Maldito Mestre. escrita por Arizinha


Capítulo 17
Capítulo 17 - ÓÓÓSCULO, O QUÊ? LEPTOSPIROSE!


Notas iniciais do capítulo

Nem vou que dizer que não pude responder os comentários. Porque eu não pude. Droga de vida. Tem um pedaço bônus nesse cap, minha gente! E só tem no cap daqui *--*



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Eu nem podia acreditar, meus pulmões pareciam querer explodir de tanto que eu gargalhava. A turma inteira me acompanhava e Edward tentava morder os lábios pra não seguir o mesmo rumo, mas era inevitável.

Victória pulava em frente ao televisor feito uma galinha depenada na TPM e parecia querer morrer toda vez que uma palavra nova saia de lá.

"Cadê o controle?" questionava, horrorizada. A essas alturas eu já teria desligado da tomada o DVD.

Acontece que tudo ficou assim quando essa doida olhou pra TV e viu que ali se formava um título pegando fogo em vermelho gritante. "Moranguinho do Nordeste". E de lá, acreditem ou não, vinham imagens que se resumiam em "Ah, você, seu diretor, é tão esbelto..." ela exclamava, com roupa de estudante e cara de vadia. Na primeira cena ela aparecia se declarando em frente a um colégio todo pro diretor da escola em um filminho ridículo de quinta categoria.

"Ah, meu Deus! Alguém esconda o diretor Bursts!" exclamou alguém lá do fundo.

"Ah, pra quê? Ele nem é esbelto..." debochou outra.

"Cadê o controle? Desliga! Desliga!" Ela berrou, desesperada.

Edward levantou e foi até a tomada, a desligando. "Eu quero saber quem fez isso."

Ninguém falou nada pra sua cara de sério. Ele me encarou nos olhos, profundamente. "Eu acho que foi a Isabella!" Victória, berrou se agarrando ao pescoço dele.

"Eu não sei porque você pensa assim, a única que demonstrou ser baixa e desprezível deixando um microfone ligado como em uma ceninha de filme foi você, Victória. Acho, sinceramente, que você deve procurar uma boa explicação pra isso ter aparecido aí. Turma, estão dispensados. E Isabella, quero falar com você."

Oh, ok. Estou fudida. Ele usou o Isabella.

A turma saiu e ele ficou me encarando, antes de ir até a porta e fechá-la. Victória hesitou antes de sair, chateada, mas cedeu por causa do olhar furioso de Edward pra ela. Ele veio até mim, marchando, determinado.

"Eu juro que..." ele cortou minhas explicações e agarrou minha cintura, me puxando pra si rapidamente.

Sua mão não deu brecha pra minha pobre desculpa, quando foi pra minha nuca e puxou-me por ali. Seus lábios tocaram os meus de forma cálida e gentil,  dando tempo pra eu recuar. Eu coloquei minhas mãos ao redor de seu pescoço e o abracei, aumentando nossa proximidade. Foi a deixa dele pra agarrar minha cintura com força e puxar levemente os cabelos de minha nuca.

Sua língua brincou com a minha com voracidade e rapidez, sua mão em minha cintura, pela primeira vez, desceu um pouco mais até o cós de minha calça, a mão da nunca desceu pras minhas costas, encontrando a outra e me puxando mais de encontro a si. Eu nunca pensei que o professor Cullen tinha pegada, minha gente, até beijá-lo pela primeira vez. Eu achei que ele fosse um frustrado sexual, mas olha... Estava começando a suspeitar do contrário.

Ele sugou meu lábio inferior demoradamente e o mordeu antes de separar-se de mim e me abraçar, fortemente. "O que foi tudo isso?" perguntei, levemente chocada.

"Eu sinto muito, Bella! De verdade, eu fui um idiota!" ele disse, me olhando nos olhos. "Eu deveria ter visto que Victória era uma...uma..." ele parecia não encontrar palavras.

"Vadia." lhe ajudei.

"Uma vadia antes, Bella." ele suspirou, segurando meu rosto entre suas mãos. "Você me desculpa?"

Eu sorri minimamente, levantando apenas um canto da minha boca, mas tendo que levantar o outro e sorri enormemente pra ele depois. Eu joguei meus braços ao redor de seu corpo e me abracei a seu peito, sendo calorosamente recebida de volta. Suas mãos fizeram carinho na minha cabeça e ele me deu um beijo no topo da mesma.

