Hated escrita por Juliana133


Capítulo 26
Capítulo 25




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Os quatro foram pra área do embarque e viram o avião de Bill partindo atrás de uma grande.
— Adeus Bill! - Jullie disse e sentiu seu coração leve, “libertado” daquele sentimento que ela estava pronta pra desistir.
— BILL! - Tom berrava pro avião, o que chamou a atenção de Jullie - DÊ O SEU MELHOR! BILL, CUIDE-SE! BILL!!
Tom berrava a acenava pro avião que já estava no ar a uma hora dessas.
Jullie olhou Tom quase subindo a grade de proteção e sorriu, aquele com certeza era um Tom completamente diferente do que ela costumava ver.

 

— Minha opinião sobre ele mudou um pouco. - Jullie sorria com a lembrança de Tom, era impressionante como ele podia ser um estúpido arrogante e uma manteiga derretida as vezes.
— Hmmm! É a amizade entre homens, nunca se entende mesmo. - Ashley sorria vendo Jullie com aquela cara.
— Bem, esse cara não é um cara bom? - Jay falou - O homem que eu amava no passado, era conhecido como “máscara de tigre”...
— Começou... - Disse Ashley, cansada.
— Eles pareciam muito assustadores e violentos, mas esses homens na verdade têm o coração mole, a verdade é que ele é um lutador profissional que manda dinheiro pra orfanatos... Ele não mostra seu lado gentil pra ninguém e é um homem solitário, a única pessoa que podia compreende-lo bem, era eu. - Jay suspirou e saiu.
— Eu não entendo nada do que ela quer dizer. - Jullie olhava pro ponto onde Jay tinha sumido.
— Acho que esse homem é como o Tom, não mostra o que sente a ninguém, é um homem fechado, mas no fundo tem um coração mole e solitário que precisa de atenção e carinho. - Ashley passava um pano molhado no balcão e fazia como se tivesse dito uma coisa muito normal de se ouvir.
Jullie arregalou os olhos pra ela e voltou ao trabalho.
Colocou a mão no bolso do avental e sentiu algo macio, quando tirou viu o lenço de Bill, ainda dobrado, do mesmo jeito que tinha deixado.
— No final, não consegui devolver. - sorriu e guardou o lenço de novo.

— “Para Bill“... - Tom estava sentado numa mesa em seu quarto, e escrevia uma carta pra Bill - “O que achou de Paris?”, “Está bem?” - Se lembrou quando ele beijou a testa de Jullie no aeroporto - “Fale a verdade, você gosta da Jullie?”
— O que você está escrevendo?
— AAAAHHH!! - Tom berrou e se jogou e cima da folha.
Jéssica tinha entrado no quarto e Tom nem tinha ouvido.
— Talvez uma carta de amor? - Jéssica sorriu enquanto tentava ver a carta escondida embaixo do irmão.
— Claro que não! Não entre quando quiser! - Tom baixou a guarda se levantando um pouco tentando encarar a irmã com um olhar severo, e ela foi rápida pra pegar o papel.
— O que é isso? Tom sua letra é horrível. - Jéssica virava a cabeça tentando entender alguma coisa.
— Bill. - Disse Tom, pegando o papel - Que bom que não entende, assim nunca vai ler minhas cartas sem eu saber. - Ele resmungou e foi se sentar em outra mesa.
— Quer que eu escreva pra você?
— Claro que não. Assim não consigo transmitir o que eu sinto.
— Tom, o que você quer dizer a ele? - Se aproximou dele.
— Aquele desgraçado, partiu pra França atrás da Adrienne.
— Ah, então foi isso. O Bill também consegue não...
— Não é brincadeira, ele até deixou os amigos pra trás.
— “Quando se ama, deseja-se fazer coisas pelo amor”, “Deseja-se sacrificar-se pelo amor”, “Deseja-se servir ao amor”.
— Hã?
— São passagens do conto de Hemingway. - Jéssica se sentou no sofá e cruzou os braços, Tom virou a cabeça, não entendendo nada - Quando você amar alguém, verdadeiramente, do fundo do coração, você vai entender o que eu disse.
Desviou o olhar da irmã, pensando nas ultimas frases dela.
— Mas sabe Tom, você tem um lado agressivo, então lembre-se: “Se estiver com pressa, dê voltas” (Ditado japonês equivalente a “A paciência é uma virtude”), não se pode comprar o coração de uma pessoa com dinheiro, pra ser amado, você primeiro deve amar.

Tom bateu na mesa quando se levantou.
— Tô ferrado mana! Eu agora, sinto como se um trovão tivesse me atravessado.
— Que? Essa frase não é usada dessa maneira! - rindo
— Eu preciso mudar completamente minha percepção. - A encarou
— Como uma percepção pode ser mudada...
— Essa é a minha irmã... - Tom se sentou do lado dela e lhe deu tapa na perna, fazendo Jéssica gemer de dor - Muito obrigado, sério. Quando você deixar o país amanha, pode ir tranqüila, a próxima vez que você voltar, vou ter algo pra te mostrar - e se levantou, todo empolgado.
— Está tudo bem, ir embora assim?
— OK! OK! - Tom voltou a se sentar a mesa e escrever a carta, fazendo planos em sua mente.

 

 

Jullie se sentou pra almoçar, abriu as tigelas e estava pronta pra primeira garfada quando ouviu vozes enjoadas.
— O Bill foi embora, coitada.
— Adrienne também não vai voltar.
— Jéssica também voltou pra Los Angeles.
Hannah, Hilary e Belinda estavam a frente de Jullie, a olhando com os olhos tortos e com os braços cruzados.
— Todos os aliados da pobre foram embora. - Disse Hannah e as três riram.
Jullie bateu na mesa e se levantou, irritada.
— Se têm algo contra, me enfrentem, sempre estou pronta pra briga.
— Não precisa ficar tão... - Belinda ia dizendo quando foi interrompida.
Tom apareceu de repente e a empurrou dali, fazendo ela cair no chão.
— Ah.. Fui tocada pelas mãos de Tom Kaulitz! - Mesmo caída no chão, Belinda não esqueceu esse pequeno detalhe.
— Quieta feiosa! - Falou Tom, sem paciência.
— Que cruel. - ela virou o rosto.
Hannah e Hilary se ajoelharam pra amparar a amiga.
Tom olhou pra Jullie e ela enrijeceu.
— Que foi?
Ele bateu na mesa encarando-a e Jullie se segurou muito pra não gritar com o susto.
— Como era... - Tom estava nervoso tentando se lembrar das palavras da irmâ- “Se estiver com pressa, dê voltas!
Ele olhou pra ele e deu a volta na mesa depois parou na frente dela e a olhou.
— Domingo, às 13h00, Ebisu Garden Place, na praça do relógio. - e saiu.
Jullie piscou algumas vezes, tentando entender o que ele queria dizer.
— Por que? Por que o Tom vai sair com ela? - Belinda que ainda estava no chão, segurando o pulso, estava tão surpresa quanto Jullie.
— Eu não ouço, não compreendo. - Hilary estava pasma, levou as mãos á cabeça e balançava histérica.
— Quer dizer que isso foi um convite pra um encontro. - Deduziu Hannah.
Todos olharam pra ela e as três gritaram:
— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOO!!!!
— Hã? - Tinha caído a ficha, Tom a chamou pra sair? Que loucura, tinha que verificar.
Pegou as coisas e saiu correndo do refeitório, mas não o achou em lugar nenhum.


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