Apenas Um Olhar escrita por Dih_dangerous


Capítulo 28
Capítulo 10 - Parte dois.


Notas iniciais do capítulo

Os personagens citados aqui são de autoria de Masashi Kishimoto. A história pertence a minha querida amiga que eu gosto muito Rafa. Repetindo, a história não é minha, só estou postando-a.



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~~

Estava em casa, sozinho. Naruto tinha saído, ia até a casa dos Hyuuga. Bom, eu o invejo... Ao menos ele tem alguém por quem lutar. Eu ao contrário, já tinha dito a minha posição. Não iria mais pelejar para que Temari reconheça o que sinto.

Chega de agir como um idiota.

Mas mesmo assim, não posso deixar de me sentir triste. Porque eu não tive a chance de mostrar pra ela o que queria... A vida é injusta.

Às vezes em nossas vidas todos nós sofremos

Todos ficamos tristes

Mas se formos sábios

Sabemos que há sempre amanhã

Eu estava sofrendo por algo que nem sequer era real. Esse tal relacionamento entre nós dois não passava de um fruto insano de minha imaginação perversa e desgostosa. Nunca tinha tido nada mais além de farpas trocadas entre eu e ela. Mas mesmo assim, era difícil desistir dela. Porque por incrível que pareça, eu nutri um amor unilateral.

Ouvi batidas na porta e lentamente fui abrir.

— É você? —  Disse desanimado – Entra aí.

— Nossa obrigada pela parte que me toca, seu fedido insensível – Sakura adentrava pelo aposento, uma graça a moça.

Sentamos na sala, e peguei um copo d’água para ela. Depois de muito interessantes e emocionantes cinco minutos de silêncio, ela tomou a palavra.

— Você sabe que ela gosta de você, o problema é que ela tem medo de se relacionar, seu burro! – Dizia com uma sobrancelha levantada e a mão no queixo, os olhos cerrados – É que homens só entendem o mundo por um ponto de vista: Futebol, mulheres, sexo, sexo, sexo, mulheres, futebol, sexo, sexo...

— Eu espero que você chegue a algum lugar – Disse com um olhar cético.

Ela ficou me fulminando mais uma vez com o olhar. Estava acostumado. Grande parte de nossas melhores conversas eram assim.

— Você é um Zé bostola mesmo – Dizia com sua cara de “Estou certa, cala a boca!” – Vá falar com a Temari.

Balancei a cabeça negativamente e sorri cínico.

— O que aconteceu pra você não estar do lado do seu namorado vampiro— perfeito— predador sexual? – Disse sem pensar.

Ela me olhou com espanto. É, acho que peguei pesado quando disse predador sexual...

— Saiba que você está sendo muito imaturo! – Gritou ficando com a face avermelhada – Não fique descontando nos outros a sua infelicidade! Onde está o seu pinto? Você é homem ou não? Tome uma atitude!

Esquecendo o comentário fail sobre a genitália masculina, conhecida como pênis...

— Você fica falando sobre imaturidade... Mas você é uma mulher de 18 anos com um amigo imaginário gay – Disse sorrindo. O jogo empatou. TOMOU NA CARA!

— SAIBA QUE O GODOFREDO NÃO É UM AMIGO IMAGINÁRIO, ELE É UM SUBCONSCIENTE! – Levantou batendo pé – ELE ME AJUDA MUITO E ME DÁ A MAIORIA DOS CONSELHOS QUE EU REPASSO A VOCÊS TODOS, SEU DESCLASSIFICADO! – E do nada, eu sinto os cinco dedos dela na cara.

Ardeu.

— ISSO FOI PELO GODOFREDO – Saiu batendo pé e de bico – E VÁ FALAR COM A TEMARI, SEU FRANGUINHO MEDROSO – Saiu imitando um frango. Lindo. Ela está em plena loucura.

Porque eu deveria dar ouvidos à Sakura? Acho que o Sasuke se esqueceu de dar a ela o comprimidinho da manhã – Leia— se tarja preto.

