Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 37
Tudo Por Que Duas Pessoas Se Apaixonaram.


Notas iniciais do capítulo

Oii!!!
Voltei exatamente um mês depois de postar... eu sei que demorei muito, mas pelo menos não foi dois meses né?
e vocês, como vão de ano novo? Espero que bem, curtam mais um capítulo. Espero que gostem.



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37) Tudo Por Que Duas Pessoas Se Apaixonaram.



- Eu não vou conseguir sair daqui, definitivamente.

Resmunguei alto após ter repetido dezenas de vezes para mim mesma que eu conseguiria fazer isso. Quase caí do vaso sanitário onde eu estava sentada ao ser surpreendida por batidas na porta.

- Carol, você está bem?

- Eu estou bem sim. – levantei-me prontamente alisando a saia da ‘fantasia’. Eu não sei de onde eu tinha tirado essa idéia ridícula. Oh, claro, da Nina. “Você tem que fazer alguma coisa para poder esquentar a relação.” Diacho de conselho mais horroroso.

- Tem certeza que está? Você já está aí há mais de meia hora.

- Sim, Bill. E eu já estou indo. Vá... vá para... – eu gaguejava tentando fazer as palavras saírem da minha boca. – Vá para o quarto, me espere lá.

- Por que eu deveria? – a voz dele soou algo entre preocupada e divertida.

- Por que eu estou falando pra você ir, droga. – cruzei os braços e fiz cara feia para a porta, como se isso fosse influenciar na atitude dele.

- ‘Tá bom, estou indo. Mas não demore.

- ‘Tá.

Esperei até que os passos dele se tornassem inaudíveis e abri a porta, observando cuidadosamente dos dois lados do corredor se ele não estava escondido em algum lugar. Resisti à vontade de observar uma última vez meu reflexo no espelho e andei até a porta do quarto que estava entreaberta. Estiquei a mão para dentro e apertei o interruptor.

- O que foi isso?! – Bill exclamou assim que as luzes foram apagadas. Eu ri imaginando ele pulando da cama de susto. Caminhei até onde eu havia deixado o controle remoto do som e da luz. Hesitei antes de apertar o botão do play. Um comichão percorria meu estômago, e eu já estava na dúvida se era de pavor do que eu estava prestes a fazer ou empolgação para saber a reação dele. Tomei coragem, deixei que a empolgação me dominasse, coloquei meu lado sexy para fora e apertei os dois botões.

- O que vo... você... está... fazendo? – ele perguntou num misto de surpresa e empolgação.

- Aproveite, por que você nunca mais vai ver isso de novo. – sussurrei pouco antes de iniciar os passos que eu havia coreografado.

Ao me virar para frente evitei olhar para ele, porque certamente no momento que eu fizesse isso e ia tomar vergonha na cara e sair correndo dali. Foi constrangedor, principalmente as partes onde eu tinha que fazer uns abrimentos complexos de pernas, por isso eu optei por encher linguiça com wave dance.

Assim que terminei olhei para Bill e ele estava visivelmente feliz e empolgado. Deu palmadas no colchão em sua frente para que eu fosse para lá. Mas antes mesmo que ele pudesse tocar em mim eu me dei conta de que estávamos fazendo algo muito errado.

- Bill nós não podemos fazer isso!

- POR QUE NÃO?! - ele arregalou os olhos e apontou o dedo para a aliança que ele estava usando. - Nós estamos casados!

Sussurrei como se estivesse confessando um pecado que ninguém jamais pudesse descobrir. – A Julie vai ver tudo.

Ele soltou umas boas gargalhadas como se eu estivesse falando a coisa mais engraçada do mundo. – Ela não vai ver... Além do mais, ela precisa saber que os pais dela se amam. Se nós não estivermos juntos, ela vai sentir que nós não estamos conectados e ela pode até ficar traumatizada. Agora, se nós ficarmos próximos – e ele foi ficando próximo – e nos amarmos, ela vai nascer sabendo o que é o amor.

- Você realmente sabe como convencer as pessoas, hein.

- É, eu sei. Eu sou o máximo. Agora vem cá.






- Esse casamento acabou muito cedo. – Benjamin reclamou enquanto iam para o carro. – Não são nem dez horas.

- Isso por que o casamento começou as de, da manhã. – Gustav disse, isso para ele era tarde demais, enquanto para os outros três era exageradamente cedo.

