Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 65
Wake me up when the nightmare ends


Notas iniciais do capítulo

bom, como tia ta feliz e talz e teve dois reviews postados quase que simultaneamente e os reviews foram muito nindos, eu decidi postar o segundo cap do dia e sábado eu posto a continuação desse :D



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                 Depois de andar muito finalmente parou para sentir suas pernas vibrarem pelo cansaço. Havia quanto tempo que estava correndo? Meia hora? Uma hora? Vinha correndo sem rumo desde que vira que sua mãe e Brian estavam juntos. Não que ela não gostasse da ideia de ter descoberto quem era seu pai. Mas não queria descobrir daquela maneira, naquele momento. Até mesmo porque o que melhor descrevia o que realmente havia em seu coração era ódio.
                 Preferia ter descoberto em uma conversa sincera com sua mãe, ou que algum dia alguém chegasse e lhe contasse. Não saber repentinamente e ainda ver que todos estavam escondendo isso dela. Menos seus avós que pareciam não saber disso. Encarou as pessoas em volta. Todas felizes e sorridentes, e ela ali, afogada em pensamentos, sentada no balanço de um parquinho vazio próximo à meia noite. Em um mesmo dia descobria que seu (ex)namorado era um idiota e que seu pai era igual ou pior. O que podia ser pior que esse pesadelo?
                 Talvez ela tivesse pegado pesado com Zacky, mas ela não queria ficar naquela casa e ele a segurar não ajudava em absolutamente nada. Provavelmente voltaria, mas não naquele momento, não naquele instante, porque, afinal, ela tinha direito de se irritar com tudo o que acontecera... Até uma voz chamar seu nome. Ergueu os olhos e encontrou Tom vindo em sua direção, com uma expressão um tanto quanto feliz por ter a encontrado.
    -- O que está fazendo aqui?
    -- O que você acha?! Peguei o primeiro trem que consegui e vim pra cá. Só que como não achei sua casa, fiquei rodando por aqui. E caralho, como esse lugar é grande. Estou andando desde as 19h mais ou menos.
    -- Não sei ainda. O que fez você vir pra cá?
    -- Eu briguei com a minha avó e com a Tábatha por sua causa. Quero você além de tudo porque você é minha menina, minha pequena. Mein liebe. E não importa a merda que dê, eu te amo do mesmo jeito. E eu admito ser um idiota por não ter feito nada enquanto minha avó detonava com você e minha ex namorada e melhor amiga de infância tentava piorar a situação. Eu te amo Rainy Berkly e quero muito que você me perdoe por não ter tanta coragem de enfrentar a Tábatha e minha avó e acabar te magoando por causa disso.
    -- Tom...
    -- Por favor, só me perdoe.
    -- Não posso Tom. Não posso achar tudo isso normal, não posso fingir que está tudo bem, mesmo que tenha sido uma armação da sua avó. Eu não consigo fingir esse tipo de coisas, porque realmente, eu admito, sou uma pessoa ciumenta, possessiva, sou tudo isso, admito. E tenho um pouco de noção de que se não sou bem vinda em algum lugar ou alguma situação, não devo me meter. Ou seja, sua avó não me quer e deixou isso bem claro ao levar aquela sua melhor amiga namorada, ou sei lá que merda que aquela garota é, para o jantar. Porque se ela só tivesse ido, tudo bem, mas não, tinha que ir, te chamar de amor, te chamar pelo seu apelido fofo e ainda me perguntar indelicadamente quem sou. Eu te amo demais Tommy, mas não posso fazer isso. Isso é mais do que posso.-- ao fim da declaração, a garota já começava a chorar e os olhos do loiro de dreads se encontravam marejados, estava controlando para não chorar
    -- Então, isso quer dizer que acabou?
    -- Erm... Acho que sim -- a garota admitiu de cabeça baixa, mordendo o lábio, e na hora que ergueu a cabeça, deparou-se com seu atual ex-namorado extremamente próximo -- O que vai fazer Tom? O que se passa na sua mente agora?
    -- Eu te amo e você me ama. Um último beijo. É só isso que estou querendo. Um último beijo para que nós dois possamos saber que não terminamos porque não havia amor entre nós, e sim porque várias coisas conspiraram para o fim de nós dois como casal.
    -- Isso magoaria a ambos os lados, sabe disso não é?
    -- Sei. Mas não importa quem sorriu e quem chorou, importa que tentamos, demos o melhor de nós para que fosse possível acontecer.
                 Rainy sorriu e logo o loiro passou as mãos por sua cintura, enquanto a mesma pousava seus finos dedos brancos na nuca do mesmo e logo o ajudava a se aproximar conforme o mesmo a puxava mais contra si. Selaram os lábios docemente e logo Tom mordeu delicadamente o lábio inferior da garota que estava consigo e esta tocou seus lábios mais uma vez, dando início à um beijo longo e intensamente apaixonada. E é claro, ambos sorriam, mas algumas lágrimas tentavam escapar inutilmente, já que apesar de toda a emoção e o sentimento que havia naquele momento, ainda havia certa tristeza sendo transmitida, afinal, eles se amavam, mas teriam de se separar porque o mundo conspirava para que eles não ficassem mais juntos.


