Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 28
Livin' On A Prayer


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtiiiiinho e em terceira pessoa. Eu não sei fazer isso, por isso me perdoem qualquer coisa. Até dois minutos atrás eu tinha certeza de que iria escrever muito mais coisas e postaria amanhã. Mas, como a parte que eu escrevi ficou maior do que eu esperava e já faz tempo que eu não posto (shame on me!) resolvi fazer a felicidade de vocês - ounão.Ah, e eu não betei. Então me perdoem e avisem qualquer erro.Espero sinceramente que gostem, pq ele é diferente, vocês vão ver. Podem me xingar se não gostarem.Té lá embaixo.



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  Tom não suportava mais ver o irmão daquele jeito. Ele parecia tão feliz agora e a possibilidade de ver Bill aos pedaços se o pior acontecesse a Carol convertia seu coração em uma bola de papel amassado. Ele não suportava nem pensar na ideia. Preferia fazer como Bill, acreditar que tudo continuaria bem como está, ou até melhor. Ele só esperava não estar enganado.

  - Vamos beber? – Benjamin, o cunhado pentelho do irmão de Tom voltou à sala, fazendo o convite. Bufou e sentou-se ao seu lado no sofá. – Eu preciso aliviar minha mente um pouco. – falou num tom pesaroso mostrando que estava pensando praticamente a mesma coisa que Tom. Só que no caso de Benjamin, as coisas pioravam um pouco. Ele não suportava a ideia de que nada de mal pudesse acontecer à irmã. E ele já se odiava por não poder fazer nada para evitar isso. Ela definitivamente não merecia.

  O de rastas negras acenou afirmativamente e seguiu o garoto mais baixo que ele de cabelos também negros e um pouco espetados e olhos que lembravam-lhe vagamente a cunhada. Eles entraram no Hummer calados, e seguiram até o carro parar do mesmo modo. Desceram em frente ao que Tom pensou ser uma boate, mas que na verdade era o refúgio que Benjamin tinha encontrado quando perdia as forças.

  Tom reparou nas cerejas fluorescentes do letreiro do local, as mesmas que viu nos seios das garçonetes ao entrar. É claro que ele não podia deixar de reparar, mas não deu muita atenção para isso, não estava bem para flertes hoje. Benjamin seguiu para a mesa habitual, cumprimentando as garçonetes e barmen que já o conheciam. Mal acabaram de se sentar e o Ford disse que precisava ir ao banheiro, mas na verdade ele tinha ido atrás de uma diversão mais forte e menos casta. Uma simples bebedeira não seria suficiente hoje. Ver a irmã tão feliz hoje fez Benji se sentir tão mal... as coisas podiam mudar drasticamente em tão pouco tempo, e ele não estava preparado para isso.

  A mesma coisa se passava pela cabeça do Kaulitz. Enquanto os outros ficaram alegres pelo casal estar alegre, os dois estavam com o sentimento contrário. Ele ficou rodando o enfeite da mesa pelos polegares sem ânimo para nada. – O senhor deseja alguma coisa? – Tom ouviu uma voz feminina e ao erguer a cabeça seus olhos pararam nas cerejas nos seios fartos da garota, mas logo voltaram à mesa. A garota repetiu, no tom mais doce que conseguiu. “Clientes preferenciais tem de ser tratados com toda a delicadeza necessária.” Ela se lembrou das palavras da instrutora no primeiro dia de trabalho. “Políticos, milionários e famosos.” Ele devia ser famoso, ela se lembrava do rosto dele de algum lugar. Provavelmente um rapper que ela havia visto na MTV. – O senhor deseja alguma coisa?

  - Sabe o que eu desejo? – Tom disse bruscamente, encarando-a. – Ter o poder da cura. Assim eu poderia livrar o meu irmão de todos os problemas que ele está passando. – ela arregalou os olhos. Não pelo fato de ele estar desabafando, ela já estava acostumada a isso, mas sim pelo que ele disse. Essa ela nunca tinha ouvido.

  - Desculpa. – ele abaixou a cabeça, tentando se controlar um pouco.

  - Tudo bem, - ela sorriu largamente quando ele voltou-se para ela. – garçonetes e taxistas são ótimos psicólogos. - ela gargalhou levemente e ele sorriu também, deixando-se contagiar. Ela fez um sinal para uma companheira de trabalho, mostrando que ela ia ter que ficar por ali agora e fez outro sinal para que o barman trouxesse um cowboy para o moço. Assim que pegou a bebida ela se sentou ao lado dele. – Seu irmão está doente?

  Ele fez que não com a cabeça, olhando para o copo em suas mãos. – Minha cunhada está. – ele fez uma careta involuntariamente, ao tentar proferir as próximas palavras. – Ela está... muito mal. E provavelmente ainda vai piorar.

  A garçonete ficou sem palavras e sem ação. O que ela poderia dizer? Apenas passou a mão no braço dele e apertou sua mão. Ele levantou a cabeça, sorrindo em sinal de agradecimento. Ela sorriu de volta. - Eu queria poder fazer alguma coisa. – Tom disse suspirando. – Alguma sugestão?

