Capítulo 4 – Chegada, Tragédia e Novos Amigos!

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Renesmee POV

Eu estou realmente irritada, não é para menos afinal eu tinha uma vida perfeita: Um namorado sarado, ótimos amigos, dinheiro, uma família super bacana, morava em uma mansão e era admirada por todos pelo meu dom e pela minha beleza. Mas como eu disse anteriormente, eu tinha uma vida perfeita, pois agora isso mudou e muito! Tenho que me mudar para o Pólo Norte!

Sim, é óbvio que para os vampiros, isso é um lugar perfeito para eles pois não sentem porcaria nenhuma, porém, esqueceram que eu sou metade humana, ou seja, sinto frio, fome, cansaço, sono entre outras coisas que humanos sentem.

Por falar nisso, minha bunda já está quadrada de tanto que demora para chegar nesse maldito lugar! Se ainda fosse apenas por isso, tudo bem... não iria ser exatamente um problema, na verdade eu estou me sentindo uma intruso no meio de casais apaixonados. Todos os casais – sim, agora todos, pois no inicio da viagem meus pais estavam se estranhando mas depois que viram a porcaria da Aurora Boreal, ficaram apaixonados novamente - se beijando e tal e eu sozinha! Legal né?

O mais incrível, é que ainda consegui pegar meus avôs no maior clima e levar um olhar reprovador do vovô! Poxa, depois que eles viram a Aurora Boreal ficaram estranhos e muitos românticos, credo... Que lugar sinistro. Na verdade, fiquei indignada pelo fato de todo mundo admirar a Aurora Boreal, o que há de tão especial nisso para ficarem se catando no meio da família? Fala sério, que coisa vulgar.

Quando eu soube da viagem, fiquei com cara de besta mas como minha tia, a Alice deu a louca na sala de jantar e todo mundo virou a cara para ela, tive a certeza de que se eu fizesse igual a ela levaria uma baita bronca do meu pai. No começo todos pareceram odiar a idéia doida do vovô para vim morar aqui, agora eles estão adorando a idéia, o que aconteceu céus?

Tenho inúmeros motivos para não querer morar aqui, vamos por partes, primeiro, eu ainda tenho a parte humana que sente frio e calor, ou seja, tenho a chance de morrer congelada por aqui ou para que isso não ocorra, ser a nova Barbie de Alice e usar casacos gigantescos que eu mal consigo respirar. Segundo, semana passada eu fui fazer comprar com minhas tias e comprei lindas blusinhas de alcinha - algumas com mangas, mas decotadas que realçavam a beleza de meu corpo – shorts jeans muito fofos e outras centenas de roupas que se usam no verão e aqui é mais que óbvio que não poderei usá-las! Terceiro e último, eu briguei com o Jacob um pouco antes de viajar para cá e não pude pedir perdão a ele pelo que fiz e agora nem sei mais se tenho ou não namorado pois nossa última briga foi realmente feia! Quem mandou você fazer isso Renesmee Carlie Cullen? Agora você se ferra e passa por essa humilhação durante a viagem sem parceiro!

Aterrisamos em um lugar que parecia ser um castelo. Fiquei pasma afinal, o castelo era imenso, imagine, tinha até um próprio aeroporto dentro dele! Que lugar seria esse céus? Acho que o feitiço de todo mundo mudar de idéia estava me contagiando também pois a hora que vi o castelo fiquei encantada e também achei que era uma idéia excelente ter me mudado para cá, com exceção do meu problema com Jacob é claro.

Quando finalmente o piloto estacionou o avião no lugar correto, vieram exatamente doze homens vestidos como militares acertar a tal “escadinha” no avião para descermos. Como se precisasse disso, ah meu caro Drácula, dai inteligência a pessoas burras como certos seres humanos para qual estou olhando.

