Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 36
Eu Aceito - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Mazá, cheguei cedo hein.
Eu achei que deveria, todo mundo odiou o capítulo passado... mas eu realmente me esforcei pra postar um bem melhor e mais comprido, espero que gostem.
E de novo com o gif fofo que a Elisi fez p mim XD
Enjoy



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Taylor Swift – Love Story


A cada passo que eu dava meu coração batia mais rápido e meus olhos se enchiam d’água. Eu não parecia estar indo para o abate como eu pensava que pareceria, eu me sentia caminhando para uma nova vida. Uma vida só minha e dele.

A música que soava fazia um arranjo perfeito com o meu coração, era um compasso perfeito, era como um hino de felicidade. Tudo a minha volta, todas as pessoas, eram apenas um borrão. Eu sentia meu pai ao meu lado, me dando a certeza de que ele estava me apoiando e que tudo finalmente daria certo. Tudo que importava para mim neste momento era o sorriso de felicidade que eu via no rosto do meu futuro marido. Todas as coisas do mundo tinham sido resumidas em apenas uma: nós.

Quanto mais eu me aproximava dele, mais eu sentia a sensação de plena felicidade e eu não via a hora de poder pertencer plenamente a ele. Eu realmente estava desejando isso, por mais ridículo que isso fosse, parecia inexplicavelmente perfeito para mim a idéia de poder ser dele para sempre, ou pelo tempo que eu durasse. Eu parecia outra versão de mim mesma, gostando de toda essa coisa exageradamente romântica e ridícula. Porém a partir de hoje eu estava disposta a permitir que todas essas sensações se arraigassem e me dominassem. Ele valia à pena.

– Vai cuidar dela direito, rapaz? – meu pai sussurrou para o meu noivo assim que chegamos ao altar.

– Vou sim, senhor. – Bill falou tentando olhar para o meu pai ao invés de mim.

– Acho bom, senão você morre. – falou como se fosse uma coisa natural e saiu.

Bill segurou meu rosto e me olhou de uma maneira tão profunda que eu pude ler toda a sua alma assim como eu sabia que ele podia ler a minha, e era somente pura felicidade compartilhada.

A sensação era mais completa do que dançar. Era como se eu estivesse dançando com ele, na beira da praia, durante o por do sol, pra sempre.

O Juiz a nossa frente começou a proferir palavras que eu não prestava muita atenção, tudo aquilo que ele estava falando de amor, lealdade, eu já sabia, eu já sentia. Eu não precisava que alguém me mostrasse o modo certo de viver com ele, como meu marido. Nós iríamos aprender, juntos, e isso era o que mais importava. Ele pigarreou, chamando atenção para uma pergunta que ele considerava importante.

– Bill Kaulitz você aceita Carol Louise LeMarchand Ford como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

– Eu aceito. – respondeu e sorriu para mim, fazendo as borboletas em meu estômago voarem.

– Carol Louise LeMarchand Ford, você aceita Bill Kaulitz como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo, respeitá-lo, e obedecê-lo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

– Não. – Bill me olhou com a maior cara de desolação do universo e aí eu percebi a burrada que eu havia feito, e tentei me concertar.

– Não que eu não te aceite, é que eu não posso prometer te obedecer, por que eu não vou! – nesse momento ele começou a rir, ignorando minha seriedade e o juiz continuava pedindo que eu respondesse. Eu ouvia as pessoas rindo por todo o local, mas eu não estava me importando muito com elas no momento.

– Tudo bem. – Bill disse baixinho para mim. – Vamos criar nossos próprios votos.

– Agora? Sem eu preparar nada? – meu estômago começou a embrulhar.

– Sim, diga qualquer coisa que você queira me dizer e que possa me prometer. – disse a última parte num tom divertido.

