Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 38
Recém-casados


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii!
Não me espanquem, por favor. Esse capítulo foi difícil de fazer okay? Por isso eu demorei.
Mas eu acho que todas vocês irão gostar muito dele. Eu atendi a pedido e coloquei o JJ e também tem novas emoções.
Ah, e o começo é Bill's Pov, o resto é Carol's Pov normal. Vocês vão se achar lá.
Ah eu estou feliz, amanhã vou ir assistir Hunger Games! Quem já assistiu? É bom mesmo?
Boa leitura!



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- Eu disse que ia ficar mais aqui do que lá em casa. – Tom afirmou, por mais que eu já soubesse disso. Eu havia saído logo após o café para deixar toda a família no aeroporto, a maioria dos meus amigos também tinha ido. Mas Georg, Gustav e David tinham ficado para resolver umas coisas da nossa primeira ida a Tóquio. Agora eu estava voltando para minha casa, e era realmente agradável poder dizer isso. Voltar para minha casa, para minha mulher.

– Mas você vai voltar hoje. – apontei o dedo na cara dele.

– Você está me expulsando? – ele perguntou num falso tom ofendido.

– Estou! Eu quero ter uma noite a sós com a minha mulher. – ele deu um soco no meu ombro, rindo como uma hiena. Nós estávamos passando pela casa dos Ford nesse momento e por algum motivo eu me contive, acho que não seria muito agradável se o pai dela saísse e me visse falando essas coisas.

– Você é meu tio? – o filho do Jared apareceu de supetão na minha frente, fazendo-me soltar um grito sem querer. – Você é meu tio? – ele perguntou novamente com aqueles olhos azuis brilhando na minha direção.

– Sou. – respondi com convicção vendo ele dar um sorriso muito fofo. Eu afaguei seus cabelos. Essa família tinha bons genes, ou como diria minha mãe, boa fôrma.

– E ele? – apontou para o Tom. – Também é?

– Não! – disse quase indignado.

– Sou sim! – meu irmão disse e deu um soco no meu ombro. De novo.

– Seu idiota, você não é tio dele. A não ser que você esteja namorando um dos irmãos dela e eu não saiba. – morri de rir da minha própria conclusão maravilhosa.

– Retardado.

– É isso mesmo... – o pequeno em minha frente disse. Ele disse “isso mesmo”. Agora meu mais novo sobrinho estava concordando que eu era retardado. Ótimo.

– Isso mesmo o quê?! – Tom gritou áspero sem perceber que era a criança que tinha falado.

– Você anda muito com o tio Benjamin e meu pai disse que o tio Benjamin é gay... Mas ele disse que meu pai é que era, mas isso é impossível por que ele me teve! – falou isso sacudindo os braços com uma cara realmente indignada. Isso me fez rir muito daquela coisa fofa. Ainda mais por que Tom estava praticamente tendo um troço ao meu lado.

– Eu não sou gay! – meu irmão falou realmente sério. – Nem o Benjamin.

– Wow! Você até está defendendo ele! – tirei sarro dele sem nem conseguir conter o riso.

– Cala a boca! – Tom gritou, tanto para mim quanto para a criança.

– Minha tia disse que não, que vocês não são gays... Ela disse que vocês são ninfonaníacos. Mas eu não sei o que é isso... Tio Bill, você sabe o que é isso?

Eu arregalei meus olhos sem saber o que dizer ao certo. Engoli em seco e disse a primeira coisa que me veio à mente. – São... são pessoas que não gostam de... nanicos. É, pessoas que não gostam de nanicos.

– Huum... – ele disse fazendo cara de quem tinha entendido tudo. - Você vai comer na sua casa? Tia Carol está fazendo comida... aquilo está um desastre! – ele fez uma careta exagerada fazendo-me rir apesar de eu estar abismado com o fato de ela estar fazendo comida.

– Ela está cozinhando?!