A porta se abriu e senti uma brisa gelada entrar, fechei a blusa de moletom que eu usava junto a uma calça jeans e fui saindo também. Foi uma péssima idéia sair dali de dentro porque lá fora estava um frio do caramba! Não era a toa que as pessoinhas vestidas de militares estavam encapotados do fio de cabelo até o dedão do pé. Acho que o tal Drácula vai ter que dar inteligência para mim também, porque eu fui mencioná-lo viu? Eita cabecinha de vento... Porque a tia Alice não viu que eu iria passar frio e me mandou colocar uma blusa? Como estava muito frio, acabei exclamando sem querer:

-Puta que pariu, que frio... – Eu não disse que estava precisando de inteligência? Pois é, só deu meu pai gritando feito um besta:

-Olha a boca menina, não te ensinei bons modos? E besta é a... – Felizmente ele não terminou a frase, ainda bem. Era tanto frio que tive que correr para perto de alguém pois uma vez tia Rosalie me ensinou que quanto mais corpos agrupados, mais calor se fazia e era disso mesmo que eu precisava. Observação: eu esqueci que minha família são defuntos ambulantes e não corpos deliciosamente quentes como o do Jacob... Corri para os que estavam mais perto de mim, era vovô e vovó, não resolveu nada pois podia jurar que eles estavam mais gelados do que o clima, enfim, eu iria ficar congelada nesse fim de mundo!

Graças ao Drácula, mães existem e notam nossas “carências” e me entregou um casaco de pele super quente, que descia até meus pés. Vesti-o rapidamente e logo me acostumei com o clima. Senti todos olhando para mim revirando os olhos, mas enfim, pequenos detalhes que não precisam ser contados!

Começamos a andar e estávamos com aquele sentimento de adrenalina, que tudo seria diferente na nossa vida a partir daquele momento. Vovô começou a conversar com um dos “militares” que parecia ser o chefe. Ele nos indicou o caminho e continuamos nossa caminhada.

O silêncio estava ensurdecedor, como eu já esperava as pessoas que formavam minha família, estavam em pares com seus respectivos companheiros e apenas eu sozinha. Fingi não importar com aquilo, pois odeio quando me tratam igual a um bebê! Não precisa ficar humilhando por eles terem uma média de 150 anos com aparência de 18 e eu tenho 8 com aparência de 16!

Para quebrar o silêncio, meu celular tocou, para meu azar era uma músiquinha irritante da Lady Gaga, arte do Emmett, só pode. Ele deu uma estrondosa gargalhada enquanto eu o fulminava com o olhar. Peguei o celular que se encontrava em meu bolso e desviei meu olhar do Emmett -palhaço da família - para o visor do celular. Estava escrito “Billy Black”, que estranho.

O pai de Jacob nunca me ligava, porque ele ligaria agora que me mudei para o Pólo Norte?!

Minha família sussurrou que já iria andando e me esperariam logo adianta para mim ter “privacidade”. Porque eles adoraram zoar com minha cara? E não é que eles cumpriram o que disseram? Fiquei sozinha parada com cara de tonta e resolvi voltar para trás para ter a tal dá privacidade. Atendi gentilmente o telefone dizendo:

-Alô? Como vai Billy Black. – Eu disse isso o mais delicado que pude, mas ele me respondeu de um modo rude e mesmo com toda a distancia, podia jurar que ele berrou essas palavras no meu ouvido:

- Renesmee, receio que estamos um pouco longe então para não ficar cara minha ligação, serei breve e direto. Meu filho infelizmente foi cruelmente assassinado hoje de manhã. Eu sinto muito, mas nem precise vir ao enterro, pois a situação está complicada aqui. – Puxa, só poderia ser Billy querendo fazer piadinha mesmo, não acreditei e o respondi as risos em um tom irônico:

-Nossa! Billy, eu estou morrendo de tédio aqui nesse lugar e lá vem você com mais uma de suas brincadeiras? Bom, deixa para lá, aproveitando a oportunidade, eu preciso falar com teu filho, me deixe falar com ele, por favor? Prometo ser rápido ou depois eu peço para meu avô pagar a conta de telefone para você... – Ele pareceu não gostar pois ouvi resmungos dele do outro lado da linha e nem me deixou terminar interrompendo-me:

- Renesmee, será que dá para entender que eu não estou brincando? Estou falando sério, foi uma morte cruel, e se ajudar-te, posso afirmar que ele não te amava mais, não sei o motivo pois ele teve o impriting dele por você, porém vez de semana passada ele começou a sair com Leah e desde então os lobos perceberam coisas estranhas nos pensamentos dele quando lobos e descobriram que ele estavam traindo-te. Ele não te amou mais nesses últimos dias dele, espero que nos esqueça e nos deixe com nossa dor, pois quem os matou foram os próprios lobos que se diziam amigos de Jacob. Adeus! – Ele nem me deixou responder e desligou na minha cara. Que homem sem educação, e isso é maneira de dizer que teu ex-namorado morreu porque estava te traindo com outra? Se eu fosse completamente humana, diria que eu literalmente teria um infarto. Veio me a mente como em um filme: Jacob a uma semana dizendo que era melhor terminamos, eu chamando-o de bobo brincando, ele me beijando na testa e indo embora e depois disso nunca mais voltou.