"Eu desculpo, mas você tem que me agarra no colégio mais vezes." provoquei.

Ele riu e sacudiu a cabeça. "Você é absurda, Bella."

"E você é um chato!" comentei, me soltando e olhando em seus olhos. "Eu tenho que ir. Estou atrasada pra próxima aula e tenho que conversar com as garotas sobre a quermesse." eu revirei meus olhos, divertida. "Vejo você depois, certo? Você tem que me ensinar biologia..." o lembrei.

Ele sorriu torto. "Sim. Você vê, com certeza."

Eu sorri e lhe dei um selinho antes de ir até a porta e abrir. Eu tinha que ir pra próxima aula, sim, mas eu iria pra ela com um sorriso no rosto e vinte quilos a menos nas minhas costas. Edward Cullen era meu e ninguém tasca.

*

"Edward! Eu já cansei desse otário do Mendel!" reclamei, me jogando no sofá.

Eu estava exausta e ele disse que mal havíamos começado. Ele me fez passar a tarde inteira falando de genética, minha cabeça estava explodindo! Eu me joguei no sofá, deitando minha cabeça no braço do mesmo e meus pés no colo do professor, ele bufou.

"Você quer passar na prova ou não?"

"É claro que eu quero." disse, me sentando novamente e ficando de frente pra ele. "Só que eu não quero mais estudar... Posso ganhar nota de outro jeito?" brinquei.

Ele me olhou feio. Eu revirei os olhos divertida. Edward nunca havia me deixado misturar as coisas, ele podia me dar um zero de olhos fechados e superpreocupado, mas dava. É, eu também acho ele um baita filho da puta!

"Pode." concluiu, por fim. "Vire um jeito ou arrume um jeito de aumentar seu QI." sorriu.

"Há-há-há." bufei.

Ele riu e se escorou no sofá também, pondo sua cabeça no encosto. "Eu também estou cansado. Não quer trazer um suquinho, não?"

"Você também não quer uma almofada fofa e uma massagem nos pés?" brinquei, levantando.

"Não, talvez mais tarde." eu revirei os olhos de sua presunção e fui até a cozinha. Peguei dois copos e coloquei suco de maracujá levando pra sala.

Nós tomamos o suco calmamente e colocamos as taças na mesa de centro. "Sabe, isso deveria mesmo me render alguns pontos..." comentei pondo a taça na mesinha.

"Ah, deveria?" ele riu. "Talvez eu dê... Se você me oscular." concluiu.

"Ah, o quê?" perguntei, indignada. "Mas saí pra lá, seu pervertido!" exclamei lhe jogando uma almofada.

Ele gargalhou alto antes de me puxar pra cima dele, me sentando em sua frente. "Oscular é a mesma coisa que beijar, Bella."

"Ah..." eu disse, minhas faces rubras.

Ele sorriu e colocou as mãos ao lado do meu rosto, dando-me um selinho. Eu mordi seu lábio inferior e ele segurou minha cintura. Eu joguei meus braços ao redor de seu pescoço e ele me osculou. Credo, essa palavra pega. Ele massageou minha língua com a dele levemente, me dando uma sensação indescritível de calma. Eu amava beijar Edward, se eu pudesse, passaria a maior parte do meu tempo o beijando.

Ele tocou suavemente a minha pele das costas por baixo da blusa, subindo até a cintura depois. Eu jurei que ele fosse tirar minha blusa, sério, mas ele não o fez. Eu coloquei minhas mãos em seus cabelos, completamente entregue ao beijo e ele apertou-me ainda mais contra ele, tirando suas mãos de minha cinturas pondo em meu pescoço. Uma de suas mãos desceu pra minha cintura e a outra continuou acariciando meu pescoço, enquanto ele distribuía beijos por ali. Eu pendi minha cabeça pra trás, aproveitando todos os seus beijos em meu ponto sensível.

Ele afastou a manga da minha regata, junto com a alça do meu sutiã, para o lado, dando beijos e leves mordidas em meu ombro direito. Sua mão segurando meu braço com delicadeza. A mão que estava em meu pescoço, saiu de lá e desceu, tocando em meu peito no percurso e indo até a barra da minha regata. Eu estava sentindo algo ganhar uma vida lá em baixo - embaixo de mim! -, e arfei quando o senti puxar minha regata suavemente.

