The Anthology Clock – Biological Danger: Outstanding Issues

VI – [Waterworld] Amusement In The Beach (Parte 1/2)

∂ Point Of View — Gabriel Drew Uecker ∂

Nosso dia seria ótimo! Se divertir na praia. Quer algo melhor que isso? No quarto, Declan teria, claramente, mudar a roupa que iria vestir. Enquanto ele estava perto do guarda-roupa escolhendo o que vestir, Mariah sorria maliciosa. Esta menina estava “com sede dele”, já que ela nunca havia visto ele apenas de cueca ou sunga. Entretanto, teve que deixar-nos ali:

— Gente, vou em casa me arrumar! — Disse a loira, pegando o celular no bolso da calça jeans.

— Sim, Mariah! — Eu disse — Vá, mas não demore. Declan e eu nos arrumaremos rápido.

— Eu sei que vocês são papa-léguas! — Brincou Mariah.

— Certo, estamos te esperando aqui — O ruivo disse; ainda de boxer — Ainda bem que não teremos aula.

— Sim, meu amor. Volto logo — Mariah se aproximou de Declan e lhe tascou um beijo bem demorado.

— Imagina se eu os deixasse ficar beijando? Não sairíamos daqui nunca. — Eu disse, zoando com Mariah.

>> Bloody Beach

Chegamos à praia transportando-nos em um ônibus. Logo, nos deparamos com o anil da água cristalina do oceano. Era tão limpa que se podia ver o fundo. A dimensão dela era gigante. A areia era amarelada, pálida e descorada. Haviam poucas pessoas no lado que estávamos, ao contrário do outro que tinham muitos banhistas, surfistas e festeiros. Ficaríamos por ali mesmo, pois gostávamos da tranquilidade do lugar.

– Então, vamos para o mar? Estou morrendo de vontade de cair naquela água! – Exclamou Mariah, animada.

– Sim. Declan, vamos procurar um lugar para colocar a mochila.

Havíamos trazido uma mochila pequena para pôr nossos utensílios. Porém, Mariah resolveu trazer os dela numa bolsa prateada.

Declan tinha vindo bem no estilo de praia mesmo: uma camisa verdade com a estampa de um coqueiro e água ao fundo; um boné da mesma cor, porém com estampa de selva; bermuda também verde e chinelos. Era sua cor preferida.

Mariah veio com um biquine vermelho por baixo de sua camisa amarela reluzente, uma saia azul e chinelos da mesma cor que Declan.

Por minha vez, trajava-me todo de azul, boné, camisa com estampa de exército, bermuda, chinelo e óculos de sol.

Nós fomos seguindo pelo caminho das pedras, indo em direção à rocha mais alta. Queríamos ter bastante conforto e um canto só nosso. Como Declan não tinha muita habilidade para escaladas, Mariah teve de guiá-lo com sua mão. Esta fazia com todo o prazer. Apesar de mim não ser bom também, não precisei de ajuda, pois aprendi a escalar um pouco, graças às aulas de educação física que fazia.

Finalmente achamos um rocha bem grande, onde poderíamos nos acomodar. Mariah tinha trago consigo um protetor solar na sua bolsa, diferente de nós. Trouxe também alguns alimentos para lancharmos no meio do dia. A gente estava muito animado. Daquela altura, podia se ver toda a praia e que as ondas eram gigantes e violentas.

– Bem, Gabriel, você vai surfar? – Perguntou Mariah, tirando a roupa e ficando só com o biquine. O vento soprava forte, e assim fazia seus cabelos meio enrolados balançarem em seu ritmo.

– Sim, eu vou. Declan, você vem comigo? Ou vai ficar com a Mariah? – Perguntei pegando a prancha.

– Hum, pode ir, Bîîel! – Disse ele com um sorriso – Ficarei aqui com ela, e já nos encontraremos com você na água – Dito isso, me senti um pouco excluído, mas não poderia fazer nada.