– Uhum.

– Então eu tenho que ir logo lá para salvar a casa. – afaguei a cabeça dele. – Tchau sobrinho.

– Tchau. – ele disse e saiu correndo berrando. – PAAAI EU JÁ SEI O QUE É NINFONANÍACO!

Fui correndo para casa e ao entrar pela porta senti um aroma que estava longe de ser ruim.

A visão dela sentada no balcão ao lado do fogão mexendo nas panelas era algo muito agradável, era como se fosse uma coisa que dissesse “você está em casa.”

– Eu não sabia que você cozinhava. – disse num tom divertido, desafiando. Não havia muitas coisas que ela não fosse capaz de fazer e cozinhar era uma delas. Felizmente eu podia cuidar dessa parte tranquilamente, não querendo me gabar, mas eu cozinhava muito bem.

– Há muitas coisas sobre mim que você não sabe. – disse imitando o modo prepotente que eu havia dito no casamento. Eu sorri apenas de olhar para ela. – Mentira. – Carol disse e ficou subitamente séria, quase revoltada. – Eu não sei cozinhar, isso está horrível. Eu realmente tentei, fiz tudo do jeito que o Jared disse, mas está horrível.

Sorri para o bico fofo e irresistível que ela fez, não resistindo a beijá-lo. Ela parecia estar realmente decepcionada com aquilo. Abri a panela no fogão e olhei para o que parecia ser um risoto. – Isso não parece estar horrível.

– Mas está. – disse ressentida, virando o rosto para a panela.

Vi Tom pegar uma colher, meter ela dentro da panela, em seguida na boca e depois praticamente cuspir tudo no chão. – Parece que eu engoli um litro de água do mar!

– Também não precisa exagerar, Tom. Aposto que isso não está tão ruim assim... – tomei a colher da mão dele e provei o caldo. Me segurei para não fazer uma careta e com muito custo consegui engolir. Ela parecia ter se esforçado muito para fazer aquilo, até havia pedido ajuda do irmão, eu não achava justo chegar e falar que aquilo estava com um quilo de sal a mais do que deveria. – Só está um pouco salgado.

– Um pouco salgado?! – Tom berrou ao meu lado, não medindo as palavras como eu e bebeu um copo d’água de uma só vez.

– Okay Tom, se você não quiser comer não coma. Ninguém está lhe obrigando! – Carol resmungou revoltada ao meu lado, cruzando os braços sob o peito. Olhei para o meu irmão com cara feia, repreendendo-o pelo que ele havia feito e voltei-me para ela, tentando consertar a situação.

– Não tem problema, eu tomo conta da cozinha. – ela deu um sorriso triste enquanto eu acariciava sua bochecha.

– Desculpa. – ela murmurou e de repente começou a olhar fixamente para um ponto atrás de minha cabeça.

– Viu o que você fez Tom?!

Ele levantou os braços como se dizendo que não tinha culpa alguma. Virei-me para ela novamente, que ainda continuava do mesmo modo.

– Vamos, não fique assim, você sabe que o Tom é um idiota...

– Eu o quê?! Até eu posso cozinhar melhor que ela Bill.

– Cala a boca! – dei um soco nele eu voltei a olhar para ela que ainda estava fixamente focada na parede. Eu estava estranhando aquilo, ela não era do tipo que ficava com raiva e ficava fazendo birra por causa disso. Ela era do tipo que ia ficar enchendo o saco do Tom dizendo que havia muito mais coisas que ela podia fazer melhor que ele. Inclusive dirigir, isso tirava ele do sério.

Estalei meus dedos na frente dos olhos dela, mas ela nem sequer piscou. – Carol, você está me ouvindo? – chamei e não obtive resposta.

– Ela ficou cega? – Tom perguntou debochando, não percebendo que essa situação poderia ser séria.

