Made In Brazil escrita por GiullieneChan


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Betado por Arthemisys.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/95235/chapter/9

O homem que atirou mal havia piscado e Aldebaran estava diante dele, pegando sua arma e literalmente esmagando-a com a mão. O pobre homem simplesmente se encolhe de medo.

—Você... -o cavaleiro de ouro fica furioso, mas olha para trás e vê Afrodite agachado ao lado de Zeus. -Afrodite?

—Ele...está sangrando muito! -pega o terno e enrola no animal e se vira para Adriana. -Você é veterinária! Faz alguma coisa!

—Eu não farei nada! -ela cruza os braços e os descruza ao ver Aldebaran indo até ela com cara de poucos amigos. -Não temos aqui um local apropriado para fazer uma cirurgia! A bala está alojada no cão!

—Eu me distrai...a bala era para mim...e ele... -o animal chora. -Shhh...calma amigo.

—Sugiro que faça algo, doutora Adriana. -o tom de voz de Aldebaran indicava que ele havia perdido totalmente a paciência. -Agora!

Intimidada pelo tom de voz e pelo porte do cavaleiro, Adriana assentiu com a cabeça, mandando para colocarem o cachorro na sala do laboratório. Chamou dois dos ajudantes do laboratório e começaram a dar os primeiros socorros à Zeus.

Afrodite ficou esperando, do lado de fora. Em silêncio viu os agentes da polícia federal, chamados por Aldebaran chegarem, liderados pelo policial Rodrigo, amigo de Kyra levarem os criminosos. O cavaleiro de touro se apresentou como sendo chefe de segurança da Fundação, um disfarce apropriado para a ocasião.

Enquanto a polícia foi confirmar a veracidade das palavras do cavaleiro, este se aproximou do colega colocando a mão em seu ombro.

—Ele vai ficar bem.

—Quem? O cachorro? Quem disse que estou assim por um cachorro? -Afrodite respondeu, mas o leve tremor na voz desmentia o que suas palavras diziam. -Quando eu era garoto sempre quis ter um cachorro e nunca tive. Meu pai nunca permitiu. São mal cheirosos, pulguentos, babam toda hora. Definitivamente são animais horríveis!

—Sei...

—E burros! Por que ele saltaria para me proteger? Eu teria percebido o tiro e me desviado na velocidade da luz! Ele...ele não precisava ter arriscado a vida...e por mim? Por mim que o detesto!

—Ninguém explica a lealdade destes animais.

—Ele não precisava ter feito isso.

A porta da sala do laboratório abriu e a veterinária saiu.

—Fiz o que pude. -disse a moça. Logo em seguida foi encaminhada pelos policiais para acompanhar os parceiros.

As palavras da jovem fizeram com que Afrodite não tivesse uma impressão boa. Previu que Zeus não teria esperança. Aldebaran avisou que iria conversar com Rodrigo, que o chamou. O Cavaleiro de Peixes entrou no laboratório e viu desconsolado o animal imóvel sobre a mesa.

Aproximou-se, tocando a cabeça dele. O cachorro não se mexeu. Afrodite suspirou.

—Sabe, quando eu era criança eu queria ter um cachorro. Minha mãe iria me dar um, mas ela faleceu. -falava como se conversasse com Zeus. -Meu velho nunca foi paternal e depois eu parti para ser um cavaleiro. Nunca pude ter um cachorro, por isso não sabia como lidar com você.

Enquanto falava, não notou que Aldebaran entrou e ficou quieto escutando.

—Nós dois formamos uma bela dupla, não é? Sei que assim que você acordar, vai se recuperar rapidinho. -Afrodite esfrega os olhos, como se estivesse cansado, Zeus abre o olho e o fecha pouco antes do cavaleiro voltar a fitá-lo. -Ei, vou te levar para a Grécia, compro uma cachorrinha de raça para você. Que tal uma Collie? Hum? Gosta das ruivas? Você e sua Collie... Eu e Kyra em uma praia, com o mar Egeu a nossa frente.

Aldebaran riu baixinho e Afrodite se virou, não estava constrangido.

—Eu realmente estava gostando deste cachorro babão.

—Afrodite...

—E agora...ele se foi...

—Afrodite.

—Não é justo, cara...não é.

—Ô, Peixinho! -Afrodite parou de falar para encará-lo com raiva do apelido. -A Adriana disse que ele vai se recuperar. Já tava abanando o rabo quando ela saiu daqui.

—O...que...disse? -Zeus abriu os olhos, levantando a cabeça. -Ele não vai morrer?

—Não mesmo. -ele riu.

—Não tenha tanta certeza. -virou-se, fitando o cachorro. -Seu mentiroso descarado!

Zeus colocou as patas na cabeça, como se tentasse se esconder.