Porque talvez ela esteja certa.

Merda. Merda. Merda. Merda. Mil vezes merda, infinitas vezes...

Saí de casa às pressas, para pensar, esfriar a cabeça... E talvez, se eu desse sorte, morrer atropelado na esquina da padaria.

~~

Não te ninguém nessa maldita casa? Já bato aqui há 10 minutos... Eles devem ter saído... Mas ótimo! Justo agora que eu juntei o mínimo de força de vontade para falar com esse bocó, ele não está em casa... Deve ser sinal do destino.

Não invente desculpas a si mesma.

O que vou fazer? Quero dizer para o Shikamaru como eu me sinto... Se bem que nem eu sei como se sinto na verdade. Mas mesmo assim! Não quero ser covarde, porque eu nunca fui. E meu Deus... Ele sente o mesmo por mim! Eu estou sendo muito estúpida ao pensar em recusar o amor dele.

Caminhei até o ponto de ônibus. Meu carro estava estacionado do outro lado da rua. Era só atravessar de um lado para o outro. E só essa pequena distância já era o suficiente para minha tragédia.

Um lindo carro esporte vermelho – Que eu espero que capote no primeiro barranco que achar – Passou em cima de uma poça d’água.

Façam as somas. Eu mais um carro em alta velocidade, mais um motorista cego, mais uma poça de lama é igual a... Uma Temari suja e fedendo a vômito de mendigo. Ok, nada mal, pode mandar mais que eu agüento! Ou não...

— SÓ PODE SER CASTIGO! SÓ PODE, SÓ PODE! – Xingava baixinho enquanto metia a chave na ignição. – Onde tem uma fonte por aqui, onde?

A fonte da pracinha. Era pra lá que eu iria, me limpar rapidamente e então ir para casa – Lugar do qual eu não deveria ter saído – E nunca mais sair de lá até criar pelos no nariz.

Cheguei ao local, e sentei— me no encosto da fonte. Com um lenço, limpava o que podia daquela situação deplorável.

— Sabe, a maioria das pessoas gosta de tomar banho em casa... – Uma voz vagarosa, preguiçosa e conhecida falava.

Virei— me lentamente e vi ele, me espionando, com um sorriso indecifrável no rosto.

— Preciso mesmo dar explicações, Shikamaru? – Falei virando— me e continuando a limpar a sujeira.

— Na verdade não – Ele sorriu – Me conformo em ficar de fora dessa.

Não respondi. Simplesmente porque eu fiquei muda. O que eu ia dizer?

— Você se lembra Temari? – Ele perguntou, mudando o tom de voz – Foi aqui que nós nos conhecemos...

Pisquei rapidamente duas vezes e o encarei estática. Era verdade.

— Você era o garotinho que estava com medo de descer do escorregador, não é? – Sussurrei com a mão nos lábios – Eu lembro... – Virei— me de novo para a fonte.

Por favor, engula seu orgulho

Se eu tiver algo que você precisar emprestar

Porque ninguém é autosuficiente

E você não deixa isso transparecer

— Você lembra também do que você me disse? – Perguntou chegando mais perto.

Esqueci como se respirava. Sim, eu lembrava.

— “Eu vou ajudá— lo a continuar, você consegue, confie em mim” – Ele disse. Pus a mão no busto e respirei descompassadamente.

— É tão simples... E é isso que te digo hoje... Confie em mim, Temari – Ele disse – E não haverá o que temer. É só isso que eu peço.

Levantei— me e fiquei ainda de costas para ele.

— Shikamaru eu... Eu estou confusa, sobre o que eu sinto... E— eu tenho medo... Mas, mesmo assim... Eu... Eu – Dizia gaguejando.

Ele me envolveu nos braços. E eu pude relaxar por um momento. Naquela sensação protetora, quente.

— Eu quero confiar em você – Disse por fim.

— Então não há mais nada no caminho – Ele disse me virando para sua frente – Desculpe por ter sido um idiota.

Eu ri sem jeito para ele.

— Desculpe também.

