The Anthology Clock – Biological Danger: Outstanding Issues

V – [Waterworld] Demonstration Of Love

∂ Point Of View — Gabriel Drew Uecker ∂

Waterworld - Quinta-Feira, 03 de Junho de 1998

A aragem pela manhã, durante o nascer do sol, era relevante para o início de um dia. Suntuoso? Sim! O céu fora se tornando cada vez mais nítido, conforme a passagem da luz dos raios solares foram chegando ao solo, aquecendo nossa terra e revigorando-nos para mais um viver.

A brisa pela manhã suavizava à temperatura das árvores, fazendo suas folhas balançarem ao ritmo do vento, proporcionando um cenário esplendor.

Em minha cama refletia sobre aquele dia ilustrativo pela qual deveria ser; afinal não haveria aula. Poderia sair com meus amigos para algum canto longe de casa, onde me divertiria intensamente. Declan dormia ao lado de Mariah, em seu quarto. Os dois apaixonados estavam entrelaçados em baixo dos lençóis brancos, macios e perfumados. Ali, dava para perceber o quão primorar era o carinho do casal.

Desde que Declan - meu amigo - veio morar em minha casa, depois da adoção de minha avó, meus dias foram mais felizes. Ele era como um irmão para mim. Meu Melhor Amigo.

Fui até o quarto onde ele dormia para acordá-lo. Minha idéia era comunicá-lo sobre “a folga do dia”. Com certeza iria pular de alegria após escutar o que tinha a dizer. Diferente de seu sorriso lúgubre quando soube da morte de seus pais. Foi relativamente vigoroso para o rapaz ao aceitar, porém tudo acabou bem.

Aproximei-me de seu quarto, e na porta, o chamei, observando que dormia impetuosamente:

- Hei Declan! – Abri um sorriso veemente.

Logo após o meu chamado, percebi um pequeno movimento entre seus dedos na mão direita. Seus cabelos médios de coloração avermelhada eram radiantes quando os raios solares tinham contato com os fios. Foi então que ele abriu os olhos lentamente, dando para enxergar o brilho de felicidade naqueles olhos verdes. O mesmo sorriu ao despertar, e disse:

- Bom dia, Gabriel. Que horas são?

- São sete da manhã – Respondi, vistoso, olhando ao meu redor.

- Por Que me acordou tão cedo? – O ruivo Retorquiu fazendo incomensuráveis caretas, o que me fez dar boas gargalhadas.

- Achei que poderíamos ir, eu você e Mariah, para algum lugar! Aproveitar ao máximo este dia, pois não há aula hoje - Transmiti a informação para ele, cobrindo os olhos, pois os raios solares chegaram até mim, fazendo meus olhos arderem, lacrimejando-os.

- Eu tinha esquecido – Explicou coçando o olho esquerdo. Mariah estava desacordada perto dele, com o braço em seu peito.

- Vejo que vocês dois namoraram à noite – Impliquei com o tal, com um meio sorriso fixado na face. Resolvi continuar – Por acaso... Rolou? – Indaguei, cruzando os braços encarecendo em demasia. É claro que eu estava apenas me divertindo às suas custas. Não falaria sério.

- Hum, quer uma resposta direta? - Declan levantou uma das sobrancelhas, piscando um dos olhos. Porém, não me deixou responder, então dizendo – Não aconteceu nada. Só pelo fato de estarmos abraçados numa mesma cama, isso não quer dizer absolutamente nada. Está precisando limpar sua mente, Gabriel – Desta vez, quem retorquiu foi ele.

Declan estava amadurecendo. Percebi uma evolução em sua personalidade. Sua voz estava ficando mais aguda e grossa. Mas ainda não deixou de falar em brando, o que seria esquisito para um garoto de sua idade.

Logo pude espreitar, com os olhos duvidosos, que os pés de Mariah se locomoviam com intensidade. Estaria a menina acordando por minha causa? Não sabia, mas ficou mexendo-os de forma circular, deixando marcas no lençol. Deixei-a falar comigo, para depois, dizer algo.

- Quem ascendeu as luzes? - Perguntou ela, lastimosa, com seu rosto pálido. Sua face estava inchada por causa do sono que a dominava.