Fiquei pasma, afinal eu ainda amava Jake e agora tudo o que tinha acontecido era ter a notícia de que ele morreu. Lágrimas começaram a descer pelo meu rosto e acabei por levar um tombo e desmaiar no meio da neve. Eu era metade humana, metade vampira então possuía o olfato um tanto “avançado” e consegui perceber pelo cheiro que estava apenas minha família ao meu redor. Poucos minutos se passaram e senti minha mãe pegando minha mão e chamando-me:

-Nessie, acorda pelo amor do misericordioso Drácula. Sei que você está cansada, mas você terá seu próprio quarto, não precisa ficar dormindo no chão feito uma jeca-tatu. – Eu já estava consciente, mas não conseguia abrir meus olhos, será que minha mãe mesmo sendo uma vampira, tenho uma “visão” muito melhor do que a minha não enxergava que eu estava chorando e não tentando dormir? Tinha vontade de xingar o mundo, de mandar meu avó que teve essa idéia para o inferno pois se eu não estivesse aqui, agora poderia estar junto a Jacob, que mesmo estando morto eu ainda o amava.

Não estava com vontade de falar o que aconteceu, apenas comecei a pensar na conversa com Billy para meu pai já “sacar” o ocorrido e usei o meu dom em minha mãe, colocando as palmas de minha mão em seu rosto.

Ela me olhou espantada, colocando a mão em sua boca exclamou um demorado:

-Impossível; Isso não pode ter acontecido. – Pelo menos minha mãe me compreendeu, o resto da família nos olhava espantando e ao mesmo tempo curiosos, olhei para o meu pai e... ele estava olhando para mim com um sorriso de orelha a orelha no rosto, exclamando:

-Até que enfim isso aconteceu! – Como eu desejei ter um raio laser nessa hora para dar  no meu pai, será que é tão difícil compreender a dor dos outros? Na mesma hora meu pai se desculpou comigo e então explicamos a toda família o que aconteceu. Eles ficaram realmente espantados, mas Rosalie conseguiu dar um fora dizendo:

-É isso que dá cachorro tentar humilhar a Miss Universo Rosalie Hale Cullen! O fido já deveria ter morrido a muito tempo. – Nessa hora eu já estava em pé agarrada em minha mãe e vovó dizia palavras inúteis no meu ouvido com a esperança de me consolar. Nem me dei ao trabalho de responder titia Rose e seu grande ego.

Passaram cerca de 15 minutos com minha família comentando o caso:  Alice reclamando com Jasper por seu poder ser atrapalhado pelos lobos, Rose e Emmett comemorando pelo fato de não terem que sentir mais o fedor do Jake, Carlisle e Esme discutindo sobre um dia terem feito “alianças” com pessoas que agora se tornaram traidoras, mamãe discutindo com meu pai por ele ser mais respeitoso quando alguém falece, e eu... Continuava chorando.

Lembrei-me dos meus livros auto-ajuda em uma época que me encontrava depressiva, diziam para quando sofrermos conseqüências, levantar a cabeça, seguir em frente e esquecer o passado se foi triste. Deu certo, pois poucos segundos depois comecei a pensar nas coisas erradas que Jacob aprontava e logo comecei a odiá-lo também!

Parei de chorar e fiquei encarando vovô, será que ficaremos plantados aqui nesse frio esperando pela morte da bezerra ou a gente vai logo para nossa mansão? Como meu pai sempre lê meus pensamentos em hora errada exclamou só para que ele e eu ouvíssemos:

-É isso aí Nessie, esqueça-o, seja corajosa e siga em frente. – Soltei um sorriso ao meu pai e respondi em pensamentos para o meu “Obrigada, ele não faz diferença em minha vida mesmo!”