– Okay... – respirei fundo, meu coração havia disparado tanto que não sabia se conseguiria falar. Segurei as mãos dele quase tão trêmulas como as minhas com força e simplesmente pensei no que eu gostaria que ele soubesse nesse momento. – Nós nos conhecemos há algumas primaveras e você me trouxe uma paz e alegria que eu não fazia idéia que existiam. E após isso a única coisa que importava é que eu precisava te ver de novo. E eu consegui, mesmo que tudo tenha sido difícil desde então! – ouvi uns risos nessa parte, fazendo-me rir também. – E agora na frente dos nossos amigos e familiares eu decido me entregar para você. E eu prometo, enquanto eu existir ainda vou amar você e te fazer feliz. – terminei e me senti aliviada de ter conseguido dizer estas coisa pra ele sem me sentir envergonhada e sem fazer nenhuma trapalhada. – Agora é a sua vez. – disse baixinho.

Ele, como eu, respirou fundo e apertou minhas mãos, e começou a falar com um enorme sorriso. - Quem diria que eu conheceria o amor da minha vida em um acidente de carro? Sempre imaginei que conhecer aquela pessoa especial fosse um tipo de cena cinematográfica no qual a garota passa radiante em uma rua e com uma troca de olhares você fica totalmente apaixonado. Bem mas o destino sempre nos surpreende, é lógico que não seria do jeito que eu imaginava. – ele riu e olhou para baixo. – E eis que naquele momento do acidente surgiu uma garota com um rosto angelical e lindos olhos azuis que eu sabia que jamais iria esquecer e que fizeram com que eu nunca mais visse o mundo do mesmo modo. E desde aquele dia, eu não parei mais de pensar naquela menina, até que nos reencontramos novamente, para a minha mais completa felicidade. Nós tivemos nossas crises e brigas, mas hoje eu gostaria de reforçar o quanto eu amo você e o quanto você é especial pra mim, e prometer que eu sempre, sempre, vou estar ao seu lado, não importa o que aconteça. E enquanto eu estiver vivo, meu amor por você vai continuar o mesmo.

Nosso momento de pura felicidade e contemplação foi interrompido pela pergunta mais idiota que eu já ouvi na minha vida.

– Alguém tem algo contra este casamento? Se alguém tiver, fale agora ou cale-se para sempre.

Okay, eu realmente tinha ficado com medo disso. Olhei para a minha esquerda onde estavam os meus padrinhos - casais de padrinhos, a La brasileira, não ia haver lógica alguma colocar um monte de meninas como minhas madrinhas e nenhum dos meus irmãos.

Eles estavam todos enfileirados ao meu lado direito: Jeremy e Charlotte; Christopher e sua mulher, Ellen; Benjamin e Marina; Jared e Evellyn. Estavam felizes e radiantes, nenhum deles parecia que iria interromper o casamento, o que me deixou completamente aliviada. Os ‘meus homens’ estavam ao meu lado dessa vez e dispostos a me fazer feliz.

Olhei para a minha direita, onde estavam os padrinhos do Bill: Georg e Jean, Gustav e Bia, Andreas e Mandy, Tom e Natalie. Acho que esse é o momento que eu posso surtar, Tom e Natalie?! O Bill tinha escolhido a Natalie como sua ‘principal’ madrinha?! Por que se estava com o Tom era a ‘principal madrinha’, lógico. Agora eu estava verdadeiramente com medo. Eu nunca gostei da Natalie e ela estava ali numa posição fácil de estragar tudo. E também havia a Mandy, ela não me inspirava muita confiança. Sem falar que qualquer pessoa neste recinto poderia querer acabar com tudo. Talvez alguma fã revoltada que tivesse descoberto e conseguido entrar...

– Ninguém? – por que ele ainda estava perguntando isso? É claro que não tinha ninguém. – Então, as alianças.

Olhei para o meu noivo esperando que ele tirasse uma caixinha do bolso, ou que Tom entregasse uma caixinha para ele, porém ele nem se mexia. Se ele tivesse esquecido as alianças eu o mataria. Bill olhou para trás e a orquestra que ali estava presente começou a tocar uma linda música. Que eu logo reconheci como Sweet Child O’ Mine. Olhei para trás e lá vinha meu querido sobrinho, de túnica vermelha estilo uniforme regencial com calças marfim justa e sapatos pretos de verniz, ele estava um príncipe, literalmente.

