Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 10
Ataque!


Notas iniciais do capítulo

N/A: Eu só poderia postar lá pelo dia 10, já que a estherly foi viajar, mas como vou ficar sem notebook amanhã, resolvi postar hoje!
Esperamos que gostem muito, para recompensar a demora do capítulo anterior fizemos 14 página do word agora!
Obriiigada! Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/95259/chapter/10

POV Isabelle

   Eu não queria ver mais nada, não acreditava que Alvo pudesse fazer aquilo comigo, não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo. Eu subi para a Torre de Astronomia correndo e sentei nas ameias bem no meio de duas pilastras. Respirei fundo tentando segurar as lágrimas, mas foi em vão.

   Ouvi passos atrás de mim e me virei encontrando uma Rose apreensiva. Ela me encarou e indicou um lugar ao meu lado. Afastei-me lhe dando espaço e ela sentou olhando o azul do céu à frente.

- O Al não faria aquilo! – ela colocou a mão por cima da minha

- Ele não seria o primeiro a me trair! – eu disse com indiferença, mas magoada

- Scorpius não queria trair você! Aconteceu sabe? – ela tentou explicar

   Eu a encarei. No começo eu não podia entender como Scorpius e Rose fizeram aquilo comigo, mas depois de pensar como aconteceu tudo entre Alvo e eu no trem, eu havia entendido que podia simplesmente ter acontecido entre eles também.

- Alvo e eu ficamos no trem! Mas eu terminei com o Scorpius assim que o vi! – confessei

- Scorpius tinha medo de te magoar e nós sempre nos odiamos, era difícil acreditar que estávamos gostando um do outro entende? – Rose não me encarava

- Sim, eu já entendi! – eu respirei fundo – O que eu falei sobre o Scorpius, bom é meio que mentira Rose! Nunca conversei com ele sobre isso e nem tivemos intimidade nenhuma!

- Não foi só por isso que nos afastamos! – Rose suspirou – Acho que não era para ser!

- Eu também acho que não era para ser comigo! – solucei

- O Al gosta de você Belle! Conheço meu primo!

- E como me diz ele estar com a guria desde as férias? – finalmente a encarei

- Eu duvido muito! – Rose fechou a cara – Ele não lembra nem de mim, nem de você ou dos amigos! Eu acho que ela aproveitou a situação, ou talvez ela tenha sido a última pessoa com quem ele conversou antes dos testes!

- Por que conversaria com ela?

- Por que ela conversaria com ele é a pergunta certa! Al não trairia você Belle! Tenho certeza disso!

- Obrigada! – eu sorri entre as lágrimas – Mas entenda que isso dói!

- Eu imagino! – Rose segurou minha mão novamente – E então, você me perdoa?

- Pelo quê exatamente? Você é minha melhor amiga Rose! – eu sorri

- Ahh obrigada Isabelle! – ela pulou no meu pescoço me abraçando apertado

- Me perdoe também! – pedi – Eu fui uma idiota com você!

- Eu também fui! Estamos quites! – a ruiva sorriu

- Sempre amigas?

- Sempre! – ela enganchou meu braço e ficamos ali olhando a paisagem até escurecer. Eu estava bem. Era bom estar de bem com ela.  Pena que não podia dizer isso em relação ao Alvo.

POV Alvo

   Eu ia para Hogsmead ver se eu tinha alguma roupa legal para o baile. Scorpius e Luke iam na mesma carruagem que eu e a minha namorada. Eles ficam insistindo, mas eu não sei quem eles são. Tentei lembrar, mas não consegui. Alicia estava abraçada no meu braço como se eu fosse um bichinho de pelúcia. Não sei, posso estar ficando louco, mas tinha algo errado nisso. Na nossa relação.

- Ah, cala boca Malfoy. – resmungou Luke. Fiquei olhando para eles. E num toque eu me lembrei.

- Luke! – exclamei feliz. Eles me olharam assustados. – Cara, eu me lembro de ti!

- Maravilha! Viu como eu sou mais importante, Alvo se lembrou de mim primeiro.