Fomos interrompidos de nossa conversa com Carlisle pronunciando calmamente, fazendo todos pararem para escutá-lo:

- Enfim, acho que agora todos estão felizes não é mesmo?  - Ótimo, porque o vovô só dá fora mesmo? Acho que ele pode considerar desse todos, eu como uma exceção. Posso não querer mais Jacob por perto, mas mesmo assim não me sinto feliz. Ele continuou interrompendo-me de meus pensamentos:

-Tenho inúmeras coisas para explicar a vocês, mas primeiro tenho que contar a novidade, iremos morar em um dos castelos que viram lá de cima no avião. – Ela abriu a boca para continuar a falar, mas foi interrompido por Alice dando pulinhos de alegria, que logo começou a gritar de felicidade junto a Rosalie. Céus, que escândalo! Elas pararam do nada olhando para ele ansiosamente para esperar a continuação do lindo discurso dele:

-Acho que confessarei algo que ninguém jamais sabia, mas a verdade é que eu já morei aqui no Pólo Norte por um determinado tempo e posso afirmar que foi um dos melhores anos de minha vida. – Esme olhou feio para ele, mas ele não se importou continuando a falar – Construí uma amizade que considero muito forte até os dias de hoje, na verdade, meus amigos formam a realeza deste lugar, por tal motivo teremos um castelo para morar. São imortais, mas não como nós vampiros, na realidade, são meio que “enfeitiçados”, mexem com magia realizando desejos, como são enfeitiçados, conseguem ser ao mesmo tempo mais fracos e mais fortes que nós. – Emmett soltou um palavrão, fazendo todo mundo rir, na verdade, eu acho que todo mundo estava era rindo mesmo do discurso idiota do vovô. Que coisa chata, porque tenho que saber disso? Novamente ele continuou: - Eles são simpáticos, acho que vocês farão amizades facilmente com eles. Caçaremos amanhã ao amanhecer, darei instruções para vocês ante de partirmos. – Ele finalmente terminou.

Não entendi o motivo, mas quando olhei de relance a Rosalie e Emmett, eles estavam de novo trocando olhares apaixonados, esperançosos, entre outras coisas que acho melhor não comentar!

Continuamos a andar em velocidade “humana”, chegou uma carruagem puxada por lindos cavalos brancos. Ficamos confusos ao ver a carruagem gigante parada a nossa espera, afinal, poderíamos ir muito bem andando a pé ao destino. Carlisle mais uma vez começou a falar:

-Primeiro visitaremos meus velhos amigos, é fato que eles sabem sobre nosso segredo, por tanto, não se incomodem com etiquetas, regras, entre outras coisas... Ouviu Emmett? – Todos riram quando ele mencionou Emmett no meio da conversa, o mesmo fez cara de santo, fazendo todos rir ainda mais, afinal, Emmett é Emmett não tem jeito.

Como se não bastasse agora ter que escutar meu avô falando essas besteiras, ainda vou ter que aturar regras toscas da maldita monarquia, ninguém merece. Papai novamente apareceu do meu lado e sussurrou:

-Comporte-se minha princesa! Seja educada e delicada, como sua mãe e eu a ensinamos. – Assenti com o rosto, agora além de tudo isso terei que me comportar-me igual a eles. Que legal...

Finalmente subimos a carruagem rumo ao castelo, eu assumo, o castelo era perfeito e seria demais morar ali. No momento em que ela parou em frente a portaria do castelo, vieram novamente guardas com aquela horrível formalidade! Cumprimentaram-nos como se formamos alguma realeza na América. Fiquei até um pouco envergonhada pelo modo de nos tratarem, o resto da minha família parecia não se importar.

Após alguns minutos conseguimos entrar no castelo. Por dentro ele era mesmo muito luxuoso. Tinha uma tonalidade bege pintada nas paredes, com quadros sofisticados, lustres, tapetes, cortinhas em seda, vasos de flores, enfim, muitas coisas lindas que não conseguia nem descrevê-la ao ponto de admiração. Acho que quase babei.