Acho que essa era a surpresa que eu mais tinha gostado ultimamente, acho não, com certeza. O J.J vinha sorrindo e conforme a música ia avançando eu e Bill íamos cantarolando baixinho. Assim que chegou ele esticou os braços para mim e eu o peguei no colo. Eu certamente havia quebrado todos os protocolos de uma noiva hoje. O coloquei no chão novamente e então ele entregou as alianças para o Bill.

– Eu te entrego esta aliança, como sinal... – começou a dizer e sorriu sapeca -... de que você agora é exclusiva e totalmente minha e que ninguém pode se atrever a querer mudar isso.

– Eu te entrego esta aliança, Bill, como sinal... – parei, me divertindo com isso também. -... de que agora você é oficialmente um dos ‘meus homens’ e eu acho melhor você ir se preparando para isso.

– Eu estou preparado. – sorriu prepotente e avançou para me dar um beijo.

– Rum, rum. – o Juiz pigarreou e adquiriu uma expressão séria. – Então, finalmente, eu vos declaro – respirei fundo e fechei meus olhos absorvendo as palavras que mudariam a minha vida. – marido e mulher. Pode beijar a noiva.







– Eu acho que nós temos que valsar agora.

– Tudo bem, Bill. Eu não vou obrigar você a fazer isso. – apertei o biquinho que ele havia feito.

– Mas é uma tradição... nós temos que ir. – ele se levantou e esticou-me a mão.

– Tudo bem, nós não precisamos...

– VAMOS LOGO! – ele me arrastou para o meio da pista de dança ainda vazia. – Por que você sempre dança com todo mundo menos comigo?

– Por que você não gosta? – sugeri de forma óbvia.

– Eu gosto... – ele disse de forma não muito confiante e assim que a música começou a soar ele mudou sua expressão e postura repentinamente.

Ele me guiou durante toda a dança, de um modo realmente bem coreografado e não trocou uma só palavra comigo até a música parar e todos ovacionarem. E eu nem sequer aproveitei a maravilhosa sensação de dançar com ele pela primeira vez, eu estava, espantada demais para isso.

– Eu não sabia que você sabia dançar. – arqueei a sobrancelha esquerda.

– Há muitas coisas sobre mim que você não sabe. – disse prepotente arqueando a sobrancelha direita. De algum modo eu senti inveja de quem tinha ensinado meu marido a dançar assim, eu queria muito estar no lugar dessa pessoa, e eu não tinha um bom pressentimento sobre quem tinha sido essa pessoa, ou talvez essas duas pessoas.

– Agora é a vez do seu pai, né?

– Do quê? – olhei sem entender. Era a vez de o meu pai saber coisas que ele não sabia sobre o Bill? Ou de eu saber coisas que não sabia sobre o meu pai?

– De dançar com você oras, do quê mais seria?

– Ah, sim, claro. – sorri sem graça. – Mas ele não vai querer. – apontei com a cabeça para a mesa onde meu pai estava sentado. – Olha como ele está todo empolgadinho com a Dra. Jane.

– Isso é bom. – ele deu um sorriso malicioso que eu não entendi. – Nós não vamos mais ter que pagar as consultas com ela.

– HA HA HA – ri sem humor nenhum. – Meu pai de casinho com alguém não é bom em nenhuma dimensão.

– Ciumentinha. – ele apertou minha bochecha, rindo da minha cara.

– E parece que o Jimmy também arrumou um casinho lá em Dearborn. Ele não pára de falar de uma tal de Hanna desde que chegou. – revirei meus olhos, bufando como um touro ao mesmo tempo. – Eu odeio essas aproveitadoras.

– Parece que não são só eles que estão se ajeitando. – olhei pra ele com cara de assassina. Se alguém estivesse ousando tocar no Jared ou no Benjamin eu matava, ah se matava. Olhei para onde ele apontou e vi a minha amiga de cabelos azuis, praticamente sentada em cima do Gustav falando sem parar.

