Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 40
Capítulo 40




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12 de julho de 2026 * domingo

CIA de New York – 05:45 da tarde

 

 

- Com licença senhores. – pediu Rose indo se sentar na única cadeira vaga.

- Srta. Weasley! É um prazer ver-la aqui. Sente-se.  – convidou Moura.

- Obrigada. – agradeceu Rose. Ela puxou as malas para mais perto de si e colocou o pote de brigadeiro em cima da mesa. – Posso saber qual é o assunto?

- Um homem foi morto. Na Itália. – disse Moura

- Magia negra? – perguntou Rose.

- Não tinha sinal de magia negra, e não foi morto por técnicas trouxas.

- Onde ele foi morto?

- Na casa dele. Uma casa na praia.

- E por que o pessoal de lá não resolve isso? – perguntou Rose.

- Srta. Weasley. Somos a sede da CIA. Sei que pode ter outras por aí. Mas... Quando uma não consegue, ela chama as parceiras.

- E o ministério... – começou Rose. Moura respirou fundo.

- Não sei o que é pior. O ministério de lá ou Voldemort. – murmurou ele.

- Com certeza, Voldemort. – respondeu Rose. Muitos olharam abismados para ela. Ninguém nunca teve coragem de enfrentar Moura.

- Nem o departamento de mistérios conseguiu achar algo. – respondeu ele. – Senhores. Precisamos resolver esse caso o mais rápido possível. Srta. Weasley, Berry será sua assistente. Peça tudo o que precisar que ela lhe dará. – disse ele. – Por hoje é só. – ele disse ficando de costas. Peguei o pote de brigadeiro, as malas e sai. Desci e fui para a recepção.

- Sra. Berry. – chamei ela.

- Srta. Berry. – corrigiu ela. – Mas, você pode me chamar de Rachel.

- Rachel. – disse. – O pessoal me disse que eu posso pedir qualquer coisa a você.

- Sim senhora.

- Quero me traga o relatório sobre esse caso, casos na Itália e de todos os casos que tivemos no mundo nos dias anteriores, nos mesmo e nos dias seguintes. Independente de onde foi. – pedi decidida.

- Sim senhora.

- Quando fica pronto?

- Amanhã. – disse ela orgulhosa. – Deixarei na sua sala.

- Eu tenho sala?

- Todos têm sala, Srta. Weasley.

- Onde fica?

- Sétimo andar. Letra R.

- Obrigada. Eu vou dar uma olhada. – disse indo para o elevador.

            Subi. Fui subindo. Eu, minhas malas e o pote de brigadeiro. O barulho na minha barriga foi sonoro. Sem pensar, abri o pote de brigadeiro e comecei a comer. Cheguei no lugar. Novamente placas. Duas placas. A que estava em cima tinha as letras “Q” e “R” gravadas e a seta para a esquerda. A que estava em baixo tinha as letras “ S” e “T” gravadas e a seta para o outro lado. Lentamente fui andando para a esquerda. Dois corredores. Esquerda e direita. “Q” para a direita e “R” para a esquerda. Novamente fui. Procurando a minha sala. Só gente com “R” no começo do nome. Achei o pessoal dali formal de mais. Eram muito organizados. Cheguei na minha sala. Tinha um buraquinho ali.

- Para que essa coisa? – perguntei.

- É para colocar a varinha. –disse Rocha.

- Identificação? – suspeitei.

- Sim. – disse ele fazendo o mesmo na sua sala. Na frente da minha. Fiz. Coloquei a varinha e depois apareceu um lugar para eu colocar o polegar. Tipo aqueles filmes de espionagem. Coloquei e ouvi a porta se destrancar. Abri a porta.

- Merlin. – murmurei.

            A sala era grande e espaçosa. Tinha uma escrivaninha que fazia um contorno na parede. A mesa no centro na sala e ela ia se esticando, ia reto até encontrar a parede e depois ia em direção da janela. Duas janelas grandes. Fui olhar a vista. Central Park. Lindo. No canto, uma estante, virado para a mesa. Ao lado uma porta. Na frente da porta, uma lareira e do lado dela, um espelho grande.

- Como eu chego aqui? – perguntei me referindo a lareira.

- A Srta. Tem que dizer “Sala de Rose Weasley, CIA New York”. – respondeu Rachel que apareceu do nada.

- Espelho de comunicação? – perguntei.

- Sim. – respondeu ela me dando umas pastas.

- Isso é o relatório? – perguntei.

- Esse é o desse caso. O restante que a Srta. pediu apenas amanhã. E tem uns papeis sobre a empresa. A Srta. assina e me devolve amanhã.

- Sem problema. – disse para ela. Olhei novamente para a minha mesa. Uma cadeira de rodas, gavetas e um frigobar.