- Não exagera Zabine. – cortei o barato dele. Merlin, havia me lembrado de tudo. Dele é claro. Luke Zabine, nos conhecemos na escola, nos tornamos amigos e ele namorava alguém. Não lembro direito.

- Um a menos na lista. – disse Luke.

- Você se lembra de mim Al? – perguntou Scorpius. Fiquei olhando para ele. Minha cabeça doía de tanto que eu tentava pensar, além da minha cabeça, minha mão. Alicia apertava minha mão. Cheguei a fechar os olhos, mas eu estava muito confuso.

   Minha cabeça estava um quebra cabeça. Consegui lembrar a parte do Luke. Iria lembrar o resto?

- Chegamos. – disse Alicia. Scorpius e Luke desceram, ia fazer o mesmo quando senti a mão dela me segurar. – Querido... – começou Alicia. – Eu queria dizer que te amo muito. E te contar uma coisa.

- O quê? – perguntei meio impaciente, queria ver o povoado de Hogsmead. Não lembro nada.

- Não ligue para o quê eles te dizem sobre o nosso namoro. – disse ela.

- Como?

- Eles nunca gostaram de mim e fizeram coisas ruins para nos afastar. – disse ela. Alicia começou a chorar. Sequei uma lágrima dela. – Nos separaram e teve meninas dizendo que elas estavam contigo, uma disse que era sua namorada. Mas então voltamos. Eu sabia que você nunca me abandonaria. – disse ela soluçando. Merlin, o que eu faço? Ela estava chorando. Pessoas começaram a olhar para nós [leia-se: para mim com um olhar mortífero]. – Eu sabia que você me ama. Eu tinha certeza disso. Eles não vão descansar Al.

- Quem? – perguntei assustado.

- Elas não vão descansar até separar você de mim! Eu não posso agüentar! – disse ele escondendo o rosto nas mãos.

- Shííí... – acalmei-a. Puxei-a para um abraço.

- Me prometa que não se separará enquanto me amar. – pediu ela. Olhei para ela. Os olhos azuis molhados. – Por favor, meu amor!

- Eu... – eu estava confuso. Ela era minha namorada, mas não conseguia dizer.

- Por favor! – suplicava ela. – Não conseguirei viver sem o seu amor e você!

- Tudo bem. – eu disse assustado. Ela respirou mais aliviada e eu fiquei mais aliviado.

- Estou melhor. – disse ela colocando a mão no coração. Sorri de lado rapidamente e saí da carruagem. Corri atrás do Luke.

- Alvo, finalmente! – disse Luke. – Nós já temos a roupa para o bendito baile. Vamos para o Três Vassouras beber alguma. – convidou Luke.

- O que é isso? – perguntei. Três Vassouras? Que diabos é isso?

- Merlin, você parece um trouxa. – disse Luke estressado. Fomo até o tal Três Vassouras. Quando eu entrei senti aquele cheiro e lembrei.

- O Três Vassouras! – exclamei. Agora eu me lembrava. Das pessoas ali, das bebidas, dos cheiros estranhos.

- Merlin, ele se lembra do bar, mas não de mim! – resmungou Scorpius. Reviramos os olhos.

   O tempo passou. Já tinha escurecido. Ficamos no bar e resolvemos sair. Passeávamos pelo povoado e eu não me lembrava de Scorpius nem que me pagassem!

- OLHEM! – gritou Scorpius correndo em direção a uma loja. Olhei para Luke assustado e juntos fomos atrás do cara louco que corria. – MERLIN! É A NOVA FIREBOLT! – gritou ele com as mãos grudadas no vidro da loja. O rosto colado. Ele parecia uma criança. – Ela é a mais rápida vassoura do mundo! – exclamou Scorpius.

- Scorpius! – exclamei. Ele se virou para mim. Merlin, havia me lembrado dele. Daquele loiro aguado que eu chamo de amigo. Ele percebeu.

- Aleluia Alvo. – disse ele me abraçando. Retribui o abraço.

- Cara, quantos anos você tem? – perguntei me referindo a corrida maluca até a loja.