E assim eu fui. Tirei a camisa, ficando apenas de bermuda, e segui adiante. As ondas deveriam estar demais! Neste momento lembrei daquela música ambiente radical no estilo surfista. Irado!

Fui de encontro com o mar, e percebia que eles estavam namorando. Virei o rosto e prossegui.

∂ Point Of View — Declan Gosetsuke Galbraith ∂

Existe coisa melhor do que ficar na praia namorando? É o que estou fazendo agora! Como ela é romântica e mágica. Seus beijos ardem de tão quente que são. Sua boca faz movimentos tão lentos que dá para sentir bem a vontade e o amor que sentia por mim. Enquanto Gabriel curtia aventurando-se nas maravilhas marítimas, eu estava curtindo com minha namorada.

Seu beijo ficou mais forte e o desejo que tínhamos pelo outro estava crescendo excessivamente. Com rapidez, ela tirou minha camisa a fora e a guardou. Novamente voltou a me beijar como se aquela fosse a única coisa no mundo que ela podia fazer. Seu corpo ficou em contato com o meu. Ela deitou em cima de mim, numa posição sensual. Sentia sua barriga encostar sobre a minha e seus seios cobertos pelo biquine sobre meu peitoral. Estava quente e perfumado como o morango. Nossa respiração foi ficando arfante, pois nunca parávamos. O sol estava ardente sobre nosso corpo. Não demorou muito para começarmos a suar. O beijo não parava, e naquele momento eu tinha certeza absoluta do que ela queria fazer. A conclusão não era mais precipitada quando ela foi desabotoando minha bermuda. Nós estávamos em transe. Eu conseguia ler perfeitamente seus pensamentos. Estávamos ligados pelo subconsciente. Ela começou a tirar minha bermuda, dando para ver minha sunga azul escura. A mesma percebeu minha excitação. Tudo o que fez foi desabotoar apenas para ver um pouco da minha ereção.

Então nós paramos o beijo. Não entendi o por que. Estava muito bom. Ela resolveu olhar para baixo, onde estava Gabriel surfando todo feliz. Depois se virou para mim outra vez e disse:

– Amor, eu tenho que te falar uma coisa que andei percebendo desde que você conheceu o Gabriel – Pelo tom, o assunto era sério. Então, me levantei, já ia fechar os botões da bermuda, mas ela parou a minha mão – Coração, deixe aberto para ele respirar um pouquinho – Esta falou em um tom normal, pois via a marca de excitação na sunga. Fiquei meio envergonhado – Não se preocupe, meu anjo, não é algo tão sério.

– Sim, pode dizer – Eu disse em tom suave, com um olhar feliz e romântico. O vento estava cada vez mais intenso e meus cabelos se esvoaçavam junto os dela.

– Anjo, não sei como dizer isto. Vou tentar ser bem específica. Bom, reparei que, depois que eu voltei a este mundo, Gabriel tem te olhado de uma maneira diferente – Eu não entendi bulufas do que ela quis dizer com isso.

– Desculpa, minha linda, mas eu não entendi – Então olhei a minha volta. O lugar tinha muita tranquilidade. Sem ninguém por perto.

– Tipo – Geralmente quando ela usa gírias, é porque é algo complicado de entender – Ele te olha como se tivesse... – Pausou a frase – atraç... atração por você! Pra você ver; ele sempre interrompe nossos beijos. Sinais de ciúmes.

– O quê? – Uma pergunta retórica! Eu estava perplexo. Gabriel gostando de mim? Só podia ser brincadeira.

– Amor, não fique assustado. Afinal, vocês sempre foram muito carinhosos e amigos uns com os outros. Acho que ele interpretou isso de forma errada e acabou se apaixonando por você – Ela dizia aquilo como se fosse algo normal, que para mim era um pesadelo mortífero, letal, mortal … Chega de nomes!!

