Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 39
Mil Anos Intermináveis Morreram


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee!
Ontem eu me toquei de que vão fazer quase dois anos de Nothing Lasts Forever, sério, vocês são uns anjos por me aturarem durante todo esse tempo, ainda mais se for somar isso ao tempo de How Could This Happen To Me. Eu amo vocês, na boa.
E, voltei só com um mês! Isso já é um avanço pra quem andava demorando dois meses né. Esse ano eu termino a fic! Bem antes disso se possível.
E lembrando de agradecer a Nah por ter me ajudado e betado o capítulo. Eu não sei fazer nada sozinha né?
Eu escrevi esse capítulo todo com 1000 oceans no replay, então escutem com ela também. Vou colocar aqui na possibilidade de alguém não ter.
Aproveitem esse capítulo cheio de emoções.
Ah, o em itálico é Bill's Pov okay?



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1000 Oceans – Tokio Hotel



- Bill? Nós precisamos conversar.

- Agora? – ele me olhou assustado.

- Sim, agora.

Os outros que estavam lá ficaram nos olhando até que Tom percebeu a coisa toda e guiou todo mundo para fora.

- Você está bem? – Bill perguntou.

- Sim, Bill. Eu estou bem, não se preocupe. – me sentei ao lado dele no sofá e não consegui não me alterar. – Não, eu não estou. – ele me olhou com a preocupação visível em sua expressão, o que me deixou mais angustiada ainda. – Que história é essa de você não ir para Tóquio?

- Eu não vou e pronto. Eu vou ficar aqui com você.

- Você vai!

- Como eu vou se minha cabeça vai ficar aqui?

- Você vai! Isso é ridículo, como é que uma banda se apresenta sem o vocalista?!

- Se apresentando, oras.

- Ou você vai, ou eu vou com você. Não há outra opção. Você prefere que eu pare o tratamento pra ter que ir com você?

Ele levantou do sofá, realmente alterado. – Você está me ameaçando com isso? Ou você só está tentando fazer tudo de novo?

- Tudo o quê?

- Terminando comigo.

- O quê? Eu o quê?!

- Você quer me ver livre a todo custo, o que você quer que eu pense?

- Pelo amor de Deus! Eu sei que eu fiz merda, não precisa ficar me lembrando disso o tempo todo! – respirei fundo e me acalmei. – E eu já disse que nunca mais vou fazer isso de novo. – eu vi que ficar gritando com ele ali não ia adiantar nada e me acalmei para falar com ele racionalmente. – Você tem que ir, é o seu sonho. Eu não ia suportar saber que você iria desistir disso por minha causa. – ele sentou ao meu lado novamente e finalmente pareceu escutar o que eu estava dizendo. – Eu prometo que vou me cuidar e prometo que nunca mais vou deixar você, mas eu não suportaria isso.

Ele olhou para mim, permanecendo sério. - Você promete? Se cuidar, e principalmente não me abandonar?

- Eu prometo, Billy. – me aproximei mais dele e acariciei o rosto dele. – Mas você vai ter que confiar em mim.

- Eu confio, eu confio em você Carol. – beijou minhas mãos.

- Então, você vai? – disse visivelmente animada.

- Eu não tenho outra escolha, tenho? – deu um meio sorriso. – Mas não vá achando que você vai sempre conseguir o que quer de mim, por que não vai.

- Okay. – disse sem conter a risada. – Posso conseguir só mais uma coisa?

- O quê? – perguntou num tom exagerado de exasperação.

- Eu to suja de hospital sabe, e eu preciso tomar banho, mas eu não queria ir sozinha. – fiz beicinho para ele.

- Tá bom, isso você pode conseguir, mas é a última vez. – sorriu abobadamente e me carregou no colo.









- Você já pegou tudo? – era de manhã bem cedo e todo mundo já estava lá embaixo, esperando pelo Bill. Sorte que eles nem haviam chegado a cancelar nada.

