Too Close escrita por Kirara-sama


Capítulo 12
Perigo!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pela demora, mas aqui está o capítulo... Espero que gostem ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/9491/chapter/12

            Era cedo em Hugel e o sol já raiara. Shiroi remexera-se desconfortável no sofá em que dormia, tentando fugir dos raios solares que atingiam seu rosto. Resmungara por algum tempo até que finalmente resolvera sentar-se. Espreguiçou-se para fazer com que a dor nas costas passasse um pouco. Maldito Aukyner, convidara Lynne para dormir no mesmo quarto apenas porque Catherine não abrira a porta. Se soubesse disso, teria convencido a adorável atendente do hotel reservar um quarto só para os dois. Até que não seria tão má idéia...

 

            Olhou para o lado e fez uma careta. O casal dormia agarrado na enorme cama de casal. Até mesmo ele caberia ali e não teria que passar a noite no sofá. Mas nada podia ser feito agora. Finalmente saíra de cima do sofá, vestira seu casaco e deixara o quarto sem dizer nada. Não queria acordar o casal de apaixonados.

 

            Assim que saíra do cômodo, iria descer para tomar o café se a porta da frente não fosse tão... Convidativa! Catherine deveria estar dormindo ainda e o arruaceiro apenas se deleitou com as imagens da sacerdotisa vestindo apenas uma camisola, um pijama curto ou até mesmo nada. Teve que segurar uma hemorragia nasal com tais pensamentos. Aproximou-se da porta, tirou dois grampos de dentro da roupa e encaixou-os na fechadura. Com certa dificuldade, conseguiu destrancar a porta. Abriu-a devagar e colocou a cabeça dentro do quarto, procurando a loira. Não estava na cama e nem dentro do cômodo. Coçou a cabeça, confuso, e decidiu abrir mais a porta para entrar. Não havia nada lá dentro além das adagas de Lynne.

 

            Resolveu então sair do quarto, dando de ombros. Desceu as escadas assobiando uma melodia feliz. Finalmente iria visitar o tão famoso Templo de Odin. Quem sabe que riquezas ele encontraria por lá? Abriu um largo sorriso apenas de imaginar tudo que ganharia. Assim que colocou os pés no salão das refeições, viu a sacerdotisa sentada sozinha em uma das mesas. Ela comia calmamente Bolinhos de Arroz com Morango e uma xícara fumegante repousava logo à sua frente. Sorriu novamente e caminhou silencioso como um gato até a loira. Catherine não percebeu a aproximação e continuou comendo um dos bolinhos. Permaneceu com o alimento na boca por alguns segundos para concentrar-se em escrever algo em um mapa velho.

 

            - Bu! – O arruaceiro falou alto próximo à orelha da loira. No mesmo instante a sacerdotisa parecia engasgar-se com o pedaço de bolinho que comera. Catherine bateu umas duas vezes no próprio peito para a comida descer. Shiroi apenas riu baixo, furtou um dos últimos bolinhos e sentou-se na frente da jovem.

 

            - Quer me matar?! – Esbravejou a loira, corada pela falta de ar repentina.

 

            - Claro que não! Eu não teria tanta sorte assim. – O rapaz de cabelos grisalhos sorriu de maneira zombeteira. Mordeu o onigiri e recostou-se de maneira folgada no banco. – Então... Por que não abriu a porta ontem à noite?

 

            - Já tinha dormido. – Mentiu Catherine.

 

            - Tão cedo? Pra quê? Sonhar com o Aukyner? – Novamente Shiroi abriu um sorriso zombeteiro. Apesar de parecer tapado, ele não era nem um pouco desligado.

 

            - Não entendi aonde quer chegar com isso... – A loira mentiu novamente. Baixou a cabeça até a franja cobrir-lhe os belíssimos olhos azuis.

 

            - Eu não sou cego, Catherine. Sei que gosta dele. Afinal, estamos os dois no mesmo bar...