- É bom ter você de volta. – disse ele batendo no meu ombro.  Rimos e voltamos para as carruagens. Enquanto íamos, vi aquele grupo de meninas que estava na enfermaria quando acordei. Vi a loirinha e senti meu coração pular. Não sei por que, mas senti uma coisa.

POV Rose

   Isabelle estava deitada na cama, acordada, mas fingindo dormir. Lylian estava no banheiro há mais de meia hora tentando ver se um banho demorado a fazia se sentir melhor e eu, bom eu estava li sentada na minha cama olhando a parede. É ela era interessante, tinha um papel vermelho com alguns desenhos em dourado.

   Na verdade eu não via desenho nenhum. Eu só via a imagem de um loiro sorrindo para mim do campo de quadribol. E o que mais me confortava é que quando aquela loira idiota tinha o chamado de gostoso ele nem ligou. Só ligou quando ela me ofendeu. Mas enfim, por que eu estava pensando isso? Não daria certo. Scorpius e eu já não estávamos mais juntos. Acabara.

   Lylian saiu do banheiro enrolada em uma toalha e secando os cabelos com outra. Jogou-se na cama deitada como se não pensasse em mais nada. Pelo jeito o banho não fizera tanto bem assim. Isabelle virou o rosto inexpressivo para Lylian a fitando por alguns minutos e depois para mim e então se levantou em um rompante e foi até o malão e começou a jogar as roupas para todos os lados.

- Agora ficou maluca de vez! – Lylian resmungou

   E eu não queria estar na pele dela depois do olhar que Isabelle lhe lançou. Eu ficaria com medo se fosse Lylian.

- Não fiquei maluca, só resolvi viver!

   Eu encarei a loira confusa agora. O que ela quis dizer com aquilo? Isabelle me encarou e revirou os olhos. Até pegar uma roupa que ainda estava empacotada em papel pardo. Ela sorriu e desembrulhou nos mostrando a roupa.

- Alvo vai se arrepender de ter me esquecido e ficado com aquela garota! – ela estava com o olhar cerrado

- Merlin, isso é muito curto! – Lylian sentou apressada na cama

- Não é tanto assim! – eu analisei – Vai chamar a atenção Belle! – eu encarei a loira

- Eu sei e é exatamente isso que eu quero! – ela sorriu – Vocês deveriam fazer o mesmo! Ou acham que não vão ao baile?

- Não estou a fim de ir! – Lylian voltou a deitar

- Ah, você vai! Ou não me chamo Isabelle Becker! – a loira estava falando sério

- O que aconteceu com você? – eu a encarei séria

- Nós não estávamos com eles até o começo desse ano! – ela me encarou incrédula que eu tivesse perguntado isso – Não sofríamos assim por eles, por que vamos sofrer agora? Vamos é nos arrumar e nos divertir! Temos mais o que fazer!

- Eu te amo Belle! – Lylian riu levantando e beijando a bochecha da loira

- Ok! Temos muitas coisas a fazer em poucos minutos então! – sorri me levantando e fui pegar minha roupa

   Minutos depois estávamos prontas. Sorri olhando nós três em frente ao espelho. Os garotos teriam uma surpresa!

***

POV Scorpius

- Nem morto eu vou assim! – exclamou Luke. Ele se olhava no espelho de corpo inteiro.

- Não vai ser tão mal. – disse Alvo. Ficamos olhando para ele incrédulo. Por sorte minha roupa era discreta. Merlin, eles estava zoando da nossa cara né? Vai que o baile não é com essas roupas? Não quero nem pensar nisso. Qualquer coisa estamos passeando por aí.

- Eu estou ferrado. – murmurou Luke. – Minha reputação vai para o brejo.

- Vamos? – perguntei. Queria acabar com aquilo e, se for uma piada, enfrentar de uma vez.  Andávamos pelos corredores e via gente com o mesmo tipo de roupa que nós. Me senti mais aliviado. Olhei para frente e vi uma ruiva passar. Um aperto no meu coração.