Eu pensei em soltar um comentário espirituoso do tipo: "Há-há otário, quem é a garotinha que não interessa você agora?" mas tranquei minha língua dentro da boca e levantei meus braços, o deixando retirar a peça suavemente por eles. Suas mãos voltaram para meu corpo, tocando na renda da borda da minha peça íntima e sorrindo pro rosa vibrante da mesma.

Eu corei, é óbvio. "Tão...você, Bella." ele murmurou, suspirando.

Eu sorri minimamente pro seu comentário, envergonhada. Ele tocou em minhas costas, me beijando suavemente agora. Sua língua não marcava território, ela acariciava a minha com devoção. A ponta de seus dedos subia e descia na linha da minha coluna, me arrepiando inteira. Eu me afastei suavemente dele, pondo minhas mãos em sua camisa xadrez por baixo da mesma e a fazendo escorregar por seus ombros. Ele me ajudou a tirar a camisa branca que ele usava por baixo, e eu, arfei quando encarei seu peito. Eu já havia visto várias vezes, mas agora, diferente das outras, eu podia tocar.

Eu acompanhei a linha vaga entre seus gominhos que ficava no meio de sua barriga, descendo até o cós de suas calça e abrindo o seu cinto, sem realmente o tirar. Edward agarrou minha cintura quando sua pele se arrepiou completamente e eu mordi meu lábio inferior, antes de dar um suave beijo em seu pescoço e mordiscar seu lóbulo, dando leves mordidinhas em sua pele abaixo da orelha.

O senti agarrar meu cabelo e deixar meu pescoço a mostra pra ele. Ele começou a beijá-lo, mas parou, parecia ter uma ideia melhor. "Você vai ter que usar uma manta amanhã." a principio eu não entendi, até ele dar um chupão no meu rico pescocinho. Tentei o impedir, mas não consegui.

"Cretino!" comentei, furiosa. Ele sorriu e eu sorri também, porque eu fui até seu pescoço e suguei a região, deixando um hematoma enorme ali. "Está marcado. Esse roxinho aí quer dizer Isabella Swan, ok?" brinquei.

Ele sorriu e me deitou no sofá, caindo por cima de mim e deixando sua boca a milímetros da minha, quando ele falou senti seus lábios roçarem nela "Então isso significa que eu sou seu?" perguntou, me olhando nos olhos.

"Pra sempre." prometi.

Ele não esperou mais nada pra me beijar novamente. O encaixe perfeito. O beijo perfeito. A tarde perfeita.

Acabamos nos separando rapidamente quando ouvimos barulho na porta, Zafrina havia chegado pra limpar a casa e acabou atrapalhando nosso lindo amasso.

Nós passamos a tarde inteira conversando naquele dia. Ele me ensinou o resto da matéria e eu fiquei de ir na casa dele no domingo, depois da quermesse de sábado, pra terminarmos de revisar tudo. Eu dormi aquela noite com a cabeça nas nuvens. Ele foi gentil, simpático e extremamente amoroso comigo a tarde inteira. Acho que era aquela coisa chamada peso na consciência, mas enfim, estava tudo direitinho agora.

Amanhã era a quermesse e eu estava louca pra ver como seria. As garotas do time de animadores arrumaram tudo, eu fiquei de fora por ser desastrada e azarada, mas tudo bem, eu supero. Amanhã as nove eu deveria estar com a cara mais disposta que eu conseguia e vestida com o meu lindo uniforme de líder de torcida e com meu melhor tênis branco, porque eu iria passar o dia inteiro me movendo.

A noite tinha o luau do Jacob, que seria até tarde e várias pessoas iriam pra ajudar com o dinheiro. Eu esperava mesmo conseguir o fundo. Quil era legal... Eu bocejei alto e me aninhei no travesseiro. Estava tarde e eu estava mesmo com sono.  Esse deve ter sido um dos meus últimos pensamentos antes de dormir.

*

"Vamos lá! Vamos lá!" Eu chamei, sacudindo meus pompons. "Vamos, gente! Isso, isso, isso! Ah, quase..." fiz um muxoxo e sorri quando o cara errou o chute. "Foi por pouco!" o consolei. Ele riu e saiu dali.

