Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly
12 de julho de 2026 * domingo
CIA de New York – 05:45 da tarde
- Com licença senhores. – pediu Rose indo se sentar na única cadeira vaga.
- Srta. Weasley! É um prazer ver-la aqui. Sente-se. – convidou Moura.
- Obrigada. – agradeceu Rose. Ela puxou as malas para mais perto de si e colocou o pote de brigadeiro em cima da mesa. – Posso saber qual é o assunto?
- Um homem foi morto. Na Itália. – disse Moura
- Magia negra? – perguntou Rose.
- Não tinha sinal de magia negra, e não foi morto por técnicas trouxas.
- Onde ele foi morto?
- Na casa dele. Uma casa na praia.
- E por que o pessoal de lá não resolve isso? – perguntou Rose.
- Srta. Weasley. Somos a sede da CIA. Sei que pode ter outras por aí. Mas... Quando uma não consegue, ela chama as parceiras.
- E o ministério... – começou Rose. Moura respirou fundo.
- Não sei o que é pior. O ministério de lá ou Voldemort. – murmurou ele.
- Com certeza, Voldemort. – respondeu Rose. Muitos olharam abismados para ela. Ninguém nunca teve coragem de enfrentar Moura.
- Nem o departamento de mistérios conseguiu achar algo. – respondeu ele. – Senhores. Precisamos resolver esse caso o mais rápido possível. Srta. Weasley, Berry será sua assistente. Peça tudo o que precisar que ela lhe dará. – disse ele. – Por hoje é só. – ele disse ficando de costas. Peguei o pote de brigadeiro, as malas e sai. Desci e fui para a recepção.
- Sra. Berry. – chamei ela.
- Srta. Berry. – corrigiu ela. – Mas, você pode me chamar de Rachel.
- Rachel. – disse. – O pessoal me disse que eu posso pedir qualquer coisa a você.
- Sim senhora.
- Quero me traga o relatório sobre esse caso, casos na Itália e de todos os casos que tivemos no mundo nos dias anteriores, nos mesmo e nos dias seguintes. Independente de onde foi. – pedi decidida.
- Sim senhora.
- Quando fica pronto?
- Amanhã. – disse ela orgulhosa. – Deixarei na sua sala.
- Eu tenho sala?
- Todos têm sala, Srta. Weasley.
- Onde fica?
- Sétimo andar. Letra R.
- Obrigada. Eu vou dar uma olhada. – disse indo para o elevador.
Subi. Fui subindo. Eu, minhas malas e o pote de brigadeiro. O barulho na minha barriga foi sonoro. Sem pensar, abri o pote de brigadeiro e comecei a comer. Cheguei no lugar. Novamente placas. Duas placas. A que estava em cima tinha as letras “Q” e “R” gravadas e a seta para a esquerda. A que estava em baixo tinha as letras “ S” e “T” gravadas e a seta para o outro lado. Lentamente fui andando para a esquerda. Dois corredores. Esquerda e direita. “Q” para a direita e “R” para a esquerda. Novamente fui. Procurando a minha sala. Só gente com “R” no começo do nome. Achei o pessoal dali formal de mais. Eram muito organizados. Cheguei na minha sala. Tinha um buraquinho ali.
- Para que essa coisa? – perguntei.
- É para colocar a varinha. –disse Rocha.
- Identificação? – suspeitei.
- Sim. – disse ele fazendo o mesmo na sua sala. Na frente da minha. Fiz. Coloquei a varinha e depois apareceu um lugar para eu colocar o polegar. Tipo aqueles filmes de espionagem. Coloquei e ouvi a porta se destrancar. Abri a porta.
- Merlin. – murmurei.
A sala era grande e espaçosa. Tinha uma escrivaninha que fazia um contorno na parede. A mesa no centro na sala e ela ia se esticando, ia reto até encontrar a parede e depois ia em direção da janela. Duas janelas grandes. Fui olhar a vista. Central Park. Lindo. No canto, uma estante, virado para a mesa. Ao lado uma porta. Na frente da porta, uma lareira e do lado dela, um espelho grande.
- Como eu chego aqui? – perguntei me referindo a lareira.
- A Srta. Tem que dizer “Sala de Rose Weasley, CIA New York”. – respondeu Rachel que apareceu do nada.
- Espelho de comunicação? – perguntei.
- Sim. – respondeu ela me dando umas pastas.
- Isso é o relatório? – perguntei.
- Esse é o desse caso. O restante que a Srta. pediu apenas amanhã. E tem uns papeis sobre a empresa. A Srta. assina e me devolve amanhã.
- Sem problema. – disse para ela. Olhei novamente para a minha mesa. Uma cadeira de rodas, gavetas e um frigobar.
