Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 9
Coisas Que Eu Sei


Notas iniciais do capítulo

Olá!Como vão vocês?Eu não tinha a mínima idéia de que nome colocar neste capítulo, e essa música foi a primeira que eu vi quando abri o Windows Media Player, então ficou ela mesmo.E para quem não lembra, o Lewis é um amigo dela do Canadá e não irmão ou qualquer coisa do tipo.Ao capítulo:



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         Meu pedido logo foi atendido. Em pouco tempo já estávamos em meio à aglomeração de pessoas na saída, eu carregando todos os meus presentes e sendo guiada pela mão de Bill.

– Hey Carol, sua fujona. – me virei na direção da voz conhecida dando um abraço bem gostoso em seu dono.

– Lewis, você veio.

– Não, - Lewis ironizou – tô lá em casa.

– Idiota! – dei uma cotovelada desajeitada nele. Era bom poder agir como criança às vezes, e com ele eu tinha total liberdade de fazer isso sempre que eu quisesse e ser retribuída com atitudes mais infantis ainda.

– Eu estava me culpando por não ter trazido algo para você, mas vejo que isso nem vai fazer falta. – apontou com a cabeça para os meus presentes, e depois olhou para Bill sendo seguido por mim. Ele não estava com uma feição das mais felizes, nem receptivas. – É, - Lewis quebrou o silêncio desconfortável que havia se instalado – desculpa aí não ficar mais mas eu realmente tenho que ir embora.

Dei de ombros. – Eu também já estou indo.

– Vai ter uma festinha particular hein? – arqueou as sobrancelhas bem safado.

Respondi com um murro em seu ombro, quase derrubando tudo o que eu segurava. – Tchau! – completei sem conseguir segurar o riso.

Segui um Bill mudo até o carro. E foi só o tempo de adentrarmos ao mesmo para ele começar.

– Você precisava ter vindo com um decote desses? Eu vi o jeito que aquele idiota ficou olhando para os seus seios.

– Ah, pára. Até parece que eu sou uma vadia que fica se insinuando para todo mundo desse jeito que você fala.

– Mas vocêéuma vadia. – “O QUÊ?” era a única coisa que eu conseguia pensar. Ele tinha me chamado de vadia mesmo? Olhei para ele com a maior cara de assassina, e se eu tivesse visão de calor Bill Kaulitz já estaria literalmente frito. – Não fica me olhando assim, você é mesmo.

Fiz a maior cara de deboche. – Ah é? Eu posso pelo menos saber por quê? – Berrei de raiva. É claro que não precisava de tudo isso, mas eu era explosiva sim, e daí?

– Pelo que você faz comigo. – enquanto ele falava olhei emburrada para a janela seguindo o movimento das ruas enquanto ele dava a partida no carro. Era agora a hora em que o ciúme louco dele iria se manifestar, e ele se deixaria dominar e começar a fantasiar coisas. – Você me domina totalmente sabia? Eu te amo tanto que nem com raiva de você eu consigo ficar. Você é uma vadia por fazer com que eu nem pense mais, que eu nem aja mais, que eu não faça outra coisa a não ser pensar em você. E isso não é justo, uma pessoa não deveria ser capaz de fazer isso com outra.

A minha raiva foi cedendo lugar a uma pequena euforia. Mas eu não ia dar o braço a torcer tão fácil assim.

– E por que você quer ficar com raiva de mim? – perguntei tentando desviar o assunto.

– Você não entende não é? – Bill disse num tom meio de deboche, eu franzi o cenho em sinal de desentendimento. – Eu não suporto que ninguém chegue perto de você. E esses caras parecem que só sabem fazer isso, ficar te olhando com olhos repletos de... luxúria. – cuspiu essa última palavra com uma expressão de asco. – E eu não fico no meu juízo perfeito quando isso acontece. Eu tenho medo que você me troque por qualquer um que se aproxime de você. E eu odeio ficar pensando nisso. Você é minha, SÓ MINHA!

– Você não precisa se preocupar com isso. – disse tão séria quanto ele – eu jamais te trocaria por ninguém, nem que você me enxotasse, nem por nenhum motivo do mundo. Eu não conseguiria ficar com ninguém depois de você.

Bill olhou-me com felicidade e um imenso carinho. Apesar disso eu ainda me sentia desconfortável, não gostava de ficar externando essas coisas, apenas sentir já era demais para mim. Abaixei o olhar e senti a sua mão quente sobre a minha. Eu finalmente sorri, retribuí o toque virando minha mão com a palma para cima e enlaçando nossos dedos. Fiquei o observando enquanto ele olhava fixamente para o trânsito a nossa frente. Por Deus, ele estava tão lindo, tão perfeito. Era difícil acreditar que um rosto daquele pudesse ser o de um simples mortal.

– Vai ficar aí parada pra sempre? – Meu namorado me chamou, sorrindo convencido, e só então percebi que já estávamos parados em frente ao meu prédio.

– Desculpa, é que a sua beleza me entorpece. – desci do carro e catei todos os presentes no banco de trás do carro.

Fui subindo as escadas totalmente desequilibrada, parecendo uma pata destrambelhada.