Eu estava ajudando as garotas com o chute vencedor. Eu tinha que animá-los! Minha colinha alta chacoalhava junto com a Rose, que gritava frenética pro próximo jogador.

"Isso, isso, vai, vai, vai... E Errou! Que pena!" Ela disse, fazendo um beicinho forçado.

A quermesse estava sendo um sucesso! Havia feito sol como Jake previu e toda  cidade estava lá. Eles haviam colocado um mini parque de diversões no canto esquerdo, perto de onde ficava o tiro vencedor. O parque tinha roda gigante, carrossel e brinquedo infláveis, onde as crianças gostavam de estar. Havia brinquedos com tiros e pescaria também, tirando as barraquinhas de algodão-doce, cachorro-quente, batata-frita, refrigerante, barraca do beijo e barraca de recados, onde admiradores e admiradoras secretos mandavam lindos recados para os seus grandes amores.

Os garotos do time de futebol estavam todos uniformizados e animados, tentando fazer milhares de coisas ao mesmo tempo pra ajudar o amigo, assim como nós, as líderes de torcida, que estávamos totalmente enfiadas nisso.

Edward também estava ajudando, assim como os outros professores, no parque de diversão e nas áreas de compra. Eles, as vezes, apareciam passeando por aí, mas era detalhe.

Meu celular apitou preso a minha meia, eu me agachei e catei o alarme de meu sapato o fazendo parar. "Rose, em cinco minutos eu tenho que substituir Jéssica na barraca do beijo." anunciei, indo até a loira com o cabelo e roupa iguais a mim, assim como todas as outras animadoras. "Não esqueça de vir me substituir em uma hora! Por favor, ceder minha boca.. Argh... Ainda bem que não sou mais BV." sussurrei a ultima frase, a fazendo rir.

"É, veremos como o seu descobridor bocal" ela mesma enrugou o cenho pra sua frase estranha  "Se sentirá quando ver toda aquela fila querendo um selinho seu."

"Ai, Rose, não viaja, tá legal?" resmunguei. E corri dali.

Passei correndo por todos aqueles gramados verdes e quase bati em um conjunto de crianças no percurso. Elas me xingaram de coisas muito evoluídas pra criancinhas e cheguei até onde Jess me esperava carrancuda. Eu entrei na barraca que tinha um enorme coração com os dizeres "Barraca do Beijo" e a morena de lá quase me beijou de contentamento.

"Escute bem," ela disse, agarrando meu colarinho antes de eu me sentar. "Aquele gordinho está na fila há três horas lhe esperando e disse que irá por a língua, tome cuidado, aquele velho que está mascando chiclete... Não é chiclete e aquele pirralho chato que está pulando disse que aquele homem do lado dele é seu pai e ele parece ter herpes! Dê um jeito e caia fora, querida! Beijinhos!" e saiu pulando.

"Ui." fiz careta.

Eu me sentei no banquinho e deixei o primeiro menino entrar na barraca. Ele era um nerd do clube de informática e parecia eufórico por sobre aqueles óculos.

"Olha, se eu fizer algo errado, desculpe. É o meu primeiro beijo e eu estou nervoso, ok?" ele disse. sua cara cheia de espinhas inflamadas estava me fazendo ficar histérica, então só concordei.

Ele fechou os olhos com força e fez um biquinho engraçado e se veio! Aquilo me deu um desespero tão grande. A única pessoa que eu havia beijado além de Edward foi.. Ninguém! E o primeiro seria esse nerd feioso e ranhento?

Eu coloquei minhas mãos em seus ombros e o impedi, delicadamente. "Você pediu pra eu eu te avisar se fizer algo errado, certo?"

"É." disse, ajeitando os óculos.

Eu pigarreei. "Ok." sorri. "Então você não pode fazer esse bico." expliquei. "Você tem que fazer o bico depois de estar próximo a boca da garota."

"Ah, tá." e se veio de novo.

Minha boca estava completamente apavorada, coitada. Chegava a formigar. "Hei." eu o parei, de novo. "Não com tanta pressa."

"Hm... OK." disse, impaciente. Eu ia o impedir, mas ele me parou. "Eu estou pagando!" disse, sacudindo o dinheiro em frente aos meus olhos. "Você não tem saída!"

