Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 31
Acontecimentos (extra)Ordinários


Notas iniciais do capítulo

ÉÉÉÉÉÉ Hoanna, pode me matar, me mandar prender, me processar... o que quiser. Eu confesso que roubei o título do teu capítulo sem permissão mas eu simplesmente amei ele a primeira vez quando li e nunca um título me marcou tanto. Eu peço perdão, mas achei que ele tinha combinado tanto com o capítulo... Só pra ti não ficar triste, capítulo dedicado pra ti, ebaaaa!Peço perdão pra todo mundo também. A inspiração deu lugar a pura falta de vontade de escrever e ainda por cima, como algumas de vocês sabem, eu dava doente pra caramba então eu espero que vocês ainda estejam comigo mesmo depois desse vácuo todo, perdão por isso.Ao capítulo,um aviso: a primeira parte, em itálico, é referente a noite anterior, a mesma noite do meio do capítulo passado. O resto do capítulo é de dia, na continuação do fim do capítulo passado okay?Bom, esse capítulo é enooooooooooorme mesmo, acho que o maior que já escrevi, pra compensar todo mundo. Sejam Felizes, Beijos.



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  Tom não estava se sentindo mal hoje, afinal as coisas não pareciam estar tão mal assim. Seu irmão e a cunhada tinham ido fazer ultrassom para descobrir o sexo do bebê e eles estavam verdadeiramente felizes, e consequentemente ele estava da mesma forma, feliz. Ele não sabia que era tão altruísta até toda essa história começar, não tinha nada de egoísmo no modo como ele encarava as coisas agora. Ainda assim ele se sentia sozinho naquela casa, o tal de Jared brincava com o Júnior enquanto assistiam a um desenho que Tom não suportava mais; Mr. William estava pendurado no telefone, ele é um daqueles caras que saem do trabalho, mas o trabalho não sai deles; e Benjamin infelizmente estava trabalhando, um trabalho nada ruim: ficar deslizando em cima do skate de um lado para o outro.

  - Eu vou dar uma volta. – Jared limitou-se apenas a olhá-lo e balançar a cabeça afirmativamente enquanto o de tranças levantava. Chamou um táxi já que eles haviam vindo para cá no carro de Bill e ele o estava usando neste momento e sem pensar muito pediu que o taxista o levasse na mesma boate que Benji o tinha levado noite passada.

  As cerejas do letreiro pareciam mais coloridas hoje, assim como as dos seios das garçonetes. Não que elas estivessem exatamente mais coloridas hoje, o fato é que Tom reparou com bem mais... volúpia dessa vez. Dirigiu-se até a mesa vazia que encontrou. Uma das garçonetes estava terminando de limpá-la, ela cantarolava baixinho e não percebeu quando Tom parou atrás dela.

“Tommy got his six string in hock

Now he's holding in what he used

To make it talk - so tough, it's tough

Gina dreams of running away

When she cries in the night”

  Tommy e Gina, ele já tinha ouvido essa relação de nomes em algum lugar. Ele deu de ombros e levantou a mão para cutuca-la, porém decidiu esperar para ouvi-la cantar mais um pouco.

Tommy whispers: Baby it's okay, someday

We've got to hold on to what we've got

'Cause it doesn't make a difference

If we make it or not

We've got each other and that's a lot

For love - we'll give it a shot

  Ela parou de cantar e quando se virou quase caiu de susto ao ver Tom parado tão perto, observando-a atentamente.

  - Oi. – ele disse passando a língua sobre o piercing. Olhou para o primeiro lugar que se olha em uma mulher. Isso mesmo, os seios, e incrivelmente o que mais lhe chamou atenção foi a plaquinha ao lado do broche de cerejinha, havia o nome ‘Gina’ escrito nele. – Gina... – levantou os olhos para poder encará-la. Suas bochechas estavam da cor do broche e ela sorria acanhadamente. Com a mão um pouco trêmula a garota tirou a franja loira desfiada da testa e colocou atrás da orelha, revelando os enormes e brilhantes olhos castanhos esverdeados. Gina... o nome não lhe era estranho, mas a feição sim.

  - Oi Tom. – Gina disse com a voz um pouco esganiçada pela vergonha. Seu coração pulou algumas batidas quando ele disse o seu nome, ela não esperava que Tommy se lembrasse dela. – O que vai querer hoje?

