Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 39
Capítulo 39




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/94656/chapter/39

12 de julho de 2026 * domingo

Universidade Kurslari - 03:45 da tarde

 

- Meu Merlin amado. Que frio. – murmurou Rose. Deixou os livros de lado e foi pegar um cobertor.

Se lembrara que a sua avó fazia isso com ela. Quando ela sentia frio, a avó pegava um cobertor e jogava sobre seus ombros.

Abriu o armário e puxou o cobertor rapidamente. Estava com frio. Ele caiu duramente no chão e ela o puxou para a cama. Mas a ponta do cobertor prendeu embaixo do pé da cama.

- Merlin amado. – murmurou ela zangada. Estava com frio e queria um cobertor. Era pedir muito? Ela puxou a ponta e viu um papel no chão. Estranhando o papel ali, se agachou e abriu.

            As letras rabiscadas de qualquer maneira, num tom de vermelho sangue.

- É sangue. – murmurou ela vendo pingos escorreram no papel. Uma frase simples, mas assustadora. Estava escrito em vermelho. Sangue. Cuidado. Você será punida.”. Ela deu um gritinho assustador, pegou o cobertor e se enrolou nele. Tentava se acalmar.

- Amor? – chamou alguém, o som fora abafado pelo cobertor. Rose pegou rapidamente o espelho.

- Oh Scorpius! Que bom. Queria tanto que estivesse aqui. – murmurou Rose ainda assustada.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Scorpius.

- Não! É que estou com saudades! – mentiu ela. Na verdade não mentiu, apenas não falou toda a verdade.

- Querida, pode me contar a verdade. – insistiu ele. Ela respirou fundo.

- Recebi um bilhete.

- De quem? – perguntou ele tentando não transmitir uma pontada de ciúmes que tivera.

- Anônimo.

- E o que falava? – perguntou ele.

- Cuidado. Você será punida. – repetiu Rose.

- Quem escreveria uma coisa dessas? – perguntou Scorpius tentando analisar.

- Você acha que foi os seres? – perguntou ela nervosa.

- Não sei. – confessou ele.  – Como se sente?

- Da mesma maneira quando conheci Scamanta. – respondeu ela. Ele engoliu em seco do outro lado do espelho.

- Se eu pudesse, iria para aí. – comentou ele.

- Você não vem. – ordenou ela. – Como vai o pessoal?

- Rafaela vai morar com Marcelo. – disse ele.

- Finalmente. Não se assuste se eles ti avisarem que amanhã se casarão! – disse ela brincando.

- Eles vão se casar. – disse Scorpius sério.

- Sério?

- Não. – disse ele rindo da careta que ela fez.

- Engraçadinho. – murmurou ela. Ele riu mais um pouco. – Como vai indo as coisas por aí?

- Bem. Rafaela e Marcelo vão morar juntos e ela está tentando convencer-lo de terem um cachorro. Ele ainda não aceitou. Jake e Lílian estão em função da Marcely. E eu...

- Você... – incentivou Rose.

- Eu estou sozinho.

- Por que não procura a Belle?

- Ela só quer saber do Eros.

- Mas o Ryan precisa de você. – contradisse Rose. Scorpius fez uma careta.

- É Miguel. – disse ele. Ela revirou os olhos.

- Ryan é um nome muito mais bonito. – disse ela fazendo uma feição de dor.

- Amor, está tudo bem? – perguntou ele preocupado.

- Está sim. – assegurou ela. – Eu estou morrendo de fome. Por que não vai discutir com a Belle o nome dele enquanto eu vasculho a cozinha?

- Tem certeza que está tudo bem? – perguntou ele preocupado.

- Tenho sim. – assegurou ela. Viu um vulto vermelho na janela. – Chegou uma coruja, beijos.

- Beijos. Ti amo muito.

- Também ti amo. Tchau.

- Tchau. – se despedi Scorpius sumindo no espelho. Rose levantou da cama e pegou a carta.

“Estamos preocupados com você. Espero que esteja bem e que esqueça essa idéia absurda. Até mais.”

- Que diabos de carta é essa? – perguntou Marcelo lendo a carta sobre o ombro da Rafaela.

- Eu é que pergunto. – disse Rafaela. – Algum engraçadinho que fez uma brincadeira desse tipo. – assegurou ela amassando a carta. – Eu estou pronta.

- Então vamos. – disse ele pegando o casaco e a chave do carro. – Não sei por que aceitei essa idéia.

- Por que você me ama. – disse ela dando um selinho no rapaz que revirou os olhos para ela.

 

            Rose ia silenciosamente até a cozinha da universidade. Estava morrendo de fome e o barulho na sua barriga era prova. O que era assustador, acabou de almoçar... Tudo bem que faz duas horas, mas estava acostumada a comer mais tarde. Entrou na cozinha. Vários elfos corriam pela cozinha.

- Boa tarde.

- Boa tarde Srta. Weasley. – cumprimentou um elfo.

- Bom dia Luke. Você tem algum doce para mim?