Ele me puxou rapidamente e me beijou. Um beijo tão urgente e apaixonado quanto eu pensei que seria. E já fazia muito tempo que, internamente eu desejava por aquilo em segredo. Nós ficamos por um bom tempo daquele jeito. Não achei ruim... Não achei que tinha tomado a decisão errada.

Nós dois sempre devíamos ter ficado juntos.

E se eu sobesse o que gritar

O que é que eu imploraria

E se eu soubesse o que dizer

O que eu diria

É quase como se o ontem pudesse desaparecer

Eu continuo na sombra do que eu poderia ser

Procurando a minha melhor parte.

~~

Estava em casa. Esperando. Em casa, sem nada pra fazer, no maior tédio do mundo. Eu percebi uma coisa... Agora que estava com Sasuke, quando ficava sem ele tudo era chato, chato demais. Me senti tão vulnerável. Porque quando uma pessoa se entrega de vez num relacionamento, ela quebra suas barreiras e seus impedimentos para com o outro. Será que eu tinha feito aquilo? Pensar em coisas assim era simplesmente assustador.

Nada de bom para se ver na TV, ótimo. Tentei falar o dia inteiro com a Hinata e nada. Tenten saiu com o novo— velho namorado Neiji e nenhum dos garotos estava em casa. Nunca me senti tão só. E olha que não era do tipo de pessoa que gostava de chamar atenção e de ficar com pessoas me paparicando 24 horas, mas eles me mal acostumaram assim. Na minha antiga cidade, com meus antigos amigos e com meus antigos namorados eu não era assim. É até um pouco irônico fazer comparações comigo mesma num tempo diferente... Parece que estou falando de duas pessoas totalmente diferentes. Antes eu era muito mais desconfiada, tratante, fingida, egocêntrica, maluca, idiota, neurótica e levava as coisas bem menos a sério do que hoje.

— Você está delirando, baby – Godofredo on – Muitas coisas que você disse agora, você ainda é... Como por exemplo: Desconfiada, fingida, maluca, idiota e neurótica... Pra mim não tem MUITA diferença não.

— Godofredo! Que bom que você apareceu hoje! – Não era mentira. Não, eu não tomei soda cáustica e sim, eu estava feliz de verdade por ele aparecer... Ajudava a enganar a solidão.

— Nossa você está mesmo na fossa hein! – Ele disse surpreso ao extremo – Nunca te vi ficar tão feliz com minha presença, na verdade... NUNCA TE VI FELIZ POR EU ESTAR CONTIGO, SUA COISA INGRATA E FEDORENTA!

— Desculpa... – Sussurrei envergonhada – No fundo você sabe que gosto muito de você ficar dentro da minha cabeça. Ou minha vida seria muito mais sem emoção e graça.

Ele me encarou incrédulo. VIU! EU DISSE QUE ESTAVA FICANDO BOAZINHA DEMAIS! – Odeio isso.

— Você está me assustando, pintosa – Godofredo falou – Mesmo sendo ingrata, prefiro que aja como antigamente, era mais emocionante.

— Pin— pintosa? – Repeti com aquela ação idiota e ordinária de minhas pupilas tremerem. Era involuntário, mas não deixava de ser irritante.

— É assim que vou te chamar de agora em diante, lindo né? – Falou sorrindo como se tivesse acabado de achar uma note de cem dólares no chão – Dólares, porque real é para pobres, beijos.

Suspirei.

— Não me chame assim, pintosa e lembra... Pintos.

— Essa é a idéia – Disse apontando o indicador para mim e fazendo aquela pose ridícula de Nice Guy – Se joga pintosa, põe rosa!

— Medo, muito medo.

Minha seção de revival com o Godô iria ter que esperar, pois ouvi o toque de mensagens chegou a meu celular, que repousava tranquilamente na... Na... Merda perdi o celular de novo! Isso sempre parece acontecer nas horas mais importantes! Droga de vida.

— Aqui celular; aqui celular! – Gritava pela casa, procurando em todo canto. Aproveitando enquanto o toque não acabava – CADÊ VOCÊ SEU NOJENTO!

