Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 8
Grand Prix


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas! (acho q nenhum menino lê isso né?)
Primeiro, muito, muito obrigada mesmo a anne kaulitz pela linda recomendação. Meu apelo funcionou pelo menos para uma pessoa, e claro que a primeira tinha que ser tua né.
Segundo, eu tô com muita pressa, por isso eu não pude ler o capítulo uma última vez para ver se tava tudo certo, então se tiver algum erro me desculpem e me avisem ok?
Terceiro, esse capítulo e o próximo são tipo parte I e parte II. Por isso o final desse ficou bem tosco e ridículo, mas eu tinha que parar em algum lugar.
Boa leitura.



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Incorporei à queda a coreografia e continuei dançando como se nada tivesse acontecido com um sorriso no rosto. Externamente, tudo bem. Internamente, um desastre. Eu estava me sentindo um grande e fedorento monte de bosta, não parava de me recriminar e praguejar nem um segundo, você é realmente uma grande idiota Carol Ford!


Afugentei esses pensamentos e me concentrei na coreografia que agora mais do que nunca teria que ser perfeita.


Finalizei e fui à coxia, aguardar o resultado. Pensamentos suicidas me dominavam neste momento. Eu tinha fodido com toda a minha vida. Socava minha perna, batia a cabeça na parede tentando me punir de alguma forma pela grande idiotice que eu tinha feito e a dor na garganta era grande pelo esforço que eu fazia de prender o choro nervoso. Em meio a idéias de como acabar com a minha vida da forma mais dolorosa possível ouvi alguém me chamando:


– Você ouviu? Você ganhou de novo, de novo. – uma concorrente disse com um tom de voz totalmente desdenhoso e rancoroso. Um ser desconhecido e estranhamente feliz me puxou e me empurrou até o palco.


Recebi o troféu com o maior sorriso falso que consegui, afinal eu não estava completamente feliz com isso, eu sabia que não merecia. Mas, se eles tinham decidido que eu havia sido a melhor daquela noite, mesmo com aquela porra de queda, não seria eu quem iria contradizê-los.


Cumprimentei os jurados, agradeci algumas pessoas que eu nem sabia quem eram e tirei umas fotos com o campeão masculino. Em seguida voltei ao meu camarim, com um misto de ódio e alegria, mais ódio na verdade. Coloquei um vestido preto, tomara-que-caia com várias camadas de tecidos esvoaçantes na saia e fui para a ‘after-party’. Coloquei o maior sorriso de falsa felicidade e dei algumas pequenas entrevistas, mas sem conseguir deixar de lado minha decepção comigo mesma.


Fui fazer ‘a social’ com as pessoas importantes do local, como grandes ex-bailarinas. Os elogios e o conforto delas até que me trouxeram alguma satisfação.


Procurei em algum lugar algum rosto conhecido, mas nada achei. Comecei a me sentir completamente sozinha. Era a primeira vez que iria comemorar algo tão importante para mim sem minha família ao meu lado. Neste momento senti uma imensa falta da minha mãe, um vazio enorme em meu peito. Rodeada de pessoas e atenção e ainda assim sozinha. Fui até o bar, e me debrucei sobre o balcão.


– O que a grande estrela da noite faz aqui sozinha? – uma voz soprou atrás de mim e eu já me vi sorrindo bobamente.


– Não tem ninguém para me fazer companhia. – fiz beicinho e no mesmo instante me agarrei ao pescoço do meu namorado.


Respirei bem fundo, inalando todo o perfume que eu podia e já me sentindo entorpecida por isso.


– Não tinha. – Bill me corrigiu, sorrindo o máximo que podia. Tive de levantar minha cabeça para olhá-lo, seus olhos brilhavam como se tivessem luz própria. Eu apenas suspirava diante de tanta beleza. – Awn, parabéns, você estava tão linda. – falou com a voz cheia de orgulho me abraçando cada vez mais forte.


Encostei-me no balcão emburrada. – Até parece... Eu fui uma idiota de cair na apresentação da minha vida.


– Pára, - ele começou a acariciar minha bochecha com o polegar. – Você ganhou, o que mais você queria?