– Pobre Gus, olha a cara de sofrimento dele. – voltei meus olhos para o sorriso sem preocupações do Bill e vi de relance algo meio alaranjado passar por entre as árvores do local. – Eu já volto, Bill. Tenho que falar com uma pessoa.

Corri em direção as árvores, chegando ao lugar onde eu havia visto o vulto. – Larissa?! – perguntei e instantaneamente uma onde de raiva tomou conta de mim. – O que você está fazendo aqui?

– Eu só... eu... – ela se virou para mim com a cabeça baixa. Era estranho, nós não parecíamos mais as mesmas amigas de antes, também pudera, abandonar meu irmão sem explicações e esconder um filho não era uma coisa totalmente aceitável. – Eu estava com saudade do meu filho.

– Pelo menos você o conhece desde que nasceu. - disse, com puro veneno correndo pela minha voz.

– MAMÃE! – ao ouvir isso fechei os olhos com desgosto. Eu não queria que ela chegasse perto dele, nunca mais. Segurei a mão do meu sobrinho, impedindo que ele chegasse até ela.

– Por favor, me deixa ficar só um pouco com ele. Eu vou embora hoje mesmo, só quero ficar um pouco com ele. – ela desviou o olhar para minha barriga. – Eu esperava que você entendesse.

Sentimento de mãe, entendi o recado. Minha ex-cunhada ainda me conhecia muito bem. – Tudo bem, mas só um pouco. E não suma com ele, eu vou te encontrar, não importa onde você esteja. – falei ríspida, com o dedo esticado na direção dela. O Junior me olhou com os olhos arregalados fazendo com que eu me arrependi de ter feito isso. – Tome cuidado. – falei para ele e o soltei. Assim que ele conseguiu saiu correndo e abraçou a mãe com toda a força. Deixei os dois a sós.

Sentei em um banco de madeira que havia no meio das árvores para tentar me acalmar um pouco e decidir se devia ou não contar para o Jared. No meio de uma delas, um pouco mais longe, vi um rosto estranhamente familiar. Eu tinha certeza que nunca havia visto aquele homem antes, mas seu semblante não era totalmente desconhecido. Decidi ir até ele.

– Licença. – o homem olhou assustado. – o senhor é convidado do meu pai?

– Não.

– Da dona Simone?

– Não mesmo. – respondeu e deu um sorrisinho, arqueando a sobrancelha direita. Direita.

– O senhor é Jorg, o pai dos gêmeos. – disse com confiança, reconhecendo o mesmo formato de olhos e sobrancelha, totalmente diferente da Simone.

– Eu? – ele ficou visivelmente desconfortável. – De maneira alguma. Eu só estava passando e pensei que eu podia comer alguma coisa, mas já estou saindo, não precisa chamar ninguém para me expulsar.

– Não precisa, o senhor pode entrar.

Ele baixou um pouco a guarda e adquiriu um olhar pesado, triste. – Eu não seria bem vindo.

– Eu lhe acompanho.

– Muito obrigado, mas é melhor não. – ele virou as costas, começando a andar e se virou novamente. – Que bom que o Bill encontrou alguém bom pra ele, ele merece.

– O senhor quer que eu diga alguma coisa para ele?

– Diga que você o ama. Deixe ele ter certeza disso. – ele deu um último sorriso triste e subiu na moto que estava estacionada na calçada.

– CAROOL! Onde você estava, Schätzchen? – Bill veio correndo até mim. – Eu já estava achando que você tinha fugido. E as pes... – não deixei que ele terminasse e o abracei, com toda a força que tinha. – O que foi?

– Eu te amo Bill. – ele segurou meu rosto em suas mãos, olhando-me fundo, tentando descobrir o motivo de eu estar dizendo isso agora. – Eu só preciso que você saiba, que eu te amo, mais do que qualquer coisa no mundo.



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Notas finais do capítulo

E aí, correspondeu as expectativas???
Espero que sim,
Estou com pressa, por isso respondo os reviews amanhã, okay?
E obrigada de novo Andreza, por ter me ajudado, obrigada.