Nothing Lasts Forever escrita por Cherrie


Capítulo 14
Desde Que Você Me Disse Que Acabou


Notas iniciais do capítulo

Me disculpem a demora, mesmo. Nunca estive tão ocupada em toda a minha vida. Semana de provas, formatura, despedida, vestibular, projeto do curso... eu mal posso respirar. Me desculpem por isso. Mas a partir da próxima, próxima semana as coisas começam a melhorar e eu vou ter mais tempo p atualizar. Me perdoem.

Capítulo ridículo. Eu sei que dizer isso é quase um convite para niguém ler, ou quem ler ficar procurando defeito. Mas é que ele realmente tá estranho. Eu escrevi ele em três dias diferentes, por isso cada pedaço tá diferente do outro, o final principalmente, tá muito sem noção, eu tava retardada quando escrevi. Mas, eu me esforcei muito p q ele ficasse decente, espero que gostem.

Ah, eu escrevi escutando essa música, então vocês talvez queiram escutá-la também: http://www.youtube.com/watch?v=eeRJJfQhGLA&feature=related

Bill's Pov todinho pra vocês *-*



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Bill's Pov

"Se eu tivesse implorado ou chorado

Isso mudaria o céu essa noite?

Isso me traria alguma luz?

Devo esperar que você ligue?

Há alguma esperança no fim das contas?

Que você vai passar por aqui?

E quando eu minto para mim mesmo,

Eu vejo o seu rosto e ouço a sua voz

E meu coração fica confiante

E o momento chegou, o momento passou

Se isso é bom, tem que durar

Isso parece tão certo...

Eu tentei te alcançar,quase te sinto

Você está tão perto daqui

E então você desaparece

Você desaparece...

Você desaparece..."

(Disappear – Beyoncé)

  Estava sentado na minha cama, com os braços apoiados no joelho olhando para o angustiante objeto em minhas mãos. Abri pela milésima vez a caixinha preta, que deveria ter sido dada para minha ex-namorada - argh! Um tremor percorria todos os meus ossos, eu podia sentir até meu coração se contrair apenas por pensar na expressão ex-namorada - no lugar da outra caixinha preta que continha a bailarina.

  Fechei mais uma vez a caixa e a abri de novo. A luz artificial batia no diamante do anel e refletia em meus olhos fazendo com que eu os espremesse cada vez que repetia este movimento. Novamente, fechei e abri a pequena caixa. Se eu não tivesse fraquejado, se eu não tivesse sido um frouxo e tivesse tido coragem o suficiente para entregar este anel a ela, as coisas seriam diferentes?  Se eu tivesse feito o pedido, ela estaria aqui comigo neste momento? E eu poderia estar feliz ao invés de estar na mesma posição horas e horas a fio, apenas me martirizando e tentando descobrir o que eu havia feito de errado para que ela agisse daquele jeito? Tinha que ser eu o culpado disso tudo, tinha que ser. Ela não podia simplesmente estar me enganando a sabe-se lá quanto tempo. Minha visão ficou turva pelas lágrimas que preencheram meus olhos somente pela simples hipótese de ela estar com aquele idiota exatamente agora, rindo da minha cara, ou pior, nem sequer lembrando-se da minha existência.

  Mais um acesso de raiva se apoderou de mim, atirei a pequena caixa na parede, urrando de raiva enquanto atirava no chão as últimas coisas que estavam em meu quarto. Peguei uma almofada e atirei na direção da porta, que foi aberta, atingindo assim o autor da ação ao invés do objeto pretendido.

  Gritei longa e sonoramente expulsando todos os meus demônios. Joguei-me na cama, abraçado a outra almofada, chorando compulsivamente. Senti Tom se deitando na cama e quase que instantaneamente seus braços ao redor do meu pescoço, quase numa posição de estrangulamento.

  - Você não quer passar logo para a próxima fase, a primeira do ciclo? – perguntou ele encostando a cabeça a minha. – Eu prefiro ver você abrindo aquele porta-aliança diversas vezes a isso. – continuei com a cara enfiada na almofada, chorando tudo o que eu podia para tirar aquilo de mim. – Anda Billy, pára com isso vai... – Tom me chacoalhou, colocando o máximo de ânimo que conseguia na voz. – Georg e Gustav já estão lá embaixo. Se você demorar mais um pouco eles vão comer toda a comida. – mesmo sem o ver sabia que estava sorrindo e fui contagiado por isso deixando um leve sorriso de canto aparecer nos meus lábios. – Como é...

  - Se sentir um lixo? O ser mais idiota de todo o universo? – sentei encarando Tom enquanto ele balançava a cabeça negativamente, não me importei e continuei. – É frustrante, humilhante, dolorosamente irritante. Parece que eu tenho a todo o momento um trem em cima de mim, o peso dele fica pressionando todo o meu corpo para baixo. – parei e suspirei, olhando para ele novamente. – Dói tanto Tommy... – os olhos dele já estavam marejados, ele sentou e me abraçou.