—Você é um trapaceiro! -ajoelhou para ficar em frente ao cachorro, apontando o dedo para ele. -Esqueça o que eu disse sobre a Collie e sobre a Grécia! Eu achei que estivesse morto! Nada de mar Egeu e uma cadelinha de pelos ruivos para você!

Zeus começou a abanar o rabo e lamber o rosto do cavaleiro.

—Não me adule, seu babão!

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Quatro dias depois...Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

—Atraso de duas horas em nosso voo. -suspirou o Cavaleiro de Peixes, olhando desolado para o painel de avisos de voo. -Adoro este país!

—Não fique falando assim daqui. -repreendeu Kyra, sentada ao seu lado, em uma das poltronas de espera do terminal.

—Sério. Eu adoro este país. Só aqui o povo consegue sorrir e ver algo de bom em cada crise que enfrenta. -ele respondeu rindo. –Se Hades aparecesse aqui, eles nem iam notar. Capaz de chamarem o Imperador dos Mortos para uma roda de samba.

Kyra começou a rir com a imagem que apareceu em sua mente.

—Creio que os três dias que você passou curtindo a praia e o spa de luxo, pago pela Fundação, eram o que precisava para recuperar o bom humor. -comentou a amazona, folheando uma revista.

—Uma missão bem sucedida. Nem precisei manchar minha armadura. -aponta com o olhar Aldebaran e Simone sentados à mesa de um café, conversando e de mãos dadas. -Um amigo meu se dando bem. Nenhum cachorro enorme e babão por perto, comendo meus caros sapatos italianos. Diria que foi uma semana bem proveitosa.

—Amigo? Já considera o grandalhão um amigo? -ela perguntou sorrindo.

—Difícil ficar muito tempo com raiva dele. -suspirou. -E os três patetas?

—Quem? -ela parecia não ter entendido.

—Os cavaleiros de latão.

—Ah, os Cavaleiros de Aço! Bem, a senhorita Atena os perdoou pelos deslizes, pediu explicação aos responsáveis pelo projeto que simplesmente descartaram os garotos sem o aval dela...e agora foram empregados como seguranças da sede da Fundação daqui. Talvez criem um tipo de força tarefa de Cavaleiros de Aço...

—Sei...foram reciclados. -ele riu.

—Acha isso engraçado?

—Acho. -apontou para a tela. -Ainda não vamos decolar para a Grécia hoje.

—Deuses! -ela suspirou.

Afrodite ficou olhando para os lados, depois olhou para as mãos, e em seguida para a amazona do seu lado.

—Você é linda! -disse de repente, assustando-a. -Só queria dizer isso para você antes de voltarmos a nossa vida no Santuário.

—Só falta me pedir em namoro. -ela comentou, desconcertada.

—Pode ser. Quer?- ele insistiu.

—Sou uma amazona...

—E eu um cavaleiro.

—Vivo viajando em missões. Quase não fico no Santuário. -ela continuou. -Sempre sou destacada para missões que exigem sigilo.

—Mas sempre aparece vez ou outra por lá, não?

—Um namoro sem compromisso sério? Tipo... -ela olhando as mãos.

—Tipo...Sempre que estiver em casa...estarei lá te esperando. Não estou propondo namoro firme ou casamento.

—Nem quero esse tipo de compromisso.

—Nem eu.

—Ou filhos.

—Não sou maternal. Não sou do tipo que sonha em casamento ou filhos. Prezo meu trabalho. Sabe que se uma amazona optar por se casar, ela deve abandonar seu posto e sua armadura. E eu não quero isso...

—E admiro a sua dedicação a deusa e ao Santuário. -ele continuou. -No dia em que achar que deve preparar uma discípula para substituí-la em missões secretas, e ficar na Grécia como instrutora, ou responsável pela guarda...como Marin e Shina o fazem...e claro, se ainda me quiser.

—Afrodite...

—Não adianta inventar desculpas. -ele determinou. -E eu vi seu rosto.

—Sou um caso à parte. Ficaria estranho, eu agindo na surdina em minhas missões no exterior, usando uma máscara. -riu. -Nós dois, pode dar certo...quem sabe?

—Quem sabe...

Ficaram se fitando, e em seguida em um ímpeto se beijaram. Deram as mãos e saíram rapidamente de onde estavam, passando por Aldebaran que os olhou curioso. Andaram por um dos corredores do Terminal e Afrodite a puxou para uma das salas vip de espera, trancando a porta.

—O que foi isso? -indagou Simone.

—Os dois finalmente se acertando. -riu Aldebaran.

Meia hora depois, Aldebaran bateu a porta discretamente. Afrodite apontou a cabeça para fora, estava sem camisa.

—O que foi?

—Nosso voo sai em trinta minutos. -avisou o Cavaleiro de Touro. –Estão chamando!

—Então...me dê vinte minutos?

