The Anthology Clock - Biological Danger escrita por Nam


Capítulo 13
[Waterworld] CMR




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The Anthology Clock – Biological Danger: Outstanding Issues

XIII – [Waterworld] Conflicts, Misunderstandings and Revelations

 

∂ Point Of View — Gabriel Drew Uecker ∂

•‡ 12h07min •‡

Cinco pratos, fogo na floresta – tente adivinhar onde estamos -, sangue, armas – adivinhou, não é? - e um espaguete. Sim, a casa de Dhenypher. Declan, Mariah e eu tínhamos ido almoçar na casa da psicótica e maluca, junto de Josh. Ficamos conversando na sala – precisa citar que a casa era cor de rosa? - enquanto ela estava na cozinha terminando seu veneno mortal, rodeada de receitas e folhetos. Por incrível que pareça, os sofás eram de cor avermelhadas – sangue! -.

 

Josh relatava sua vida profissional como veterinário. A veterinaria onde trabalhava ficava de fácil acesso para o jovem adulto e não lhe tomava muito tempo. Assim haveria mais tempo para ficar com sua namorada e seu filho. Sua vida estava...

 

– Minha vida está completa! – comemorou Josh Ackles, levantando-se do sofá e dando pulos igual uma criança.

– A gente fica feliz por ti, Josh – disse Mariah, com os olhos semi-abertos.

– E como vão a vida de vocês? – indagou Josh.

– Está um máximo! – retrucou Declan, sorridente. Prestei bastante atenção. Eu estava indiferente e confuso – Mariah e eu estamos namorando e Gabriel e eu somos, praticamente, irmãos! – e deu um pulo de felicidade.

– Olha, que demais! Gabriel, tem “cantado” alguma garota? – perguntou Josh, malicioso. Está ficando igual a Mariah.

– Digamos que é o inverso. Dulce não vai sossegar enquanto não tiver relações comigo – eu disse pensativo. Era para levar como uma brincadeira, mas... não sei...

– E o que está esperando? Devia dar valor …

 

E Dhenypher gritou da cozinha, interrompendo sua fala:

– QUE INFERNO! EU JÁ DISSE QUE QUERO SANGUE DE GENTE, E NÃO DE ANIMAIS MORTOS! ESCUTA AQUI, SE VOCÊ NÃO FIZER O QUE EU DISSE, NÃO VAI RECEBER A DROGA DO DINHEIRO E AINDA POR CIMA LEVARÁ UM TIRO NA ROSCA!

 

Voltando para a sala...

– Ela está como sempre, não é? – perguntou Declan.

– Sim, ameaçando um entregador de pizza. Ela quer sangue, ao invés de catchup – explicou Josh, apaixonadamente.

– Ah sim – todos disseram.

– Mas então Gabriel, por que não namora com ela? – insistiu Josh. Que droga!

– Eu não sei... Ultimamente tenho andado com minha cabeça embaralhada. Acho que gosto de outra pessoa...

– Hahaha, conta!

 

∂ Point Of View — Declan Gosetsuke Galbraith ∂

– Não sei se é uma boa ideia – Gabriel disse abaixando a cabeça, o que me fez levantar suspeitas – É uma pessoa que eu não deveria de forma alguma amar. Sinto que esta pessoa, se descobrisse meu sentimento, iria acabar com nossa amizade. Algo que... – sua voz foi se entristecendo aos poucos – eu nunca poderia suportar. É a pessoa mais importante da minha vida. Seu carinho... sua amizade... atenção... me fortalece. Não queria ter criado esse sentimento... mas aconteceu – neste momento, levantei a cabeça com seriedade, olhando para Mariah.

 

– Amor não correspondido? – perguntou Josh, olhando para Mariah.

 

– Completamente.

 

– Declan e Mariah sabem quem é essa pessoa, Gabriel? – Josh aprofundava.

 

– Nem sabe de sua existência.

 

Senti um aperto no coração naquele instante. Precisava falar com Mariah o quanto antes. Para isso, pedi licença, puxei-a pelo braço, e levei para o banheiro junto comigo. Quando chegamos, ela foi direta:

 

– É sobre Gabriel, não é? – perguntou ela.

– Claro – respondi – Você viu do jeito que ele falou? – indaguei, aflito e com a respiração ofegante.

– Sim, está na cara que é você! – retrucou Mariah, com a mão no queixo. Estava pensativa por demasiado.

– O que eu faço? Mariah, não sei o que fazer – falei, colocando as mãos no rosto. Perdidinho pra caramba.

– Se acalme. Deixa eu pensar. JÁ PENSEI! – essa foi rápida.

– Diga! – balancei ela violentamente, como se fosse um velho querendo raptar uma moça.

– Temos que arranjar uma forma de fazê-lo contar a verdade! – disse ela, com a mão no queixo, andando de um lado para o outro.

– Não sei, podemos magoá-lo sem querer – refleti. Na hora me lembrei de um momento muito legal com Gabriel...

 

§ Flashback ON §

Uma linda tarde de Domingo na praia. O Sol quente e reluzente, mostrando aos banhistas as maravilhas da natureza. O mar, agitado e com muitas ondas deixava Gabriel muito feliz. A água era cristalina e haviam bastante algas marinhas. Aquele era o dia do aniversário de Gabriel... uma bela tarde numa praia longe de casa, ao lado de Phillipi como responsável. Antes de irmos embora, às dezenove horas, resolvi finalmente entregar o seu presente de aniversário. Era uma prancha de surf azulada com estampa havaiana. Escolhi bem, pois azul é sua cor favorita e tinha coincidência com a personalidade dele. Quando o entreguei, ele ficou tão feliz... mas tão feliz... que me pegou no colo e começou a pular de alegria. Logo vi seus olhos cheios de lágrimas. Agradecia a todo momento com muito gosto pelo presente:

– Deeeeeeeeeclaaaaaaan! – gritou ele – Valeuuuuuu , amigo, pelo presente! Era justamente o que queria. Obrigado, amigo, você é deeeeeeez!

