Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 24
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Eu queria ter postado ontem, p tentar colocar a fic na rotina de novo. Mas não deu né, e eu não aguento mais dar desculpas aqui.

Esse capítulo é minúsculo e sem nada de mais. Mas eu percebo que aqui a quantidade vale mais que a qualidade no caso de várias pessoas.

Por isso eu faço questão de agradecer exclusivamente as pessoas que sempre estão por aqui e que me fazem postar mesmo quando eu perco a vontade.

hoanna_castro, anne kaulitz, humanoid_mandy, Dea_98 e a esporádica Caroliinne. Saibam que eu só termino essa fic por vocês.



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  - Onde você estava? - perguntei assim que Bill chegou perto do carro dele onde eu estava encostada.

  - Lá. – apontou com o polegar para o hospital. Quando eu consegui fugir do banheiro, Bill pediu para que eu viesse esperar aqui fora, que ele logo voltava. O logo demorou exatos 43 minutos.

  - Isso eu sei. – rolei os olhos e continuei o observando. Mais cedo ou mais tarde ele falaria.

  - Por que você se preocupa tanto? Eu só estava lá... – me abraçou e roçou o nariz no meu pescoço. Os pelinhos na minha nuca se eriçaram, e a respiração quente dele batendo na minha pele fria estava me fazendo esquecer qualquer coisa que acontecesse alheia a nós. Ele estava fazendo de propósito. O afastei e peguei a chave da mão dele para abrir o carro. Vi pelo reflexo do carro Benjamin e Christopher se aproximarem.

  - Nós podemos ir contigo?

  - Pergunta para ele. – apontei com a cabeça para Bill. Totti tombou a cabeça, como se implorasse para que eu não o obrigasse a fazer isso. Balancei a minha afirmativamente e me recostei novamente no carro a espera de que ele fizesse isso. Bill tentava esconder um sorrisinho no canto da boca. É claro que ele não ia dizer que não, mas com certeza estava se aproveitando da situação.

  Benjamin conhecendo o irmão que tinha, falou logo na frente dele. Se fossemos esperar o Christopher engolir o grande orgulho dele e pedir algum favor para o Bill iria anoitecer e ainda estaríamos ali. – Cunhado, você pode dar uma carona pra gente, por que ninguém merece ter que aguentar o sermão que o pai vai dar no Jared por causa da sua namoradinha.

  Dei língua para ele. – E o pai nem vai falar nada. Não falou comigo. Por que vai falar com ele?

  - Por que ele não é a garotinha do Mr. Ford e nem está grávido. – ergueu as sobrancelhas e se dirigiu ao Bill novamente. – E aí, podemos ir ou não? – o Benji parecia um mano falando, e olha que ele já tinha melhorado muito. Ao menos tinha voltado a usar os s’s.

  - Claro, entra aê. – Bill apertou o controle, destravando as portas. Antes que eu conseguisse chegar na porta Benjamin se esgueirou e abriu a porta do banco carona. – Ah, - meu namorado falou do outro lado do carro, chamando a atenção nele. – ela vai na frente.  Dei língua para ele e entrei no meu lugar, prepotente.

  Bill ficou calado por um bom tempo. Isto me preocupava bastante. Por um único motivo, o que ele estava fazendo lá dentro. Só tem uma coisa que alguém que não esteja doente pode fazer dentro de um hospital: conversar com um médico sobre a doença de outra pessoa. Eu tinha medo de estarem me escondendo alguma coisa, de estarem planejando alguma coisa, as minhas costas. Se eu estava pior do que eu imaginava, eu queria saber. Se o bebê iria me fazer mal, eu queria saber. E o mais importante, se estavam planejando colocar o bebê em segundo plano, eu queria saber. Por que eu seria totalmente contra isso. Agora eu tinha achado um motivo maior do que todos para continuar vivendo.  O bebê. Eu não iria permitir que nada de mal acontecesse a ele, e se fosse humanamente possível, eu me tornaria a pessoa mais saudável que se tem notícia por causa do meu filho.