- Quando a senhorita chegar, gostaria que me avisasse. Quando não puder vir também.

            Dei mais uma olhada na sala. Um detalhe. Ao lado da janela, uma prateleira.

- Por que só tem essa prateleira?

- É para as corujas. Descansarem, dormirem. Claro, se a Srta. permitir.

- Tudo bem. Rachel, eu também tenho um espelho de duas faces. Qualquer coisa me avise ok? – pedi.

- Sim senhorita. Com licença. – pediu aparatando.

            Peguei o telefone.

- Alô?

- Oi! – exclamei abrindo a pasta do caso.

- Oi Rose! Como vai?

- Bem e vocês? – perguntei. Meus olhos começaram a analisar a pesquisa.

- Tudo bem. Quando você vem? – me perguntou. Daqui a alguns segundos. Pensei divertida.

- Daqui a pouco. Por... – perguntei. Meus olhos pararam numa foto.

- Temos uma novidade. A Rafa, na verdade. – disse ele.

- Eu também tenho minhas novidades. – disse sorrindo. – Sua lareira está liberada?

- Para vocês sim. – respondeu ele. – Por que?

- Nada. Tem algum plano para hoje?

- Pare de enrolar e venha para cá. – disse ele emburrado.

- Como... – comecei a falar. Mas a ficha caiu. – Visão.

- Exato. Venha. Depois você vai para a casa do Scorpius.

- Eu vou passar lá na casa dele e depois passo aí. Venham jantar lá em casa.

- No seu apartamento ou na mansão?

- Eu estou em NY. Falei para Scorpius para morarmos aqui.

- Tudo bem. Vamos aparatar.

- Certo. Até mais.

- Ei! Que horas?

- Oito horas. Beijos.

- Beijos.

- Ei! – chamei ele antes dele desligar.

- Fala.

- Julia Carniel morreu né?

- Por que a pergunta? – me perguntou ele preocupado. Respirei fundo.

- Não tem como você vir aqui? – pedi para ele. Vi ele respirar fundo.

- A Rafa está aqui. É urgente?

- Um pouco. – murmurei.

- Estou indo. – disse ele.

- Obrigada. – disse e a ligação caiu. – Berry! – exclamei e a ela apareceu no espelho.

- Sim Srta. Weasley?

- Peça ao St. Mungus, um relatório sobre o caso do homem que... Teve a doença dos dois mundos e sobreviveu.

- Aconteceu isso?

- Sim. Aconteceu. Por favor. – pedi. – Eu quero para agora ok?

- Sim senhorita. – disse ela sumindo no espelho.

- Oi. – disse uma voz atrás de mim.

- Oi! – exclamei indo abraçar ele.

- Eu também quero um abraço. – disse Rafaela.

- Rafa! Oi. – disse indo abraçar ela.

- Essa é a sua sala? – perguntou ele olhando em volta.

- Bem vindo a CIA de New York. – disse. Percebi que Rafaela estava cambaleando. – Você está bem?

- Não. – disse ela se sentando num sofazinho que tinha ali. Fui até o frigobar e peguei um pouco da água para ela.

            Enquanto ela bebia, Marcelo me fitou.

- O que era tão urgente?

- Olhe. – pedi para ele. Fui até a minha mesa e peguei a minha pasta. Mexi nas folhas e achei a foto. – Reconhece? – perguntei mostrando a foto. Olhei para ele. Seus olhos estavam fixos a imagem.

- Não pode ser. – murmurou ele. – Ela está morta. – disse ele tentando assegurar aquilo.

- Como me explica essa imagem? – perguntei com a sobrancelha erguida. – É a mulher que matou aquele homem. Que descobrimos a cura. Mas... Ele faleceu depois.

- Quem é a mulher? – perguntou Rafaela se aproximando por trás de nós e encostando o braço no ombro de Marcelo.

- Julia Carniel. – respondeu Marcelo, dei um sorriso interno. – Não. Quer dizer... Eu não sei! – exclamou ele nervoso. Se afastou de nós e ficou com o braço apoiado na lareira.

- Srta. Weasley. – me chamou Rachel pelo espelho. Marcelo se afastou assustado e Rafaela deu um pulo.

- Sim? – perguntei. Me postei de frente para o espelho.

- Os relatórios estão em cima da sua mesa. – disse ela. Me virei e na mesa tinha uma outra pasta.

- Obrigada. Onde tem uma biblioteca mais próxima? – perguntei.

- A CIA usufrui uma. Primeiro andar. – disse ela.

- Obrigada. – agradeci e vi ela sumir do espelho. Fui até a pasta. Parei para pensar um pouco e voltei para o espelho. – Berry. – chamei ela de novo.

