Dark Rose escrita por TayCristie


Capítulo 8
JASON É QUASE MORTO POR UM ZUMBI


Notas iniciais do capítulo

Acho que não demorei dessa vez, né?!!
Enjoy!



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  _Não acredito que você deixou que roubassem a rosa - eu disse, enquanto caminhávamos pela rua escura, banhada apenas pela luz da lanterna de Erik.

  _A culpa não foi minha - ele se inocentou. - Eles me desmaiaram e levaram a rosa.

  _Ela não deveria voltar para você? - Perguntei.

  _Deveria - respondeu Jason. - Mas acho que arrumaram um jeito para isso não acontecer.

  Caminhamos em silêncio. Eu estava irritada, completamente irada.

  _Agora eu e minha rosa estamos sem proteção - eu disse. - Se é que existia alguma proteção antes.

  Jason parou e me segurou pelo braço, me fazendo olhar fixamente em seus olhos azuis.

  _Eu vou proteger você - disse ele, como se aquilo fosse a coisa mais importante de sua vida.

  Erik pagarreou e Jason fez uma cara feia.

  _Ah, droga! - Disse Jason. - Esse cara tem que ficar mesmo atrás de nós?

  _Ele tem uma lanterna - eu disse, voltando a andar.

  As palavras de Jason me fez sentir tão bem. Eu vou proteger você. Que outro cara teria dito isso para mim? Quando olhei naqueles olhos azuis, era como se fosse o mar. Eu queria mergulhar nele e me perder no azul.

  _E também conheço esse lugar muito bem - completou Erik. - Sorte não termos sido atacados até agora.

  Erik me assustou com aquilo. Era como se pudéssemos esperar a morte sair de qualquer canto.

  _Tem alguma ideia do que te atacou? - Perguntei a Jason.

  _Acho que foi aquela coisa que se arrastou atrás de nós - respondeu ele. - Mas o que caiu na minha cabeça veio pelo ar. Quero dizer, não sei se caiu, só sei que a pancada veio de cima.

  Certo. Não podia ser aquela ave sinistra, porque ela veio atrás de mim. Só pode ter sido alguma Cristura Negra. Não conheço muita coisa daqui, mas quantos monstros sinistros da Dimensão Negra voam? Melhor perguntar para um expert no assunto.

  _Ei, Erik. Há muitas criaturas daqui que voam?

  _Não muitas - respondeu ele. - As Cristuras Negras, a Águia Carnificera, aquilo que te atacou, e... Qual é o nome daquela coisa mesmo?

  _Os monstros de dão os nomes deles? - Disse Jason.

  _Não. Por quê? - Disse Erik.

  _Você nunca ouviu falar de nada disso antes de vir parar aqui. Como pode saber os nomes das criaturas?

  Nós havíamos parado por um momento. Eu olhava fixamente para Erik, esperando sua resposta.

  _Eu dei os nomes - respondeu Erik. - Não é difícil de deduzir que aquela águia gigante adora carne.

  _E as Cristuras Negras? - Jason continuou com sua desconfiança. - Esse é o nome verdadeiro daquelas coisas. Como sabia?

  _Achei que era inventado - respondeu Erik imediatamente. - Também não é difícil colocar um nome nessas coisas. É só olhar para elas.

  _Erik tem razão - eu disse. - Não é difícil dar um nome para essa coisa. E por coincidência ele deu o nome certo. Até eu poderia ter acertado se tivesse visto aquilo pela primeira vez.

  _Você chamava de sombra negra - disse Jason.

  _Não vou ficar aqui discutindo com um garoto que conhecia ontem praticamente - eu disse, voltando a andar apressadamente. Erik me seguiu, e Jason ficou parado no mesmo lugar.

  _Prefere ficar na companhia de um cara que conheceu hoje? - Gritou Jason. - Que se conhecem há menos de duas horas?

  Eu olhei para trás, vendo Jason ficar cada vez mais distante.

  _Venha, Jason - eu disse. - Deixa de ser idiota e vem com a gente.

  _Não - disse ele.

  _Jason, não vou te deixar sozinho aqui.

  _E eu não vou andar na companhia desse cara - disse ele.

  Olhei para Erik. Não ia deixar Jason sozinhos, e ele sabia se virar aqui. Afinal, já fazem dois anos que ele está preso.

  _Me desculpe - murmurei para ele, e fui na direção de Jason.

  _Corine! - Gritou Erik, e veio até mim. - Fique com a lanterna. Tenho mais. E também sei andar por aqui no escuro.

  Agradeci o ato e corri até Jason. Erik sumiu no escuro.

  _Ainda bem que colocou juízo nessa cabeça - disse Jason.

  Caminhamos em silêncio por um tempo. Com a luz da lanterna eu ficava mais calma, mas o medo ainda era grande dentro de mim. Jason levava a lanterna, enquanto eu mantinha minha rosa junto ao peito. Pedia para que desse tudo certo.