 

            - O que você sabe sobre mim?! Eu não gosto daquele... Daquele... Idiota! – A sacerdotisa pareceu ficar irritada, pois se levantara repentinamente e bateu com ambas as mãos fechadas na mesa.

 

            - Assim como eu não gosto da idiota da Lyn... – O rapaz apenas indicou com a cabeça o banco onde a loira estava sentada há segundos atrás e estendeu a xícara de chá. Ambos os conselhos foram aceitos: Catherine voltou a se sentar e bebericou o Chá de Ervas e Mel. – Eu disse, estamos os dois no mesmo barco. Gosto de Lynne, mas ela nem sequer olha para mim. Já o Aukyner ainda se preocupa com você.

 

            - Não acho justo atrapalhá-lo agora que ele está tão feliz... – Murmurou baixo a jovem.

 

            - Ele me parece muito mais feliz com você do que namorando a Lyn... Pode parecer egoísta, mas é a verdade. Bom, continuamos nossa conversa depois que voltarmos da ilha, alguém já acordou. – Indicou o rapaz com a cabeça para a porta. Lynne e Aukyner vinham de mãos dadas.

 

            - Bom dia! – Sorriu Aukyner para o casal que estava sentado. – Uh, Shiroi... Importa-se de sentar ao lado da Cath?

 

            O arruaceiro apenas revirou os olhos. Levantou-se de onde estava e sentou-se ao lado de Catherine. A loira apenas sorriu e segurou o prato de onigiris, oferecendo-o para Shiroi. O rapaz soltou uma risada com a atitude da sacerdotisa e aceitou um bolinho. Enfim, a jovem pareceu acreditar nas últimas palavras dele.

 

                        ~*~

 

            Apesar de já ser nove horas da manhã, uma espessa névoa cobria a ilha do Templo de Odin. Aukyner e Shiroi remavam o pequeno barco de madeira. Ao chegarem cada vez mais perto, o grupo percebia a imensidão daquele lugar. Foram tirados dos próprios devaneios quando o barco pareceu ficar preso em alguma coisa. Lynne e Catherine aproximaram-se das laterais e meteram a mão na água. Sentiram algo duro, longo, frio. Era um objeto feito de pedra maciça. Aos poucos alguns raios de sol conseguiam passar pela névoa, revelando que o objeto era o braço gigantesco de uma estátua. Apenas o braço. Com um pouco de esforço, conseguiram sair dali.

 

            - Brr... Esse lugar me dá arrepios. – Comentou Catherine, abraçando o próprio corpo. O barco já batia na margem da ilha.

 

            - A Lynne ainda me dá mais arrepios! – Brincou Shiroi, levando um cascudo em seguida. – Ai! Sua grossa!

 

            - Os dois querem parar? – Bufou Aukyner, descendo do barco e estendendo a mão para Catherine fazer o mesmo. A loira estranhou um pouco a atitude do rapaz e arqueou a sobrancelha. – Que foi? Estou apenas ajudando-te... Se só andando você consegue cair, imagine então descendo de um barco.

 

            A sacerdotisa revirou os olhos e desceu do barco sem a ajuda do cavaleiro. Como o esperado, ela caiu direto de boca no chão. Mas daquela vez a sua falta de sorte não fora a culpada.

 

            - Por Odin... Tropecei em algo... – Murmurou a loira, levantando-se devagar com uma das mãos no queixo.

 

            - Em sua batina? – Brincou Shiroi, saindo do barco logo depois de Lynne.

 

            Antes que pudesse revidar, a névoa pareceu dispersar-se um pouco mais e Catherine pôde ver em que tropeçou. Ou melhor, em quem. Era uma linda jovem jogada de bruços, com longos cabelos dourados, trajando uma armadura brilhante, apesar de meio amassada e chamuscada. A pele da mulher estava mais pálida do que deveria e possuía inúmeros hematomas e cortes. Um pequenino filete de sangue descia pelo canto dos lábios daquela desconhecida e, pelo líquido rubro já seco ao redor dela, deveria estar ali pelo menos há uns três dias.