- Quando a senhorita chegar, gostaria que me avisasse. Quando não puder vir também.
Dei mais uma olhada na sala. Um detalhe. Ao lado da janela, uma prateleira.
- Por que só tem essa prateleira?
- É para as corujas. Descansarem, dormirem. Claro, se a Srta. permitir.
- Tudo bem. Rachel, eu também tenho um espelho de duas faces. Qualquer coisa me avise ok? – pedi.
- Sim senhorita. Com licença. – pediu aparatando.
Peguei o telefone.
- Alô?
- Oi! – exclamei abrindo a pasta do caso.
- Oi Rose! Como vai?
- Bem e vocês? – perguntei. Meus olhos começaram a analisar a pesquisa.
- Tudo bem. Quando você vem? – me perguntou. Daqui a alguns segundos. Pensei divertida.
- Daqui a pouco. Por... – perguntei. Meus olhos pararam numa foto.
- Temos uma novidade. A Rafa, na verdade. – disse ele.
- Eu também tenho minhas novidades. – disse sorrindo. – Sua lareira está liberada?
- Para vocês sim. – respondeu ele. – Por que?
- Nada. Tem algum plano para hoje?
- Pare de enrolar e venha para cá. – disse ele emburrado.
- Como... – comecei a falar. Mas a ficha caiu. – Visão.
- Exato. Venha. Depois você vai para a casa do Scorpius.
- Eu vou passar lá na casa dele e depois passo aí. Venham jantar lá em casa.
- No seu apartamento ou na mansão?
- Eu estou em NY. Falei para Scorpius para morarmos aqui.
- Tudo bem. Vamos aparatar.
- Certo. Até mais.
- Ei! Que horas?
- Oito horas. Beijos.
- Beijos.
- Ei! – chamei ele antes dele desligar.
- Fala.
- Julia Carniel morreu né?
- Por que a pergunta? – me perguntou ele preocupado. Respirei fundo.
- Não tem como você vir aqui? – pedi para ele. Vi ele respirar fundo.
- A Rafa está aqui. É urgente?
- Um pouco. – murmurei.
- Estou indo. – disse ele.
- Obrigada. – disse e a ligação caiu. – Berry! – exclamei e a ela apareceu no espelho.
- Sim Srta. Weasley?
- Peça ao St. Mungus, um relatório sobre o caso do homem que... Teve a doença dos dois mundos e sobreviveu.
- Aconteceu isso?
- Sim. Aconteceu. Por favor. – pedi. – Eu quero para agora ok?
- Sim senhorita. – disse ela sumindo no espelho.
- Oi. – disse uma voz atrás de mim.
- Oi! – exclamei indo abraçar ele.
- Eu também quero um abraço. – disse Rafaela.
- Rafa! Oi. – disse indo abraçar ela.
- Essa é a sua sala? – perguntou ele olhando em volta.
- Bem vindo a CIA de New York. – disse. Percebi que Rafaela estava cambaleando. – Você está bem?
- Não. – disse ela se sentando num sofazinho que tinha ali. Fui até o frigobar e peguei um pouco da água para ela.
Enquanto ela bebia, Marcelo me fitou.
- O que era tão urgente?
- Olhe. – pedi para ele. Fui até a minha mesa e peguei a minha pasta. Mexi nas folhas e achei a foto. – Reconhece? – perguntei mostrando a foto. Olhei para ele. Seus olhos estavam fixos a imagem.
- Não pode ser. – murmurou ele. – Ela está morta. – disse ele tentando assegurar aquilo.
- Como me explica essa imagem? – perguntei com a sobrancelha erguida. – É a mulher que matou aquele homem. Que descobrimos a cura. Mas... Ele faleceu depois.
- Quem é a mulher? – perguntou Rafaela se aproximando por trás de nós e encostando o braço no ombro de Marcelo.
- Julia Carniel. – respondeu Marcelo, dei um sorriso interno. – Não. Quer dizer... Eu não sei! – exclamou ele nervoso. Se afastou de nós e ficou com o braço apoiado na lareira.
- Srta. Weasley. – me chamou Rachel pelo espelho. Marcelo se afastou assustado e Rafaela deu um pulo.
- Sim? – perguntei. Me postei de frente para o espelho.
- Os relatórios estão em cima da sua mesa. – disse ela. Me virei e na mesa tinha uma outra pasta.
- Obrigada. Onde tem uma biblioteca mais próxima? – perguntei.
- A CIA usufrui uma. Primeiro andar. – disse ela.
- Obrigada. – agradeci e vi ela sumir do espelho. Fui até a pasta. Parei para pensar um pouco e voltei para o espelho. – Berry. – chamei ela de novo.