– Quem sabe ter feito tudo direito, sem erro nenhum. É, acho que era isso que eu queria, ter sido perfeita.


– Mas você foi perfeita, - segurou meu rosto com as duas mãos – você é perfeita Carol.


Sorri boba. Eu sabia que não era verdade, mas era tão bom o ouvir falando tudo isso com tanta convicção. Abracei-o novamente, afundando meu rosto na curva de seu pescoço. Somente poucos minutos com ele bastaram para que eu me sentisse plena novamente.


– Vem cá – Bill foi me levando para a parte das mesas, tendo de parar por causa de algumas pessoas que queriam me cumprimentar e parabenizar. E claro que muitos fotógrafos tiraram fotos da nossa primeira aparição pública juntos.


Finalmente chegamos até a mesa que ele queria me levar.


– Por que os meninos não vieram? Eles podiam ter vindo, pelo menos o Tom...


– Ele foi ver a mamãe... – disse fazendo um bico torto. - ela tava meio carente.


– E você não foi.


– Não né, eu vim te ver. – deu um sorrisinho fofo.


– Ótimo, tua mãe já me ama, - ironizei. Desde aquela vez que eu terminei com o Bill e “fugi” para o Canadá, Simone não me trata mais da mesma maneira. E eu não posso culpá-la, afinal, meu pai faz bem pior. Ela pelo menos continua paparicando o Bill, talvez até mais do que antes. – depois de hoje ela vai me amar mais ainda.


– Ah, ela gosta de você. – ficou desenhando com um dedo na mesa como uma criança, revirei meus olhos e me sentei também. – Ela só... ah, acho que toda mãe é assim.


– Eu te trouxe um presente, uns presentes. – deu-me seu maior sorriso prepotente. Comecei a suar ansiosa. – Primeiro, eu sei que nessas coisas de estréia toda bailarina recebe flores, então... – me estendeu um lindo buquê de rosas geneticamente modificadas e super coloridas. Parecendo o Restart. Pude sentir meus olhos arderem de emoção. Não que eu fosse um ser sensível que me derretesse por flores, longe disso. É que esse sempre foi o papel do meu pai e ele não estava aqui agora. E o meu namorado estava tentando preencher todos os meus vazios de alguma forma. Ele até que estava tendo sucesso nisso.


– São lindas, brigada. – pigarreei para disfarçar minha voz emocionada. – O que mais? Você disse uns.


– Gananciosa. – Bill ponderou um pouco e decidiu me dar logo o último presente. Uma linda lata dourada. – Você já deve estar numa síndrome de abstinência por falta disso né?


Meus olhos brilharam como duas estrelas. – Chocolate? – sorri feito uma criança boba e dei um beijo bem estalado em sua bochecha. – Você é simplesmente o melhor.


– Eu sei, - sorriu convencido piscando para mim. – agora, o último.


– Tem mais?


– Claro, você acha que eu me contentaria apenas com flores e chocolate? – Se eu bem o conhecia, vinha algo bem melhor por aí.


Dessa vez ele me entregou uma pequena caixinha preta. Eu me assustei e fiquei nervosa, olhei para ele e esperei um pouco com medo de abrir.


– Vai logo. – Ele me incentivou e ainda muito receosa eu abri a pequena caixa. Vi uma pequena bailarina, para meu alívio, que parecia ter sido esculpida de uma enorme barra de ouro maciço por mãos de anjo. Pendurada em uma fina corrente de ouro branco.


– Eu sei que você ama o ballet – disse pegando a caixinha da minha mão e retirando o colar de dentro, já que eu tinha ficado muda e imóvel, e me mostrou a bailarina. – e também sei que só tem uma coisa que você ama mais do que o ballet. – arqueou as sobrancelhas, sorrindo esperto. – Eu! – apontou para a parte detrás da bailarina onde eu pude ler a inscrição: Bill


Eu ficava cada vez mais muda e emocionada e olha que eu não era uma pessoa tão fácil de emocionar assim. Não consegui mais me conter e me grudei em seus lábios sem nem me importar que o local estivesse lotado.


– Eu quero ir para casa.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?Como eu disse, mais dois capítulos e a coisa melhora.Beijos.