre o que fazer a respeito do Gaara, eu queria falar sobre o meu pai.

– Não precisa voltar nisso Hinata, desculpe-nos pela ultima vez, não vai acontecer de novo, se você não quer falar, não é necessário.... – Eu cortei o discurso do Shikamaru.

– Mas eu quero falar! – Meu tom de voz saiu mais alto do que esperado, acho que até assustou um pouco os garotos, mas eles permaneciam calmos. – Ele é um detetive particular, um ótimo detetive, seus únicos contatos são políticos, ricaços e privilegiados, ele não é conhecido por fora, mas é um dos maiores detetives que esse país, e me arrisco a dizer, que o mundo já conheceu.

– Bem, mas se é só isso... Porque o medo? – Como assim só isso?! Acho que talvez Naruto estivesse tão surpreso que o estava confundindo,  e deve ter sido impressão minha ter parecido que ele não deu a mínima para isso.

– Se seu pai é um detetive tão bom, ele poderia estranhar seu comportamento  caso ele tenha mudado, e pode ter monitorado suas saídas, caso ele esteja te vigiando, isso coloca a PCS em risco, é por isso que você tinha medo, não é mesmo? – Acho que o Shikamaru poderia ser um ótimo investigador também, ele deduziu tudo que eu sentia rapidamente.

– Sim... Meu medo é de que vocês quisessem que eu deixasse a Perfect Crime Society, e também não é exatamente fácil falar da minha família, acho que para vocês é o mesmo, visto que nunca falamos nada disso um para o outro... – Mas agora eu estou confiando em vocês, e dizendo a verdade, então por favor, não destruam essa confiança.

– Então não se preocupe, nós não faríamos isso, não a expulsaríamos, você é tão essencial quanto qualquer um de nós para isso funcionar. – Naruto disse, sorrindo para mim, e sem pensar, sorri de volta.

– É verdade, mas você só deveria tomar um pouco de cuidado com seu pai, ficar de olho nele, sabe? – Sasuke parecia um pouco preocupado, mas se até ele estava apoiando as palavras de Naruto.

– Não será muito problema, meu pai está mais concentrado na minha irmã mais nova do que em mim no momento.  – Sempre esteve...

– Falar de família é problemático, viu? É por isso que ninguém nunca fala nada. – Todos rimos um pouco, era verdade, tantos problemas, às vezes era simplesmente melhor que não nós focássemos neles.

– Então, sobre o Gaara e o pedido dele, o que eu devo fazer? – Perguntei, mudando de assunto.

– Eu acho que... Que você deveria aceitar a proposta dele. – Naruto falou, para a minha surpresa. – Existem os riscos, caso Gaara saiba algo a mais sobre nós, mas se ele não souber, isso permitira que nós tivéssemos acesso à todas as informações e objetivos dele e do irmão dele, e possivelmente, da irmã dele caso ela esteja envolvida também.

– Isso é verdade,  isso nos deixaria com uma vantagem enorme em relação ao Gaara, e poderíamos descobrir todos os envolvidos na situação. – O gênio nem mesmo precisava ter me dito isso para que eu visualizasse as vantagens de estar naquela situação, mas as desvantagens também pesavam para mim.

– Você acha que agüenta a pressão de se tornar uma agente dupla, Hinata? – Apenas assenti após Sasuke perguntar, eu imaginava que poderia agüentar sim, sempre estarei do lado deles, mas... E os riscos que eu estarei correndo?

– Certo, faremos isso. – Falei, e eles trocaram high fives entre si, e comigo. Shikamaru então se afastou e foi na direção da porta.

– Bem, está meio tarde, eu tenho que ir, hoje minha mãe vai vir pra cá, ela vai passar uma semana aqui. – Ele acenou para nós e fechou a porta.