  _Como vamos conseguir destruir a Dimensão Negra? - Perguntou Jason.

  _Miranda disse que temos que passar pelo labirinto que fica no porão da casa que tem a porta manchada de sangue em forma de mãos.

  _Será quando que vamos encontrar? - Disse Jason. - Há centenas de casas aqui. É como se fosse uma cidade normal. Vamos demorar horas.

  _Tem certeza? - Eu disse, então peguei a lanterna de sua mão e iluminei a varanda de uma das casas. Era toda feita de concreto, e a porta de madeira estava manchada de sangue em forma de mãos. - Venha, vamos entrar.

  _Ficou louca?

  _Teremos que entrar de qualquer modo.

  _Vamos esperar que amanheça.

  _Jason, aqui nunca vai amanhecer - eu disse, tacando a luz em sua cara. - Estamos na Dimensão Negra, se esqueceu?

  Ele encarou a casa por um minuto, mordendo o lábio inferior.

  _Tudo bem - concordou ele. - Tenho que parar de ser medroso. Se não, como vou proteger você?

  Eu olhei para ele. Seus olhos encontraram os meus.

  _Eu estava falando sério aquela hora - disse ele, se aproximando de mim. - Eu vou te proteger, Corine.

  Ele estava tão perto que podia sentir sua respiração em meu rosto. Um ruído alto nas sombras fez-nos sobressaltar.

  _Vamos entrar logo - eu disse, já correndo para a sacada.

  Da última vez que entrei em uma casa sinistra, encontrei Jason, ví meu pai e fui perseguida por uma Criatura Negra. Sentia que nessa casa aconteceria coisa pior.

  Entramos correndo, batendo a porta com força. Jason iluminou o lugar. Parecia uma casa comum. Alí, ao invés de sala, era um grande hall. Mas quando Jason iluminou o outro cômodo, pude ver que a sala estava lá. Andamos lentamente para lá.

  _Onde será que fica a porta para o porão? - Disse Jason.

  _Não sei - respondi. - Teremos que procurar.

  Chagamos à sala. Tudo estava completamente sujo de pó e outras coisas. O sofá branco estava preto e com algumas manchas vermelhas, que eu tinha certeza que eram sangue. No chão havia mais sangue. Era como se alguma coisa sangrenta tivesse sido arrastada. Essa trilha ia até uma porta, que estava bem lá na frente, passando da sala.

  _Deve ser o porão - sussurrei para Jason. Ele mirou a porta.

  _Foi fácil - disse ele. - Fácil de mais.

  Então seus olhos começaram a olhar em volta, procurando por alguma coisa.

  _O que está fazendo? - Perguntei.

  _Shh... - disse ele. - Escutou isso?

  Eu não havia escutado nada, mas então ouvi um som baixinho de corrente se arrastando. Parecia estar longe. De repente ficou mais alto, parecia mais perto. Então uma coisa surgil no hall. Os barulhos se seus passos me dava arrepios. Jason jogou a luz na coisa.

  Parecia um... um... zumbi. Sua pele era cinzenta e seu rosto estava sem expressão. Aquilo carregava mesmo uma corrente, e era das grossas.

  _Acho melhor corrermos para a porta agora - eu disse. Jason não se moveu. - Jason, corre, agora!

  _Eu vou te proteger, Corine - disse ele, pulando no zumbi e o derrubando no chão. Eles começaram uma luta mortal alí. Jason procurava pegar seu pescoço para quebrá-lo, mas recuava suas mãos quando o zumbi tentava mordê-lo.

  Fiquei sem ação. Não sabia o que fazer. Jason morreria se eu não fizesse algo imediatamente. Peguei a lanterna caída no chão e comecei a procurar por alguma coisa com ponta. Não sei porquê, mas havia uma armadura no canto, ao lado do sofá. Por sorte ela tinha uma espada. Corri até ela. Estava com muito pó, e aquilo me fez espirrar. A espada era pesada, mas por fim conseguir pegá-la. Fui o mais rápido que pude até Jason. O zumbi estava por cima dele, o que me ajudou. Assim que enfiei a espada por suas costas, ele urrou de dor, e Jason conseguiu quebrar seu pescoço.

  Ainda deitado no chão, ele arfava. Caí de joelhos ao seu lado, derramando lágrimas. O puxei pelo ombro.

  _Você ficou maluco? - Gritei. - O que pensou que estava fazendo?

  _Eu estava pro...

  _Proteja você primeiro - eu disse, e não resistindo, o abracei. - Você não pode morrer. Por favor, nunca mais faça uma coisa como essa.

  Ele me apertou em seu peito.

  _Eu prometo - disse ele.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do cap??
Deixem reviews..
Bjukas!!
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