The Anthology Clock - Biological Danger escrita por Nam
The Anthology Clock – Biological Danger: Extermination
XXVI – [Waterworld X Japan] Underground Route
∂Point Of View —Empty∂
Talvez se Gabriel tivesse demonstrado antes o que estava acontecendo, não houvesse aquele desentendimento irrelevante. Mas agora as coisas foram esclarecidas. O que teve de ser, foi; o que não teve, foi bom para uns, ruim para outros.
Waterworld – Sexta-Feira, 11 de Junho de 1998
O dia havia amanhecido com sol em Waterworld. Um pouco de neblina enfaixando os montes e dificultando a visão na floresta. Os amigos tinham dormindo ao sereno da noite, tendo como seu teto as estrelas do céu negro. Declan e Gabriel foram os primeiros a acordar, algumas moscas estavam incomodando os dois, por isso tiveram a preferência de levantar rapidamente. Foram caminhando para lados opostos. Dhenypher, Josh, Jake e Steven continuavam dormindo tranquilamente. Estavam muito cansados, o dia anterior foi muito exaustivo para todos.
Individualmente, Declan e Gabriel saíram a procura de algum rio para se banharem, precisavam de um banho refrescante para aliviar a tensão deixada posteriormente. O som era de pássaros cantando e de alguns insetos habitando aquela área. Nada de conversação entre os dois. Ficariam daquele jeito para sempre?
Não haviam poços, sequer rios e lagos. Então, Gabriel levantou as mangas da camisa suja de terra e com as mãos mesmo secou o suor que descia sem parar pelo seu rosto. O solo ali estava aquecido demais para o início de um dia, culpa do aquecimento global.
— E agora? Como encontrarei água, estou morrendo de sede! — Reclamou Uecker olhando a sua volta.
Gabriel parecia perdido. O jovem esqueceu-se de memorizar o caminho ou marcá-lo para ter um apoio na hora de voltar. Infelizmente, o desespero era tanto que não conseguia raciocinar direito.
Felizmente, Declan apareceu repentinamente pela mata com duas inchadas e uma pá, idênticas a que pedreiros costumam usar em obras.
— Quer uma ajuda, Gabriel? — Perguntou Declan sorridente.
— Onde as achou? — Revidou Gabriel apanhando os objetos oferecidos pelo colega.
— Eu as encontrei perto de onde você estava.
— Como isso é estranho. O que estariam fazendo essas coisas aqui se não mora ninguém? — Observou.
— Acho que devemos deixar isso para depois. O sol está quente demais e não temos água. Se ficarmos desidratados, será pior! — Questionou.
Eles começaram a cavar e cavar em busca de água. O calor estava insuportável, não existia nada que pudesse amenizar a brisa quente dali. Estes achavam que demorariam muito para encontrar o que beber, mas não era bem o que pensavam. A verdade é que Gabriel já estava cansado demais para continuar a cavar e Declan de tirar a terra.
— Gabriel! — Declan assustou-se ao ver o outro deixar cair o instrumento e se jogar no chão com a respiração ofegante.
— Não dá... para... continuar! — Falou.
Gabriel não tinha forças para continuar a busca e já não se aguentava em pé. Isso aconteceu porque ele, assim como os outros, estavam há muito tempo sem comer. Precisavam urgente de comida e água, se não quisessem morrer ali mesmo.
— Precisa ser forte! — Disse Declan.
Se continuassem do jeito que estavam, poderiam morrer, mas algo desviou-lhes a atenção... e não se via todo dia.
Algo de diferente estava acontecendo com Declan. Sua visão foi ficando cinza aos poucos e a todo canto que ele olhava só piorava.
Ele estava atormentado, não sabia o que fazer. Não fora ele o autor daquelas mortes, mas ninguém acreditava. Pensavam que fazia aquilo por querer. Ninguém pensou duas vezes antes de reagir mau a ele. Então, depois de várias tentativas, conseguiram matá-lo e trazer a suposta paz de volta. Porém, algo falhou. As mesmas continuavam e perceberam que cometeram um grande erro. Para não serem presos, o jogaram dentro de uma mina em uma floresta para que não encontrassem seu corpo e nem vestígios. Mas não fora bem o corpo que estavam pensando.
— Oh My God!
— O que foi? Viu algo? — Gabriel perguntou. Sinal de que a parceria entre os dois sempre prevaleceu, mesmo não estando bem.
— Sim, uma voz estranha me disse algo sobre alguém que foi morto em uma floresta. Provavelmente é aqui! Aqui em baixo tem alguma força que me fez escutar...
— E como você sabe? — Indagou Gabriel se levantando com o apoio em uma árvore com folhas secas.
— Porque eu sinto! E creio que... talvez seja o que precisamos. – Replicou Declan com um olhar suspeito. O paranormal detectou energias negativas sobre o local. Níveis altos o suficiente para se unir a uma outra energia e criar uma nova.
Então, os amigos começaram a procurar. Voltaram a escavar em busca da mina que Declan viu.
∂ Point Of View ON — Kyung Sun Chang ∂
- Japan
Na casa de Takeuchi, estava me despedindo do mesmo. Claro que não poderia ir embora do Japão sem falar com ele. Ajudou-me bastante em todo o tempo que estive fazendo minhas investigações. E também o fiz passar por algum sofrimento, porém não evitável, já que tinha o direito de saber que Tadashi Hasegawa se transformou em uma entidade maligna.
— Bom, vim aqui me despedir! — Abracei o idoso muito agradecido.
— Mas já, meu filho? É uma pena! Estava até gostando de ter amigos detetives. — Ele sorriu e lacrimejou um pouco.
Também havia me simpatizado com ele e reconheci que apesar de tanto mistério cercando sua falecida família, é totalmente diferente. Takeuchi é um humilde idoso que está sempre disposto a lutar e continuar em frente, independentemente do que houver.
— Muito obrigado por tudo! E desculpe alguma coisa.
— Não foi nada. Venha mais vezes me visitar. As portas da minha casa estão abertas para você a hora que quiser. Ela é pequena, mas cabe todo mundo. — Gargalhou, porém estava triste pela minha ida.
— Por favor, me dê sua benção. — Me abaixei para que ele pudesse passar a mão na minha cabeça e...
— Que Deus o abençoe! Boa Sorte! E sinto muito pelo seu amigo... — Ele fez silêncio.
— Bom... Ins sempre estará aqui — coloquei a mão no peito —, nunca me esquecerei dele. De nossas travessuras quando crianças, da parceria infinita que sempre tivemos.
— Não se preocupe, está em um bom lugar! In-Suck era um ótimo rapaz.
Peguei minha mochila e me dirigi até a porta.
— Por Favor, me mande notícias, Kyung-kun.
– Não se preocupe, mandarei notícias assim que puder! – Olhei sorridente.
Continua...
Próximo Episódio: “I'm Crying For You”
Fiquem ligados nos episódios finais. Dúvidas, Mentiras, Revelações estão prestes a serem esclarecidas e o destino final de cada personagem. Live or Die?
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Valeuuuuu