Renata Volturi escrita por Morgana


Capítulo 16
Capítulo 14




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Cαp.XIV .:Carlisle:. Edward não para quieto um minuto.   Bella e Alec estão sempre juntos, fazendo algo com Nessie, ou até mesmo sozinhos.    E Renata... Bom, esta é outra que não para quieta, está sempre rondando os cômodos parecendo um fantasma. Às vezes ela e Edward dividem o piano. Os dois tocando o máximo possível para se distrair. Isso me irritava.    E Jasper está quase pirando porque Bella está protegendo ela e Alec.   Edward e Renata parecem gêmeos siameses de tão grudados. Daí você pode ter uma idéia do que está acontecendo.    Respirei, passando minhas mãos nas têmporas enquanto olhava os laudos mais recentes e me lembrava do prometido que havia feito à Alice: Deixar Alec ficar. Mas Edward e Renata estavam em tanto alvoroço que não se continham e sempre que eu estava só, eles me perturbavam. Mas o pior já havia passado: Chelsea já havia partido, e o rapaz era menos violento. Qual o problema dele ficar?       A porta foi aberta e Renata passou por ela de forma sinuosa, que nem uma leoa. Mas era bem mais dócil quando estava feliz. Como agora. Ela me sorriu de forma radiante e sentou-se em uma das cadeiras à minha frente.   “Muito trabalho?” seu sussurro era nervoso.   “O que você quer, Renata?” deixei os laudos caírem sobre a mesa e fitei seus olhos dourados.   “Deixaria que eu e Edward fôssemos numa viajem de caça?”   “Mas Renata, você saiu ontem.”   “Eu sei. É que nós queremos ficar longe deles dois. Não se preocupe... Ninguém saberá de nada.”   “Alice.” Era óbvio, assim que tomassem a decisão, minha filha saberia. Mas a certeza com a qual Renata recitava sua frase parecia diferente. “Ela não sabe, não é?”   “Não.” E então ela sorriu. “É só por alguns dias. Nada mais, nada menos. A gente vai e volta. Eu quero ficar longe dele e Edward está irritado com Bella por protegê-lo, então ele prefere manter distância.   Ela não se referia a Alec pelo nome. Ao que me pareceu, a dor que ela sentia ao vê-lo era muito maior do que podíamos adivinhar. Jasper contou-me certo dia que uma nuvem de depressão se apossava de Renata sempre que estava perto do rapaz, e que ele frequentemente tem que alterar seu humor.   “Vão, mas liguem quando chegarem ao seu destino. Que ter certeza que estarão bem.”   “Você se tornou mais pai depois que casou, não foi?” ela sorriu divertida com minha preocupação. “Acalme-se. Cuidarei bem de Edward.” Então ela levantou-se e entregou-me os próprios laudos. Desde que ela veio trabalhar no hospital, tornei-me seu superior e agora tenho que ver tudo o que ela redige. E isso inclui cada longo e bem descrito laudo médico. Cada um deles. Suspirei e recebi as pastas verdes claras que ela me estendia.   “Obrigada.” Ela murmurou, sorriu e voou pela porta. Provavelmente indo ver a próxima criança de sua lista da pediatria. Sentei-me novamente e me preparei para analisar mais quatro pastas, cheia de sua caligrafia fina e desenhada.         .:Edward:.     Nós deixamos a mansão duas noites após Renata falar com meu pai. Depois disso, não tomamos nenhuma decisão realmente importante com relação à viagem para que Alice não percebesse. Depois partimos. Saímos na Mercedes de Carlisle que, como sempre, tinha o tanque cheio. Ela estava nervosa quando deixamos a casa. Alec lançou à ela um olhar do tipo “o que você pensa que está fazendo indo embora?”, mas Bella não tira o escudo do garoto, então eu não pude lê-lo. Mas, ainda assim, enquanto deixávamos Forks, Port Angeles e, consequentemente, Seattle, depois pegando uma conexão em NY para o Brasil, eu sabia que algo muito maior a incomodava:   Nossa exposição.   