– Você tem como citar alguns momentos em que percebeu? – Perplexo não! Surpreso, admirado... que seja!

– Claro, minha paixão – Disse ela com um sorriso brilhante – Lembra quando, antes do segundo bimestre da escola, a gente deu um abraço em grupo, sendo que você estava sem camisa, e Gabriel também?

– Como iria esquecer um bom momento entre amigos? – Eu disse com os olhos brilhantes.

– É verdade. Mas enfim, eu reparei do jeito que ele “te pegava”. Ficava massageando suas costas e etc... - Mariah disse.

– Isso até eu faço – Comecei a gargalhar.

– Acho que não está entendo... Vejamos um outro exemplo: ah! No hospital quando ele foi te ver daquela vez que você foi baleado! – Ela teimou, tentando me convencer.

– Olha, linda, Gabriel é apenas um rapaz muito amigável e sentimental. Às vezes suas atitudes podem confundir, por ser muito carinhoso Eu sei o que vai dizer agora, consigo ler seus pensamentos um pouco. Então já vou responder: Heterossexuais assim como Bissexuais podem ser fofos e amigáveis. Porém, a tendencia na Bissexualidade é maior. Eu não acho que ele seja – Tentei fazê-la compreender.

– Certo, amor, mas ainda estou desconfiada. Quando eu tiver a oportunidade de te mostrar, você verá – Mariah disse confiante.

– Amor, vamos na água falar com o Bîîel, ou vamos ficar mais um pouco namorando? – Perguntei com um olhar feliz.

Ela me respondeu com um beijo bem molhado e caprichado. Sentia seus lábios encostando nos meus com delicadeza, sentindo o sabor da minha garota. Esta me deitou novamente na pedra, em cima de mim. Mas como não havia mais gente ali perto, se sentiu mais a vontade para beijar meu pescoço. Ela me dava mordidinhas nos lábios, no pescoço e barriga. Eu suspirava com muito prazer e excitação. Suas mãos foram se rastejando pela minha barriga, me dando um arrepio imenso e gostoso. Uma das mãos foi descendo um pouco até chegar na virilha. Ela passava a mão com muito gosto e carinho. A outra estava por baixo de minha bermuda fazendo carinho perto do “você sabe o que”. Eu me contorcia todo de tesão.

Logo ela parou o que estava fazendo, olhou para mim emocionada e disse:

– Eu Te Amo!

– Eu amo mais!

E correspondi a jogando deitada na rocha. Seria minha vez de demonstrar meu carinho por ela. Comecei a beijando na orelha. Estava muito perfumada. Depois fui para seu pescoço, também o mordi com vontade fazendo seu corpo estremecer diante do meu. O calor em nossos corpos foram se aumentando. Minha pequena franja do cabelo estava grudada na testa por conta do suor.

Logo parei e disse:

– Vamos falar com o Gabriel? Já estamos namorando há um hora e não aproveitamos a água, todavia – Disse a ela molhando meus lábios com a língua. Ela ficou toda derretida.

– Ai Declan! Adoro este seu jeito formal – E me tascou um beijo com vontade.

– Amor, se você ficar me beijando não vou querer descer – E era verdade!

Então descemos ligeiramente em direção ao mar. Iriamos nos encontrar com Gabriel. No caminho fiquei pensativo sobre o que Mariah tinha dito sobre ele. Está certo que as vezes seu jeito confunde, mas nunca passou pela minha mente que ele tinha uma queda por mim. Os fatores não combinavam-se, não se coincidiam. Durante este tempo todo, não vi nada demais. Mariah conseguiu me deixar desconfiado. A partir daquele momento iria analisar as ações de Gabriel e comprovar se era verdade. Com o tempo talvez conseguiria a resposta. Mas uma coisa era certa: não importava o que fosse, nunca deixaria a sua amizade.

