Made In Brazil escrita por GiullieneChan


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Betado por Thaty de Leão.



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—Somos os Cavaleiros de Aço! -anunciou o baixinho chamado Daishi.

—Entregue o que queremos! -ameaçou Shô.

—Que não sairá muito ferido! -finalizou Shon.

—As coisas as quais sou obrigado a ver. -suspirou Aldebaran.

Os três saltaram sobre Aldebaran que os olhou com um sorriso maldoso nos lábios, uma áurea dourada o envolveu. Em seguida, os três cavaleiros de aço foram lançados para o calçadão pela força do Cosmo do dourado.

—Alguém...-Daishi tonto.

—Anotou a placa da jamanta? -Shon sentando na calçada.

—ERA UM COSMO DOURADO!? -Shô ficou em pé em posição de defesa.

—Juro que não deu tempo de reparar nisso...só lembro do coice e das estrelas. -Daishi responde, se recompondo.

—Era um cosmo dourado! Tenho certeza! -Shô insistia.

Uma sombra enorme se projeta sobre os três rapazes, e uma voz poderosa se fez presente.

—Sim. Um cosmo dourado. -Aldebaran disse com uma expressão maléfica. -Vocês ousaram atacar um cavaleiro de ouro em missão por Atena. Sabe qual a pena para tal blasfêmia? -vociferou.

—Não acredito! A fundação mandou mesmo um Cavaleiro de ouro resolver a situação!

—E agora, Shô? O que faremos?

—E agora?

—Só nos resta uma alternativa. -o rapaz suava frio, encarando o enorme e nada amigável cavaleiro, que mesmo sem a vestimenta sagrada era ameaçador.

E se joga aos seus pés.

—Não mata a genteeeeeeeeeeeee!

—Por favor! Sou muito baixinho para morrer! -Daishi ajoelhado ao lado de Shô.

—Mais uma situação humilhante para a nossa vida... -Shon suspira e se joga aos pés de Aldebaran. -Não mata a gente, seu cavaleiro!

—E não é que imitar a fala do Shaka dá resultado? -Aldebaran impressionado consigo mesmo. -Levantem agora mesmo! Não vou matar vocês...ainda. Digam logo pra quem trabalham!

—Mãe, tão fazendo algum filme americano aqui? -uma garotinha perguntando a mãe. -Será Power Ranger?

—Deve ser algum episódio do Sítio do Pica Pau Amarelo, filha. -a mãe arrastando a filha. -Vamos.

O cavaleiro de Touro nota que atraíram muitos curiosos para eles e fala severamente aos três cavaleiros.

—Vamos sair daqui e tirem estas fantasias ridículas e vão me contar tudo o que sabem!

—SIM SENHOR! -responderam ao mesmo tempo, indo atrás do cavaleiro.

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No Edifico Villaça.

—Senhor Villaça, estou impressionado com este lugar. Um laboratório muito bem equipado! Primeiro mundo!

Afrodite comentava, ainda interpretando seu papel de representante de algum laboratório estrangeiro, na esperança de encontrar Zeus.

—Montei isso com muito trabalho e esforço, senhor Bergman.

“—É, com o dinheiro da Saori.", pensou o cavaleiro ao reparar no logotipo de alguns equipamentos. Eram da Fundação.

—Então? Onde está? -perguntou Afrodite, sorrindo.

—No subsolo. Vamos pegar este elevador especial. -André aponta para o mesmo- Poderia me acompanhar, senhor?

—Claro.

Entraram no elevador e André teclou um código chave antes de acionar o mesmo. Afrodite mantinha-se tranquilo, afinal assim que achasse o cachorro, iria cuidar dos facínoras com calma...seria mais relaxante descontar os dias horríveis que passou nestes bandidos do que uma tarde no melhor spa de Athenas.

Breves segundos depois e a porta se abriu. Afrodite teve que admitir, era um belo lugar. Um laboratório equipado com a melhor tecnologia farmacêutica do mundo, ilegalmente alojada no subsolo de um Edifício na Urca...e com Zeus em uma jaula cercado por seguranças.

O cão ao perceber que Afrodite estava ali começou a latir desesperadamente, a ganir, abanar o rabo, parecendo louco para sair dali.

—Aquele é o protótipo. -anunciou André, pegando uma barra de ferro e se aproximando da jaula e batendo nela.

—Isso é o protótipo? -Afrodite aponta e pergunta com escárnio. -Este vira lata pulguento?

—Sim, ele. A doutora aplicou nele os anticorpos. Agora nos resta sintetizar a fórmula a partir do sangue dele. -Afrodite se aproxima da jaula. -Cuidado! Ele é feroz!

—Deve ser burro que dói. -diz o sueco, voltando a conversar com André, ficando de costas para Zeus. -Não deve saber comandos do tipo...senta...