   A dor sumiu na mesma velocidade que apareceu. Coloquei a mão no bolso da calça e senti o objeto. Meu coração pulava de excitação. Tomara que dê certo.

- Zabine, pare de birra! – exclamou Alvo. Olhei para trás, Luke parecia uma criança birrenta. – Se não for você transfigura.

- Você parece a sabe tudo da Rose falando assim. – meu coração deu salto e vi o rosto de Alvo, digamos que, iluminar.

- Rose! A Rose minha prima! – exclamou Alvo bobo. Luke sorriu. Eu sabia que Luke sentia-se feliz ao saber que Alvo se lembrava da prima e dos amigos. A lista diminuía. O meu tempo também.

   Abri as grandes portas do Salão. Minhas mãos estavam tremendo e suando. Não sei como elas não escorregaram na grande porta de madeira escura e lisa. Olhei para todos no salão.

- Vamos. – eu disse mais aliviado. Estávamos nos trajes certos. Eles se aproximaram de mim. – Bem vindos ao baile do pijama.

POV Luke

   O baile começou. Estávamos perto das meninas. Alvo puxara Rose para conversar. A ruiva estava boba de felicidade.  Eu também estava. Gostava muito de Alvo. Scorpius estava num canto. Ele estava nervoso. Não sei o que ele aprontou. Mas foi algo grande. Olhei pelo grande salão. Cada sujeito que me aparecia com cada tipo de pijama. As garotas estavam lindas com as camisolas. Mas uma me chamava a atenção. A ruiva. A minha ruiva. Ela estava linda. Ela conversava com o imbecil e desgraçado do Creevey.

   Senti meu sangue ferver e borbulhar no meu cérebro. As bolhas estouravam sussurrando um leve “acabe com ele”. Era o que eu queria fazer. E foi o que eu fiz. Aproximei-me deles. Lylian olhou para baixo, enquanto o desgraçado me encarava.

- Perdeu alguma coisa aqui Zabine? – perguntou o filho da mãe. Minha vontade era de responder “Sim. Perdi o meu amor”. Mas não. Senti que apertava meus dedos quando senti eles estalarem. Lylian percebeu também.

- Você vai perder seus dentes. – eu disse acertando um soco certeiro no seu maxilar. Ele caiu com tudo no chão. Estava satisfeito. Ainda olhando para o infeliz no chão, eu percebi que o único som ali, no salão todo, era os gemidos de dor do Creevey. A banda parou de tocar, as pessoas de conversar e eu e Lílian de respirar.

- Sr. Zabine! – exclamou McGonagall. Merlin amado! Ela dormia com essas roupas?!

- Com licença professora. – pediu Lylian me arrastando para fora do salão.

- O que pensa que estava fazendo? – perguntou Lylian para mim.  Ela tinha jogado meu braço, fazendo ficarmos frente a frente. Merlin, como ela é linda. – Ei Zabine? – ela perguntou vermelha. Não respondi. Apenas a puxei pela cintura para um beijo.

   Merlin, como eu queria senti-la assim de novo. Entregue para mim. Lylian não negou e nem tentou sair do beijo, isso prova que ela queria tanto quanto eu. Talvez fosse errado, mas eu não queria perder essa oportunidade. Não agora. Agora tudo o que eu pensava era em tê-la sempre ali e não largá-la nunca mais.

   Quando nos separamos, vi que ela chorava.

- O que houve? – perguntei secando a lágrima dela com o dedão.

- O que pensa que está fazendo? – perguntou ela querendo mostrar-se com raiva. Mas isso a deixou mais bonita ainda.

- Te beijando.

- Por que Zabine?

- Porque eu te amo.

- Eu não mereço você. Eu te traí Luke. – disse ela escondendo o rosto no meu peito

- E eu quero saber o porquê. – disse. E então ela me contou tudo. Desde a ameaça, até o momento em que aquele idiota a beijou

- Nem preciso dizer que voltamos né? – perguntei. Ela sorriu e me beijou. Peguei sua mão e voltamos para a festa.