Eis que chegamos no mar. A maré estava nas alturas. E lá estava Bîîel em mais uma de suas “apresentações” sub-marítimas. Ele pegou uma onda muito grande e estava dentro de um espiral praticamente. Quase que foi engolido e por fim saiu ileso. Quando nos avistou, veio até nós com um grande sorriso, em cima da prancha de surf. Logo chegou:

– Nossa, vocês demoraram. Fiquei aqui sozinho esperando vocês – Afirmou com o rosto meio chateado.

– Ah, nos desculpe! É que estávamos namorando – Mariah explicou.

– E como, não é, amor? – Perguntei retoricamente.

– Pelo visto tiveram bons momentos. Por acaso rolou...? – Gabriel só pensa besteira, sempre faz esse tipo de insinuação.

– Mas é claro que não, seu idiota – Disse Mariah com um pouco de irritação – Será possível que você só pensa nisso? E mais, não estamos com essa ideia e mesmo se estivéssemos não faríamos na praia.

– Ah – Disse Gabriel chateado, porém notei que ele olhava muito para baixo sorrateiramente. Vi que não tinha abotoado minha calça.

– O-ou! – Rapidamente a abotoei. Se ele prestou atenção, é porque realmente há algo suspeito – Hei, gente, olha quem está vindo lá!

∂ Point Of View — Gabriel Drew Uecker ∂

Era a Dhenypher! Que legal! Ela poderia me fazer companhia, já que Mariah e Declan estão muito pervertidos para ficarem ao meu lado. De longe, a saudamos muito felizes. A presença dela era inigualável. Como sempre, estava com biquine rosado e florido. O cabelo não estava mais ruivo, voltou à coloração original, como antes.

– Dheny, por que voltou à coloração original? – Perguntei dando-lhe um abração e um beijo no rosto.

– Ah, é que não pude manter a cor. Como vão vocês, Declanzinho e Gabrielzinho? E tudo bem, Mariah? – Perguntou ela, carinhosamente.

– Uau! Vocês não está mais violenta como antes – Reparou Declan, olhando de cima a baixo.

– Eu mudei um pouquinho – Sorriu – Estou tendo consultas periodicamente com uma psilouca... quero dizer.. psicóloga – Dheny se atrapalhou ao dizer.

– TUDO BEM! Todos dizem psilouca mesmo – Afirmei.

Mas a alegria pareceu acabar cedo. Dhenypher observou alguns rapazes jogando água em uma menininha inocente ali perto. Então, sua face ficou totalmente reformulada. LÁ VEM BOMBA!

Já saberíamos o que aconteceria, siga em diante: a morena sacou uma revólver com balas ácidas e correu até os idiotas. Quando ela chegou lá, olhou feio para eles e gritou – aconselho tamparem os ouvidos -.

- HEI, VOCÊS! O QUE PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? – E ela dá um tiro certeiro na bunda dos dois.

– Hei, sua maluca – Um saiu correndo, mas o outro desafiou ela – Por Que não vem aqui e não me bate? Hahahah, só sabe tirar satisfação com...

EPA!

EPA!

EPA!

MEDO!

MEDO!

MEDO!

Ele não deveria te dito isso. Este provocou o demônio em pessoa. Então, ela olhou para Mariah, sorriu maliciosa e disse:

– Mariah, querida, pode segurar essa arma aqui um pouquinho, por favor? – E assim ela fez – Vou te mostrar agora o que sei fazer – Ela falou com muito ódio e psicopatia.

Simplesmente todos nós ficamos de boca aberta com a cena. Dhenypher deu um soco de direita no bandido, depois na barriga. E ele caiu no chão agonizando de dor. MAS NÃO TERMINOU! Tenho medo dela por causa disso. A mesma o pegou pela perna esquerda, girou ele no ar e o atirou até um coqueiro do outro lado da praia.

Violenta, agressiva, essa é a Dhenypher! Nós amamos ela assim do jeitinho que ela é. Nem um terapeuta poderia mudá-la, jamais!

T O B E C O N T I N U E D