Zeus sentou-se.

—...deita...

Zeus deita.

—...finge de morto...

Zeus cai de lado, fingindo-se de morto. Todos que estavam perto observavam isso com curiosidade.

—...ou que fale!

Zeus se levanta e late assustando Afrodite.

—Este animal parece te conhecer, senhor Bergman. -comenta André.

—Tolice! Odeio cachorros! -Zeus fica com a pata tentando chamar a atenção de Afrodite chorando. -São nojentos e babões. -ele lambe a mão dele, e Afrodite a afasta rapidamente. -Irch! Não disse? Babões carentes e nojentos!

—Creio que seja impressão minha...vamos discutir a oferta de seu laboratório?

—Claro. Vamos.

Afrodite ia se afastando quando se sentiu preso e puxado. Olhou para trás e Zeus havia mordido seu terno e o puxava, chorando.

—Solta...solta...Ele me pegou...hehehe...-disfarçando e depois sussurra furioso para o cachorro. -Me solta que está estragando meu disfarce!

—Caim...aimm...-ele o solta e de repente...fita Afrodite com grandes olhos lacrimosos, órfãos, que pediam carinho e socorro.

—Não ouse me olhar assim! -erguendo o dedo para o cachorro que mantinha a expressão. -Isso é golpe sujo! Já vou te tirar daqui e...

—Senhor Bergman? Algo errado? -André aparece do seu lado.

Afrodite se levanta rápido.

—Não. Não...só este pulguento que tentou me morder!

—Sedem ele. -ordenou André.

—Não! -disse alto demais e todos o olharam. -Digo...os remédios para dormir podem alterar os exames em seu sangue. Deixem ele.

—Tem certeza?

—Claro. Vamos tratar de negócios?

André assentiu com a cabeça e indicou uma sala para conversarem.

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Em um beco qualquer...

—Muito bem, comecem a falar! -Aldebaran ordenou, cruzando os braços e encarando os três rapazes diante dele. -Que vocês foram um projeto que não deu certo e foram esquecidos da Fundação, eu já sei. E depois? O que houve com vocês?

—Fomos deixados de lado...-Shon começou. -Esquecidos!

—Demitidos! -disse Daishi.

—Humilhados! -completa Shô.

—Mas não saímos da Fundação de mãos abanando! Pegamos nossas armaduras e fomos embora. -continua Shon. -E continuamos a fazer o que sabíamos fazer de melhor!

"—Fico imaginando o que seria.", pensa Aldebaran com cara de tédio.

—Vendemos nossas habilidades a quem pagava melhor! -diz Daishi com orgulho.

—Mercenários?

—Bem...fizemos de tudo um pouco...fomos seguranças, dublês de cenas perigosas...

—Por favor...não me façam lembrar daquele trabalho horrível como parte do elenco do remake dos Teletubbies! -Shô começou a chorar. -Nós que lutamos ao lado de Atena...foi humilhante ficar dentro de um boneco roxo e gritar: Dinkie Winkie!

—Calma Shô...já passou. -Daishi o consolava, Aldebaran tentava não rir.

—Então nos tornamos seguranças do Manda-Chuva da Fundação Graad na América Latina. -completa Shon. -Um meio de voltarmos às origens. Mas não imaginávamos que o cara tivesse tanta negociata!

—Este cara? Foi ele quem mandou sequestrarem Simone? -já furioso.

—Que fique registrado que não sequestramos ninguém! -Shô apressou-se em falar ao perceber Aldebaran alterado. -Fomos enviados para pegar o cachorro.

—Qual o nome de seu chefe?

—André Luís Villaça. O cara é simplesmente um dos figurões da cidade, melhor, do país!

—Vocês...envergonharam Atena assim! -"principalmente a parte dos Teletubbies." -Precisam se redimir diante da deusa!

—Faremos qualquer coisa para nos redimir! -Shon joelha-se e coloca a testa no chão, sendo imitado pelos amigos. -Nossa honra foi manchada!

—Hmm... primeiro me dirão aonde eu acho este André Villaça, depois vão ao hotel e avisem a amazona Kyra aonde fui e protejam Simone com suas vidas!-e o cavaleiros os encara ameaçadoramente. -Se ela voltar a se machucar, eu acabo com vocês!

—SIM SENHOR! -apressaram em responder.

—Agora...onde ele está?

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De volta ao Edifício Villaça.

Afrodite vez ou outra voltava seu olhar ao animal enjaulado pela janela do escritório de André, enquanto este ficava falando dos últimos detalhes do negócio que achava estar efetuando.

—O cão chamou mesmo a sua atenção, senhor Bergman. -comentou André.

—Hã? Ah, claro que sim. -disfarçou afastando-se da janelinha. -Ele vale milhões.

