Made In Brazil escrita por GiullieneChan


Capítulo 4
Capítulo 3




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—Afrodite? -uma suave voz feminina chamava. -Afrodite?

Ele abre os olhos e vê Kyra a sua frente, andando por sobre a sua cama como uma gata, olhando-o de maneira lasciva. Vestia uma camisola que mal cobria seu corpo, transparente e sensual.

—K-Kyra? O que está fazen...? -ela coloca o dedo indicador em seus lábios, pedindo que se calasse.

Em seguida, ela se aproxima de seus rosto, e passa a língua em seus lábios rosados provocando-o. Ela fica sobre ele, seu corpo mantendo-o preso, e então...começa a lamber seu rosto.

Afrodite desperta de seu sonho, abre os olhos e vê 'quem' o lambia. Zeus estava em sua cama, deitado em cima dele, balançando o rabo alegremente, tentando acordar o cavaleiro de Peixes.

—AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!

Aldebaran deixou cair o pedaço de bolo do café da manhã, ao ouvir da sala o grito que Afrodite deu. De repente, do quarto do Cavaleiro de Peixes, um enorme cão sai correndo e escorregando no tapete, sendo perseguido por Afrodite, com uma rosa branca na mão.

—Segura esse monstro! -ele mandava, enquanto Aldebaran protegia o cachorro atrás de si. -Ele babou em mim! Tem pelos em minhas roupas! Vou enfiar essa rosa no coração dele!

—Ah, ele gosta de você, Peixinho. -o taurino ria da cara vermelha e raivosa do amigo.

—NÃO ME CHAME DE PEIXINHO!

—Que barulho é esse?-Kyra perguntou, já vestida e pronta para sair.

—O 'Gustav' acordou de mau humor. -respondeu Aldebaran.

—Para de zoar com meu nome! -ele explodiu e depois perguntou a ela. -E aonde você vai?

—Vou com o Rodrigo investigar a empresa onde Simone trabalhava. E vocês? -respondeu com naturalidade.

—Também vamos investigar. Não vamos, Aldebaran? -olhou para o outro.

—Hã? Ah...sim. Vamos sim! -concordou após cair a ficha.

—Ótimo. Nos vemos no fim de tarde. -e ela se aproxima de Afrodite. -Por Atena, tome um banho Afrodite. Está cheirando a pelo de cachorro molhado!

Afrodite cheirou o próprio corpo, e depois de constatar que realmente estava cheirando a cachorro, fez uma careta e fuzilou com o olhar o cachorro.

—Vou tomar um banho! -avisou. -Depois vamos tentar descobrir o que faremos com as informações que conseguimos.

—Está bem. -ele fez um gesto positivo.

—Ah...Rapazes! -Kyra chama na porta do quarto, apontando para um canto. -Zeus deixou uma lembrança para vocês.

Afrodite se aproximou:

—Merda. -ele disse.

—É isso mesmo. -ela lhe dá um tapinha no ombro e sai.

Algum tempo depois, Afrodite saia do banho, depois de ter certeza de que estava bem limpo e sem cheiro de cachorro em seu corpo. Escolheu uma roupa elegante e fresca em sua mala, vestiu e depois cuidou dos cabelos, colocou seu perfume francês caríssimo, meias e foi até os seus sapatos italianos legítimos aos pés da cama e calçou...mas...Seus pés sentiram uma coisa fria, úmida e pegajosa. Retirou o pé de um dos sapatos e viu no que havia pisado. Baba de cachorro.

—MEUS SAPATOS ITALIANOS LEGÍTIMOS! AAAAAAAAAAAHHHHHHH!

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Do lado de fora do Hotel, após Afrodite ter se recuperado do incidente com os sapatos italianos e distraído os recepcionistas para que Aldebaran saísse com o cachorro, o Cavaleiro de Peixes esperava no calçadão da praia e já estava entediado com a espera.

Então eles apareceram. Aldebaran com o enorme cachorro seguro na guia. Começaram a andar pelo calçadão na orla de uma praia.

—E agora? O que faremos? -perguntou Afrodite acabando de comprar uma água de coco. -Não faço a mínima ideia de como e nem onde começar a procurar esse doutora.

—Pelo jeito, terei que apelar para os meus contatos. -Aldebaran falou tão sério que assustou Afrodite. -Terei que falar com ele.

—Ele quem?

—A pessoa que conhece todos no Rio, que tem contato com todos os contatos do submundo, polícia... “Seu” Timóteo.

—Quem?

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Enquanto isso, na Policia Federal.

—Eis tudo o que eu tenho sobre o caso. -falou o simpático e belo policial. -Espero que isso ajude em suas investigações. Fiquei surpreso. Você é do FBI?

—Surpreso? -Kyra fez de desentendida.

—Sim. Não sabia que o governo americano se importasse com o caso de uma médica desaparecida.

—A doutora Simone é muito respeitada e admirada na comunidade médica e científica do mundo -falou lendo os arquivos do caso.

—Sim. Parece que sim. -ele se aproxima e toca a mão dela. -Você é muito linda, sabia?

—Estou aqui para trabalhar, Rodrigo. -ela respondeu puxando a mão de volta.

—Tudo bem. -ele pareceu desapontado. -Quer um cafezinho?

—Sim. Obrigada. -disse-lhe com um sorriso amável.

Assim que ele saiu, Kyra se perguntou o que havia com ela? Conheceu um belo rapaz, interessado nela desde que a conheceu...e só conseguia pensar naquele cavaleiro narcisista, egocêntrico e cheio de si do Afrodite?

Devia estar doente! Como ainda pensava nele? Depois de tudo o que ele lhe fez!