– Bem, eu vou ali na cozinha beber água. – Sasuke caminhou até a cozinha, ele tentou disfarçar, mas atenta como sou, vi o gesto que ele fez para Naruto com o dedo médio e o indicador enquanto balançava a mão na minha direção. E ele se levantou em seguida, estava um pouco corado, ah, meu Deus, o que você vai fazer Naruto? Cada passo que ele deu para perto de mim eu senti meu rosto esquentar. Até que ele segurou as minhas mãos com as suas e olhou nos meus olhos.

– Deu pra perceber que você está preocupada. Toda vez que você tiver que ir com ele, eu irei estar por perto, não posso permitir que nada de errado aconteça com você, o.k? Então deixe-me protegê-la dessa vez. – Ele me deu um beijo na bochecha, meu rosto esquentou ainda mais, mas isso não importava, o que importava era o sorriso que tinha se formado. A face dele ainda estava próxima da minha, ele olhava nos meus olhos e... Houve um barulho próximo do corredor, Sasuke provavelmente tinha esbarrado em alguma coisa tentando se afastar. Pronto, eu e ele estávamos mais distantes agora.

– Obrigada, Narutinho. Mas eu tenho que ir, o.k? – Ele concordou e me acompanhou até a porta, eu ainda estava atordoada por causa do que tinha acabado de acontecer.

– Se cuida no caminho para casa, tá bom? – Ele falou, olhei para a mão dele, e notei que ele não estava com a chave.

– Não vai fechar a porta? – Perguntei.

– Sasuke já vai ter que ir, eu tenho algumas coisas para fazer. – Só me pergunto que coisas misteriosas são essas. Ficamos parados por um tempo, apenas nos olhando, sorrindo um para o outro, até que tomei uma pequena iniciativa, fiquei na ponta de meus pés, coloquei minhas mãos sobre o peitoral dele e lhe dei um beijo na bochecha, para só então ir embora, andando um pouco apressada.


     Ele olhou para mim por um bom tempo antes de entrar, e eu não conseguia parar de olhar para trás, mas tinha chegado no elevador, então apertei o botão o chamando, foi quando uma súbita lembrança veio à minha mente, eu tinha esquecido a minha bolsa no apartamento! Voltei para lá e caminhei até o apartamento, ainda bem que Naruto tinha deixado a porta aberta, eu girei a maçaneta, e vi que não tinha ninguém na sala, fui até a mesa de centro pegar minha bolsa e então ouvi as vozes dos dois.


– Ela deu um grande passo hoje, confiando em nós. Acho que todos estão melhorando aos poucos, não é mesmo? – Era Naruto, ah, ele estava me elogiando? Que fofo.

– É... Sabe, você não acha que devia falar com ela? – O que? O que?

– Sobre o que? – A voz de Naruto falhou um pouco, ele parecia um pouco tenso. Ah, eu não devia estar ouvindo isso, é melhor eu ir embora. E assim que eu me virei eu pude escutar a frase que me deixou estática, como se estivesse congelada.

– Você confiou no potencial dela, mas tinha suas dúvidas, e por isso invadiu a privacidade dela, olhou o e-mail dela, vasculhou os documentos, verificou fotos e conversas com amigos. Você vasculhou a vida dela praticamente por inteiro, e não achou nada que dissesse que o pai dela era um detetive particular tão prestigiado. – Ele... Fez isso? Ele violou os direitos e os limites da minha pessoa a tal ponto?

– Eu sei que devo falar com ela... Mas como? Quando? Ela vai ficar furiosa comigo, provavelmente decepcionada... Eu fiz por um bem maior, mas quem garante que ela vai entender isso? E apesar disso, eu não quero ter esse angustia aqui por pensar que eu me tornei amigo dela já traindo a sua confiança. – E você estava certo e errado Naruto, não foi por um bem maior, foi egoísmo, não estou furiosa, mas estou decepcionada. O que eu tenho agora não é confiança,  é um coração quebrado e as lágrimas que não posso segurar, eu não entendo...


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Notas finais do capítulo

Deixe um review dizendo o que achou, qual foi a melhor parte, e até mesmo a pior. Isso em deixaria bem feliz. :D

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Minha ultima one-shot. n.n