Dessa vez eu fechei os olhos e esperei. Os apertando tudo que dava e imaginando que quem me beijaria seria o Edward. Eu esperei durante cinco segundos antes de abrir apenas um olho. Por que o beijo não veio? Abri meus olhos e dei de cara com Edward, agarrando o colarinho do garoto.

"Você não pode beijar ela!" disse, irritado.

"Por quê?" ele perguntou, irritado.

"Porque... Porque..." ele pareceu pensar, eu lhe olhava meio indignada. "Porque não!"

"Como por que não?" O nerd quis saber, furioso.

"Porque você não pode, é perigoso!" explicou.

"Perigoso?" repeti, incrédula.

"Claro!" Edward concordou. "Ela tem herpes." terminou olhando pro garoto.

"Tem?" ele repetiu, me olhando, procurando a maldita ferida.

"Tenho?" perguntei, procurando também.

"Sim!" ele concordou.

'Não tenho, não!" rosnei.

"Não tem mesmo" o garoto, concordou.

"Tem sim, bem aqui ó!" disse, enfiando o dedo na minha cara.

"Hei!" resmunguei, batendo em sua mão.

"Ela não tem." o nerd retrucou.

"Tem sim! ATENÇÃO: ELA TEM HERPS! HERPS! TODO MUNDO FOOOOORA!"

Cri, cri, cri... Ok, só se ouvia o criquilar dos grilos ali. Ele pareceu bravo por isso e eu cruzei meus braços, irritada.

"HERPS! VOCÊ NÃO ENTENDERAM?" perguntou. "OK! HERPES! HERPS! LEPTOSPROOSE! LEPTOSPROOOOOSE! "

Cri, cri, cri.

"Ok, então vamos falar em uma língua conhecida por todos: MENOS CINCO PONTOS PRA QUEM CONTINUAR NA FILA!" ameaçou.

Todo mundo caiu fora em menos de cinco segundos. Ele me olhou orgulhoso de si mesmo, com aquele sorrisinho de vitória na cara. "Herps, é?" perguntei, com cara de quem é muito legal.

Ele concordou como se fosse muito esperto. Eu lhe olhei azeda e lhe dei um tapa leve na cabeça "Ta aí sua herps! AÍ Ó!" resmunguei, bufando e saindo dali.

Ele esvaziou a fila do beijo! Esvaziou! E agora, todo mundo acha que eu tenho herps ou leptospirose. Eu acho que se a ideia dos cinco pontos a menos não tivesse surgido ele teria dito que eu tinha aids ou algo mais sério!

Irritada, marchei até a barraca que vendia refrigerantes e comprei uma coca.

"Bella..." ele me seguiu. "Você ia mesmo beijar eles todos?" perguntou, estava bravo, pra variar.

"Eles estavam pagando!" cantarolei. "Hello!"

"Mas isso é um absurdo! Isso é prostituição!" exasperou, indignado.

"Edward, realiza!" resmunguei o encarando e abrindo minha latinha de refri, enfiando dois canudos brancos pra dentro. "Isso é uma quermesse e você acabou com a barraca do beijo! Obrigado!" fui irônica.

Eu continuei marchando em direção a Rose. Eu iria lhe avisar do pequeno imprevisto chamado Edward Cullen, eu peguei meu celular e dei um toque pra ela, mas ele me chamou antes de eu conseguir completar a ligação.

"Bella! Você não pode sair beijando outros rapazes!" retrucou, me olhando feio. "É terrível! Eu serei um corno!"

Eu lhe encarei realmente indignada dessa vez. "Escuta aqui, Edward Cullen, você só seria corno se fosse por minha vontade e se estivéssemos namorado. Nenhuma das situações acontece, então..." deixei a frase morrer e ele subentender o negócio.

Uma abelha veio na minha direção, nesse instante, me fazendo desviar. "Droga!" Ela voltou a me azucrinar, vindo na direção da minha lata de refri dessa vez. "Hei."

Ela estava tentando pousar na minha lata e eu dei uma rápida paulada na bichinha. Ela não morreu, mas voou uns bons metros. Ela voltou novamente, só que dessa vez, ela mirava minha mão. "Hei! Para!" é ÓBVIOOO que ela não me entendeu.