  - Eu só estava falando com o seu médico. – disse finalmente, se dando por vencido. Provavelmente por ter percebido a minha preocupação. Eu tentava de todas as maneiras, mas pelo visto eu não era tão boa assim em esconder emoções.  Fiz que sim com a cabeça e voltei a olhar para a paisagem externa em movimento. – Eu só queria saber se ia ter alguma complicação no seu tratamento por você estar grávida.

  - Você devia ter ido saber se eu não teria complicações na gravidez por causa do tratamento, e não o contrário. – falei mais ríspida do que o necessário, e do que eu tinha vontade.

  - Por favor, você sabe o que é mais importante.

  - Sei. – voltei meu olhar para ele e simplesmente apontei para a minha barriga.

  - Não. – murmurou baixo. Apertou mais as mãos do volante e mordeu os dentes com força, projetando o maxilar para fora.

  Eu espero que nunca tenha que escolher.

  O resto do caminho foi feito em silêncio. Eu olhava para as árvores entre as avenidas com os olhos marejados. Nunca desejei tanto chegar tão rápido em casa. E foi um alívio muito grande ver a construção imponente do começo da rua. A ideia de poder ir direto para a minha cama e ficar lá sozinha por um bom tempo me apetecia enormemente.

  Desci do carro antes mesmo que ele parasse completamente. Suspirei fundo e ergui minha cabeça para o sol radiante, esperando que as lágrimas ficassem retidas enquanto eu fechava meus olhos por causa do ardor causado pela claridade. Comecei a caminhar lentamente, em direção à entrada da casa, olhando para a grama verde e aveludada. Senti um toque suave em minha mão, e mesmo sabendo quem havia feito isso olhei para trás encontrando os olhos complacentes de Bill. Baixei minha guarda, e inconscientemente uma paz interior se apossou do meu ser. Ele puxou minha mão para detrás das costas dele, como se eu estivesse abraçando e me deixou apoiar a cabeça em seu ombro. E nesse instante eu não tinha mais vontade de ir me trancar em meu quarto.

  Abri a porta e Jeremy estava com os braços cruzados de frente para a porta. Como estava com a mão na maçaneta por acabar de abri-a já aproveitei para ir fechando, dando uns passos para trás, porém meu namorado usou o seu corpo de impedimento. – Oi Jimmy. – sorri encolhendo os ombros. Alguém parou do meu lado, levando a atenção de Jeremy consigo. Fiquei feliz em ver que quem quer que fosse ali, merecia mais o olhar assassino dele do que eu. – Oi Jimmy. – ouvi a voz baixinha do Jared. Olhei para o lado e vi que ele teve a mesma reação, mas, assim como aconteceu comigo, o impediram de sair.

  Aquele aglomerado de pessoas na porta não se movia, e Jeremy permanecia fulminando a mim e a Jared com o olhar. – Eu tenho que ser o único responsável por aqui?  - cuspiu as palavras e logo após isto o aglomerado se desfez, restando apenas nós, os acusados a porta. – Eu podia esperar isso do Benjamin e até mesmo do Christopher. Mas não de vocês dois.

  Eu, estranhamente, me cansei daquela coisa toda. Nenhum de nós era menor de idade e muito menos era financeiramente incapaz de sustentar uma família. Não havia motivos para aquela coisa toda, nem meu pai havia feito isso, por que ele teria que fazer? – Jeremy. – atraí a atenção dele.  – Você é o irmão mais velho mesmo, nada mais natural do que você ser o mais maduro. – ele semicerrou os olhos. – Nós compreendemos, mas não precisamos disso. – sua expressão ficou impassível, e ele permaneceu calado. – Obrigada pela atenção.  – sorri e passei por ele, achando que depois disso eu poderia ir embora.

  - Você pode fugir de mim, mas não das consequências dos teus atos.


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Notas finais do capítulo

Ah, perdão pelos erros... mas eu não tive paciência p betar esse capítulo.

Espero postar o próximo logo, e ele com certeza vai ter mais 'ação' do que este.

Beijos.