Destinos Escritos sobre as Mesmas Linhas escrita por PattyPanddy


Capítulo 4
Parecidos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Logo pela manhã, ao chegar da empregada, ela se depara com Winry próxima da porta, chama a garota para entrar e lhe mostra o quarto que ela iria ocupar, mas se depara com alguns ruídos vindo do quarto do casal, apesar de não querer incomodar, queria ver do que se tratava, poderiam ser ladrões ou algo pior, bateu na porta para ver se tinha alguém lá dentro.

 

 - Com licença, tem alguém aí?

 

 Riza ficou com um pouco de vergonha por ser tão tarde, ou melhor tão cedo que a empregada teve que os fazer parar de uma noite inteira de amor, Roy se movimentou para o lado da esposa, e cobrindo-os com o lençol.

 

 - Somos nós Clotilde, não precisa se preocupar – Roy gritava de dentro do quarto.

 

 - Desculpe senhor, é que ouvi alguns ruídos e pensei que poderia ser algum ladrão.

 

 - Não precisa se desculpar, enganos acontecem é normal, e alias que horas são?

 

 - São 7:30, e a senhorita Winry acaba de chegar.

 

 - E já lhe mostrou o seu quarto?

 

 - Sim senhor.

 

 - Então certifique-se de que ela esteja bem a vontade e prepare-nos um bom café da manhã, Riza e eu já vamos descer em alguns minutos.

 

 - Sim senhor – com isso ela se afasta e vai para a cozinha preparar o café.

 

 Winry estava se sentido bem a vontade naquele quarto, era bem espaçoso e tinha um banheiro só para ela, ajeitou seus pertences no guarda-roupa e logo desceu para a cozinha.

 

 - Precisa de ajuda? – Winry pergunta se aproximando da empregada.

 

 - Não obrigada.

 

 - Tem certeza, eu sei fazer um ótimo café.

 

 - Tenho certeza sim, e o patrão é bem exigente quanto ao café dele, com o tempo eu aprendi do jeito que ele gosta de tomar.

 

 - Tudo bem então, mas eu gostaria de te ajudar em algo.

 

 - Então veja para mim se o Richard já acordou, geralmente é por essa hora que ele costuma acordar.

 

 - Ta bem eu vou, mas onde fica o quarto dele?

 

 - Bem ao lado do seu, à direita.

 

 - Obrigada.

 

 Winry subiu as escadas, notava que aquela casa era realmente espaçosa, tinha muitas fotografias do exercito, medalhas e gratificações penduradas pelas paredes, chegou ao quarto do bebê, nunca tinha visto o bebê, se encantou por ver que ele era tão bonito e ficou acordado quietinho no berço, sem chorar e nem reclamar.

 

 Ela o pegou nos braço, viu que os olhos dele eram lindos e com um brilho descomunal, sua pele tão lizinha e macia, as mãozinhas tão pequenas, ele a olhava tão concentrado, como se tivesse tentando reconhece-la, ela se perdia em pensamentos olhando o bebê.

 

 - Ele é lindo não é?

 

 Winry se assustou ao ouvir uma voz atrás dela,era uma voz feminina e bastante conhecida.

 

 - Riza! Ele é realmente lindo, nem te vi parada aí na porta.

 

 - Eu estou parada aqui faz pouco tempo, gosto de ver meu filho quando acordo, me faz lembrar do sentimento que senti ao gera-lo.

 

 - Eu acho realmente interessante o processo de gestação, humanos gerando humanos, é algo único na vida, saber que nascemos do sentimento que duas pessoas tem uma pela outra, é realmente fascinante.

 

 As duas riram, achavam engraçado ter praticamente o mesmo pensamento em relação a vida humana.

 

 - Winry, eu posso te fazer uma pergunta?

 

 - Claro Riza.

 

 - Você e o Ed, já avançaram o seu relacionamento?

 

 - Como assim?

 

 - Você sabe.