***

POV Alvo

   Parei de conversar com Rose. Lembrava de todos eles. Senti alguém me segurar pela cintura por trás. Vi que Rose desfez o sorriso e semicerrou os olhos. Alicia me abraçava.

- Amor. Você está muito bonito. – disse ela no meu ouvido e mordendo o meu lóbulo. Senti um arrepio por toda a espinha. – Você dorme assim?

- De vez em quando. – respondi me virando e segurando ela pela cintura. Analisei a sua camisola. – E você dorme assim?

- Não. – disse ela maliciosa. – Se eu viesse como eu durmo, os professores me expulsariam. – disse ela. Arregalei os olhos. Merlin amado.

***

POV Scorpius

   Rose conversava com Alvo há um tempo, até aquela Alicia aparecer. Então ela fechou a cara e se afastou. Era a minha deixa. Eu precisava falar com ela. E foi pensando assim que fui até ela e a segurei pelo braço.

- O que quer? – ela me encarou séria

- Podemos conversar? – eu a encarei apreensivo

- Scorpius! – a loira que estava no campo hoje se aproximou e enganchou meu braço – Que tal ir ali com o nosso grupo? Estamos ansiosos para você contar como é ser o novo Capitão de Quadribol da Sonserina!

   Rose rolou os olhos e se soltou, voltando as costas para mim.

- Ei Rose! – tentei chamá-la, mas ela simplesmente me encarou e lançou um sorrisinho

- Fique com elas! – sussurrou e saiu

- Deixa dela Scorpius, é só uma mal amada! – a loira tento me puxar

- Quem é você? – perguntei, ela abriu a boca para responder, mas eu a interrompi – Nem precisa dizer! Só para você saber, seu nome nem me importa! Você não é ninguém para falar assim da Rose!

- Não precisa me defender Malfoy! – Rose retrucou, estava ao lado de Alvo com os braços cruzados

   Ela me chamou pelo sobrenome? A minha Rose voltou a me chamar pelo sobrenome? Não acredito. Encarei-a incrédulo demais.

- Por que liga tanto para ela? – a loira me perguntou – Geralmente você pega qualquer guria, faz o que quer com elas e joga fora! – ela lançou cada palavra com veneno

- Por que todo mundo resolveu falar isso agora? – perguntei indignado

- Porque é o que você faz! – Rose sorriu sarcástica de novo

- Ah, então ele também te jogou fora! – a loira olhou Rose dos pés a cabeça – Também, que sonserino que se preze iria querer uma sujeitinha que tem o sangue manchado como você?

   O silêncio que se seguiu foi absoluto. Ninguém se atrevia a dizer um “ai”. Onde estavam os malditos professores agora? Nem um a vista.

   Rose sorriu e se aproximou da garota, eu pensei que ela falaria um monte de palavras ofensivas e a rebaixasse, ou talvez, grudasse nos cabelos da loira. Mas ela não fez isso. Fez melhor.

   A ruiva fechou o punho e no segundo seguinte socou o nariz da loira. A garota levou a mão ao nariz sangrando e com medo que Rose fizesse mais. Por precaução segurei o punho de Rose, ainda rindo como todos que se surpreenderam com a cena.

- Onde aprendeu isso? – sussurrei, ela deu um sorrisinho nervoso e indicou Al com a cabeça, eu ainda sorria

   As amigas da loira a levantaram e a tiraram de lá, levando-a para a enfermaria. Rose se voltou para mim e por um momento achei que tudo ficaria bem. Ela estava corada pelo que fizera, mas assim que colocou os olhos em mim a cor sumiu de seu rosto.

- Isso não muda nada entre nós Scorpius! Ou melhor, nós não temos nada!

- E porque você não dá uma chance para ter? – perguntei exasperado

- Não damos certo Scorpius! – ela virou o rosto

- Não damos certo? – eu praticamente gritei e me aproximei dela, segurei sua cintura e a apertei contra mim – Isso é não dar certo Rose? Você estremece só de eu te encostar! Cada vez que eu olho para você eu sinto que preciso te tocar, que preciso da sua pele, do seu calor, do seu olhar! Rose! Você não conseguiria nem negar um beijo agora!