- Resultado uniforme, senhorita Mariah – Brinquei com a moça, focando meu olhar.

- Gabriel, seu chato! Para Quê nos acordar tão cedo? – Ela disse, visualizando a hora em seu relógio prateado de pulso. Ao levantar o braço para verificar o horário, a luz do dia claro refletiu no visor fazendo a luz ir aos meus olhos.

- Ótimo! - Elevei meu tom de voz. - Eu querendo ficar longe da luz e você coloca isso na minha vista – Eu ainda estava encostado na porta do quarto.

- Oh, me desculpe – Atenuou a culpa carregada em meros segundos sobre a sua consciência, porém com um olhar pressentido.

- Gente, vamos descer e tomar café – Propôs Declan, com sua voz vigila, enquanto acariciava os fios longos do cabelo da namorada.

- Ótima idéia, meu amor – Disse Mariah, sorridente, com um olhar apaixonado. E assim ela o beijou. Foi um beijo demorado e quente, segundo Declan. As mãos da menina deslizavam por baixo da camisa dele e por todo o seu corpo. O ruivo não hesitou de passar a mão na cintura da loira. Eles foram ficando ofegantes até não agüentar mais.

- Vamos parar com a seção erotismo, apesar de não ter sido nada demais, por enquanto – Os repreendi, porém estava só me divertindo – E vamos logo descer!

E assim descemos, em um ritmo acelerado. Nós queríamos tomar café de uma vez, para sairmos um pouco de casa. Minha avó estava preparando algo para comermos. Mariah foi a primeira a cumprimentá-la, dando um bom dia bondoso. Depois foi a vez de Declan, que a abraçou, mostrando todo o seu carinho. Parecia um menino de cinco anos. Declan, apesar de estar amadurecendo, continua o jovem estudante, carinhoso, responsável, como sempre. E depois a cumprimentei.

Galbraith estava querendo tomar achocolatados na refeição, Mariah leite com biscoitos – típico de meninas que se acham, lembra um pouco desenhos animados – e eu café, como sempre.

Lanchamos com a rapidez de um papa-léguas faminto. Não que estivéssemos com fome, mas comer bastante e sempre bom.

— Amor, você é tão lindo e educado na mesa! — Se derretia a loira, sentada a mesa.

— Obrigado — E deram um beijo – selinho –

— Verdade, Mariah, pelo menos tem alguém nesta casa que tenha bons modos a mesa — Sorri olhando para a Mariah, com um tom de deboche.

— Gabriel, eu não te suporto! — Gritou Mariah, brincando, puxando a minha bochecha — Mas é tão fofo! — Seus olhos brilharam.

— Hei, eu acabei. Terminem senão quiserem ficar o dia todo em casa — Alertou Declan, retirando-se da mesa e subindo as escadas — Vou lá em cima me arrumar!

Mariah e eu ficamos terminando a refeição na mesa, às pressas. Naquela hora bateu a dúvida: para onde iríamos? Eu não queria ir para um lugar que nós já conhecêssemos. Seria muito análogo. Não pensei tanto para assim tomar uma decisão. Mariah já havia terminado a refeição. Contente, ela levou a louça suja para a pia e as lavou. A esperei para subirmos até o quarto de Declan.

Subimos os longos degraus amarronzados, repercutindo um som oco. Logo chegamos e Mariah ficou envergonhada com o que acabara de ver. Declan havia deixado a porta do quarto aberta. O que a loira viu foi seu namorado apenas de cueca boxer prestes a colocar a calça jeans.

— Nossa! Declan, eu não sabia que você tinha pegado mais corpo — Reparou a garota, com a mão na boca — Está muito lindo — Seus olhos brilharam.

— Obrigado! — Agradeceu Declan, vermelho.

— Para onde vamos então? — Perguntou Mariah.

— A PRAIA!

Iríamos à praia aquele dia. Seria ótimo, pois o Sol estava forte e não havia nuvens no céu. Poderia surfar nas ondas gigantes, apesar de Declan não saber, mas poderia ensiná-lo.

T O     B E   CO N T I N U E D