 

 - O que? Me fala.

 

 - Vocês já transaram?

 

 Winry ficou corada, não sabia o que responder.

 

 - Ainda não.

 

 - Não fique envergonhada, é algo natural da vida, alguma hora, se vocês continuarem o seu relacionamento, vão ter que fazer.

 

 - Riza.

 

 - Que foi, só estou falando a verdade.

 

 - Acho que sou muito nova para fazer esse tipo de coisa.

 

 Riza se aproxima dela, e a olha no fundo dos olhos – Não precisa ter medo, quando você estiver nos braços dele tenho certeza de que não pensará em mais nada a não ser nele.

 

 Winry desvia o olhar – Riza, como foi a sua primeira vez?

 

 - Foi com um cara que eu amava muito.

 

 - Você sentiu medo?

 

 - No começo sim, por estar fazendo escondida do meu pai, mas quando me deparei com ele na minha frente, tive certeza de que estava fazendo a coisa certa.

 

 - Posso saber quem foi esse cara?

 

 - Claro, foi o Roy.

 

 - O Roy?

 

 - É, eu o conheço desde que ele era aprendiz do meu pai, nós morávamos na mesma casa, e um dia, fiquei um pouco brava com o meu pai, nós brigamos, e eu fui me consolar nos braços dele e acabou acontecendo.

 

 - E vocês eram muito novos?

 

 - Acho que foi quando eu tinha uns 15 e Roy 19.

 

 Winry ficou boquiaberta, não sabia que ela fizera isso tão jovem e sem medir as conseqüências.

 

 - Que cara de espanto é essa Winry?

 

 - Nada – balançando a cabeça – só me surpreendi um pouco.

 

 - Eu sei que eu era nova de mais, mas acabou acontecendo.

 

 - O seu pai descobriu?

 

 - Sim, ele nos encontrou nus dentro do meu quarto dormindo, fiquei de castigo e ele não me deixava mais me aproximar do Roy, meu pai me mandou para a casa do meu avô e quando retornei o Roy já havia ido para o exército e meu pai estava doente.

 

 - Nossa, quanto tempo isso tudo durou?

 

 - Uns dois anos e meio, eu acho.

 

 - Nesse tempo – Winry olhava um ponto fixo no chão – você sentiu muita falta dele?

 

 Riza sorriu – Tenho certeza de que a saudade que eu senti dele é a mesma que você sente quando está longe do Edward, não é mesmo?

 

 Winry corou, aquelas palavras pareciam fazer algum sentido afinal.

 

 - Winry, apesar de sermos diferentes em vários aspectos, acho que temos uma coisa em comum.

 

 - E o que seria essa coisa?

 

 - Nossos destinos.

 

 - Como assim?

 

 - Pode não parecer, aparentemente, mas situações com o amor são praticamente iguais.

 

 - Não entendo aonde você quer chegar Riza.

 

 - O que você ainda está vivendo com o Ed, de um jeito meio torto me faz lembrar o que um dia eu já vivi com o Roy.

 

 - Você namorou com ele a distância?

 

 - Nós nunca namoramos, a gente só teve a nossa primeira vez juntos e depois nos separamos, a pouco que ficamos juntos de verdade e conseguimos a coisa mais importante de nossas vidas.

 

 - E o que seria?

 

 Riza pega o filho dos braços de Winry e se movimenta até a porta com a intenção de sair.

 

 - Richard, é a coisa mais importante de nossas vidas, mas vamos falar dessas coisa mais tarde, vamos lá para a cozinha tomar café, você chegou faz pouco tempo deve estar com fome.

 

 Riza se retira deixando Winry pensativa no quarto, antes que Riza saísse do aposento Winry notou um leve sorriso no canto de seus lábios, ela ainda não entendia o que se passava por aquela mente loira e maldosa.