- O que a senhorita deseja? – perguntou ele. Ela ficou pensativa por alguns minutos e respondeu.

- Brigadeiro.

- Sim senhora. – disse o elfo se afastando dela.

- Senhorita Weasley? – chamou Joey.

- Joey! Oi. – cumprimentou Rose.

- A diretora  Montenegro quer falar com você. – disse ele.

- Claro. – assentiu ela. Rapidamente olhou para Luke. – Luke, você pode levar para o meu quarto depois? – pediu ela.

- Se a Srta. Weasley deseja isso, Luke fará! – assegurou o elfo. Rose sorriu agradecendo e saiu com Joey.

 

- Sim diretora? – perguntou Rose entrando na sala. Ao lado da diretora Jorge Moura e Raul Rocha. – Bom dia senhores.

- Bom dia Srta. Weasley. É um prazer ver-la novamente. – disse ele colocando a mãos dela entre as suas e balançando-as.

- Rocha, por favor. – pediu Jorge.

- Ah! Claro. – disse Raul se recompondo. – Mas ainda é um prazer rever-la Srta. Weasley. – acrescentou ele. Rose sorriu para ele.

- Igualmente Sr. Rocha. – falou Rose. – É um prazer rever-lo Sr. Moura. – disse Rose para ele.

- Eu falei que iam gostar dela. – disse Raul.

- Gostar de mim? Quem ia gostar de mim? – perguntou Rose um pouco curiosa e um pouco irritada. A diretora olhou com um olhar reprovador para Raul.

- Srta. Weasley. – começou a diretora. – Você foi aceita na CIA. Parabéns!

- Sério? – perguntou Rose sem acreditar.

- Sim Srta. Weasley. – repetiu Raul sorrindo para ela. Sem pensar, ela abraça Raul que retribuiu o abraço.

- Srta. Weasley! – ralhou a diretora chamando a sua atenção.

- Desculpe. – pediu Rose voltando a se sentar na frente da diretora. – E o que eu devo fazer agora?

- Ir para casa, fazer o preenchimento para a CIA e esperar eles ti contratarem. – disse a diretora.

- Na verdade... -  começou Raul interrompendo-a.

- A Srta. Weasley já foi contratada. – disse Jorge. A diretora e Rose olharam-no surpresas. – Ela só precisa ir para lá e assinar uns papeis. Parabéns Srta. Weasley.

- Obrigada. – disse Rose sorrindo abobada.

- Arrume suas coisas que aparecerá uma chave do portal no seu quarto. Ele ti levará direto para a CIA. – disse a diretora.

- Obrigada diretora. Obrigada senhores. – agradeceu Rose indo para fora da sala.

- Senhorita Weasley! – exclamou a professora Gonçalves. Rose sem pensar duas vezes, abraçou-a. – O que houve?

- Eu fui aceita no CIA! – exclamou Rose feliz sendo puxada novamente para um abraço.

- Parabéns! Você merece esse cargo.

- Professora Gonçalves! – chamou a diretora.

- Tenho que ir Rose. Tchau e boa sorte! – desejou a professora entrando na sala da diretora.

            Rose se virou e continuou a fazer o caminho para o seu quarto. Uma idéia surgiu na sua mente. Discou alguns números.

- Alô? – atendeu Lílian.

- Oi Li. – disse Rose feliz.

- Ro! E ai? Como vai?

- Muito bem e você? – perguntou ela.

- Um pouco cansada, mas... Vamos indo. – disse ela suspirando. – Como vai o curso?

- Bem. E o pessoal aí?

- Bem. Todos bem. Ai meu Merlin amado. – murmurou Lílian.

- O que foi?

- Scorpius quer falar contigo. – murmurou ela aborrecida. Rose sorriu. – Beijos.

- Beijos.

- Alô? Rose? – atendeu ele.

- Oi meu amor. – disse Rose.

- Você está bem? – perguntou ele.

- Vou ficar muito bem daqui a pouco. – assegurou ela. Chegou no quarto. Fez um feitiço e as roupas começaram a entrar na mala. – Eu tenho uma pergunta.

- Faça.

- Lembra que você disse que iríamos morar fora e etc? – perguntou ela.

- Sim.

- Ainda está de pé? – perguntou ela ansiosa.

- Como?

- Ainda posso ir morar com você?

- Quer dizer que você quer ir morar comigo em NY? – perguntou ele analisando as informações.

- Sim. – disse ela certa daquilo.

- Isso... É perfeito! – disse ele bobo. – Eu vou para lá agora arrumar a casa. Eu te amo!

- Eu também te amo! – disse ela feliz. – Beijo.

- Beijos. – disse ele desligando o telefone. Ela sorriu.

- Srta. Weasley? – chamou Luke.

- Luke! Oi. Diga. - pediu Rose se agachando e ficando na altura do elfo.

- Srta. Weasley, os elfos souberam que a Srta. Weasley ia embora, então fizemos o brigadeiro como a senhorita pediu.

