Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 25
Nada Como Uma Grande Família


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo quentinho *-*Ele não é muita grande e nem muito pequeno. Eu espero que vocês curtam muito ele, por que a partir do próximo fortes emoções surgirão. So... se preparem.



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  As últimas palavras dele ficaram martelando em minha cabeça enquanto procurava Bill pela casa.

  - Hey, mocinha. – ouvi meu pai me chamando e me virei na direção de onde o som vinha e adentrei no escritório dele. – Não há nada que você queira me contar? – franzi o cenho sem entender e fiz que não com a cabeça. Lá vinha mais alguma paranoia. – Você acha que eu não entendi o que quis dizer com “isso não pode ser possível por que nós...”?

  Arregalei meus olhos instantaneamente. – É que...

  - Você conhece as regras. Por que fez isso? – ele me olhou sério, cruzando os braços. O que me fez lembrar a cena de antes, com Jeremy.

  - Eu não fiz nada. – tentei dar uma amenizada nas coisas, mas não deu muito certo.

  - A senhorita vai começar a mentir para mim agora, depois de adulta?

  Joguei a cabeça para trás, soltando o ar pesadamente. – Não. – voltei a olhar para ele seriamente. – Eu não planejava isso. Eu só... eu... – respirei fundo mais uma vez – não conseguia dormir. Depois que o senhor foi lá eu fui para o meu quarto. Mas não conseguia pregar o olho, então fui conversar com o Jared. Quando eu voltei para o quarto foi a mesma coisa, a insônia parecia ter tomado conta de mim. Eu não sabia o que fazer então eu fui para o quarto dele, para tentar dormir. Eu não planejava, fazer, o senhor sabe.

  Ele continuou impassível me observando, como se esperasse que eu ainda dissesse mais alguma coisa. – Me desculpe. – soltei, sabendo que era isso o que ele queria ouvir. Meu progenitor balançou a cabeça afirmativamente, finalmente aprovando o que eu havia dito.

  - Era só isso o que eu queria ouvir. – deu um sorriso torto. – Porém um “não vou fazer de novo” não soaria mal.

  Sorri para ele também. – Eu não vou fazer de novo. – Não aqui. Mas essa parte eu preferi não dizer.

  Beijou o topo da minha cabeça e me abraçou. Quando eu coloquei minha cabeça sobre a sua clavícula vi Bill passando pelo corredor, olhando para os lados como se procurasse alguma coisa. – Eu já volto, pai. – dei um beijo estalado em sua bochecha e saí atrás do Bill.

  Dei uma pequena corridinha e cheguei até ele. – Eu estava mesmo te procurando. – girou nos calcanhares e parou. – Eu já vou.

  - Já? – Fiz beicinho.

  - Uhum. – ele apertou minha bochecha. – E tem que ser agora, vai anoitecer e o Tom vai me esganar se eu não chegar logo no estúdio, ele já me ligou trezentas vezes.

  Fiz cara de vencida e rolei os olhos. – Okay, eu te levo até lá embaixo.

  Desci as escadas com ele e vi umas malas na porta de entrada. – Você trouxe tudo isso? – perguntei apontando para elas.

  - Eu não. Por que eu precisaria de bagagem? Mal passei um dia aqui.

  - Uia, grosso. – olhei para ele com a testa enrugada e ele riu da minha cara. – Vai saber. – mudei de expressão e sacudi os ombros, respondendo a pergunta dele.

  Christopher parou em frente às malas, colocando as mãos na cintura e falou sozinho. – Será que eu peguei tudo?

  - Você vai embora? – perguntei olhando estranho para as bagagens.

  - Sim. Eu tenho que ir ver minha mulher e ter uma conversa muito séria com ela. Você grávida, o Jared com filho... eu tenho medo que isso passe para mim também. – “minha mulher”. Durante o tempo em que eles ficaram ‘brigados’ comigo o Totti se casou com a Ellen. Mas foi um casamento somente no civil, sem mais comemorações. Eu me lembro dele ter dito na época, que por minha causa o dia mais feliz da vida dele não havia sido tão feliz assim.

  - Você já trouxe todas as minhas coisas? – Jeremy gritou para Christopher da escada.

  - Você vai também? Todo mundo vai embora agora? – perguntei erguendo os braços, já com cara de emburrada.

  - Não. – Benji disse, aparecendo por trás do Jimmy. – Eu não vou. – deu uma risadinha. – Você já pode dar pulos de alegria agora.

  Ignorei-o e me voltei para o loiro. – Por que você vai?

  - Por que eu tenho que cuidar das coisas que o pai abandonou por sua causa. – me olhou como se aquilo fosse óbvio. – Alguém tem que dar um jeito nas coisas.