   Os olhos dela estavam marejados. Eu aproximei meus lábios dos dela, mas mal os toquei e ela virou o rosto. Eu suspirei zangado e a larguei de forma brusca. Quando já havia desistido de falar mais alguma coisa e fiquei ciente que todos olhavam para a gente. Eu a ouvi sussurrar algo. Voltei a encará-la, mas ela olhava para baixo.

- Você brincou comigo! – ela sussurrou – Fez o mesmo que faz com todas!

   Eu não entendi o que ela quis dizer por um momento, até que me toquei do que todas aquelas pessoas (leia-se garotas) falavam. Que eu as usava e jogava fora se não quisesse mais. Rose achava que eu a tinha usado, só que depois eu queria ela. Mas isso não mudava o fato de que eu a tinha usado primeiro. Mentira. Grande mentira.

- Você foi a primeira Rose! – eu disse sem me conter, a maioria ficou confusa quando ouviu

   Rose me encarou com os olhos marejados. Eu me aproximei e toquei seu rosto, olhando bem em seus olhos.

- Mas você disse...disse que era bom naquilo e... – ela tentou argumentar baixinho para que só eu ouvisse

- Você foi a primeira Rose! – voltei a afirmar – E quero que seja a única!

- Você está falando sério? – ela estava chocada, mas sorria segurando minha mão em seu rosto

   Eu sorri e olhei para baixo. Ela acompanhou meu olhar até encarar minha mão que estava um pouco abaixo de seu cotovelo. Na palma um delicado anel de prata, em vez de uma pedra, havia uma rosa também de prata com o caule entrelaçado no anel deixando-o trabalhado.

- Namora comigo? – pedi baixinho

   Ela voltou a me encarar e sorriu me abraçando pelo pescoço. Eu a apertei contra mim, com medo que pudesse estar sonhando e então a afastei delicadamente colocando o anel em seu dedo anelar da mão direita. Rose era minha agora. Só minha.

   Beijei sua mão delicadamente selando o anel em seu dedo e em seguida voltando a segurar seu rosto eu a beijei de forma carinhosa selando agora nosso amor.

POV Autoras

- Vem amor. – disse Alicia puxando Alvo pela manga. Suas atitudes pareciam as de uma criança puxando o pai para comprar doces, mas suas intenções eram as de uma mulher adulta e confiante sexualmente. Alicia puxava Alvo para o jardim grande. O moreno tremeu ao sentir a brisa gélida da noite escura envolver-lhe. Ela encostou Alvo num tronco de uma árvore e puxou-o para um beijo ávido.

   As mãos de Alicia exploravam o peito definido graças ao quadribol por baixo da camisa do pijama. Já as mãos de Alvo estavam paradas na cintura dela. Ele estava surpreso, por algum motivo não queria beijá-la. Não queria ir mais. Mas Alicia queria. E sua primeira idéia para fazer Alvo querê-la, era excitá-lo.

   Dobrou o joelho na cintura do moreno e o puxou para mais perto. Pegou a mão dele e a colocou na sua coxa, fazendo um caminho até a parte interna das coxas grossas e voltando. Ela deixou a mão de Alvo na sua coxa na esperança dele percorrer outros caminhos sozinho. Esperança não realizada.  A mão do moreno ficou onde a mão de Alicia a deixara. Ela bufou irritada. Alvo parecia um homem sem expressão, sem desejo.

   Desesperada por ela querer que ele sentisse um desejo por ela, ela pegou a mão parada dele que antes estava na sua coxa e colocou no seu seio e apertou sua mão, fazendo assim, Alvo apertar o seio dela.  Ele gemeu no ouvido dela.

   Palavras sensuais entravam no ouvido de Alvo pela boca que hora falava, hora lambia seu ouvido numa atitude frustrada de seduzi-lo. Mas as palavras entravam no ouvido de Alvo, passeava pelo cérebro numa tentativa de chamar a atenção dele, em vão, e saíam pelo outro ouvido. Alvo estava de olhos fechados.