—Eu...-a mão de Kyra puxou Afrodite de volta para a sala. -Vinte minutos!

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Grécia...Semanas depois. A casa de Touro.

—Ele parece melancólico.

Mu de Áries comenta com o cavaleiro de Peixes sobre Aldebaran. O cavaleiro de Touro há dias mantinha um olhar distante e saudoso.

—Está com saudades da namorada. -explicou Afrodite. -E ansioso, pois ficou sabendo que ela viria a Grécia, trabalhar nos laboratórios da Fundação na Sede de Atenas.

—Isto é uma notícia muito boa. -exclama Mu. -Ela disse quando viria?

—Eu não sei. -deu os ombros, como se não ligasse.

—Só queria confirmar, afinal a deusa pediu que Seiya e Hyoga buscassem alguém no aeroporto e a levassem a um hotel. Pensei que pudesse ser a senhorita Simone.

—Não fiquei sabendo de nada. -estranhando. -Não deve ser importante ao Santuário, ou ela teria comentado conosco.

—Tem razão. E Kyra? -Mu perguntou com um sorriso e Afrodite engasgou. -Notícias dela?

—Ela está em missão no Oriente. -respondeu com um sorriso. -Volta logo.

—Relacionamento sem compromisso?

—Ela prefere assim. E não a culpo, afinal...ela não pretende largar o manto de amazona tão cedo.

—Compreensível. -diz Mu, que fica sério de repente. -Sente isso?

—O cosmo de Seiya na Casa de Áries...parece aflito. -responde Afrodite sério.

—Kiki está lá. Espero que não sejam problemas.

—Não sinto cosmos hostis. -diz Aldebaran, se aproximando dos amigos. -Mas...Hyoga também parece aflito.

—Vamos! Seja o que for já atravessou a Casa de Áries e vem para cá! -declarou Mu, sentindo um incomodo suor frio na fronte.

—Se for um inimigo, irá se arrepender de ter invadido este lugar sagrado. -Afrodite com seu cosmo cria uma rosa vermelha que fica entre seus dedos. -Terá uma morte lenta e...

—SOCORRO! SEGURA ESTA FERA! -berrava Seiya, segurando firmemente a corrente presa na coleira de um enorme fila brasileiro negro, e sendo arrastado por ele pelas escadas.

Atrás de Pégasus, vinham Hyoga e Kiki.

—Não... -gemeu Afrodite.

—Zeus? -Aldebaran surpreso.

—Não! -gritou Afrodite, pouco antes de Zeus cair sobre ele, trazendo Seiya junto.

—Ora,ora...este é o famoso Zeus? -perguntou Mu, surpreso.

—É ele sim. -respondeu Aldebaran.

—Ele ficou louco assim que chegou perto da Casa de Áries. -Hyoga tentava explicar, recuperando o fôlego.

—Deve ter sentido o cheiro do Afrodite.

—Gaaahhh...-Afrodite no chão e Zeus segurando a garganta dele com a boca.

—Ele é um monstro! -Seiya se afastou do cachorro imediatamente. -Que força!

—Você está bem, Seiya? -pergunta Cisne.

—Ele está ficando roxo? -Kiki apontando para Afrodite.

—Ah, só estão matando as saudades. -Aldebaran rindo.

—GAAAAAAHHHH! -Afrodite, agonizando.

—Vem cá, Zeus...vem cá garoto! -Aldebaran o chama e o animal larga o pescoço de Afrodite que finalmente volta a respirar, para fazer festa para Aldebaran. -O que você está fazendo aqui?

—A senhorita Kido mandou buscá-lo. -respondeu Seiya. -Parece que a dona vai ficar algumas semanas fazendo pesquisa no Peru e não pode levá-lo.

—O...que? -pergunta Afrodite, se levantando rapidamente.

—Sim. Ao final da pesquisa ela se mudaria para cá. -continuou Hyoga. -E Saori disse a doutora que vocês não se importariam de cuidar de Zeus até ela voltar.

—O QUE? -um cavaleiro de Peixes em choque.

—Não mesmo! Adoraria isso! -responde Aldebaran, acariciando a cabeça de Zeus.

—Mantenha-o longe da minha Casa! -bradava Afrodite.

Zeus corre na direção de Afrodite e fica em pé, colocando as patas dianteiras nos ombros do cavaleiro, e começava a lamber-lhe a cara.

—Aaahh...ele tá com saudades de você! -Aldebaran riu. -Vamos ficar os três juntinhos nas próximas semanas, Peixinho!

—Eu...te odeio! -fitando Aldebaran com ódio.

Fim!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Todos sabemos que você ama o Aldebaran e o Zeus.. larga de frescura, Dite.

Desculpe se o final estiver tosco. XD! E obrigada a todos que leram e acompanharam o fic. Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Made In Brazil" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.