 

            A sacerdotisa colocou ambas as mãos nos lábios para não gritar de pavor. Já estivera em situações parecidas com aquela, mas nunca vira algo tão brutal como aquilo: um gigantesco rombo na altura do abdômen da jovem. Nem um Punho Supremo de Asura poderia causar tanto dano assim. Era um buraco de fora a fora, que quase separou o corpo da garota. As pontas dos cabelos loiros estavam manchadas de rubro e por toda a extensão dos mesmos e do rosto havia respingos de sangue. As entranhas da mulher estavam bem visíveis, causando ânsia até mesmo em Lynne. Aukyner apenas abraçou Catherine forte contra o peito, para que ela não ficasse mais tempo olhando àquela cena grotesca.

 

            - Venha... Vamos sair daqui, pessoal. – Shiroi murmurou com o rosto virado, já começando a caminhar, mas a voz embargada da sacerdotisa fez com que ele parasse no meio do terceiro passo.

 

Odin, banha-nos com a tua sabedoria...

Frigga, desça tua mão sobre uma de tuas filhas.

Forseti, trace o destino deste ser com tua justiça...

Iduna, derrame o suco do teu pomar eterno sobre nós...

Ressuscitar!

 

            Uma imagem espectral de uma valquíria desceu dos céus, fechando o rombo no corpo da desconhecida. A pele, outrora tão pálida e gelada, foi ganhando uma cor mais viva e ficando mais quente. Logo a desconhecida respirou fundo, como se nunca tivesse o feito antes, e começou a tossir, engasgada com o ato repentino. Shiroi e Lynne se aproximaram, curiosos. Poucos sacerdotes conseguiam Ressuscitar alguém e era quase inacreditável que uma moça tão estabanada como Catherine possuísse tal habilidade. A sacerdotisa deu alguns tapinhas nas costas da jovem, que começava a se levantar com a ajuda de Aukyner.

 

            - O-O que aconteceu? – A desconhecida abriu seus olhos, de um azul piscina belíssimo. Era incrível a semelhança entre ela e Catherine.

 

            - Nós que perguntamos... Está tudo bem? Dói em algum lugar? Posso Curar se você quiser. – A sacerdotisa bombardeou logo a desconhecida com inúmeras perguntas, fazendo Aukyner suspirar e cortar logo a conversa da colega com uma única pergunta.

 

            - Qual o seu nome, senhorita?

 

            - Hildr... – Murmurou a loira. – O-Onde estou?

 

            - Na ilha do antigo Santuário de Odin. Eu sou Aukyner Aclahayr, a tagarela aqui que a ressuscitou é Catherine Shiba, a jovem de cabelos rosas é Lynne Kallisto e o...

 

            - Eu sou Shiroi Sinclair, ao seu dispor, minha bela dama. – O baderneiro apenas ajoelhou-se em frente de Hildr e esticou a mão para agarrar a da jovem e beijá-la. Falhou. A garota simplesmente levantou-se rapidamente, assustada.

 

            - Vocês têm que sair daqui, é muito perigoso!

 

            - Acalme-se, Hildr-san. Não temos intenção nenhuma de ir embora. Diga-me, quem te machucou assim? – Aukyner encarou a loira e levantou-se logo depois da garota.

 

            - Talvez não acreditem, mas... Foi uma Valquíria Caída...

 

            - E o que estava fazendo aqui? – Tornou a perguntar Aukyner.

 

            - Tentando derrotá-la... – A loira virou a cabeça para o lado, envergonhada com a derrota que sofrera.

 

            - Então, Hildr-san, pode pegar o nosso barco e voltar para Hugel! Volte amanhã de manhã que estaremos aqui esperando! – A sacerdotisa abriu um largo sorriso, causando uma gigantesca gota em todos. Apesar de tudo, Catherine não havia amadurecido nem um pouco. Ao perceber a expressão de todos, tratou logo de emendar. – E-Ei... Vamos procurar hoje, se não encontrarmos, voltaremos outro dia... Isso que eu quis dizer, afinal, Hildr-san deve estar cansada.