  - Eu sei Bill, eu sei. – se isso fosse dito por outra pessoa eu não acreditaria, mas Tom sim, ele sente tudo o que eu sinto, assim como eu sinto tudo o que ele sente. Ele me soltou e olhou em volta do quarto. – Pelo menos a gente não precisa mais levar nada disso aqui para o caminhão. – apontou para as coisas jogadas no chão, rindo.

Eu ri também. Tom tinha o estranho poder de me fazer bem. – Vamos descer, já está chegando a hora. – deu-me um sorriso triste – Mas antes toma um banho, não deixa a mãe te ver desse jeito, – levantou e espreguiçou-se – sabe como é, ela é capaz de ir arrancar a cabeça da Carol, não importa onde ela esteja. – foi caminhando lentamente em direção à porta. O chamei e bati na cama ao meu lado para que ele se sentasse ali.

  - Você acha que...

  - Se eu disser que eu não acho que ela seja essa vagabunda que você está imaginando você vai se sentir pior? Ou você prefere ficar com esse ódio mortal dela? – dei de ombros. Pra mim isso não faria diferença nenhuma. De todos os jeitos eu me sentia um brinquedo inútil jogado fora. – Não, eu não acho que ela tenha te traído. – olhou para os lados e soltou o ar pesadamente – Não sei, eu só não consigo imaginar isso. Vocês dois juntos eram tão... - virou pra mim e parou bruscamente de falar. – Desculpa Bill.

  - Não tem problema, pode continuar. – o incentivei. Era bom saber o que Tom pensava. Ele com certeza tinha a mente mais limpa a respeito disso.

  - Tá. Vocês dois juntos eram tão fofinhos. – fingiu morder e apertar uma coisa fofa. Eu não pude evitar rir da cara zarolha que ele fez. – Eu estava até pensando em arrumar uma namorada por causa de vocês. – fez uma cara de paisagem após ter falado isso.

  - NÃO CREIO! – levei a mão à boca aberta, fazendo uma cara de assustado exagerada. – Você Tom, - apontei para ele – queria arrumar uma namorada por – apontei para mim mesmo – minha causa?

  - Por causa de você e da Carol. – corrigiu-me enfatizando bem as duas últimas palavras. – Você acha que eu não sentia inveja de vocês? – olhou para mim como se aquilo fosse uma coisa óbvia.

  - Não Tom, por essa eu não esperava. – depois de rir muito da cara dele falei: - Você sempre disse que eu parecia um idiota e que jamais ficaria assim por causa de alguém.

  - Você sozinho parecia um completo idiota, - foi enumerando nos dedos – palhaço, bobo e retardado. Coisa que eu jamais serei, nem morto, nem ressuscitado, nem em mil anos de existência. Você com a Carol parecia um cara totalmente... feliz, realizado. Era disso que eu sentia inveja, dessa conexão verdadeira que vocês tinham e justamente por isso eu não consigo acreditar que ela tenha simplesmente te trocado. Deve haver um motivo maior para isso. Pode ser que eu esteja muito enganado, mas... eu não sei.

  Apoiei minha cabeça nas mãos, suspirando pesadamente. – O que eu faço Tom?

  - E você pergunta pra mim? – repetiu o mesmo gesto que eu, apoiando a cabeça nos braços que estavam no joelho. – Tá vendo, eu só estou piorando as coisas. O que você pode fazer?

  - É isso o que estou querendo saber Tom.

  - Eu sei, é que... eu acho que não há nada que você possa fazer. Não importa por qual motivo, ela simplesmente não quer mais...

  - Ficar comigo. – bufei me jogando para trás novamente. Essa era a pior opção de todas, não tomar atitude nenhuma. Apenas ficar assistindo minha vida perder a cor aos poucos, depois de ela ter ficado mais colorida que nunca. Eu tinha a sensação de que eu só tinha descoberto o que era viver de verdade depois que eu a conheci. E ter que encarar a vida agora era bem pior do que levar a vida sem graça de antes dela. – Eu vou tomar banho. – bati na perna dele e fui para o banheiro.

  Abri o chuveiro e esperei até que a água esquentasse bem para que eu pudesse entrar.

  Demorei mais do que o necessário naquele banho. Mas isso era bom, a água quente relaxava os músculos, pena ela não podia fazer o mesmo com a minha mente que só conseguia lembrar de uma coisa.

“Eu... quero acabar com isso de uma vez.”

“Por nada, Bill. Eu não preciso de um motivo para isso, eu apenas cansei, enjoei.”

“... Quando você está longe eu me sinto bem melhor, e é assim que eu prefiro ficar.”


  - Você já comeu filho? – minha mãe interrogou-me assim que surgi em sua frente.

  - Não, eu não estou com fome. – abracei-a, me apoiando sobre os seus ombros. Ela se afastou e me olhou com um olhar suspeito/assassino. – Tá bom mãe, já estou indo comer. – peguei uma tigela de salada de frutas e coloquei aquilo tudo goela abaixo antes que ela começasse com o seu interrogatório.