Eu comecei a me sentir desesperada e dei outra paulada nela, mas agora já eram duas. Eu comecei a estapeá-las e me desvencilhar dos insetos de qualquer jeito, mas estava sendo impossível.

"Largue a lata" Edward aconselhou.

"Nem pensar, eu recém abri."

Elas vieram pra cima de mim e eu vi que já não eram mais duas ou três eram quase um colméia! Eu sai correndo a toda velocidade quando vi que aquele enchame de abelhas vinha atrás de mim. Eu não sabia se gritava, esperneava ou largava  a coca, só que a essas altura,s a única coisa que eu sabia que deveria fazer, era correr.

E como eu corri.

"LARGA A COOCA!" Edwrd berrou, teimosa, o ignorei.

"NÃO!" berrei de volta.

"AGOOOORA!" ele berrou.

"NÃO!"

Eu corri mais uns dois metros e olhei pra trás, vendo que já estava despistando as bichinhas e quando virei pra frente, com um sorriso no rosto de pura vitória, eu dei de cara com uma multidão enfurecida. Eu quase levei um soco de uma doida que batia violentamente em uma mulher. Edward corria atrás de mim e também se atrapalhou na briga. As abelhas a sobrevoaram, maravilha!

Eu segui correndo com Edward berrando atrás de mim e a lata de refri em mãos e não percebi que tinha uma pequena fonte artificial ali. E sabe o que aconteceu? Eu virei uma cambalhota na beira da piscininha e caí lá dentro. Eu tombei pra dentro da água rasa e engoli metade do líquido infernal que tinha ali.

"COF, COF, COF!" emergi, cuspindo a água e tossindo, afogada.

As abelhas haviam se dissipado.  Edward chegou exausto onde eu estava e me encarou, incrédulo.

"Eu ganhei!" sorri, chacoalhando a lata.

"É, um banho!" ele devolveu, gargalhando de mim.

Que maravilha de quermesse!

IRINA POV

Ok, ok, ok. É agoora que essa vagabunda vai ver com quantos paus se faz uma canoa! Onde já se viu roubar namorado das outras e fugir pra Forks pra não apanhar?

Argh! Eu disse que cataria ela até o quinto dos infernos! E, se quer saber, acho que aqui não está muito longe.

Aqui só tem uma escola, então me dirigi pra beleza de lugar, procurando encontrar a ruiva filha da puta que roubou Laurent de mim.

Não foi muito difícil achar sua cabeleira ruiva pela multidão, então tratei logo d elhe puxar os cabelos com força, fazendo meus cabelos loiros chacoalharem e minhas roupas roçarem levemente em minha pele. Eu estava de calça jeans, tênis all star preto e regata.

Uma mulher diferente me olhou, brava. “Por que fez isso, sua maluca?”

“Er... Hm... Desculpe!” e saí correndo dali.

Credo, eu preciso ter certeza antes de... Ah, ali está ela. Ela estava toda metida com uma saia cintura alta que ia até pouco antes do joelho preta, blusa branca e tênis all star branco.

Como eu disse: Toda metida, se achando com aquele cabelo de vassoura dela.

Não pensei muito, marchei até onde ela estava e lhe puxei o cabelo.

“Irina?” perguntou, me encarando. Os olhos em fendas apertadas. “Que está fazendo aqui, sua vadia?” ela estava irritada.

“Eu?” sorri, “Eu vim acabar com você!” comentei.

Eu estava com muita raiva acumulada pra prestar atenção em meus atos. Enfiei com tudo a mão na cara dela, tentando deixar minhas unhas em sua face.

Ela me olhou, furiosa e agarrou meus cabelos. Nós duas giramos um pouco, um puxando mais forte que a outra a todo instante. Eu queria arrancar os cabelos da cabeça dela, mas ela me deu uma forte pancada no estômago, me fazendo recuar.

Ela voou pra cima de mim, mas eu inverti as posições a joguei no chão, batendo duas vezes em seu rosto, em seqüência. Um grupo já estava na nossa volta.

“Arrebenta! Arrebenta!” berrou uma baixinha de cabelos pretos.

“Vagabunda!” Victória tentou se soltar, mas eu lhe acertei i outro lado do rosto e o outro, e o outro, e o outro, enfim, bati até cansar.