- Obrigada Luke. Mas... – Rose não sabia como falar. – Olha. Eu vou ter que partir agora. Eu sinto muito. Eu sei que vocês tiveram trabalho e...

- Srta. Weasley. – interrompeu Luke. – Desculpe-me interromper-la.

- Tudo bem.

- Fizemos para a senhorita levar. – disse ele esticando o pote com brigadeiro.

- Obrigada Luke. – agradeceu Rose abraçando o elfo. – Quer um pouco?

- Não Srta. Weasley. Luke precisa voltar para a cozinha. – disse Luke se preparando para aparatar na cozinha.

- Luke! – chamou Rose antes dele aparatar. O elfo ficou olhando para ela. – Obrigada.

            Luke sorriu e aparatou. Rose abriu o pote, pegou a colher que Luke deixou ali e começou a comer. Viu algo brilhar em cima da cama. A chave do portal. E um bilhete. Curiosa, pegou o bilhete.

“ Srta. Weasley.

            Temos muito orgulho de termos tido você como aluna.

            Boa sorte!

Universidade Kurslari ”

 

            Rose sorriu com a carta e ouviu um barulho. Uma coruja. A mesma sensação voltou ao seu corpo. Cuidadosamente abriu a janela e viu a coruja deixar a carta ali. Com as mãos tremendo levemente, ela abriu a carta. Ficou aliviada por ver que a tinta usada ali era preta. E não vermelha como antes. Leu o conteúdo.

“Querida,

            Na hora que for escolher. Siga seu coração. Não faça o que os outros querem, simplesmente por que você seria melhor ali. Faça o que você quer.

Se cuida.”

 

            Sem assinatura. Ainda com a cabeça a milhão, pegou o pote de brigadeiro, as suas malas e encostou na chave do portal.

 

            POV Rose

 

A CIA de New York era grande.  Espaçosa, iluminada e movimentada. Reparei que só gente de 30 anos em diante.

- Srta. Weasley! – chamou o Sr. Rocha.

- Sr. Rocha! Oi. – disse. Eu estava completamente...

- Perdida? – perguntou ele. Assenti com a cabeça. Todos me olhavam assustados. Afinal, eu estava com duas malas e um pote de brigadeiro nas mãos. – Ali. Venha.

            Fomos até um balcão. Uma mulher, tinha vários telefones, um espelho e celulares por perto. Olhou para o Sr. Rocha e pude jurar que seus olhos brilharam. Foi por pouco tempo, logo seus olhos se focaram em mim.

- Pois não? – ela me perguntou.

- Eu sou Rose Weasley. – disse esticando a mão. Ela parecia surpresa.

- Rose Weasley? Da guerra de 2020 e de 2026? – perguntou ela surpresa.

- Sim. Eu mesma. – disse meio envergonhada. Cansei. Coloquei o pote de brigadeiro em cima do balcão e vi um bilhete. Abri. Era o bilhete misterioso que recebi por ultimo.

- Prazer. Me chamo Rachel Berry. – disse ela estendo a mão e me cumprimentando.

- Prazer. – disse. – Am... O Sr. Moura disse que os papeis estavam aqui para eu assinar.

- Ah! Claro. Ele me ligou... Um minuto. – pediu Rachel pegando um telefone e o atendendo-o. – CIA de New York, Berry falando. Oi Sr. Moura. Sim, ela já chegou. Tudo bem. Eu aviso. Até. – ela desligou o telefone e olhou para mim. – Srta, querem que vá para uma reunião no sétimo subsolo sala B.

- Qual é o problema? – perguntou Raul. Rachel ficou um pouco rubra.

- Um homem foi encontrado morto na Itália.

- E por que o pessoal de lá não resolve isso? – perguntei começando a ficar interessada naquele assunto.

- Isso, a senhoria terá que ver na reunião. – disse Rachel enigmática. Ergui a sobrancelha para ela, peguei minhas coisas e fui para o subsolo. Obviamente, com o Raul me guiando.

            No elevador, eu tive a cara de pau de perguntar.

- Sr. Posso fazer uma pergunta?

- A Srta. Já fez. Mas, deixo fazer outra. – disse ele brincando comigo. Sorri para ele.

- O que o senhor tem com Rachel Berry? – perguntei direta. Ele ficou rubro. Chegamos no sétimo andar. Peguei minhas coisas, o pote de brigadeiro e sai do elevador. Antes disso, disse para ele. – Chame ela para sair. Vai ser legal.

            Vi o elevador fechar e descer. Olhei para frente. Na frente do elevador duas placas. “A, B, C” e uma seta apontando para a esquerda e outra placa com “D, E, F” apontando para a direita. Respirei fundo, peguei as malas, o pote de brigadeiro e fui para sala. Ao chegar na porta que dizia “B”, eu senti uma coisa horrível. Um clima pesado. Respirei fundo. Teria que me acostumar afinal... Eu escolhi aquela vida. Abri a porta e entrei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Opostos também se Atraem Vol. Iii" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.