— Acho que você tem que comprar um celular mais moderno... O seu ainda não tem a função de “Dono paranóico e em pleno estado de loucura procura...” – Lindo, não pode agradar que ele já caga no tapete (?).

— Se eu disser onde ele está, você aluga Piratas do Caribe? – Dizia convencido e chantagista como sempre.

Situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

— Eu até invado a casa do Orlando Bloom e pego na bunda dele só pra você ter a sensação, ok? – Disse apressada – Onde ele está?

Acho que o baque de pensar na bunda gostosa do Orlando foi demais para o Godofredo. Ele/ela ficou em choque por alguns segundos, mas para não perder a chance, logo falou.

— Atrás do sofá, ou dentro dele – Disse gritando na minha cabeça – Você sempre o deixa cair quando pula no sofá com a delicadeza de uma morsa no cio (?).

Mal educado. Foda— se.

O telefone já tinha parado de tocar, mas graças a um gay muito convencido, pude lera mensagem que Sasuke me mandou. Estava de quatro com o braço inteiro dentro do estofamento do sofá. A mensagem dizia:

“— Tem um presente pra você no meu apartamento. Pegue e use hoje a noite. A chave está no tapete.”

Um presente?

Meu Deus. O que poderia ser? Bom, é algo de usar, pode ser um brinco, um colar... Mas o que eu em minha sã consciência estou fazendo nessa posição desconfortável, sem ir correndo me estabanando e derrubando tudo e todos a minha volta para ver o que era? Acorda Sakura burra.

Corri mais do que maloqueira em dia de liquidação na 25 de março, fato verídico. Quando chego ao quarto dele, vi uma caixa preta de tamanho médio em cima da cama. O que é... Que será... Medo de abrir... E se forem sapos cuspidores de veneno? Ou cobras cascavéis... Aham Sakura senta ali do lado da Cláudia, vai.

Abri a caixa, temerosa – Tolamente – Em saber o que tinha dentro. E quando tirei o conteúdo da caixa, fiquei boba... Um lindo, muito lindo... Vestido branco.

Ele não era comprido, acho que ficaria na altura de meus joelhos. Tinha uma pala rosa, que sustentava a parte do busto, tinha alças bem finas e era rodado. Ok Sasuke, não sou uma boneca Polly... Mas eu amei. Corri de novo de volta para o apartamento, para ver o que usaria com o vestido. Não estava com uma vontade louca de andar de salto alto, até porque era péssima nisso, se pudesse, colocaria meus all stars amados e surrados e pronto.

Os all stars.

Meus queridos tênis foram o motivo de um dia, eu ter a oportunidade de conhecer ele.

Olhei para o relógio de parede, eram 6 horas?! COMO PODE? Quando eu queria que o tempo passasse rápido, os segundos pareciam estacionar não é? Valeu aí, seja quem for que comanda o tempo, numa sala branca e fedida, você é demais. Espero que caia da cadeira e tenha câncer no anus.

Fui ao banheiro para tomar um rápido banho, tentar arrumar meu cabelo que hoje resolveu ficar armado e dar um jeito no meu rosto com uma maquiagem. E que a santa mãe protetora das maquiadoras ruins me ajude!

15 minutos depois

Estava pronta. Nada demais. Estava normal, como todos os dias, e isso me aborrecia profundamente. Queria tanto parecer mais bonita para ele hoje... Enfim, ele que se contente, ou leva um tiro no umbigo.

Só me restava esperar. Mas porque eu estava com um frio na barriga? Besteira. Não era nosso primeiro encontro. Só eu mesmo pra ficar com esse tipo de cú doce uma hora dessas. Eu me mereço (?).


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Notas finais do capítulo

EAE GALERE PENULTIMO CAPITULO O/
só tenho que pedir desculpa pela demora :((
vou tentar não demorar muito pro próximo capi, que é o ultimo *-* haha
espero que gostem, reviews ?♥♥
smack smack