– Fica quieto. – meu coração já estava ficando acelerado de preocupação, mas por mais que eu a chamasse ela não respondia. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, seus olhos se viraram, deixando apenas o branco a mostra e ela caiu no chão.

– Oh Meu Deus! Tom chame a ambulância. – me debrucei sobre ela, sentindo o desespero me invadir rapidamente. Girei seu corpo para cima e percebi que havia sangue escorrendo sobre o seu olho. Tirei minha camiseta e a coloquei enrolada sobre o ferimento.

Por mais que eu estivesse com medo disso, apoiei meu ouvido sob seu peito e constatei que seu coração ainda batia. Senti um grande alívio quanto a isso. Mas ela ainda estava desacordada. Tocando-a percebi que estava gelada, tomei cuidado com o seu pescoço e me aninhei ao seu lado, procurando aquecê-la de alguma forma.

Esperei deitado ao seu lado, pedindo para que se Deus realmente existisse, pudesse cuidar dela agora.







~~~



– Você está me ouvindo? – alguém ficava repetindo enquanto eu despertava. – Você está me ouvindo? – abri um pouco os olhos e recebi uma luz extremamente forte neles, me fazendo perceber a dor aguda sobre minha testa.

– Estou. Só tire essa droga de luz da minha cara. – reclamei, percebendo minha voz mais mole do que eu esperava.

Após eu conseguir enxergar novamente reconheci Dr. Carlton a minha frente. – Eu preciso saber se houve algum dano cerebral, por favo responda algumas perguntas. – dano cerebral? Eu me lembrava vagamente de ter passado mal na cozinha, parecia ter sido grave. – Qual o seu nome?

– Carol Ford... Kaulitz. - disse após me lembrar do meu novo nome e mesmo que eu não tivesse forças suficientes, sorri um pouco.

– Em que ano estamos?

– 2011

– Quem é o presidente dos Estados Unidos?

– Barack Obama.

Carlton afirmou com a cabeça e anotou alguma coisa em uma prancheta que trazia consigo. Observei o quarto a minha volta e percebi que estava no hospital. – Passei no teste? Está tudo bem comigo?

– Sim, mas eu preciso que você descanse, certo? Vou lhe dar um calmante e você vai dormir um pouco, quando acordar você vai para casa.

– Mas eu não quero dormir, minha cabeça está doendo muito. – levo a mão a minha testa, que não para de latejar e sinto uns pedaços de náilon.

– Por isso mesmo você precisa do remédio. Você caiu com o rosto no chão, nós tivemos que dar uns pontos aí, mas está tudo bem. – o Dr. diz enquanto injeta o líquido nas minhas veias. Rapidamente sinto o sono se abater sobre mim e apago.









Vou despertando vagarosamente, felizmente livre de qualquer dor na cabeça. Passo os dedos levemente pelos pontos em meu supercílio.

– Não mexa aí, mocinha. – reconheci a voz do meu pai e olhei a minha direita onde o achei sentado, observando-me. – Está doendo?

Fiz que não com a cabeça e me sentei. – Foi muito feia a coisa?

– Não, pelo que Bill me disse você ficou fora do ar por uns segundos e desmaiou. O problema foi que você caiu de cara no chão. – eu me senti um pouco culpada por isso, mesmo que não fosse culpa minha. Ele deve ter ficado desesperado ao ver isso acontecer, se eu ao menos pudesse controlar isso.

– Como ele está?

– Bem, agora. Os amigos dele estão lá também. – ele sorriu um pouco, de um modo meio triste. Eu precisava ir para casa, verificar se estava realmente tudo bem. Até por que ele logo iria com o resto da banda pra Tóquio, eu não queria que ele se preocupasse comigo na véspera.

– Podemos ir para casa?

– Você está bem mesmo? - murmurei um ‘uhum’ e ele me entregou uma calça. – Acho que você vai querer vestir isso.