  - Eu nem acredito que finalmente vou me livrar de vocês. – Georg sentou-se ao meu lado e beliscou minha bochecha como se eu fosse uma criança. – Acho que nunca estive tão feliz em minha vida.

  - Não precisa se fazer de durão Georg – Tom entrou na cozinha ao lado de Gustav – eu sei que a tua vida nunca mais será a mesma sem mim.

  - Com certeza não. – Gustav disse entre os pedaços de bolo que metia na boca. – Agora ele vai poder leva a vida dele livre, feliz e saltitante sem você por perto para encher o saco dele.

  - Que foi ursinho carinhoso, virou protetor dele agora?

  Eu realmente iria sentir falta disso. Eu vivi toda a minha vida com esses dois idiotas que agora ficar a um continente de distância deles não seria tão fácil assim. Mas as circunstâncias fizeram com que isso fosse necessário.

Deixei-os se socando e fui para a sacada do meu quarto. Sentei-me no chão, sentindo o vento bater no rosto e observando a cidade onde morei desde pequeno. Várias lembranças dessa época invadiram minha mente, - oi nostalgia - lembranças felizes, de coisas que jamais voltarão. Uma grande parte de mim iria ficar aqui, a maior parte. Mas mudanças são inevitáveis, e o recomeço imprescindível.

- Sr Kaulitz? – o cara que carregava minha última mala fez sinal para que eu descesse. Peguei minha bolsa do chão e fui lá para fora.

  Tom já estava se despedindo da mãe, e chorando. É incrível que todas as pessoas pensem que eu sou o chorão, ah é.

  Comecei pelo mais fácil, Gordon. Não que eu não fosse sentir falta dele, mas de todos ali ele era o menos sentimental e por isso, o mais fácil de se despedir. Apenas um abraço bastou.

  Gustav e Georg me abraçaram ao mesmo tempo, usando toda a força que tinham me esmagando. – Tá bom, ta bom. – dei uns tapinhas nas costas deles e me afastei. – Quem vê pensa que vamos ficar separados pela eternidade. – debochei deles, rindo. Na verdade, eu estava reprimindo toda a tristeza que vinha se formando dentro de mim. – TCHAU TOM! – gritei dramaticamente estendendo os braços em sua direção, e logo em seguida os recolhendo e rindo exageradamente. Olhei para os lados e percebi que ninguém tinha achado graça nenhuma. Okay, sou péssimo nisso. – Tchau mãe.

  - Tchau meu amor. – ela me abraçou e dessa vez eu não consegui mais me segurar totalmente e as lágrimas começaram a rolar. Depois de centenas de recomendações ela se separou de mim e segurou meu rosto em suas mãos olhando bem fundo em meus olhos. – Eu te amo filho.

  - Também te amo mãe. – a abracei de novo e entramos no carro, onde nossos cachorros já nos esperavam. Encostei a cabeça na janela, olhando para cada detalhe da rua que eu morava.

  Senti um vazio ao meu lado e olhei para o espaço vago entre mim e Tom, onde ela deveria estar se tudo tivesse corrido como eu planejava. Esta mudança não iria ser de toda ruim afinal. Seria mais fácil esquecer quando tudo ao meu redor não me lembrasse da mulher da minha vida.

“Eu preciso achar um novo lugar

Umas férias

Eu vou começar uma nova jornada

Eu tenho que ver novos rostos”


  - Por favor, retire todos os metais do seu bolso.


  - Eu já disse, não tenho nada nos meus bolsos. – por que isso sempre acontecia comigo? – Devem ser os ganchos da calça.


  - Me acompanhe, por favor, Sr Kaulitz. – uma moça de tailleur me indicou uma sala, onde eu passei por uma máquina de raios-X e depois de perceberem que eu realmente não tinha nada nos meus bolsos me liberaram.



  - Alguém enfiou o dedo na sua bunda? – Tom perguntou olhando para a minha parte traseira.


  - Vai se ferrar Tom, quer que eu chame alguém para enfiar o dedo na sua? Pára de me encher e procura o portão cinco.


  - Cinco? – olhou para cima, parado enquanto eu andava rapidamente. Passar por este tipo de situação sempre me deixa demasiadamente estressado. Com toda essa tecnologia eles ainda não conseguiram desenvolver um detector de metais que não fique apitando por qualquer porcaria. – Nós já estamos no sete Bill! – gritou, e eu tive que voltar mais duas salas de embarque. Assim que passei pelo portão seis, vi dois seres andando abraçados pelo meio da sala. Senti meu coração parar de bater por infinitos segundos e quando ele voltou trouxe com suas batidas um ódio crescente que ameaçava tomar conta de todo o meu ser.


  - Tom? – apontei para o casal a nossa frente, que tinha acabado de nos detectar também. – O que você disse sobre não conseguir imaginar isso?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?? Digam-me por favor *-*