Eu levantei de cima dela porque me tiraram dali, ela parecia nocauteada, mas abriu os olhos e me mandou um olhar mortal. “Terá volto!” murmurou.

“Pode vir, piranha! Pode viir!”

Quero ver ela roubar alguém de alguém a partir de agora! Hunf!

Bella POV

 Eram seis horas quando eu cheguei em casa. Molhada, suja e, por mais incrível e irônico que pareça, com sede. Charlie estava fazendo a limpeza de rotina em sua viatura quando eu pulei do carro de Rose.

"Hei, Bells!" ele cumprimentou, enquanto  passava a esponja meticulosamente em seu carro. "Como foi seu dia?"

Olhei pra minhas roupas molhadas e sujas e lhe encarei com cara de "Se manca, idiota, olha a minha roupa."

"Ah." ele disse, coçando a cabeça, constrangido.

Eu sacudi a cabeça, negativamente e fui entrando em casa. "Bella!" ele chamou, novamente.

"Sim, pai?" perguntei, já abrindo a porta.

"Que você acha de passear comigo depois que eu terminar aqui?" quis saber, sorrindo. "Quero dizer, como fazíamos quando você era menos..." explicou.

"Hm." disse, enrugando meu cenho e fazendo meus lábios ficarem em uma linha fina. Qual era a dele? "Acho... Bom. Pode ser amanhã? Eu tenho que sair hoje e tudo mais..." disse, pausadamente.

"Claro." ele sorriu. "Então, quer que eu a leve no luau?"

Eu enruguei meu cenho de novo. Informado demais.

"Não, pai, obrigada. Eu me viro, ok?" disse, deslizando pra dentro da porta sem esperar ele responder.

Eu ainda tinha que me arrumar, afinal, daqui a pouco tinha o bendito luau e, bom, - pensei, me olhando no espelho, desgostosa - eu precisava ir bem bonita. Quero dizer... Gente importante estará lá. Eu sorri pro meu reflexo imundo. Meu dia foi terrível, mas, de um jeito estranho eu estava feliz.

Talvez por causa daquele ciúme ridículo de Edward hoje a tarde, não sei.

Peguei uma toalha e levei pro banho, colocando meus tênis e roupas sujas no chão do mesmo e me enrolando em um roupão. Meu celular tocou. "Hei, Alice." cumprimentei, direto.

"Você não sabe da maior!" ela berrou, do outro lado. "A Victória levou a maior surra da vida dela hoje!"

"Como?" não acreditei.

"Ela apanhou bonito! A loira é uma tal Irina, meu Deus! Eu lhe explico depois! Mas, u-au! Ela nunca mais vai querer dar as caras aqui depois de ter ido pro hospital de ambulância." e desligou.

Credo. E eu achei que me dia não podia melhorar...

Eu dei uma ajeitada no meu cabelo ainda sujo, encarando a noite gostosa e estrelada. Aquilo ali era um milagre em Forks, assim como os meus surtos de bom humor.

Eu sorri antes de murmurar: “ Então vamos ao luau!”


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Notas finais do capítulo

Viu? Como prometido está sendo postado hoje. Exatamente um dia e cinco horas após eu ter postado ontem.

Só falta um capítulo pra igualar, minhas lindas, e eu posto amanhã de manhã. Não sei ainda. É que tipo, amanhã tem o ENEM, sabe? E daí vai ser teeeensa minha moring como está sendo agora.

Vai ser o teste mais importante de nossas vidas, o mais chato, cansativo e insuportável também, então, eu, como autora e não vestibulanda, acho que todas nós, as que vamos fazer o ENEM merecemos chegar em casa e ler alguma coisa engraçada, espero, que MM dê conta do recado!

Amanhã eu posto a hora que eu chegar ou antes de sair, depende da hora que eu acordar, mas enfim!

ESSE CAPÍTULO É DEDICADO À TODAS QUE IRÃO FAZER O ENEM!

E eu quero mandar beijos especiais pa todas vocês e, outros, muito especiais pra linda da MOllyHart! Fez uma capa perfeita e ainda recomendou a história *---*

Bem, beijos a todas! Não esqueçam de manter a calma e a concentração amanhã!

Amo vocês! E boa prova, porque sorte, é pra quem precisa. E nós passaremos com ou sem ela!