   Na escuridão que os olhos fizeram assim que ele sentiu as pálpebras abaixarem, projetou-se a imagem de Isabelle. A loira andando pelo jardim saltitante. Ela num parque sorrindo. Ela fechando os olhos e o beijando. Não lembrava de quem era, apenas desses momentos que, aparentemente, tiveram juntos. Sentiu a mão atrevida de Alicia passar levemente pelo seu membro. Não conteve o gemido.

- Belle. – gemeu ele imaginando que era a loira que o tocava e dizia as palavras sensuais. Os movimentos e ditos foram parados tão bruscamente que Alvo sentiu-se tonto. Abriu os olhos temendo ver algo que não queria. E viu. Alicia o encarava séria.

- Por que disse o nome dela? – perguntou Alicia apontando a varinha no peito dele.

- Eu... – começou Alvo. O moreno estava muito confuso. Tudo aquilo cessara tão rápido que ele se esqueceu do próprio nome.

- Você é meu. – disse ela. Os olhos azuis que expressavam algo diferente, agora estavam vermelhos, expressando o ódio que a consumiu completamente. – APENAS MEU! – gritou ela. – CRUCCIO! – ela gritou.

   Alvo sentiu o feitiço acertar em cheio seu peito, bem no coração. Aquilo era pior que um milhão de facas entrando e saindo do seu corpo incansavelmente. Ele caiu de joelhos no chão. O corpo reagira ao feitiço. Ele não tinha mais força. Sentiu tudo tremer, seu coração bater mais forte como se fosse explodir, as mãos adormecerem pela falta de sangue devido a força que fazia na mão, o tilintar dos dentes de tanto que ele os apertava.

- Expelliarmus. – disse alguém se aproximando fazendo a varinha de Alicia cair no chão. O alguém se aproximou com a varinha em punho e apontando constantemente para Alicia, impondo superioridade ali. – Spiknet. – murmurou John Wargnor com nojo.

- Wargnor. – respondeu Alicia com tão nojo quanto ele.

- Sabia que não era tão santinha quanto parecia. – murmurou ele. Alicia foi se abaixando. Com a varinha ainda apontada para ela, John viu Alicia se ajoelhar e fazer uma espécie de reverencia. – O que está fazendo?

- Te matando. – disse ela. – Avada Kedavra. – disse ela.

   O corpo atingido pela famosa luz verde, mas desta vez muito mais forte, caiu num baque na grama fria. Alicia olhou para o salão e viu um movimento maior nas janelas. Nervosa, ela correu e sumiu nas árvores que cercavam a Floresta Proibida.

- AL! – gritou Isabelle correndo desajeitada no seu pijama. Ela corria numa velocidade rápida. Apenas queria chegar nele e ver se estava tudo bem. Sabia que devia ter ficado preocupada desde o momento que Alicia puxou Alvo do salão.  – AL! – gritou ela. Tudo era muito rápido. A corrida, lágrimas, batimentos e a corrente sanguínea, os pensamentos e os temores.

- BELLE! – gritou Rose mais adiante da loira que corria desesperada.

- Chamem alguém! – implorou Isabelle entre Alvo e o corpo morto de John. – ELE ESTÁ MORTO!

- Vá chamar a Professora Oceanus. – pediu Minerva para Rose. – Ela está nos aposentos dela. Não queria vir ao baile. – pediu a professora. Rose puxou Scorpius consigo e juntos foram correndo atrás da professora. Rose sentiu as bochechas molharem, ouviu Belle gritar ele está morto. Alvo não podia estar morto.

- PROFESSORA! – gritava Rose batendo na porta do quarto de Dóris – PROFESSORA! ABRA! É UMA EMERGÊNCIA! PELO AMOR DE MERLIN! – gritou Rose esmurrando a porta.

- Srta. Weasley. – chamou Dóris. Rose se virou. Dóris Oceanus vinha em direção deles, tinha dobrado um corredor. – O que houve?

- Ataque! – exclamou Rose voltando a correr com Scorpius para os jardins. Queria saber o que a professora fazia fora dos aposentos, mas o primo era mais importante.