Disseram-nos para aguardar ali na sala que “os fulanos” viriam em breve. Realmente não demorou tanto e apareceram dois jovens, ambos loiros, pareciam ter 18 anos. A moça era muito bonita e descobri que seu nome era Katharine, mas que poderia chamá-la apenas de Kate, pois já a me considerava uma grande amiga. Fiquei novamente pasma. Ela usava um vestido rosa bebê não muito sofisticado, mas mesmo assim lindo. Vi Alice a olhar um pouco surpresa, mas então reparei no traje de seu esposo.

O nome dele era Jony, era alto, possuía olhos claros e trajava um terno simples com tênis, algo que percebi Alice reprovar com o olhar. Logo, o casal já havia se “enturmado” conosco ao longo dos 10 minutos que se passaram. Nisso, veio os pais do casal.

Era outro casal, não eram feios nem bonitos, porém formavam um belo casal. A rainha chamava Anne, seu esposo John. Perguntei-me o porquê do motivo de os nomes dos homens serem tão parecidos, pois não entendi essa. Aparentavam ter uma média de 40 anos, seus rostos aparentavam seriedade. Eles também nos cumprimentaram e como seus filhos, se enturmaram na família. Não se vestiam luxuosamente, com roupas básicas porem eram de marca e tudo mais. Eu sabia que eles eram “engomadinhos” e “blábláblá”, principalmente porque eles podiam ter se enturmado com todos da família, mas como meu sobrenome rima com “Exceção”, novamente eu era a exceção presente ali.

Após muita conversa rolar, eles resolveram nos levar conhecer o castelo. Nossa última “parada” foi o terraço. Todos os cômodos da casa eram luxuosos, mas preferimos ficar no terraço, pois ali dava para conversar melhor. Dividimos-nos meio que em dois grupos, um feminino e outro masculino. Acho que os homens iriam conversar sobre negócios, economia, política... Essas coisas chatas. As mulheres iriam falar do mais novo modelito de roupa, esmaltes, beldades entre outras coisas que homens odeiam quando isso é o assunto.

Já estava anoitecendo, e eu estava mesmo adorando ficar ali. A moça loira, chamada Kate, trajava um ar sombrio e misterioso em seu rosto, mas ela era mesmo muito bacana. Sua mãe Anne também era legal, só que ela conversava mais com Esme.

Eu achei que Carlisle havia errado, pois ele mencionou cinco integrantes da realeza e não quatro, como visto. Der repente, aparece um moço lindo descendo as escadarias do castelo que levavam ao terraço, onde estávamos. Ele parecia com um Deus Grego em pessoa. Era branco, possuía olhos claros, alto, musculoso, o perfil de um Deus grego mesmo, porém seu olhar era um tanto tristonho. Kate murmurou parecendo um tanto desanimada:

-Este é meu irmão, Roberth.  Não reparem seu mundo interior, ele é um tanto emotivo. – Não entendi o que ela disse. Apenas notava o jovem vindo ao meu encontro e dizendo delicadamente:

-Boa noite. Qual é teu nome? Prazer em conhecê-la, o meu nome é Roberth mas pode me chamar de Rob. Como vai garota americana? – Não havia mais delicadeza possível em um rapaz, e ele ainda me chama de garota americana, céus! Meu coração não sei porque, mas ele disparou. Respondi docilmente:

-Boa noite, garoto do pólo norte. Estou ótima e você? O prazer é todo meu, err.... Meu nome é Renesmee Carlie Cullen, mas me chame apenas de Nessie. –Puxa, tinha que ser eu né, cara, garoto do pólo norte, que coisa mais sem sentido. Chame-me? Para que ele iria me chamar? Eu só dou fora mesmo, tinha que herdar além de tudo, a gaguejação de minha mãe!

Ele sorriu, confirmou que estava bem e disse que me chamaria de Nessie. Ainda bem que ele é educado. Ele terminou de cumprimentar as outras mulheres e saiu junto aos homens, que agora estavam dando uma “volta” para conhecer o “pedaço”. Assim era melhor que eu poderia pensar em qualquer coisa sem ter meu pai para encher. Fiquei pensando na beleza do Roberth, como ele poderia ser tão lindo? Fui interrompida de meus pensamentos com Kate perguntando-me timidamente:

-Você está solteira? – Afirmei com a cabeça e ela prosseguiu – Que bom, imagino que possa rolar um clima entre você e meu irmão, já que ele também está solteiro e acho que ele precise arranjar uma namorada urgentemente. – Quase a fuzilei com o olhar de me dizer uma coisa dessas e então ao invés de minhas tias, minha mãe ou minha avó fazer algo para tirar o clima tenso, elas começaram a rir da minha cara! Eu respondi rapidamente a ela:

-Eu acabei de saber que meu ex-namorado morreu hoje! Não penso em começar a namorar tão rapidamente, aliás, penso em Roberth como e apenas um amigo. – Ele me olhou com um olhar perverso. Tive que manter a calma, fazer o que?