- Sim Srta. Weasley?

- Até que horas você fica aqui?

- Até o horário que a senhorita mandar. – disse ela. Olhei no relógio. 6:35. – Vocês têm algo sobre Júlia Carniel? – perguntei.

- Temos sobre todos do mundo. – disse ela com um sorriso orgulhoso.

- Me traga uma pasta sobre a Carniel. Depois está dispensada. – disse. Ela deu um sorriso de “graças a deus” e sumiu no espelho.

- Você não acha que ela esteja viva né? – perguntou Marcelo. Respirei fundo. Sentei na minha cadeira e olhei a imagem. Era ela. Tinha certeza. Os mesmos olhos negros, a mesma boca num sorriso maldoso. Era ela. Se não era... Era muito parecida.

            Resolvi abrir a pasta do St. Mungus. James Gewandsznajder. Que nomezinho... Olhei os relatórios.

Nome: James Tomiko Gewandsznajder.

Nascimento: 05/04/1967 (59 anos) – Londres

Parentesco: -

Profissão: Professor de mitologia grega e egípcia

Data da morte: 1º: 5/07/2026

Causa da Morte: Doença dos dois mundos

Cura: Rose Weasley e Rafaela da Sila, descobriram a cura. O paciente ressuscitou.

Observações: 

  • O paciente ficou agitado quando acordou.
  • Não gostava quando alguém se aproximava dele.
  • A varinha tem que estar perto dele.
  • Balbucia “Vá para junto de Hades!” ou “Cobras! Cobras!”
  • Fez um retrato do suposto assassino já que a sua memória fora afetada.
  • Sentiu dor no peito novamente.

Data da morte: 2º: 6/07/2026

Causa da morte: Enfarto. ”

 

            POV Autora

            Rose olhou para o retrato do suposto assassino. Era exatamente parecido com Júlia Carniel. Única diferença era: tinha cobras no cabelo.   

- Senhorita Weasley. – chamou Rachel novamente. – Sua pasta está aí e eu vou indo.

- Tudo bem. Obrigada. – agradeceu Rose.

- Não foi nada. Até amanhã. – disse ela desaparecendo.

- Brigadeiro Rose? – perguntou Rafaela analisando o pote.

- Quer provar? Muito bom. – permitiu Rose. Rafaela sorriu e começou a comer. Se afundou na cadeira. – Que problema.

- Deviam ver a casa do cara. – disse Rafaela. Rose olhou com a sobrancelha erguida para Marcelo.

- Vamos analisar e ver. Vamos para casa? – perguntou Marcelo. Ele e Rafaela aparataram, enquanto Rose saia da sala, colocava os feitiços de proteção e descia os elevadores. Iria caminhando.

            Começou a caminhar. A cabeça presa nas imagens e nos relatórios. Se esbarrou em alguém. Apenas não caiu por que essa pessoa segura sua cintura. Conhecia aquela mão. Aquela cena. Olhou para frente e encontrou dois olhos extremamente azuis.

- Oi. – disse ela sorrindo. Ele abobado a puxou para um beijo.

            As mãos passeavam pelos corpos um do outros. Ávida e apressada, a mão dele encontrou a pela nua dela. Ela sentiu um arrepio ao sentira a mão curiosa nas suas costas.

- O que está fazendo aqui? – perguntou ele ainda com a mão nas costas dela e outra na bochecha, o polegar fazia carinho na bochecha dela.

- Fui contratada pela CIA e me liberaram das aulas.

- Sério? – perguntou ele sorrindo.

- Sim. – disse ela. Ele abraçou ela e começou girar no lugar com ela. – Você está me deixando tonta. – disse ela. Ele ainda sorrindo, parou de rodar-la e começou a puxar-la em direção da casa. – E o que você estava fazendo aqui?

- Eu vi uma morena super bonita na janela dum prédio e queria ir lá encontrar com ela. Passei por aqui e me esbarrei nela. – disse ele galanteador. Ela sorriu e o abraçou pela cintura. – Conversei com Belle sobre o nome do bebê.

- E... – perguntou Rose curiosa.

- Vai ser Ryan. – disse ele sorrindo. Rose sorri e deu um beijo no seu pescoço. – Miguel era um nome comum e um nome de anjo. – ele começou a rir. – Imagina? Meu filho? Uma mistura genética minha e da Belle sendo um anjo. Essa é boa. Nem a nossa filha será um anjo. – disse ele. Ela parou no lugar.

- Como assim?

- Eu já falei. Vamos ter um filho juntos.

- Eu sei.

- Então. Vai ser menina. – disse ele indo em direção dela. Ela sorriu e o puxou para um beijo.

- Eu te amo.

- Eu também te amo. – disse ele. – Vamos ver a casa?

 


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