  Ela prendeu um pouco a respiração sem saber o que dizer. Tirou sua mão sobre a dele, e a esfregou nervosamente. – Estude medicina, vire um médico e descubra a cura do problema dela? – ele arregalou os olhos, com um sorriso se formando na boca. – Não esquece, isso foi ridículo. – a garota mexeu na ponta da bota em sua coxa, tentando pensar em alguma coisa. – Já sei! – ela sorriu e ergueu o dedo indicador. – Acha o Dr. House da vida real e leva ela lá. Ele com certeza vai resolver o problema dela. – ela achou essa opção realmente boa, mas ao olhar para a cara debochada dele percebeu que não era tão bom assim. Esses médicos nem devem existir de verdade. – Foi horrível também. A cada sugestão aumenta a decadência. É melhor você nem prestar atenção em nada do que eu digo.

  - Não, continua. – ele estava se divertindo com aquilo, e a garçonete estava fazendo um bem grande para ele, mesmo que ela não percebesse isso.

  - Sabe de uma? Acho melhor você beber o máximo que puder, quem sabe num estado de quase coma alcoólico você consiga pensar em alguma coisa. – ele fez que sim com a cabeça. – É, acho que essa foi a melhor coisa que eu falei até agora.

  Durante o resto da noite – e da madrugada – ela trazia bebidas para ele e conversava um pouco. Até o momento em que ela achou que ele já estava começando a passar da conta. – Acho que agora já está bom né?

  - Não, agora que está começando a ficar bom. – Tom reclamou, enrolando um pouco a língua.

  - Sério, você deveria parar por aqui. – ela olhou séria para ele. – Você vai piorar as coisas para o seu irmão se deixar alguma coisa acontecer a você.

  Isso o deixou subitamente sério, nisso ela tinha razão. Tom olhou a sua volta, procurando por Benjamin.

  - Ele já foi. Há muito tempo. – os dois deram um sorriso sacana ao mesmo tempo. Não era nada difícil de imaginar o que ele tinha ido fazer. Se fosse em outro dia, Tom certamente estaria fazendo a mesma coisa. Mas estranhamente hoje ele não tinha a mínima vontade.

  O rapaz levantou, procurando pelas chaves do carro. E então se lembrou de que tinha vindo de carona. Ele apenas olhou para ela e ela sorriu. – Eu tomei a liberdade de chamar um táxi para você. Ele já está lá fora.

  - Obrigado. – deu um curto sorriso e se levantou para ir embora. Deu apenas alguns passos e olhou para trás, vendo que ela ainda estava parada na mesa. – Qual o seu nome?

  - Gina, - ela deu mais um dos enormes sorrisos. – como na música.

  - Gina... – ele tentou descobrir de que música, mas não conseguiu. E também não perguntou, preferiu deixar a garota em paz.

  - E o seu?

  - Tom. – ele não conseguiu não mexer em seu piercing com a língua. Era tão costumeiro ele fazer isso ao dizer seu nome, ao dizer seu nome daquele jeito que fazia as garotas derreterem. E não foi diferente com Gina.

  - Como na música. – ela sorriu e ele estreitou os olhos sem entender essa parte mais uma vez.

  - Bom, tchau. E mais uma vez, obrigado. – a viu sorrir mais uma vez e saiu definitivamente.

  - Tchau Tommy. – Gina sussurrou para si mesma e voltou ao trabalho.

  Tom saiu de lá se sentindo bem melhor do que tinha chegado, sem nenhum motivo aparente.

Livin’ On A Prayer – Bon Jovi

Era uma vez

Não muito tempo atrás

Tommy trabalhava no cais

O sindicato está em greve

Ele está dependendo da sorte é duro, tão duro

Gina trabalha na lanchonete o dia inteiro

Trabalhando pelo seu homem, ela leva para casa seu pagamento

Por amor

Ela diz: Temos que nos segurar ao que temos

Não faz diferença

Se conseguiremos ou não

Temos um ao outro e isto é bastante

Por amor, nós tentaremos

Estamos no meio do caminho

Vivendo de oração

Pegue minha mão, conseguiremos - eu juro

Vivendo de oração

Tommy penhorou seu violão

Agora ele está se segurando no que ele costumava fazer

E diz que é duro, tão duro

Gina sonha em fugir

Quando ela chora toda noite

Tommy sussurra: Querida, está tudo bem

Temos que nos segurar ao que temos

Não faz diferença

Se conseguiremos ou não

Temos um ao outro e isto é bastante

Por amor, nós tentaremos

Estamos no meio do caminho

Vivendo de oração

Pegue minha mão, conseguiremos - eu juro

Vivendo de oração

Temos que aguentar, prontos ou não

Você vive pela luta quando é tudo que você tem


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Notas finais do capítulo

E aeee? Me contem tudo.Amo Bon Jovi e amo ainda mais Livin' On A Prayer. Aliás, essa música foi a inspiração para tudo. Ela e a dona da personagem né anne kaulitz. Acho que vou presentear mais alguma leitora querida daqui para a frente.E ainda ia ter Bill&Carol aí, mas eu preferi postar só Tom&Gina (gostaram, gostaram, gostaram?)...Acho que o próximo sai mais rápido.Beijos.