  - Eu tenho que ir mein Liebe. – Bill disse no meu ouvido.

  - Tchau! – disse com a voz mais ríspida do que deveria. Quando me dei conta de que era com Bill que estava falando e não com os meus irmãos me virei para ele pedindo desculpas com o olhar.

  Despedi-me de Bill ali mesmo, na porta, não achei necessário ir lá para fora. E quando eu digo me despedi, está subentendido que eu agarrei ele e o beijei da maneira desesperada que eu estava sentindo necessidade. Como estava com raiva dos meus irmãos, me aproveitei para fazer uma ceninha para eles. Nada melhor do que unir o útil ao agradável, e muito agradável.

  Ouvi vários pigarros, chamadas de atenção; mas não estava me importando nem um pouco e pelo visto Bill também não. Ele se afastou com um sorriso enorme e bem sacana estampado no rosto. – Eu, infelizmente, tenho que ir agora.

  Eu tirei os braços em torno do pescoço dele e mordi o lábio inferior murmurando um tchau abafado. Ele foi embora e eu fechei a porta, me encostando à porta de frente para os meus irmãos sem tirar o sorriso do rosto. E também não poderia, eu sentia uma enorme vontade de gargalhar vendo as feições deles. – Pensei que vocês já tivessem ido. – falei cínica e subi as escadas com corrimões dourados em direção ao meu quarto.

  No corredor, Jared pai e Jared filho saíram de uma porta. – Vão para onde? Embora também? – Jared, pai, franziu o cenho. – Eu estou grávida, tenho direito de ter mudanças repentinas de humor. – Usar isso de desculpa não quer dizer que eu estava gostando disso. Pelo contrário, eu estava odiando. Eu sempre quis estar absolutamente no controle, e agora eu estava totalmente desestabilizada o tempo todo.

  - Como se você precisasse estar grávida para isso. – ele debochou um pouco, mas logo parou, deve ter ficado com medo da minha cara de assassina. – Nós vamos fazer exame de sangue. – ele parou, mas vendo que eu não tinha entendido o porquê do exame de sangue, explicou. – O pai me obrigou a fazer teste de DNA.

  - A tua paternidade já não é óbvia o suficiente? – nós dois olhamos para o garotinho encostado na parede brincando com o zíper do moletom. Ele realmente era parecido com o Jerry, até mesmo na personalidade. – Foi por causa dele que a Larissa sumiu? – perguntei baixinho, para que o meu fofo sobrinho não escutasse e ainda se sentisse culpado por alguma coisa.

  - Deve ter sido, – ele deu de ombros – as contas batem. – A ex-namorada que ele tanto amou - graças a Deus não ama mais, ele já havia sofrido por ela mais do que eu aguentaria. – o havia abandonado e sumido do mapa sem mais nem menos.

  - Ela deve ter ficado com medo. – olhei para ele – Você não está?

  - Não estou o que?

  - Com medo.

  Ele deu de ombros. – Não, só preciso de mais um pouco tempo para absorver totalmente as coisas. – ele esfregou os cabelos do gurizinho com as mãos e sorriu bobo para ele. – Você deve estar mais do que eu. – voltou o olhar para mim.

  Desta vez eu dei de ombros. – Se eu parar para pensar no que isso significa, aí sim eu vou ficar com medo. Por isso agora eu estou procurando pensar no mínimo e sentir ao máximo. – e era isso que eu ia fazer pelo máximo de tempo que eu conseguisse. Até que tudo ficasse bem eu iria imagina que essa era uma gravidez normal sem mais implicações.

  - Jared! – ouvimos a voz do pai e nos entreolhamos.

  - Eu tenho que ir. – ele revirou os olhos. – Vamos J.J. – pegou na mão do filho e atravessou o corredor. – Você não vai se despedir dos outros? – falou e eu senti que foi para mim.

  - Vou. – disse bufando e desci as escadas atrás deles.

  Despedi-me do Totti e do Jimmy sem raiva nenhuma. Eu disse que esses hormônios estavam acabando comigo. Eu não era mais eu mesma.  Há pouco eu estava querendo matar eles e agora sentia que um pedaço meu iria embora com eles. Eu tinha medo de ficar longe de qualquer pessoa que eu amava neste momento crítico. Ninguém sabe o que iria acontecer depois.

Assim que eles saíram me senti o ser mais solitário do planeta. Só eu e o meu filho naquela casa enorme. Decidi ir para o meu quarto, e dormir até que todos voltassem. Porém, antes que eu conseguisse atingir o meu objetivo, uma grande escuridão tomou conta da minha visão e todas as minhas forças sumiram.


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Notas finais do capítulo

Teeenso não?

Se preparem, pois, no próximo, as coisas esquentam.

Beijos