 

 Winry desceu as escadas e se direcionou até a cozinha, lá viu que todos já estavam sentados á mesa, Roy estava com lendo o seu jornal e Riza alimentava o filho. Winry se sentou e tomou o seu café.

 

 - O que pretende fazer hoje amor – Roy perguntava sem retirar o olhar do jornal.

 

 - Pensei em sair para fazer algumas compras e você?

 

 - Vou na casa do Hugues, ele quer que eu o ajude com os preparativos do aniversário da filha e você já viu, sobrou para mim de novo.

 

 - Se incomoda de levar o Richard junto?

 

 - Não, mas por que quer que eu o leve.

 

 - Quero que Winry vá comigo as compras.

 

 - O que eu não faço por você hein?

 

 - Obrigada – curvando-se levemente e lhe dando um beijo na bochecha.

 

 - Deixo você passar o dia nas compras e me agradece dessa maneira?

 

 - O restante vem mais tarde meu amor.

 

 - Vou cobrar com juros.

 

 - E eu farei questão de pagar.

 

 Winry observava que eles apesar de casados a quase um ano ainda eles ainda se amavam e trocavam alguns olhares durante o dia, começou a imaginar se algum dia seria assim também com ela e o Ed.

 

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 Elas estavam se divertindo naquelas lojas, nunca gastaram tanto na vida, Winry ficava ainda com receio em comprar algumas coisas, pois preferia estar comprando ferramentas e coisas desse tipo, elas foram a uma lanchonete após ficarem um pouco cansadas.

 

 - A próxima loja em que iremos será a de peças intimas, está preparada Winry?

 

 - Preparada para o que exatamente?

 

 - Para comprar uma peça bem sexy para o alquimista de aço bobinha.

 

 Winry virou o rosto de leve, como Riza poderia falar aquelas coisas assim, sem ao menos ficar um pouco vermelha?

 

 - Não entendo o quer dizer com isso?

 

 - É bem simples, você vai avançar o seu relacionamento com o Ed.

 

 - Mas...

 

 - Nada de “mas”, eu quero preparar tudo para este próximo passo, afinal, me diga você consegue se imaginar sem ele na sua vida?

 

 Winry corou – Bem... Acho que não.

 

 - Então não discuta comigo, eu sei exatamente como fazer vocês ficarem mais próximos.

 

 Winry sentiu ver um brilho nos olhos de Riza junto ao sorriso malicioso que ela exalava, não sabia o que se passava na mente dela, como ela poderia aproximar ela ainda mais do Ed? Como ela conseguia estar tão convencida disso?

 

 Winry não sabia mais de nada, apenas seguiu alguns conselhos que Riza lhe dava, compraram muitas coisas antes de voltar para casa, e ao chegar na mesma ambas foram tomar banho e se arrumar. Winry estava em seu quarto quando Roy chegou com o filho.

 

 - Oh que lindo, meu bebê dormiu.

 

 - Linda está a mãe desse bebezinho – sorrindo faceiro para a esposa.

 

 Riza pega o filho e o leva até o berço no outro quarto e volta para o seu próprio.

 

 - Como estão os preparativos?

 

 - Estava quase tudo pronto na hora em que eu saí de lá.

 

 Riza se aproxima do marido, ajoelha-se na cama atrás dele e começa a lhe fazer uma bela massagem e dar leves beijos em seu pescoço.

 

 - Hum... O que você ta fazendo?

 

 - Eu lhe disse hoje cedo que lhe pagaria, não disse?

 

 - Mas não é esse tipo de pagamento que eu queria, apesar de estar muito bom.

 

 - O pagamento verdadeiro vem mais tarde, depois da festa da Elisya.

 

 - Olha que eu cobro.

 

 - Amor, preciso te pedir um favor.

 

 - Qual?

 

 - Caso nos perguntem alguma coisa você apenas confirma o que eu disser, pode ser?

 

 - Claro, mas o que seria?

 

 - Se lembra da nossa primeira vez?

 

 

Continua.....


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