- Não, falta você. – Me pegou no colo e me colocou sentada em cima daquela mala gigante e saiu empurrando. – Não dá, você é muito gorda, desce daí.

- Eu estou grávida, não gorda.

- Não parece. – voltou a andar, apressadamente. Eu tentei o seguir.

- Cala a boca.

- É assim que você me trata quando eu estou atravessando mil vastos oceanos por sua causa? – parou de andar, pelo canto do olho eu vi que ele havia colocado as mãos na cintura como uma criança emburrada.

- Mil vezes pelo infinito, vamos ser livres para viver a nossa vida. – virei e sorri para ele. – Viu só, eu conheço suas músicas.

– Rawr! – me prendeu a ele e deu uma mordida molhada em minha bochecha.

- Para de me babar, Kaulitz. – limpei a bochecha com as costas na mão, como as crianças também fazem. Paramos em frente ao carro dele.

- Eu paro quando eu quiser, Kaulitz. – disse enfatizando o Kaulitz, por que agora eu também era uma. Dei língua e ele caiu na gargalhada. Ao menos ele estava feliz agora e não mais paranóico. O que era ótimo, por que só de o ver rindo daquela maneira eu já ficava sorrindo feito uma idiota. Ele pareceu perceber isso e me abraçou, muito apertado. – Eu vou sentir sua falta.

- Eu também. Nós também. – Bill sorriu imensamente ao me ouvir dizendo isso e se abaixou até a altura da minha barriga.

- Papai vai voltar logo, bebê. – acariciou minha barriga. – Fique bem aí, okay? Nós logo vamos estar juntos de novo.

Peguei o rosto dele e o segurei em minhas mãos. – Você me mata quando faz isso, sabia? – ele sorriu e eu o beijei, mas seu celular tocou, nos interrompendo.

- Eu tenho que ir. – disse e se dirigiu ao carro. – Tchau amor, se cuide.

- Você também. – acenei e meu coração apertou ao ver o carro se afastando. Voltei dizendo a mim mesma que era só uma semana e eu não precisava me preocupar que ele logo estaria de volta. Mas eu sentia que ia ser difícil.






– Sério, Benjamin. Devolve meu celular. – parei com as mãos na cintura na frente dele. Eu já havia cansado de procurar meu celular por todos os cantos da casa e nada. Já não bastava eu não estar mais suportando a falta do Bill ao meu lado e eu ainda me encontrava impedida de falar com ele.

- Eu já disse que não peguei ele! – ele berrou espirrando os farelos do biscoito que comia na minha cara.

Limpei a comida do meu rosto e respondi quase berrando também, a sorte dele é que eu não estava comendo nada. – Claro que pegou, eu estou procurando ele por todos os lugares desde ontem a noite e não achei.

- Calma, depois você acha. – deu de ombros.

- Eu não posso ter calma, o Bill deve estar tentando ligar para mim. Eu não consegui falar com ele desde que ele foi embora. – senti um aperto no peito, eu já estava começando a me preocupar com isso.

- Então liga você pra ele, daqui de casa. – disse achando esta uma ótima solução.

- Não, eu não sou a pessoa que liga. Ele é. – abaixei a cabeça e disse baixo. – E eu também não sei o número dele de cor.

- Burra! – ele riu de mim, mas acho que até ele já esperava por isso. – Então fique sem falar com ele.

- Não, eu quero meu celular.






- Relaxa, Bill. – Tom me disse mais uma vez. Mas eu não conseguia simplesmente relaxar, eu não podia.

- Eu preciso falar com a Carol, Tom. – bati na tela no celular – Por que ela não atende a droga do celular?

- Não aconteceu nada. Você sabe que notícia ruim corre rápido, né? – olhei para ele como se eu pudesse matá-lo apenas com o olhar. – Vamos pro show, se até lá você não conseguir falar com ela eu tento falar com o Benjamin, okay?

- O seu namorado?

