Na Mira do Inimigo escrita por ladyofcamellias
Notas iniciais do capítulo
Galera, mil desculpas. Queria ter postado antes, mas só agora que saí da época de provas :/
Capítulo 8- Antigas palavras, novos significados.
_E que raios aquela ruiva imbecil fazia lá?_ esbravejava o diretor Dionísio, batendo fortemente com o punho na mesa. E em umas das únicas vezes Quíron sentiu medo dele.
_Percy é confiável._ disse com certeza, sem nenhuma alteração na postura de general rígido.
_Não é o que parece.
O homem continuava a gritar durante uma hora, com um fôlego infinito, esbravejando palavrões para os quatro cantos da sala. Suspirou dramaticamente antes de lhe responder.
_Apenas aguarde._ E saiu da sala batendo a porta. Sentia que a sorte não lhe sorria. Seu otimismo virara poeira na briga infinita entre dois gigantes.
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Era estranho. Todos em aula, fazendo alguma coisa enquanto ela vagava sozinha. Sempre era o contrário. Tudo parecia ter dado um giro de 180º, e ela havia ficado para trás.
Mas não significava que tivesse ido para ruim. Pelo contrário. Enganara-se no começo e sentia tudo fluindo e desaparecendo. Apenas por um momento, afinal era um trégua.
O pensamento lhe dava lágrimas nos olhos e sentia o coração rápido como o vôo de um passarinho. Queria dar piruetas por aí, porém como de rotina, nada ia tão bem assim.
A estranheza de Silena a preocupava. Christie já tentara de tudo para realegrar a menina, já que toda vez que Annabeth chegava perto o choro ficava mais forte. Nunca tivera nada haver com a vida amorosa dela e de Charles, afinal esperava que esse fosse o motivo. Mas então, por que raios algo lhe dizia que não era.
Porém não era hora de pensar nisso, portanto viveria um pouco de cada vez.
Rompeu pela porta dupla e sorriu ao ver que ele estava no exato lugar em que esperava, manipulando habilidosamente um florete. Seria mais fácil do que pensava.
Chegou por trás, e tocou-lhe os ombros. Assustado, quase lhe apunhalou, senão fosse o bom reflexo da menina que pulou para trás.
_Hey_ exclamou assustada, com a mão no coração, mas sem deixar que o sorriso e coragem fugissem._você me assustou.
_Você se assustou?_ ergueu uma sobrancelha, o que fez Annabeth ter um breve pensamento de como isso era sexy_ Às vezes acho que tem manias suicidas.
E virou-se de costas, voltando sua atenção ao que fazia antes, fingindo não medir as conseqüências das próprias palavras ditas. Por dentro seu coração remoia.
_Por quê?_ jogou o cabelo para trás e sentou-se na beirada da arquibancada, batendo os pés. Precisava chamar sua atenção.
Ele deu de ombros e juntou-se a Annabeht. Ambos ficaram absortos em seus pensamentos, até Percy perguntar:
_O que você quer?
Ela virou-se e fingiu surpresa, mesmo que por dentro xingasse a si mesma de nomes terríveis. Ele não era nenhum imbecil e sempre soubera disso.
Virou-se para a garota, o riso lhe escapando. Limpou o canto de seu lábio borrado de batom, aproximando cada vez mais os rostos. Sussurrou em seu ouvido:
_Você não me engana, Annabeth.
E novamente ele falava seu nome daquele jeito doce, que só ele sabia, fazendo todos seus pelos eriçarem. A verdade era que sentia uma atração magnética por ele. Mas não saber se ele sentia mesmo trazia insegurança. Não que acreditasse que a maquiagem fizesse milagres. Nunca tentara, e não foi na primeira vez que funcionou.
Relaxou os ombros, baixando a cabeça e fechando os olhos com força. A única maneira seria dar descarga no orgulho e apelar.
_Preciso da sua ajuda.
Percy novamente riu de sua cara, com a intenção de irritá-la. E conseguiu. Por que Annabeth sempre se esquecia de como poderia ser arrogante e idiota?
_Qual meu motivo para lhe ajudar?
_Precisa de um?
O instrutor de esgrima fingiu pensar por pouco tempo, mas logo sendo direto.
_Sim.
Annabeth sorriu. Essa partida já estava vencida. Dessa vez, ela se aproximou e sussurrou no seu ouvido, tentando provocar todo encanto que ele conseguia.
_Eu sei de muita coisa.
_Muita coisa o que?
Inferno.
_Sabe como é_ ia dizendo Annabeth, a voz acompanhada de um evidente tom de derrota_ Vem aquele maldito concurso de esgrima para ver quem é o melhor. E tem sempre a desgraçada da Clarisse La Rue que me deixa em segundo lugar e...
_ Qual meu motivo para lhe ajudar?
Dessa vez, sem esperar resposta, se retirou da arena, sem olhar para trás uma única vez.Annabeht Chase deveria adicionar ao sue dicionário que a palavra trégua não significava ajuda ou sinal de amizade.
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Thalia Grace tinha muitos motivos para odiar Annabeth Chase. Mas um principalmente parecia saltar de sua gigantesca lista. Ela era melhor.
Em tudo. Sem nenhuma exclusão ou excessão.
E isso lhe dava tanto ódio. Este descontado no saco de pancadas a sua frente. Fazia aliviar a pressão, mas não tudo girar. E ela podia fazer isso por conta própria.
Não precisava de qualquer aluninha mandada por Luke ou algum manda-chuva velho e gordo daquela área. Provaria a todos, logo na partida do jogo que era a melhor. E para início, limparia a área, deixando apenas seu peão no tabuleiro. Luke precisava saber que ela era melhor sozinha.
Adeus, Silena Beauregard.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Curtiram? Eu sinceramente não curti muito, esperava mais desse capítulo. Mas e aí? O que vocês acham que acontece agora? Reviews!!
Bjoos ;*