The Anthology Clock - Biological Danger escrita por Nam
The Anthology Clock – Biological Danger: Outstanding Issues
XII – [Waterworld] Tell Me Why
∂ Point Of View — Gabriel Drew Uecker ∂
Waterworld – Sábado, 05 de Junho de 1998
Ao meu despertar pela manhã, um grito de pavor tomou conta dos meus ouvidos, me fazendo levantar apressadamente. Reparei que ainda estava com a toalha na testa. A febre todavia não havia passado. Senti minha cabeça latejar de dor e meu corpo todo amolecido.
Saí de minha cama lentamente, deixando a toalha na cabeceira, e fui averiguar de onde veio aquele som horrível. Andava por aqueles corredores escuros e desertos. Ainda em seis da manhã e o sol estava começando a raiar. Decidi que iria ao quarto de Declan. Ele poderia saber quem fora o autor do grito, sendo que é paranormal. Abri a porta morosamente para não acordá-lo. Lá estava ele, dormindo intensamente sem camisa e sem bermuda, apenas de cueca. Deveria estar muito cansado, afinal me vigiou por duas noites seguidas. Não sei porquê, senti vontade de chegar perto dele e observá-lo.
∂ Point Of View — Declan Gosetsuke Galbraith ∂
Acordei, tendo como visão o rosto de Gabriel. O que ele estaria fazendo ali às seis da manhã? Abri meus olhos lentamente; senti uma carga pesada não me deixar abri-los por completo. Ô sono!
– Desculpe, Declan, te acordei – disse Gabriel.
– Tudo bem, Bîîel, aconteceu alguma coisa? – perguntei, preocupado, pois a febre continuava.
– Não, não! Está tudo em ordem. Eu vim aqui porque escutei um som estranho vindo do meu quarto. Um grito de alguém – explicou, chegando mais perto.
– Está certo disto? Eu não escutei nada – presumi, fechando os olhos.
– Talvez tenha sido um mero sonho. Bom, eu queria te fazer uma pergunta um pouco indiscreta – ficou corado instantaneamente.
– Pergunte. A você eu nunca esconderia nada. Pergunte, irmão – continuei a falar, demonstrando que nunca deixaria de falar algo para ele.
– Você e a Mariah, por acaso...Bom... Tiveram relações?
– Não – respondi sem hesitar.
– Não? – perguntou ele, retoricamente, confuso.
– Não. Quase tivemos uma perto da praia, não teve possibilidades de aquilo acontecer, pois chegaram gente perto. Ela me fez uma linda declaração de amor.
– Ah – sorriu ele, como se estivesse aliviado – Que bom que não houve nada.
– Por Que está dizendo isso? – perguntei em um tom desconfiado.
– Quero dizer... Que bom que ela mostrou que te ama de verdade – ele mente muito mal!
– Vou fingir que acredito. E como foi com a Dulce?
– Não rolou nada também.
– Certo.
– Queria te agradecer por passar duas noites no meu quarto cuidando de mim.. e também pedir desculpas por fazê-lo perder horas de sono – explicou Gabriel.
– Já disse a você que faço tudo para te proteger. Não há porquê se desculpar ou agradecer – e passei a mão no cabelo dele.
Mais uma vez, senti o coração de Gabriel pulsar mais rápido. Seus olhos ficaram brandos e reluzentes. Parecia ter gostado do que ouviu. Se sentiu especial.
A cada dia nossa amizade vai crescendo. Tudo o que disse a ele era verdade. A amizade entre a gente é tão verdadeira, que não fica em uma só estaca... […]
T O B E C O N T I N U E D
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