 

            Todos concordaram, menos a jovem anteriormente ferida. Porém ela nem conseguiu discordar, pois a sacerdotisa levantou-se e sorriu calidamente.

 

            - Por favor, Hildr-san... Ficaria preocupada com você se ficasse ou então muito chateada se tentasse fazer com que voltemos. Não viemos aqui para brincar e nem matar ninguém então... Onegai...

 

            Com um aceno de cabeça, Hildr embarcou e aos poucos sumiu na névoa que ainda havia na ilha. Na mente da jovem, nem ela sabia ao certo por que aceitara aquilo, apenas... Concordara. Àquela sacerdotisa sabia como ser persuasiva com as outras pessoas.

 

            ~*~

 

            O grupo então começou a sua caminhada pela ilha. Não sabiam nem por onde começar, mas foram andando. Encontraram inúmeras partes de estátuas gigantescas quebradas e templos pela metade. O terreno era acidentado, com vários planaltos e chapadas, dando uma enorme sensação de ambiente selvagem e inóspito ao local. A única coisa que tirava àquela sensação de medo era que, ali, as árvores e a grama ainda eram bem verdes. A névoa foi ficando mais espessa, o sentimento de estarem sendo observados, mais palpável, o clima, mais pesado. Catherine, que estava andando ao lado de Aukyner, não pôde evitar ficar agarrada ao braço do cavaleiro, que corou. Lynne não deu muita importância, pois estava muito nervosa para pensar naquilo. O vento começou a ficar mais forte no planalto onde estavam. As folhas eram arrancadas das árvores com violência. Era como se algo ou alguém estivesse fazendo aquilo, pois as árvores na planície de baixo nem sequer se mexiam.

 

            - Auky! Estou com medo! – A sacerdotisa choramingou e apertou forte o braço do cavaleiro. O moreno apenas sacou sua espada e olhou ao redor, não encontrando nada.

 

            - Aukyner, melhor a gente sair daqui... Estou com um mau pressentimento... – O baderneiro murmurou sério, chegando mais perto do cavaleiro, junto com Lynne, que apenas afirmou com a cabeça.

 

            O moreno apenas afirmou com a cabeça e puxou o braço que era agarrado pela loira, envolvendo-a pelos ombros em um abraço leve.

 

            - Vamos ir embora e nada de discordar... Está sentindo? Essa energia negativa me faz passar mal... – O cavaleiro suava frio, estava meio pálido, mas ainda ficava firme no seu lugar. Catherine piscou confusa.

 

            - E-Eu não sinto nada, Auky... Está sentindo-se bem?

 

            Agora era a vez de o moreno ficar confuso. Aquela sensação sufocante lembrava vagamente as viagens por Niflheim, Glast Heim e até mesmo um pouco da Caverna de Payon. Olhou para Shiroi e Lynne e estes também pareciam um pouco afetados com aquele clima, mas não tanto quanto ele. Até que uma voz feminina tirou-o de seus devaneios.

 

            - Quanta escuridão dentro deste corpo... No entanto, o outro brilha tanto que é até ofuscante... Depois de Hildr, será divertido brincar com vocês...

 

            A voz foi esmaecendo até sumir. Aukyner levou ambas as mãos até a cabeça e fechou os olhos com força, apertando o crânio. Shiroi e Lynne não sabiam o que fazer, enquanto Catherine tentava, em vão, puxar um dos braços do cavaleiro.

 

            - Auky! O que deu em você? Pare com isso!