  - Vodka, por favor.

  - Só um instante. – Gina sorriu e saiu quase soltando um gritinho de felicidade, ela nem se deu ao trabalho de se amaldiçoar por ser tão boba assim. Quem sabe o destino pudesse finalmente ser bom com ela.

  Tom observou o corpo da garçonete enquanto ela saía e se amaldiçoou completamente por não se lembrar dela.

  Mais uma vez Tommy e Gina ficaram até a madrugada conversando, em grande parte sobre Bill e Carol. Tom precisava desabafar e Gina ficava fascinada ao escutar uma história real das que ela achava que só existiam nos filmes.

  Quando o sol já dava sinais de que iria aparecer e o bar já estava vazio Tom se retirou e prometeu a si mesmo que iria se lembrar de Gina na próxima vez que fosse ali – sim, ele com certeza iria voltar.

  Gina fechou a boate e no caminho de casa sonhou acordada, desejando que um dia algum Bill apareceria na sua vida e lhe amaria da forma mais magnífica possível.

   - Tchau Tom. – disse ao vê-lo passar por mim saindo da minha casa em direção ao carro do Bill. Ele tinha grandes olheiras, devia ter se divertido bastante noite passada.

  Antes que eu pudesse começar a me dirigir a minha casa me senti agarrada, e não, não era o Bill. Tom me abraçava fortemente, de um modo que estava esmagando os meus ombros, já que ele estava fazendo isso de lado. Deu um beijo na minha bochecha e eu achei isso muito fofinho e retribuiria o abraço se ele permitisse. – Tchau Carol. – voltou a ficar sério e se encaminhou ao carro novamente. Dei um último tchauzinho ao Bill e me voltei para o caminho até minha casa.

  Ouvi uma algazarra lá de dentro, e com certeza havia mais pessoas do que o costume lá dentro. Senti um sorriso surgir no meu rosto e comecei a andar mais rápido pela possibilidade de todos os meus irmãos terem voltado para casa. Parei de caminhar no mesmo instante que percebi que as vozes desconhecidas eram femininas. Minha felicidade se transformou em fúria - culpa dos hormônios alterados pela gravidez, nada relacionado a ciúmes, que fique bem claro - repentinamente. Eles provavelmente estavam dando uma festa sem mim, e colocando um bando de fêmeas no meu lugar.

  Entrei esfuziante pela porta da sala e paralisei de espanto ao ver minha avó e minha tia conversando alegremente com o meu pai. Elas me olharam sorrindo, finalmente alguém me reencontraria sem ficar com dó, se bem que elas já haviam me visto depois de toda essa coisa da doença. – Oi Senhora Elizabeth, - estendi a mão para a minha vó – oi Charlotte. – dei um abraço desajeitado na minha tia que estava mais loira e mais magra que o de costume, e menos séria, diga-se de passagem.

  - Então a senhorita vai casar... – Elizabeth disse e eu me senti bem pequena perto dela. Ela não gostou nada quando soube com quem eu namorava. – Com aquele rapaz? – apenas balancei a cabeça afirmativamente já esperando o que viria a seguir: o pior sermão do mundo. – Estou feliz que você esteja feliz. – sorriu e me esticou os braços abertos. Eu arregalei meus olhos e fiquei mais assustada do que nunca. Minha vó queria que eu a abraçasse? Bom, sendo isso ou não, a abracei e incrivelmente fui correspondida.

  - Então nós temos que começar a organizar tudo. – minha tia me puxou pela mão indo para a cozinha completamente empolgada. Olhei para o meu pai pedindo socorro, porém ele apenas ficou rindo de mim. Desde quando elas duas gostavam tanto assim de mim? Vamos combinar, nós nunca tivemos muito contato, e o pouco que tínhamos era para provar que eu com toda a certeza tinha puxado para a família da minha mãe. – Onde vai ser o jantar de noivado?

  - Jantar de noivado? – perguntei espantada mais para mim mesma, deixando totalmente a mostra o meu nervosismo.

  - Você não pensou em nada ainda não é mesmo? – perguntou de um jeito reprovador e mesmo sabendo que não era necessário que eu desse resposta nenhuma balancei minha cabeça para os lados ouvindo Charlotte resmungar.