- Calado, Bill. - colocou a mão em meus ombros - Vamos, relaxa.

Como se eu pudesse, como se eu não estivesse me sentindo culpado por tê-la deixado lá sozinha. Tudo que eu sentia vontade de fazer agora era voltar e ficar com ela. Ficar sem contato já estava me deixando louco. Tom saiu e alguém se sentou ao meu lado. Não me dei ao trabalho de ver que era.

- O que foi, Bill?

- Ah, Mandy. – falei dando uma rápida olhada para ela. – Eu estou tentando ligar para a Carol, mas não consigo.

- Ela não atende?

- Hum hum.

- Ela deve estar ocupada, não se preocupe. Ela parece ser meio desligada mesmo.

- Não tanto. – instantaneamente a defendi, mesmo sabendo que ela realmente era desligada. Mas não a ponto de não pegar o telefone para me atender, isso não.

- Você sabe que eu estou aqui né, para o que você precisar.

Olhei para ela e fiz que sim com a cabeça. – Obrigado, agora eu vou ir me arrumar para o show. Tchau.

Fui para o meu camarim, tendo que fazer reverência para algumas pessoas da equipe local, mas sem conseguir forçar um sorriso. Eu disse que não devia ter vindo, eu disse. Sentei-me na cadeira e enquanto a Natalie fazia minha maquiagem e tentava me acalmar eu discava uma vez após outra para o celular dela e nada. Eu cheguei até a escutar o toque do celular dela, mas percebi que era só coisa da minha cabeça. Desejando que ela pudesse estar ali comigo.

Tive que ir para o show sem conseguir falar com ela. Mas o palco não era um lugar onde eu pudesse carregar minhas preocupações. Assim que eu cantava primeira nota qualquer coisa sumia da minha mente e ao ouvir os primeiros gritos um frenesi percorria meu corpo. Esses sempre eram os momentos mais alucinantes da minha vida. E isso geralmente durava até eu acordar no dia seguinte, mas hoje, ao colocar o primeiro pé fora dele a preocupação ocupou meu coração novamente. Isso era louco, ficar sem notícias de quem você ama, sem saber o que se passa do outro lado do mundo, com as pessoas com quem você mais se importa.

Fui correndo pelos corredores até a minha bolsa no camarim. Tom logo chegou atrás de mim. Acho que até ele já estava se preocupando com isso. – Okay, se você não conseguir falar com ela agora nós ligamos para o Benji.

Afirmei e peguei meu celular. Ela havia me mandado uma mensagem. Eu nem consigo explicar o alívio que senti ao ver a tela piscando com a foto dela. Era algo entre meu coração ter parado de bater e ter voltado a bater novamente. – Não precisa mais, Tom. – mostrei o celular para ele, que sorriu assim como eu. Olhei para a foto por mais alguns instantes, sorrindo com o sorriso dela, sentindo a paz começar a substituir a preocupação. Mas, no mesmo instante em que abri a mensagem, tudo se tornou pior do que antes.


“Kaulitz, você está bem? Não muito né. Por isso eu tenho que lhe dizer isso logo, antes que eu desista, por que foi muito difícil tomar essa decisão. E eu tenho que aproveitar que você está longe agora. Mas, por favor, não leve isso para o lado pessoal, eu ainda te amo e acho que vai ser sempre assim. Mas acredite essa é a melhor coisa, tanto para mim quanto para você. Nós precisamos nos separar, isso não está indo bem. Você mais sofre comigo do que qualquer outra coisa e isso me faz mal também, eu não consigo suportar ver você assim. Eu estou bem, quanto a isso não se preocupe. Mas vou ficar bem melhor se você aceitar isso. E não se culpe, tudo é culpa minha. Me desculpe por qualquer coisa. Por favor, não volte para casa.”



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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!
É agora que o Billy Boy morre. Tadinho dele.
Quem quer dar colo p ele levanta a mão!
Eu quero.