- Nós devíamos fazer alguma coisa. – se o noivo estivesse aqui provavelmente daria um soco no rapaz que disse isso. Não exatamente pelo que Lewis acabara de dizer, mas por que ele estava com vontade de fazer isso desde o dia em que ele levara Carol para terminar com Bill. E era nisso que Tom pensava, porém ele não tinha nenhuma antipatia pelo rapaz, ele parecia ser gente boa.

- Por que não vamos para aquele lugar que você me levou aquele dia, Benji? – Tom sugeriu ansiando pela resposta positiva.

- Okay, vamos então.




- Chegamos. – Benjamin disse assim que o carro parou no ‘lugar das cerejas’. Você gostou daqui né, Tom?

- Sim... é um bom lugar, divertido. – mas ele sabia muito bem o motivo por trás disso, lá era sim um lugar divertido, mas além disso havia uma pessoa naquele lugar que o fazia se sentir muito bem.

- Oi Gina. – Tom ergueu rapidamente a cabeça ao ouvir Benji pronunciar essas palavras.

- Oi Ben. – a loira sorridente estava parada em frente à porta. – Oi Tommy.

- Oi. – ele disse esfregando a língua no maldito piercing. Ben, Lewis e principalmente Gustav olharam estranhamente para Tom ao ouvir a garota chamá-lo de um modo tão íntimo.

Uma música começou a soar e a garota ligeiramente pediu licença e subiu no balcão com mais três garçonetes. Elas começaram uma dança bem estilo “Show Bar” só que um pouco mais sofisticado.

- É por isso que eu gosto disso aqui. – Benji exclamou e os quatro foram se aproximando do bar e Tom não conseguia parar de pensar: “Essa é a mesma mulher com que eu conversava?” Mas ele não podia deixar de admitir que também gostava muito desse lado recém descoberto dela. Ele também pensava que não deixaria Bill saber disso ou ele iria vir com aquela história de que ele havia pegado uma dançarina primeiro e só por isso Tom havia ido atrás de uma, por pura inveja. De qualquer maneira Bill não iria ficar sabendo disso. Ao menos ele pensava.

Assim que elas desceram de lá Tom foi atrás de Gina. – O que você vai fazer agora?

- Vou para casa. – ela disse ainda meio ofegante em parte por causa da dança e em parte por causa do nervosismo. Não importa quantas vezes ela já havia feito isso, ela sempre ficava tímida depois. Levou a mão à bochecha comprovando que elas estavam quentes e provavelmente bem vermelhas por causa da vergonha. – Meu turno já acabou.

- Ou não. – ele sorriu sacana e ela parou de sorrir sem entender do que ele estava falando. – Talvez eu possa ir para casa com você. – ele sorriu sabendo que iria aproveitar bem a noite hoje.

- Idiota! Eu sou uma garçonete, não uma prostituta. – ela berrou sentindo o ódio crescer em seu peito. No fim todas as pessoas acabavam pensando a mesma coisa, elas não sabiam distinguir as coisas.

- Eu não quis dizer isso...

- Atravesse a rua, lá você vai encontrar o que está procurando. – pegou a mochila que estava atrás do balcão e se dirigiu ao toilet.

Tom foi até a porta decidido a ir procurar o que havia de interessante no outro lado da rua. O lugar estava lotado e as luzes piscavam. Deveria ser bom. Mas no meio do caminho ele voltou ao lugar a tempo de ver a loira já de moletom correndo pela calçada.

- Argh! Eu não estava pensando em trocar sexo por dinheiro. – ele reclamou mais consigo mesmo já que ela não poderia ouvir. Voltou para o bar e sentou-se na mesa onde os outros estavam.

No fim, a noite foi bem diferente do que ele imaginava.





– Julie? – chamei esperando que ela respondesse – Mamãe está com dor. – falei mole por causa da dor latejante em minha cabeça – Você pode fazer isso passar? – esperei, como se ela pudesse responder. – Não né... mas o papai pode, - disse num tom feliz – o papai tem super poderes com esse. Verdade. – como se ela estivesse duvidando disso... – Ele pode fazer minha dor sumir e também me fazer sorrir mesmo que eu esteja com vontade de chorar. Você vai ver, ele vai conseguir fazer isso com você também. Pode acreditar, nunca duvide da mamãe. Isso é muito importante.

Ri para mim mesma da conversa muito séria e recíproca que eu estava tendo com a minha filha.