  - Deixe a menina respirar, Charlie. – Elizabeth a repreendeu e eu presenciei um momento bem tenso. Minha tia ia começar a retrucar, minha avó olhou séria para ela arqueando a sobrancelha esquerda, minha tia abaixou a cabeça. É, essa família era um caso sério. Charlotte tinha uns trinta anos - aparentava bem menos, é claro - e ainda tinha que passar por esse tipo de coisa. Pelo visto eu não conseguiria me livrar disso tão cedo também.

  Assim que vovó - rum, rum - se retirou minha tia voltou o falatório. – Não se preocupe, eu vou cuidar de tudo para você. – colocou o dedo na bochecha repleta de blush, me fazendo reparar na maquiagem impecável e depois de pensar um pouco me tirou do transe estalando os dedos. – Nós temos que nos encontrar com o seu noivo. – temos? – ligue para ele e diga que nós vamos às compras amanhã em L.A.

  - Okay. – disse entredentes enquanto Charlotte se retirava feliz da cozinha. Meu progenitor entrou ainda com a mesma face de deboche. – Essas mulheres da sua família são estranhas.

  - Começando por você. – dei língua para ele e esperei que terminasse de beber água e se retirasse para que eu pudesse ligar para o Bill.

  Ele não atendia, devia estar no trânsito ainda, então mandei uma mensagem.

“Me desculpe por isso, mas tem uma louca aqui dizendo que nós temos de fazer compras para o casamento amanhã. E ela quer que você vá também. E ela quer que seja aí. Pode ser? Desculpe.

 Luv U =* ”

  Subi as escadas para ir ao meu quarto. Não para dormir, mas quem sabe, descansar um pouco, ficar um pouco sozinha. Ouvi um choro fininho e contido, comecei a andar mais lentamente pelo corredor, procurando descobrir de onde vinha o som. Parei em frente à porta do banheiro ao perceber que o barulho havia aumentado. Eu já tinha ouvido esse som antes. Bati levemente na porta e a abri vagarosamente. J.J. estava sentado num cantinho abraçado as pernas e com a cabeça afundada no braço. Abaixei-me junto a ele e acariciei seu bracinho levemente fazendo com que ele diminuísse a intensidade do choro. – O que foi bebê?

  Ele balançou a cabecinha para os lados, negativamente. Sentei-me ao seu lado no chão. Eu teria que começar a aprender essas coisas, afinal, eu estava grávida. Precisava exercitar o meu lado mãe. – Sabe, - comecei ainda sem saber direito o que falar ou fazer. – eu vou ficar aqui do seu lado, e quando você quiser, quando estiver pronto, você fala. Não precisa ser agora. – ele balançou a cabeça afirmativamente dessa vez.

  Ficamos lá por um tempo indefinível, só sei que foi longo, tanto que as minhas nádegas começaram a doer. Ao menos o chorinho foi diminuindo. – com xaudade da minha mãe. – após isso o choro dele voltou com a máxima intensidade desde então. Meu coração se apertou totalmente.

  Eu não fazia ideia do que poderia falar para que ele se sentisse melhor, só o peguei no colo e o abracei com força. – J.J. vai ficar tudo bem... – ele se agarrou ao meu pescoço e continuou chorando. – Já sei, vamos comer chocolate! Chocolate cura tudo. – ele fez que não. – Tem certeza? Nem se for um bolo de chocolate? – ele fez que não, mas um não fraco, como se estivesse quase desistindo. – E se for um sorvete de chocolate, cheio de jujubas e balinhas bem grande? – falei parecendo uma criança, mas finalmente ele me olhou e fez que sim.

  Fomos a pé até uma sorveteria, eu tive que carregar ele no colo por que ele ainda estava choroso, mas não achei nada ruim ter de fazer isso, estava me apegando muito a ele.

  Na metade do sorvete ele já se esqueceu do que estava sentindo, mas eu prometi para mim mesma que ia dar um jeito para ele não se sentir mais assim. Chocolate curava tudo mesmo, só me dava uma dor de cabeça dos diabos. Voltamos e dessa vez o meu sobrinho saiu pulando por todo o caminho. Levei-o para o quarto do Jared, que não estava ali, praguejei ele mil vezes por isso. Sabe-se lá onde ele e o Benjamin estavam metidos hoje. Senti uma falta repentina deles, já fazia alguns dias que eu não tinha um tempo verdadeiramente a sós com eles. Bom, eu ia casar, era normal que eu passasse mais tempo com o meu futuro marido, não?