—Bilhões! -completou André sorrindo. -Seus chefes serão tão ricos que não saberão o que fazer com o dinheiro que irão ganhar. E eu também.

—Certamente. Bem...que tal seu eu desse mais uma olhada no protótipo e ...

—O que está havendo aqui? -uma voz de mulher se fez presente e Afrodite arrepiou-se.

—Adriana. Aproxime-se. -pediu André com um gesto. -Este é o senhor Bergman, representante dos laboratórios de Estocolmo e...

Afrodite se levantou e encarou com um sorriso amarelo a morena que entrava ali, com expressão indignada.

—Ele é o investigador que eu lhe falei André! -disse Adriana apontando para ele.

—O que? -André olha para a mulher e em seguida para Afrodite e saca uma arma apontando para ele. -Que brincadeira é esta?

—Normalmente eu faria um discurso pomposo, mas vocês não merecem. São simples bandidinhos, querendo ganhar dinheiro às custas do trabalho e suor alheio. -retira uma rosa praticamente do nada e aspira seu perfume. -E se eu lhes dissesse quem realmente sou e quem foi a pessoa quem me enviou, suas mentes pequenas não iriam assimilar tal informação com facilidade. Apenas limitem-se a saber que...acabou para vocês. Onde está a doutora Simone? Se me disser posso ser piedoso com vocês e ah, sim... Tirem o pulguento da jaula!

—Do que ele está falando? -pergunta André espantado.

—De onde ele tirou aquela rosa? -Adriana mais espantada ainda. -Atira nele!

André aponta sua arma para Afrodite que suspira com ar enfadonho. Em seguida, ao apertar o gatilho uma rosa negra foi lançada e alojada no cano da arma numa velocidade que não foi percebida por olhos desatentos e normais. O que se seguiu então foi a arma sendo arrancada da mão de André pela força do arremesso de Afrodite.

—Que?

—Por favor. Não me façam perder meu tempo e meu cosmo com vocês. É por demais humilhante para uma pessoa da minha posição fazer algo assim. -ironizou o cavaleiro.

De repente um estrondo e todo o edifício parecia ter sido sacudido por um tremor. Afrodite sente o cosmo de Aldebaran e suspira.

—Aquele projeto de Ursinho Carinhoso com Dino da Silva Sauro! -outro estrondo. -Ele vai derrubar o prédio em cima de todos nós!

—O que está havendo? -Adriana tentava se segurar em algum móvel. -Não há terremotos no Rio!

—O prédio está vindo abaixo!

—Aff...é só meu colega. Aldebaran.- respondeu com calma absoluta, poucos segundos antes de Aldebaran sair do elevador, jogando dois seguranças que haviam tentando impedi-lo contra os do andar do laboratório. -Delicado ele...

—Muito bem! Cadê o cachorro? -Aldebaran perguntou, demonstrando estar furioso e o viu na jaula. -Solta ele agora!

O pobre cientista que ficou intimidado pelo tamanho do cavaleiro soltou imediatamente o cachorro que saiu da jaula feliz, abanando a cauda e pulando no cavaleiro.

—Calma amiguinho!

—Aldebaran! Precisava fazer isso tudo? Eu já tenho tudo sob controle aqui! -disse Afrodite, segurando Adriana pelo braço e trazendo-a para fora do escritório.

—Oi, Peixinho! Empolguei! -ele riu alto. -É que quando me falaram que o homem responsável por ter sequestrado minha princesa estava aqui, fiquei furioso! Vim correndo!

—Está bem, mas não se esqueça de que temos que ocultar para quem trabalhamos né? -dizia mantendo firme a mão no braço da jovem. -Vamos chamar a polícia federal para cuidar disso e ligar pra Fundação que resolvemos o caso.

Enquanto discutiam, André saiu engatinhando do escritório, mas foi interceptado por Zeus que latiu furiosamente avançando no homem.

—Tira! Tira este monstro de perto de mim! -correu de volta ao escritório, fechando a porta, com Zeus pulando e latindo, tentando pegá-lo.

—Acho que ele não sai daí. -Aldebaran comenta sorrindo.

—Me solta seus...seus...monstros! -dizia Adriana.

—De jeito nenhum! -responde Afrodite.

—Traiu sua melhor amiga por dinheiro! Vergonhoso! -dizia Aldebaran.

Afrodite se vira para Aldebaran, para continuarem a conversa. E não repara quando um dos seguranças vence o medo e aponta sua arma contra ele. Distraído, principalmente pelas tentativas vãs de Adriana de se libertar de sua mão.

Mas Zeus ergue as orelhas, como se percebesse algo.

Um clique de arma sendo engatilhada. Um tiro.

E o uivo de um animal ferido toma conta do ambiente.

Continua...


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