 

Tiramos até uma foto: com Gabriel segurando a prancha e me abraçando do lado. Foi um dos momentos mais marcantes de nossa amizade.

§ Flashback OFF §

 

Quando retornei de minhas lembranças especiais, percebi que uma lágrima escorria pelo meu rosto e uma expressão triste. Estava arrasado com tudo aquilo. Não era para Gabriel me olhar diferente. Doia só de pensar no que eu iria fazer. Mariah me abraçou e disse:

– Não fique triste, meu amor. Será só um empurrão. Talvez se fizéssemos ele admitir, seria um caminho andado. Poderia ter melhores condições de conversar com ele.

 

– Está certo, como iremos fazer?

 

Retornamos para a sala de mãos dadas. Cada passo era uma facada gelada, como se fosse gelo se derretendo no meu pulmão. Me sentia péssimo com tudo. Cheguei no cômodo observando sua face desolada e angustiada, me dando arrepios. Era isso ou nada, fazia ou não fazia?

 

– Gabriel – eu fiz, agora não poderia refazer – Dhenypher nos deixou subir ao quarto dela para vermos a decoração. Não leve a mal, mas queremos ir sozinhos. Depois, quando voltarmos, você poderá ir. O filho de Josh está lá e queremos dizer um “oi”.

 

Era tudo mentira. Combinamos com Dhenypher e Josh sobre o assunto antes de iniciar o plano. Eles acharam maldade, mas aceitaram em seguida. A tendência seria fazer Gabriel presenciar uma cena quente entre Mariah e eu e ver qual seria sua atitude. Quando notarmos que ele está apreensivo, vamos fazer perguntas e observações, para que, então, admita seus sentimentos.

 

Eu não estava me reconhecendo. Fazer aquilo com Gabriel... poxa... muita maldade. Mas teria que esclarecer a situação. Terei que ser muito ligeiro a partir deste momento.

 

Bom, vamos lá:

Gabriel foi subindo atrás de a gente, curiosamente e indiscretamente. Fingimos que não havíamos notado sua presença no local. Entramos no quarto e confirmei com Dhenypher pelo celular. Logo trancamos o lugar. Gabriel estava escondido no guarda-roupa – para você ver o quanto estava ficando sério -. Entrar num guarda-roupa para observar, era um tremendo exagero.

 

Adiante, Mariah me jogou na cama, conforme o plano, sistematicamente, com toda a sua sensualidade. Deitou-se em cima de mim e começou a me beijar. Senti seus lábios tocarem os meus suavemente. Sua língua invadia todos os cantos de minha boca carnuda. Foi me despindo rapidamente. Primeiro, tirou minha camisa e o cinto da minha calça jeans, dando para ver um pouco de minha cueca boxer azul. Detalhe: conseguia ver Gabriel chocado com o que estava vendo e já percebia seus olhos lacrimejando. Aquilo me machucou profundamente, mas continuei. Mariah também não gostou. Apesar de eles possuírem certa rivalidade, ela amava o amigo do fundo do seu coração.

 

Seguimos adiante com o plano. Mariah parou de beijar e partiu para a ação: começou a passar a mão por todo o meu corpo, me causando arrepios, com uma mão ela acariciava meu membro pela calça e com a outra meu cabelo.

 

Depois, ela tirou minha calça, me deixando apenas de cueca. Também a despi de uma só vez, ficando apenas de calcinha e sutiã. Mariah nunca teve uma visão do meu pênis e parece que aquela seria a primeira vez. Passou suas mãos por dentro da minha cueca, massageando-o com muito carinho.

– AAAAH – Suspirei.

– Uau. Como ele é grande!

 

Depois disso, Gabriel não conteve o choro. Eram ciúmes de Mariah. Quando notamos seu soluços, colocamos a roupa rapidamente e eu disse, abrindo o armário, me fazendo de desentendido:

– O que? Oras, Gabriel, o que faz aqui? – mas ele não dizia nada, apenas saiu de dentro – Por Que nos espionava? – insisti.

 

– O que esconde de nós? – Mariah me ajudou.

 

– Por Favor, Parem! – ele chorava interminavelmente. Aquilo me machucava muito, mas dei progresso à cena.

 

– Apenas queremos que conte a nós o que sente! – Mariah disse.

 

Gabriel tampou os ouvidos, como se não estivesse aguentando todas as perguntas.. E ele continuava:

– Por Favor, Parem!

 

Chorando com mais intensidade, ele olhou para Mariah, com muita fúria. Não pensou duas vezes, e acertou-lhe um tapa no rosto. Ela caiu no chão.

– Hei, por que fez isso?

 

Gabriel retornou seu olhar para mim, e disse:

– Muito bem, Declan Gosetsuke Galbraith. Se quer a resposta, lhe darei: Eu sou apaixonado por você.

– Olha, precisamos ter uma séria conversa! – eu disse, também me emocionando – Sei que erramos... Se quiser, me bata, me acerte... mas por favor... temos que conversar!

 

– Eu nunca seria capaz de levantar minha mão contra você.

 

E ele saiu desconsolado pelos corredores, chorando intensamente...

E agora? É o fim?

 

T O                                B E                                                                                             C O N T I N U E  D

 

 


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Notas finais do capítulo

Thaaaaaaaaank Youuuuuuu


Gente, aqui diz que tenho outros leitores. Por Favor, podem deixar reviews? Gostaria muito de saber a opinião de vocês. Obrigado