 

            Porém a loira não era forte o bastante, comparada com o cavaleiro. A mercenária e o arruaceiro se aproximaram para ajudar, mas não puderam fazer muito. Uma mulher surgiu entre as árvores. Estranha mulher. Os cabelos também eram loiros, mas não tão brilhantes, e estavam adornados por um estranho elmo. Os olhos azuis tinham um quê de malícia. O sorriso, macabro, assim como toda ela.  Era bela, mas possuía aquele tipo de... Beleza que fascina e ao mesmo tempo assusta. Começando pelas asas negras como a noite, que se moviam incessantemente para fazer com que a mulher voasse a apenas alguns centímetros do chão. Logo vinha a armadura, que era quase idêntica a de Hildr. Apenas não o era por causa da cor escura do metal. Uma capa vermelha e meio rasgada balançava de acordo com a intensidade do vento, junto com uma capa escura que cobria a cintura. As botas também negras iam até a altura do joelho, com alguns adornos prateados. A vestimenta da mulher era o que menos assustava. O que mais dava medo eram os braços daquele ser. O esquerdo era formado por uma espécie de névoa negra, mas espessa o suficiente para carregar uma luva gigante dotada de garras. Já o direito nem sequer poderia ser chamado de braço. Também era formado pela estranha névoa, mas tinha o formato de uma lança afiadíssima.

 

            - Não se aproximem mais do que isso do homem, ou realmente dar-se-ão mal... – A mulher sibilou perigosa, avançando no casal. Shiroi e Lynne colocaram-se em frente à Catherine e Aukyner para protegê-los, mas não obtiveram sucesso algum. A mercenária apenas raspou a Rondel na luva daquela mulher antes de ser atirada longe por um soco, enquanto Shiroi nem sequer conseguira sacar seu arco. Fora facilmente empurrado para longe com a extensão da lança.

 

            A sacerdotisa estava preocupada demais com o seu colega que nem sequer percebeu a aparição daquela mulher. Apenas tomou consciência da presença daquele ser quando uma sombra projetou-se sobre as suas costas. Virou-se devagar antes de arregalar os olhos. Iria gritar se aquela mão enevoada não a empurrasse morro abaixo, junto com Aukyner. Fechou os olhos ao sentir o corpo bater contra pedras, sem proteção alguma. Porém o que mais lhe preocupava era que o moreno nem sequer reagia. Ignorou os baques do corpo para agarrar o cavaleiro e abraçá-lo com força, para que ele não se machucasse muito.

 

            Assim que chegaram ao chão, Catherine apenas tossiu pela falta de ar. As pancadas que recebera nas costas tiraram-lhe o fôlego, mas sorriu aliviada ao constar que Aukyner estava bem. O cavaleiro, aos poucos, levantava-se, com a cabeça baixa. A loira também se colocou de pé, cambaleando um pouco pelo empurrão repentino. A sacerdotisa apenas ergueu o olhar até encontrar com a mulher que a empurrara. Não havia dúvidas, aquela era uma Valquíria Caída.

 

            - Eu pensei que ela fosse menos assustadora e mais viol... – A loira fora interrompida por um violento golpe nas costas, que fez com que a jovem caísse ajoelhada no chão com falta de ar. Virou-se lentamente para trás, a tempo de ver Aukyner com um galho pesado na mão. Galho este responsável pela sua falta de ar. Arregalou os olhos e abriu a boca para falar alguma coisa, mas apenas fora golpeada novamente, desta vez na altura da cabeça. Pedaços de pele e fios de cabelos dourados ficaram presos na madeira, junto com um líquido rubro que pingava incessantemente. Catherine apenas foi ao chão, com a cabeça latejando de dor. Virou novamente a cabeça a ponto de ver os olhos do cavaleiro. Escuros, foscos e... Mareados. Era apenas uma marionete, mas no fundo, não queria machucar a loira.

 

            - Ele está à mercê da minha vontade... É bom correr se quiser viver, garota. Isso é, se conseguir...

 

            A sacerdotisa apenas arregalou os olhos, antes de receber outro golpe na cabeça. Seguido de outro, no corpo, e outro. O sangue manchava os arbustos com respingos, assim como o rosto do cavaleiro, o chão, a arma, as rochas. Não demorou muito para o corpo de Catherine repousar sobre uma poça de sangue. Os longos e louros cabelos estavam espalhados e pintados de vermelho. Os olhos, fechados para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!