- Sim Srta. Weasley?
- Até que horas você fica aqui?
- Até o horário que a senhorita mandar. – disse ela. Olhei no relógio. 6:35. – Vocês têm algo sobre Júlia Carniel? – perguntei.
- Temos sobre todos do mundo. – disse ela com um sorriso orgulhoso.
- Me traga uma pasta sobre a Carniel. Depois está dispensada. – disse. Ela deu um sorriso de “graças a deus” e sumiu no espelho.
- Você não acha que ela esteja viva né? – perguntou Marcelo. Respirei fundo. Sentei na minha cadeira e olhei a imagem. Era ela. Tinha certeza. Os mesmos olhos negros, a mesma boca num sorriso maldoso. Era ela. Se não era... Era muito parecida.
Resolvi abrir a pasta do St. Mungus. James Gewandsznajder. Que nomezinho... Olhei os relatórios.
“Nome: James Tomiko Gewandsznajder.
Nascimento: 05/04/1967 (59 anos) – Londres
Parentesco: -
Profissão: Professor de mitologia grega e egípcia
Data da morte: 1º: 5/07/2026
Causa da Morte: Doença dos dois mundos
Cura: Rose Weasley e Rafaela da Sila, descobriram a cura. O paciente ressuscitou.
Observações:
- O paciente ficou agitado quando acordou.
- Não gostava quando alguém se aproximava dele.
- A varinha tem que estar perto dele.
- Balbucia “Vá para junto de Hades!” ou “Cobras! Cobras!”
- Fez um retrato do suposto assassino já que a sua memória fora afetada.
- Sentiu dor no peito novamente.
Data da morte: 2º: 6/07/2026
Causa da morte: Enfarto. ”
POV Autora
Rose olhou para o retrato do suposto assassino. Era exatamente parecido com Júlia Carniel. Única diferença era: tinha cobras no cabelo.
- Senhorita Weasley. – chamou Rachel novamente. – Sua pasta está aí e eu vou indo.
- Tudo bem. Obrigada. – agradeceu Rose.
- Não foi nada. Até amanhã. – disse ela desaparecendo.
- Brigadeiro Rose? – perguntou Rafaela analisando o pote.
- Quer provar? Muito bom. – permitiu Rose. Rafaela sorriu e começou a comer. Se afundou na cadeira. – Que problema.
- Deviam ver a casa do cara. – disse Rafaela. Rose olhou com a sobrancelha erguida para Marcelo.
- Vamos analisar e ver. Vamos para casa? – perguntou Marcelo. Ele e Rafaela aparataram, enquanto Rose saia da sala, colocava os feitiços de proteção e descia os elevadores. Iria caminhando.
Começou a caminhar. A cabeça presa nas imagens e nos relatórios. Se esbarrou em alguém. Apenas não caiu por que essa pessoa segura sua cintura. Conhecia aquela mão. Aquela cena. Olhou para frente e encontrou dois olhos extremamente azuis.
- Oi. – disse ela sorrindo. Ele abobado a puxou para um beijo.
As mãos passeavam pelos corpos um do outros. Ávida e apressada, a mão dele encontrou a pela nua dela. Ela sentiu um arrepio ao sentira a mão curiosa nas suas costas.
- O que está fazendo aqui? – perguntou ele ainda com a mão nas costas dela e outra na bochecha, o polegar fazia carinho na bochecha dela.
- Fui contratada pela CIA e me liberaram das aulas.
- Sério? – perguntou ele sorrindo.
- Sim. – disse ela. Ele abraçou ela e começou girar no lugar com ela. – Você está me deixando tonta. – disse ela. Ele ainda sorrindo, parou de rodar-la e começou a puxar-la em direção da casa. – E o que você estava fazendo aqui?
- Eu vi uma morena super bonita na janela dum prédio e queria ir lá encontrar com ela. Passei por aqui e me esbarrei nela. – disse ele galanteador. Ela sorriu e o abraçou pela cintura. – Conversei com Belle sobre o nome do bebê.
- E... – perguntou Rose curiosa.
- Vai ser Ryan. – disse ele sorrindo. Rose sorri e deu um beijo no seu pescoço. – Miguel era um nome comum e um nome de anjo. – ele começou a rir. – Imagina? Meu filho? Uma mistura genética minha e da Belle sendo um anjo. Essa é boa. Nem a nossa filha será um anjo. – disse ele. Ela parou no lugar.
- Como assim?
- Eu já falei. Vamos ter um filho juntos.
- Eu sei.
- Então. Vai ser menina. – disse ele indo em direção dela. Ela sorriu e o puxou para um beijo.
- Eu te amo.
- Eu também te amo. – disse ele. – Vamos ver a casa?
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