                 De volta ao internato, Jason e Burdges conversavam deitados no gramado em frente ao edifício principal. Sorriam e as vezes, somente as vezes, se lembravam do beijo durante a Ceia de Natal. O garoto estava sorrindo mais que o normal, o que fez a morena questioná-lo sobre o porquê de tal alegria.
    -- Vou fugir Burdges. Finamente vou conseguir fugir e depois, serei livre desse internato
    -- Mas você podia ter fugido já. Falsificasse a assinatura dos seus pais pra autorizar a saída e depois ia embora e não voltava.
    -- Mas se eu tivesse feito isso não teria te conhecido. Acho que ter te conhecido foi a melhor coisa que me aconteceu durante o tempo que estudo aqui. Você é diferente e única. Acho que é isso que gosto tanto em você.
    -- Está querendo ensinuar o que Jason?
    -- Nada. Simplesmente que gosto de você porque você é diferente. Você tem algo que prende minha atenção de um modo que não sei explicar, mesmo que eu não esteja apaixonado por você.
    -- Você não está, você está se apaixonando por mim. Não recomendo isso
    -- Não há quem lhe segure em um relacionamento sério?
    -- Você vai embora. Não quero que você me faça acreditar que você me ama para depois ir embora enquanto fico nesse internato.
    -- Tem medo de se magoar?
    -- Tenho. Por isso, não se apaixone por mim. Sairão ambos feridos.
    -- Não irei então. A última coisa que quero é te magoar.
    -- Obrigada. -- Burdges recuou o rosto para o lado e o garoto colocou uma mecha de cabelo da garota atrás da orelha da mesma, fazendo-a corar -- Mas então, quando vai fugir?
    -- Hoje a noite. Próximo à meia noite. E quero te ver antes de partir.
    -- Por quê? Pra fazer com que eu sinta algo por você e sinta sua falta? Porque depois que você fugir, não vai poder voltar senão será confinado aqui de novo -- a garota admitiu sem encarar os olhos do amigo, porque se o encarasse, suas lágrimas iriam querer fugir -- Não faça isso comigo Jason, por favor.
    -- Burdges -- o garoto segurou o pulso da amiga e abraçou-a de repentino -- Eu não vou te magoar, mas também, por favor, não me faça ter que te esquecer. Quando você menos esperar eu voltarei. Prometo
    -- Não me prometa nada que não tenha condições de me dar uma certeza absoluta e concreta de que poderá fazer tal feito.
    -- Mas isso eu tenho uma certeza mais que concreta que posso cumprir.
                 Burdges respirou fundo e sentiu seu coração acelerar no momento em que o terceiranista roçou seus lábios com os dela. O coração de Jason também se encontrava além da velocidade normal, estava se sentindo estranho, nunca sentira todas aquelas sensações por garota alguma. O que provava que ele não chegava nem perto de mentir quando dizia que a secundanista era diferente, que ela tinha algo mais que prendia a atenção do garoto de modo inexplicávelmente bom. Seus lábios se tocaram mais uma vez, timidamente, e logo tornaram a se juntar mais uma vez, ao ponto em que prenderam-se em um beijo longo e calmo, separando-se quando o ar se fez necessário e retomando o beijo depois de terem pego o fôlego necessário. Segundos muitos longos se passaram e separam-se definitivamente, cada um indo para seu lado, retornando para trocarem mais um selinho intenso de despedida. Veriam-se ao cair da noite que não demorou a chegar e logo Burdges já estava no lugar que haviam combinado, na Floresta de Clareiras.
    -- Não acredito que ele vai me deixar aqui esperando. Já é meia noite! -- a garota resmungou olhando o relógio da torre principal e arrumando seu gorrinho para que o mesmo cobrisse sua orelhas que ela sentia congelarem -- Como esse cara me larga aqui esperando? Idiota! Não deveria ter me apaixonado por e...
    -- BU! -- o garoto apareceu por de trás dela, fazendo-a dar um salto que quase a fez cair, se ele não a estivesse segurando -- Calma, sou eu princesa.
    -- Seu... Seu... Seu desgraçado! Puto infeliz! Vadio! Qual é a história de me matar infartada Jason?!
    -- Burd, você acha que meu nome saiu da onde?
    -- Foi mesmo do serial killer do Sexta Feira 13?
    -- Exatamente...
    -- Seu psicopata!
    -- Te dou cinco segundos pra correr. Um... Dois... Três...


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Notas finais do capítulo

e o jason é divo né? DSHUDSUHDSUHDHUS enfim, oq acharam amrs?



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