—Que droga! -lamentou-se. -Ainda gosto daquele idiota!

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—Você está me gozando? -perguntou Afrodite, olhando para onde Aldebaran o levava, uma favela na Zona Sul.

Apesar da simplicidade do lugar, havia uma belíssima vista da Praia de São Conrado e de belas mansões.

—Não estou. -falou sério. -Faz muito tempo que não venho aqui. Nem sei como eles me receberam. Talvez não sejamos bem vindos.

—Não estou gostando disso. -falou olhando desconfiado ao redor.

—Chegamos. -avisou Aldebaran, bem nervoso.

Afrodite notou o nervosismo do Aldebaran ao se aproximar da casa simples. Afrodite procurou descobrir quem moraria ali, naquele lugar tão simples e acolhedor, que pudesse deixar o Cavaleiro de Touro nesse estado. Já descobriria quem...

—MAINHAAAAAAAA! -chamou o cavaleiro.

—Mainha? -estranhou Afrodite.

De dentro da casa, uma mulher rechonchuda, bem baixinha, usando um vestido florido bem extravagante e os vastos cabelos negros presos em um coque saiu olhando curiosa quem a chamava. Ela olhou bem para quem chegava, levou as mãos ao rosto e abriu um enorme sorriso.

—Meu Padim Padi Ciço! Roberto Carlos! -ela gritava e pulava de alegria.

—Roberto Carlos? -Afrodite confuso.

—Sou eu sim, mainha! -Aldebaran abraçou a pequena senhora.

—Mainha?

—Ai, meu Deus! Que alegria! -ela quase chorava. -Betinho... Não te vejo desde que a gente te visitou lá no Acre, onde tava morando com seu professor! Tu era um rapaz, e foi pras Europas! Betinho?

—Sim, Mainha?

De repente, a senhora segurava o grande Aldebaran pela orelha e ralhava  com ele.

—O que você andou fazendo pelas Europas que não teve tempo de nem mandar uma carta pra sua mãe, seu desnaturado. Nem um telefonema, nada!

—Ai, desculpa mainha!

—Eu te carreguei nove meses! -ela o solta. -E depois foram doze horas de trabalho de parto. DOZE HORAS!

—Doze horas! -espantou-se mais ainda Afrodite.

—É porque ele já nasceu “tarudão assim! -ela apontou para o filho. -E o Betinho tinha um cabeção enorme!

—Betinho? -Afrodite não aguentou mais e começou a rir sem parar. -Betinho... Huahuahuahuahuahuahuahua...Cabeção!

—Para com isso, Tambaqui! -avisou Aldebaran.

—Tá...Betinho... huahuahuahua!

—Quem é seu amigo? -dá um tapa nele. -Foi essa a educação que eu ti dei?

—Ai, mainha. Ele é o meu amigo, Afro...

—Gustav Bergman, senhora. -ele se adiantou e beijou a mão da mãe de Aldebaran. -É um prazer conhecer a mãe...do Roberto Carlos...Betinho. É a senhora Maria do Carmo, presumo.

—Sou eu sim. -corada.

—Seu filho tem sorte.

—Tá tirando uma da minha cara?

—Roberto Carlos Apolinário dos Santos e Silva! -ela o avisou e ele ficou quieto. -Vamos entrar que eu passo um café num instante! Ai, suas irmãs vão ter um treco quando chegarem e encontrarem você aqui, Betinho!

A imagem das irmãs de Aldebaran passou na mente do Cavaleiro de Peixes, ele arrepiou-se, não era uma visão agradável.

—Mainha, tô a trabalho. Preciso falar com o “seu” Timóteo. -falou sério.

—Com seu pai? Tá bom! -ela vai na entrada da casa e olha para um boteco logo adiante. -TIMÓTEEEEEEEOOOOOOO, VEM CÁ HOMI DE DEUS!

—Qui é mulher! -respondeu uma voz preguiçosa. –To bebendo umas aqui com o compadre Pedrão!

—TEU FILHO VORTOU DAS GRÉCIAS! O BETINHO TÁ AQUI! DESGRAÇA DE HOMEM, VEM LOGO!

—Mainha... -Aldebaran envergonhado.

—Betinho? -uma moça apareceu correndo, sendo seguida por outras três, todas de cabelos e olhos escuros e muito lindas.

—É o Betinho!

—Maria de Fátima, Maria Aparecida, Maria das Dores! -Aldebaran abraça as três de uma vez. -Minhas irmãzinhas lindas!

—Tá se vendo que elas puxaram outra pessoa da família. -Afrodite comentou com o cachorro.

Então, apareceu um senhor magrinho, franzino, de bermuda larga e camisa branca desabotoada. Assim que chegou, foi recebido com festa por Aldebaran.

—Que saudades, filho! -dizia o senhor.

—Dite, esse é meu pai...“seu” Timóteo. -apresentou orgulhoso.

—Os mistérios da genética. -murmurou Afrodite, depois sorriu.-Prazer em conhecê-lo, senhor.

—Pai...precisamos conversar. -falou Aldebaran.

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Na residência da doutora Simone.

Alguém revirava o escritório dela, em todos os lugares, a procura de algo.

—Não está aqui! -um deles de estatura pequena falou finalmente desistindo.

—Ele não vai gostar. -o outro, mais alto comentou.

—Eu sei. -ele suspira. -Estou cansado de receber ordens dele! Ele se acha o tal!

—De nós três, ele é o mais forte!

—É... e agora?

—Vamos descobrir quem são os caras que apareceram aqui mais cedo,...e nos livramos deles.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo. Fiz com muito carinho.



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