  Esperei que o pequeno dormisse e então tomei meus remédios e fui dormir.

  - Acorda Bela Adormecida... Hoje é dia de compras! – coloquei o travesseiro sobre a cabeça, tentando tapar os ouvidos enquanto minha tia gritava da porta. Como se isso fosse impedi-la.

  - Oi. – disse sem graça quando Tom veio nos receber.  Recebi um cutucão nas costas e apontei para trás mostrando minha tia. – Charlotte, Tom. Tom, Charlotte.

  - Pode me chamar de Charlie. – ela estendeu a mão e recebeu um olhar bem indiscreto do Tom, que estava com aquela língua roçando sobre seu maldito piercing.

  - Eu posso te chamar de Charlie também? – perguntei a ela recebendo um olhar reprovador.

  - De Charlie sim, mas de Tia Charlie jamais. Não quero que ninguém ache que eu tenho idade suficiente para ser sua tia. – Tom esticou o braço mostrando o caminho para que ela entrasse, e ela o fez, passando por nós ajeitando a gola do seu blazer.

  - Ela é muito bonita para ser sua tia. – Tom sussurrou em meu ouvido com um sorriso zombeteiro. Dei o dedo do meio para ele recebendo um abraço logo em seguida. É, ele me amava, do jeito dele.

  - Onde está o Bill? – perguntei ao notar que ele não estava na sala para qual estávamos nos dirigindo.

  - Tendo uma crise de abstinência.

  Arqueei a sobrancelha, olhando-o estranhamente. – De quê? – Tom levou dois dedos à boca e em seguida assoprou. – Ele parou de fumar? – minha voz soou visivelmente alegre. Ele deu de ombros.

  - Pelo menos está tentando. Você está grávida não é? Ele não pode simplesmente ficar enchendo o bebê de fumaça tóxica. – fitei-o orgulhosa e apertei-lhe as bochechas. – Aliás, - abaixou-se com a cabeça na altura do meu abdômen sorrindo. – como está o meu sobrinho?

  - Sobrinha. – corrigi-o com grande ênfase no a final da palavra.

  - Isso... Oi pequena Julie. - Eu juro que quase comecei a chorar ali - por causa dos hormônios, claro - mas me controlei e apenas o abracei soltando um sonoro “oown”. Apontei escada acima e ele entendeu, fazendo que sim com a cabeça.

  - Já volto, tia Charlie. – sorri e subi as escadas rapidamente antes que eu fosse brutalmente atacada. Andei lentamente pelo corredor, um pouco perdida, até achar a porta do quarto do Bill que felizmente estava aberta. Ele estava deitado na cama com o braço sobre os olhos, balançando os pés freneticamente e mascando alguma coisa, provavelmente gomas de nicotina.

  - Você sabe que se mascar tão rápido assim a única coisa que vai conseguir é dor de estômago né? – ele tirou o braço dos olhos e olhou-me fixamente. Sentei-me ao seu lado na cama. – O negócio é ir mascando lentamente. – disse a última palavra com uma pausa exagerada entre as sílabas.

  - Bem que eu desconfiava que você já tivesse sido fumante em algum momento da sua vida. – falou rindo sem muito humor e se sentou encostado na cabeceira da cama.

  Dei de ombros. – Pai ex-fumante. Sacoméné. – ele riu das minhas gírias terríveis e me puxou para perto dele. Me enlaçou num beijo que com certeza teria me feito cair se eu não estivesse sentada. O gosto de menta das gomas era definitivamente mais apetitoso do que o do cigarro. – Gosto beem melhor. – sorri e ele sorriu junto, puxando-me para um beijo novamente.

  - Preparada para o dia de compras? – perguntou com uma falsa empolgação.

  Rolei os olhos enfiando minha cabeça na curva do pescoço dele. – Com você e a minha tia? Não, é animação demais para mim.

  - Pelo amor de Deus, vamos logo antes que aquela mulher lá embaixo me mate. – Tom entrou e se jogou na cama junto com todos nós.

  - Eu só quero saber uma coisa, tem alguém que está querendo sair daqui? – esperei para ver se alguém se pronunciava ou levantava um dedinho, mas nada. – É, eu já sabia.

  - Vocês podem não querer, mas vão. – Bill se levantou e foi em direção ao closet, terminar de se arrumar.