– Você quer ajuda? – ele olhou por sobre o ombro já no último degrau da escada.

– Não, obrigada. Eu sou capaz de fazer isso. – disse determinada. Bill bufou e ficou esperando até que eu terminasse minha subida. – Eu disse que conseguia. – ao dizer isso quase caí para trás.

– Estou vendo.

Semicerrei os olhos fingindo indignação. – Se comporte guri ou eu vou te deixar de castigo algemado na cabeceira da cama.

– Acho, - olhou pensativo e arqueou uma sobrancelha – que eu vou me comportar como um mau menino a partir de agora para poder receber minha punição. – sorriu e começou a andar, com a mão em minhas costas me empurrando.

O elevador já se encontrava no térreo, nós entramos e logo em seguida uma velhinha. – Boa noite.

– Boa noite. – Bill resmungou e eu pude ver sua cara de “por que ela tinha que entrar aqui agora?” pelo espelho. Meu namorado encostou-se à parede e me puxou para frente dele com as mãos envoltas em minha cintura. Em seguida, sem se importar com a presença da velhinha, começou a sugar o meu pescoço. – a senhora começou a nos olhar assustada.

– Bill, dá pra você parar? Já é difícil eu respirar, ficar em pé, e segurar tudo isso. Com você me assediando fica totalmente impossível. – a velhinha olhou para nós com total espanto e apertou o número do andar mais próximo e saiu dali logo.

– Eu nem disse nada. – soltei assim que ela saiu. Bill ficou rindo e olhando desconfiado para a câmera do elevador. Paranóico.

Descemos na cobertura, ele pegou minha carteira e abriu a porta com a chave que estava lá dentro e digitou rapidamente o código do alarme.

– Eu me arrependo do dia em que disse “sinta-se em casa”. – falei enquanto colocava os presentes no sofá, pela parte detrás dele.

Tentei abrir a caixa de bombons, mas fui atacada. Meu namorado me agarrou me espremendo contra o sofá. Agarrei-me ao seu pescoço e puxava levemente os cabelos de sua nuca enquanto me entregava totalmente ao beijo. Já sentia o calor se apoderando de todo o meu corpo.

Percebi que o telefone estava tocando a um bom tempo. Que insistência, essa pessoa merece ser atendida. Afastei-me com desgosto dele e apesar da sua relutância consegui atender o telefone.

– Alô.

– Que demora. – ouvi a voz conhecida e reconfortante da Marina do outro lado da linha. Olhei para Bill, que estava com a cara fechada, apoiado no sofá. Você que me desculpe amor, mas com ela eu vou conversar. Dei a volta e sentei no braço do sofá. – Interrompi alguma coisa?

– Quase. Hahaha.

– Bom, agora você vai ter que esperar um pouco para se divertir. Me conta, como foi?

– Foi horrível – senti um aperto quando me lembrei disso – eu caí.

– Você se machucou? – bati no sofá chamando Bill para se sentar ao meu lado. Ele veio e assim que sentou me puxou para o seu colo.

– Não, só estou com a perna doendo um pouco.

– Mas... – a voz dela era cautelosa – você... perdeu?

– Não, se eu tivesse perdido não sei o que eu faria. – me senti mal com essa possibilidade que esteve tão próxima. Peguei a caixa de chocolate e coloquei no meu colo. Fui devorando uns bombons enquanto Bill acariciava meu braço. Senti todo meu corpo gritar de alegria ao sentir depois de tanto tempo o chocolate chegando e a endorfina sendo liberado por isso. – Ainda assim, me sinto um lixo.

– Imagino, mas você não precisa se sentir assim. Esquece esse teu perfeccionismo e pensa que ganhou, pronto, isso que importa. Agora eu vou te deixar em paz porque você deve ter coisas mais legais para fazer. Depois eu te ligo, tchau flor.

– Tchau Nina... – Coloquei o telefone no gancho soltando um leve suspiro.

– Se sente melhor? – Bill perguntou acariciando meu rosto.

– Uhum, é sempre bom falar com a Marina. – respondi sorrindo para ele. Era muito bom saber que eu ainda tinha uma alma amiga em algum lugar, muito reconfortante.

– Que bom. – Falou quase num sussurro com um sorriso doce dando leves selinhos em minha boca.

Passei meus braços pelo seu pescoço aproveitando-me da facilidade proporcionada pela minha posição, ainda sentada em seu colo. Os beijos ficaram mais prolongados e logo os lábios foram dando passagem para as línguas se tocarem. Eu não conseguia pensar direito, apenas beijá-lo e sentir todo o carinho que emanava dele. Eu nem era capaz de entender direito o que eu sentia por ele e como este sentimento desconhecido podia me dominar tanto. Depois de um longo tempo o ar se fez necessário e tivemos que nos separar.

Fiquei contemplando aquele rosto perfeito sentindo meu coração bombeando fortemente e rapidamente o meu sangue.

– Eu sou uma idiota mesmo.

– Por quê?



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Notas finais do capítulo

Tem uma parte ridícula nesse capítulo, por isso eu não gosto dele.Mas o próximo é onde 'as coisas' acontecem!Então, até sexta.