Desisti de esperar que a dor passasse e decidi levantar a procura do ‘papai’. Me sentei na cama e acendi a luz, já que as cortinas estavam fechadas. – Viu bebê, eu te disse. – falei com satisfação observando o quarto praticamente todo coberto por pétalas de rosas vermelhas.

Levantei e vesti a camisa do Bill que estava jogada no quarto e reparei num papelzinho quadrado que estava colocado no meio de um monte de pétalas.

“Você sabe que é tudo para mim

E eu não poderia nunca ver nós dois separados

Você sabe que eu me dou para você

E não importa o que você faça, eu te prometo meu coração.”


Meu coração passou a bater mais acelerado no mesmo instante. Havia um caminho de pétalas que seguia até para fora do quarto, onde eu achei mais um bilhetinho.


“Eu construí meu mundo em volta de você e eu quero que você saiba

Eu preciso de você como eu nunca precisei de ninguém antes.”


Exatamente como eu havia dito para Julie, Bill havia feito eu me esquecer da dor que pulsava em minha cabeça. As coisas que estavam ali escritas eram bem mais importantes do que qualquer coisa.

Havia outro papel no final das escadas.

“Eu vivo minha vida por você

Eu quero estar ao seu lado

Em tudo o que você fizer

E se há algo em que você pode acreditar

É que eu vivo minha vida por você.

Eu dediquei minha vida a você

Você sabe, eu morreria por você

Mas nosso amor pode durar para sempre

E eu sempre estarei com você

E não a nada que nós não possamos fazer

Enquanto nós estivermos juntos”


Essas palavras me lembraram um refrão de alguma música, alguma que meus pais escutavam. Mas para mim ela tinha obtido um novo significado agora, era realmente como algo que ele estava dizendo para mim, só para mim.

E havia mais outro no caminho de pétalas que seguia em direção ao jardim.


“Eu apenas não posso viver sem você e eu quero que você saiba,

Eu preciso de você como eu nunca precisei de alguém antes

Eu vivo minha vida por você

Eu quero estar ao seu lado

Em tudo o que você fizer

E se há algo em que você pode acreditar

É que eu vivo minha vida por você.”


Assim que eu terminei ouvi umas notas de violão seguidas pela voz de Bill terminando a música.


“Eu construí meu mundo em sua volta e eu quero que você saiba,

Que eu preciso de você como eu nunca precisei de ninguém antes

Eu vivo minha vida por você

Eu quero estar ao seu lado

Em tudo o que você fizer

E se há algo em que você pode acreditar

É verdade, eu vivo minha vida por você.

Eu vivo minha vida por você”


Eu ainda sinto essas estúpidas borboletas no estômago ao o ouvir cantando. Segui o som da sua voz e o achei sentado em uma mesa de café da manhã no jardim tocando o violão. Ele estava ficando bom nisso.

- Te achei.

Ele olhou para mim docemente e perguntou como se meu sorriso já não respondesse isso: - Gostou?

- Tem dúvida disso? – sentei em seu colo, tomando o lugar do violão. – Me desculpe.

- Pelo quê? – perguntou mexendo concentradamente em meus cabelos.

- Essa não é exatamente a lua de mel perfeita que imaginávamos.

- O QUÊ?! – disse num tom de exagerada indignação que eu estranhei. Essa não era a reação que eu esperava dele. – Essa não é a lua de mel que você imaginava? – fez uma careta de desgosto. – Me senti humilhado agora. – estreitei meus olhos sem entender do que ele falava. – Eu estou aqui, fazendo tudo isso, fazendo tudo ser do jeito que eu esperava e você vem me dizer que não está bom o suficiente? – se fez de ofendido mas estava prendendo o riso.

- Cala a boca... Eu estava falando sobre viajarmos, pro Havaí, não sei... algum lugar especial.

- Nós temos o sol, a praia... você tem a mim e eu tenho a você. Quer mais alguma coisa? – olhou para mim com aquele olhar que me fazia sentir a pessoa mais importante do mundo.

- Não mesmo... Isso está perfeito do jeito que está.


FireHouse – I Live My Life For You



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Notas finais do capítulo

E aí? Essa fic anda com muita fofidão né?
Capítulo que vem muito provavelmente vai ser Bill's Pov. Estava precisando de um mesmo né?
Então é isso, beijo beijo e té mais.