- Alvo! – suplicava Isabelle. O coração doía. – Por Merlin, não me deixe!

- Hun... – murmurou Alvo abrindo os olhos e se arrependendo amargamente.

- Al! – exclamou Isabelle o beijando levemente. Alvo ficou perplexo.

- Belle! – exclamou ele com um sorriso cansado. – Eu me lembro de você!

   A loira sorriu entre as lágrimas, mas logo foi puxada por Scorpius para trás enquanto as professoras se encarregavam de levar o moreno para a enfermaria. Os três amigos andavam logo atrás.

   Madame Pomfrey fez Al beber duas poções diferentes, uma verde e outra vermelha. Na primeira ele bebeu normalmente, a segunda ele ofegou, mas terminou de bebê-la também. A diretora McGonagall o olhou penalizada pelas dores que o moreno deveria estar sentindo, em seguida se virou para Scorpius, Rose e Isabelle os empurrando para fora.

- Vamos! O Sr. Potter precisa descansar! – ela os levava até a porta

- Diretora! – Al ofegou colocando as mãos nas costelas, elas voltavam a doer agora que levara a maldição

   McGonagall se voltou para ele indagadora.

- Preciso conversar com a Isabelle! – ele disse autoritário

- Isso pode esperar até amanhã e... – McGonagall parecia dizer em definitivo

- Não, não pode! – Al a interrompeu deixando todos surpresos

   A diretora o fitou por uns segundos e então se voltou para Isabelle indicando com a cabeça que poderia ficar mais algum tempo. A loira se aproximou temerosa da cama dele e ficou de pé apreensiva. Assim que Minerva desapareceu pela porta, Alvo se ajoelhou na cama e pegou as mãos de Isabelle entre as suas.

- Me perdoa Belle? – ele pediu baixinho, mas sem desviar o olhar do dela – Me perdoa?

   Ela sorriu, sem encará-lo, apenas olhando as mãos dos dois.

- Você não teve culpa! – ela suspirou

- Eu magoei você! – ele ergueu o queixo dela e ela o olhou com os olhos marejados – Você acha que... – ele parecia hesitar em falar o que tinha a seguir – nós dois, vamos conseguir ficar juntos de novo?

   Ela o encarou. Estava magoada. Muito magoada, mas ficar sem ele doía muito mais. Aqueles olhos verdes pareciam implorar para ela, implorar que dissesse sim e seu coração pedia a mesma coisa.

   Ela se jogou na cama sentando na frente dele e ao abraçá-lo escondeu o rosto em seu pescoço. Alvo a enlaçou também a apertando contra si, aliviado.

- Ficar sem você dói tanto! – ela exclamou

- Eu juro que vou fazer você esquecer tudo o que te magoei! – ele segurou o rosto dela entre as mãos

- Eu sei! – ela sorriu em meio as lágrimas – Eu confio em você!

   Ele sorriu e a beijou com paixão. Deitou-a na cama calmamente e a beijou por todo o rosto.

- Já que confia em mim! – ele sorriu – Quero tentar uma coisa, mas não tenha medo!

   Ela acenou afirmativamente com a cabeça. Alvo se afastou um pouco dela e colocou a mão sobre a coxa dela a mostra por causa do calção do pijama, em seguida subiu a mão sem apalpá-la, apenas passando de leve.

- Por que isso? – Isabelle sorriu estranhando o ato

   Alvo a encarou com o maior sorriso do mundo.

- Alicia tentou fazer isso comigo, mas eu não senti desejo por ela, porque parecia errado, foi quando me lembrei de você, só não sabia quem era você ainda! – ele a ajudou a sentar na cama novamente – Mas com você é diferente, eu quero você Isabelle! Como eu sempre quis!

   Isabelle sorriu, seu peito encheu com uma felicidade repentina que nem ela sabia existir e o abraçou.

- Srta. Becker! Hora de ir! – Madame Pomfrey a expulsou dali

   Ela deu um último selinho em Alvo e saiu sorrindo da enfermaria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Comentem!