Tempo passou, e então nos despedimos de nossos novos amigos e fomos para nossa casa, quer dizer... Castelo! Não via a hora de conhecer minha nova morada, estava super ansiosa.

Fomos levados para nosso castelo novamente de carruagem, todo aquele esquema de etiqueta e tal e finalmente chegamos a nosso lar. Nele, havia apenas guardas por todo lado vigiando o castelo. No interior do mesmo, estaríamos a sós, como era nosso desejo.

Vovô falou que estava tudo montado, com a decoração feita por uma das mais cobiçadas decoradoras de Londres. Nem preciso falar que Esme fez biquinho e murmurou que ela mesma queria fazer a decoração.

Vou resumir a história, indicaram meu quarto, ficava no último andar do castelo. Subi até ele sozinha, já havia dado Boa Noite para minha família e disse estar cansada. Na realidade, eu realmente precisava de um tempo a sós, era muita coisa para se imaginar em ao menos de 24 horas. Uma mudança inusitada, um namorado traidor, o mesmo morto, conhecer pessoas novas, entre outras coisas.

Peguei a delicada chave dourada que me entregaram, nela havia um chaveiro escrito meu nome. Coloquei a chave na fechadura, girei-a e abri a porta. Não sei por quanto tempo fiquei de boca aberta, pois era inacreditável o que eu via. Meu quarto era lindo. Nunca imaginei algo daquele tipo.

Passado a “emoção”, entrei, fechei a porta e sentei em minha cama. Era um quarto de uma cor muito bonita. Nada infantil como era meu antigo, era um quarto moderno. Cheguei a pensar que ele fosse maior até mesmo que minha antiga casa, de tão grande que o mesmo era. Dei um “pulinho” na varanda, era imensa. Ante dela, possuía uma saleta com poltronas deixando um ar romântico - que no momento não serviria para nada -. Fui ao meu banheiro, ele era feminino, lindo. Também vi meu closet, lotado de roupas e vestidos luxuosos, cheguei a imaginar que aquilo seria um sonho!

Eu estava muito cansada, e resolvi tomar um banho. Demorei horas dentro da banheira, quando vi no meu celular, já era uma da manhã. Acho que eu até dormi dentro do banheiro de tão cansada que estava. Me enxuguei, vesti uma camisola lilás e finalmente fui dormir, afinal este foi um longo dia.

Alice POV

Eu estou realmente arrependida de ter discutido com Carlisle sobre nos mudar para cá, aliás... Porque eu não me mudei antes? Isso aqui é um paraíso. Não precisa nem de shoppings para me deixar feliz, por falar nisso, combinei com Kate de ir ao shopping de Londres semana que vem na feira da moda. Já somos super amigas, adorei conhecer o pessoal daqui, são realmente muito gentis. O que mais gostei é que as pessoas daqui nos tratam como se fossemos reis e rainhas.

Conversamos um pouco no salão de festas do castelo e logo cada casal decidiu conhecer seu próprio quarto.  A minha suíte era decorada com madeira, algo que achei uma ótima combinação, além de tornar o ambiente aconchegante e muito romântico. Dentro dela, havia meu closet, meu banheiro, a varanda e uma pequena saleta.

Terminei de colocar minhas roupas no closet com ajuda de Jasper, então sentamos no sofá e ficamos conversando. Na realidade, eu estava imaginando na caçada de amanhã, pois estou com um pouco de sede já. Pensei também, no que Kate havia me dito sobre Roberth, ela disse que ele precisava urgentemente de uma companheira pois está depressivo, com falta de alguém. Ela não se referiu a uma determinada pessoa, mas disse que ele pareceu se encantar com Nessie para eu ajudar esse casal, estou pensando em um plano de ajudar os dois... Afinal é melhor ter ele do que um “sobrinho” fedido por perto!

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