Olhei para mim por debaixo das cobertas e percebi que eu ainda estava apenas com a camisa de Bill que eu havia vestido pela manhã. Ao menos ela era comprida o suficiente para cobrir um pedaço das minhas coxas, peguei a calça de moletom e a vesti.

O caminho até casa foi rápido, mas assim que meu pai me deixou na porta e voltou eu me senti subitamente envergonhada. Eu sei que não era como se eu fosse responsável por ter um ataque como esse, justo hoje. Mas ainda assim eu me sentia envergonhada de que Tom e principalmente Bill tivessem presenciado isso. E o pior de tudo era saber que ele ainda presenciaria isso mais vezes.

Abri a porta e encontrei Mandy apoiada no aparador da sala de estar. – Pensei que vocês tivessem ido embora.

– Os outros foram, mas eu estou gostando daqui, então decidi ficar mais um pouco. – ela sorriu, mas eu não estava bem humorada o suficiente para ser simpática com ela. Fui em direção às escadas e disse baixo o suficiente para que ela não escutasse:

– Eu preferia mil vezes que a Bia tivesse ficado no seu lugar.

– O que foi que você disse? – pelo visto não tinha sido baixo o suficiente.

– Nada. – disse e me virei sorrindo, mas logo voltei a subir as escadas.

– Sabe, eu não acho que você seja a pessoa certa para o Bill, você não é boa o suficiente.

– E quem seria? Você? – me virei novamente e disse sem conseguir segurar o tom de desprezo que corria pela minha voz após escutar o que ela havia dito. Ela nunca havia me inspirado confiança, afinal.

– Pelo menos eu não estou morrendo. – eu pude sentir o veneno escorrendo pela boca dela e me atingindo em cheio. Eu não consegui sequer me controlar e antes que eu percebesse meu punho já havia acertado brutalmente o seu rosto. Por mais que o que ela havia dito fosse verdade eu não pude evitar a rápida sensação de prazer ao ver seu rosto se contorcendo de dor.

Subi furiosamente as escadas e parei ao ouvir vozes vindas do quarto de visitas.

– Então você não vai mesmo? – ouvi Gustav perguntando, e me colei ao batente da porta para poder escutar melhor.

– Não, não tem como eu deixar ela sozinha agora. – ao ouvir isso eu juro que meu coração diminuiu de tamanho, como se uma força sobrenatural o estivesse esmagando impedindo-o de bater apropriadamente.

– E como nós vamos fazer? – Jost perguntou, andando de um lado para o outro da sala.

– Nós cancelamos o show e vocês três fazem as entrevistas sem mim. – Bill explicou e eu me senti um peso na vida dele, impedindo a realização do seu sonho. Tudo o que eu desejava nesse momento era nunca ter existido, ou pelo menos nunca ter entrado na vida dele pra agora estragar tudo. No fim, era só isso que eu conseguia fazer, estragar tudo.

– Viu? Era disso que eu estava falando. – Mandy surgiu com a voz ácida por trás de mim. Sorriu cinicamente e adentrou a sala. – Biill!

– Mandy, o que aconteceu com o seu rosto? – ele perguntou em um tom preocupado andando em direção a ela.

– Eu caí. Está muito feio? – a voz dela soava num ridículo falso tom de doçura, aquilo me dava náuseas.

Bill andou em direção a ela e acariciou o machucado em sua bochecha. – Não, só está um pouco inchado.

Decidi acabar com aquela cena ridícula e entrei na sala. – Bill? – no momento que ele ouviu minha voz direcionou a mim toda a atenção que antes estava dispensando a ela. Mas isso não foi suficiente para me fazer sentir melhor. – Nós precisamos conversar.



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Notas finais do capítulo

Quem quer matar a Mandy levanta o braço!
o/o/o/o/
Gostaram?
Se tiverem sugestões, reclamações, pedidos.. podem falar que eu vou fazer o máximo para atender?
Té breve! (espero que seja em breve mesmo né?)