  - Sério, eu preciso ir mesmo? Por que não tem necessidade. – Tom disse resmungando e colocando a cabeça em meu colo.

  - Nem vem com essa! Você não ia ter coragem de me deixar sozinha.

  - Esse é lindo não é? – minha tia me mostrou o centésimo prato de sopa, enquanto Bill mascava a centésima goma, enquanto Tom dava o centésimo suspiro e enquanto eu respondia pela centésima vez.

  - Vocês que sabem. – esfreguei minhas têmporas com os dedos tentando fazer com que a dor de cabeça que estava começando retrocedesse. Fiz o mais rápido possível para que ninguém percebesse, mas acho que não adiantou muito. Quando eu abri os olhos Bill me analisava seriamente e antes que ele perguntasse como eu estava eu respondi. – Estou bem, não se preocupe. – ele não pareceu acreditar muito. Tentando desviar do assunto, achei um prato que com certeza era mais bonito do que todos que minha tia havia mostrado. – Esse é bonito, o que você acha?

  - Não, é muito simples... Você precisa de algo bem mais sofisticado. – Charlie disse se adiantando a Bill e começando a pegar os pratos que ela havia escolhido.

  - Eu gostei desse. – Bill apontou para os pratos que eu havia mostrado. Awn, como eu te amo Bill Kaulitz. Minha tia, com cara de tacho, devolveu os pratos que estavam no braço dela.

  Comecei a me sentir realmente enjoada e não era por causa das coisas que eu estava tendo que suportar ali, - vamos combinar, eu não tinha nascido pra isso. - mas uma revolta dentro do estômago mesmo.

  - Eu estou com fome. – Tom reclamou mais uma vez, já perdendo a esperança de que alguém iria escutá-lo.

  - Eu também. – menti. – Vamos tomar um milk-shake? – torci os dedos na esperança de que ele aceitasse minha proposta e que Bill e minha tia não quisessem ir junto também.

  - Vamos. – suspirei aliviada enquanto ele puxava minha mão e eu via que não estávamos sendo seguidos.

  - Obrigado. – dissemos em uníssono. Não pelo mesmo motivo, mas eu deixei que ele pensasse que fosse. Respirei lentamente o ar livre assim que conseguimos sair daquela loja.

  - Já não estava mais aguentando aquilo. – Tom disse e eu simplesmente corri em sua frente na direção da rua para que pudesse por para fora todo aquele mar revolto que chacoalhava dentro de mim. – Você está bem? – levantei a mão com o polegar erguido e senti ele enrolando meus cabelos e segurando-os para que não se sujassem, em seguida senti um ventinho frio na minha nuca. Achei estranho que Tom estivesse fazendo aquilo e assim que já conseguia fazer isso me levantei e confirmei que era Bill que estava ali.

  - Milk-shake?! – disse com a resignação dominando sua voz e arqueou a sobrancelha direita.

  Dei de ombros. – Acho que agora eu quero um, de verdade.

  - Já terminou?

  - Ainda não. – me recostei na cadeira já cansada de tentar escrever alguma coisa que prestasse. Tia Charlie se sentou de frente para mim, rindo e brincando com as unhas compridas.

  - Sabe, eu gostei do seu noivo. – deu um suspiro longo e sorriu divertida. – Principalmente por ele parecer mais a noiva do que você. – segurou as minhas mãos. – Boa escolha.

  - Brigada. – disse fracamente estranhando toda aquela doçura dela comigo.

  - Boa noite querida.

  - Boa noite tia Charlie. – ela apertou minha bochecha fazendo uma careta e se retirou.

  Fiquei sorrindo ainda por um tempo, sem saber direito o porquê, mas o dia tinha sido divertido hoje. Dei enter no último e-mail em que eu explicava e convidava meus amigos para o jantar de noivado e fui dormir, ou melhor, tentar, sem conseguir entender a minha ansiedade em relação a toda essa coisa de casamento. É, eu tinha mudado bastante, e conheço muito bem o culpado: Bill Kaulitz.


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Notas finais do capítulo

Viram a Gina escondida ali no meio? Amei a roupa de garçonete dela *-*O próximo capítulo (que eu espero não demorar tanto) já vai ser alguns dias pra frente. Eu preciso correr com essa fic ou ela vai ter uns cem capítulos por aí...Vejo vocês nos reviews.=*