Renata odiava exposição. Quando fui com Bella para o Rio de Janeiro, ao sair para caçar, encontrei uma pequena família de ‘irmãos’. Eles eram mais amigáveis que o normal. Foram acolhedores, e me ajudaram a caçar os animais sem que eu fosse percebido. Suas mentes eram limpas, então não me preocupei. Mas Renata não aceitaria esse tipo de comportamento. Mesmo sendo aberta a fazer amizades, seu lado protetor a obriga a desconfiar de tudo o que a cerca, acarretando certa brutalidade dos outros de nossa espécie.   Quando descemos em São Paulo, era dia, mas a luz do Sol era tapada por uma nuvem grossa e cinza. Chuva. E muita.    Suspirei, ouvindo o zumbido dos pensamentos ao meu redor. Renata segurou minha mão com fora e nós fomos imediatamente trocar o dinheiro. Quando finalmente pegamos um táxi - o que não demorou muito, visto que a simpatia de Renata é tão contagiante que conseguimos dez logo de uma vez – demos o endereço para o senhor que dirigia. Ele olhava para nós dois com um sorriso enviesado nos lábios. E seus pensamentos eram simpáticos. Um pouco.   Eles são tão bonitos. Será que são casados? Bem, caso sejam, boa sorte. Esses jovens de hoje se casam tão cedo! É por isso que não dura e...   Renata me beliscou. Quando a fitei, sua face era séria.   Talvez não sejam casados, afinal. Ela não parece feliz. Não mais.   “O senhor pode nos deixar perto do parque Trianon, mesmo.” Ela disse. “Nosso apartamento é aqui perto.”   “Sim, senhora.” O velhinho respondeu. Ele sorriu condescendente a ela e parou o carro ao fim do trajeto. Pagamos e descemos do veículo. O taxista arrancou e nós ficamos lá, vendo as pessoas passarem por nós com seus sorrisos. Suspirei.   Vamos. ela pensou. O apartamento não é longe. Seus pensamentos eram em português. Havia o toque ainda educado demais para o século atual demonstrando quão inutilizada havia sido a língua.   “Faz tempo que não falas português, não é?”   Ela sorriu.   “Sim. Faz algumas décadas que não venho ao Brasil. A última vez foi uma repreensão, e só passamos duas noites aqui. Depois tivemos que nos mover para o Sul, para Porto Alegre.”   “Ruim demais?”   “Não. Demetri os localizou rapidamente e logo estávamos em seu covil. Foi rápido, de fato.” Ela disse. Passamos por uma família de cinco pessoas. A filha mais velha do casal demorou seu olhar em nós. Devia ter quinze anos, mais ou menos. Quando ela bateu os olhos em Renata, fechou a cara e deu as costas. Sorri e passei meu braço pelos ombros de minha ‘prima’ baixinha.           Andamos pouco mais de dez minutos, passamos pela cerca frontal e atravessamos a Avenida Paulista – com um pouco de dificuldade. Mais quinze minutos de caminhada. Passamos pela Praça Panamericana depois por outra avenida e estávamos bem perto do Parque Villa Lobos. Então, a fachada de um edifício luxuoso me chamou a atenção. Principalmente quando reparei que nos dirigíamos para lá.   “Ficaremos aqui?” estava incrédulo.   “Sim. Eu planejei isso. Ninguém virá nos incomodar.” Ela sorriu para o porteiro e ele a cumprimentou. Eu a segui.   “Betão, esse aqui é o Eduardo, meu primo. Ele vai ficar lá em casa comigo durante um tempo.”   “Sim, senhora, Dona Renata. Boa noite.” Ele sorriu para nós, fechando o portão frontal. Entramos na recepção e subimos pelo elevador. Sexto andar. Ao sair no hall de entrada, levei um susto. Um por andar. Ela havia decorado a entrada de tal forma que ficou elegante e gótico. As paredes eram vermelho-sangue e os móveis de mogno. Havia um vaso de vidro com duas rosas vermelhas em perfeito estado. Respirei com força e ela sorriu.   “Precisava de algo elegante.”  

“Você é exigente demais.” Brinquei. Ela abriu a porta e nós nos preparamos para a viagem de caça mais longa que já tivemos.



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Notas finais do capítulo

n.a.: Zentchiiiiii!!!! xD
Eu estou "Félix", porque consegui atualizar a fic! aleluiairmãos mas, enfim, obrigada ao povão que comenta, prometo que vou responder os comments algumdia logo.
Amo vocês.
Beijos na bunda.
Leah.



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