Apenas Um Olhar escrita por Dih_dangerous


Capítulo 11
Capítulo 05 - Parte um.


Notas iniciais do capítulo

Os personagens citados aqui pertecem á Masashi Kishimoto. A história pertence no entanto a minha amiga Rafa que meu deu autorização para poder posta-la !Boa leitura x3



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Capítulo O5 - The Hotel of love questions


 — Querem mais alguma coisa, Shikamaru, Temari-san? – perguntou Hinata.

 — Não, obrigada – disse Temari pegando seu copo de suco de laranja, seu preferido, e um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

 — Tudo bem, Hinata – falou Shikamaru, bebendo seu café sem mais nada.

Temari olhou para a xícara de Shikamaru e perguntou descarada:

 — Nossa, você é tão amargo que nem no seu café você coloca açúcar né?

Ele não deu muita atenção à provocação da moça, e continuou a beber seu café

 — Sabe o que é bom de uma coisa amarga, Temari – falou sem muito interesse.

 — Não tem nada de bom – disse dando uma mordida no bolo – bobão.

 — Aí é que você só se engana – disse sorrindo torto – o bom das coisas amargas, é que no final elas têm um sabor doce, que faz tudo valer a pena – sorriu num tom debochado.

Por um momento, Temari sentiu uma certa queimação em seu rosto, mas depois ficou emburrada.

 — Eu não concordo, Shikamaru – disse com um sorriso debochado e um tom de voz igualmente sem seriedade – sabe, o que é amargo demais, acaba nos deixando com vontade de vomitar.

Eles trocaram faíscas por uns segundos.

 — Bom, sabe o que eu acho que você deveria fazer? – respondeu-a brincalhão – primeiro, prove que sabor tem o amargo, para depois tirar suas próprias conclusões – terminou triunfante e satisfeito.

A garota, pelo contrário, ficou sem palavras na boca, e sem ações a se fazer. Mas uma pequena pontada de orgulho ferido, por não poder respondê-lo a altura. Já que essa, era a sua especialidade.

 — Falou, já to indo. Tenho que terminar um relatório de 451156461 páginas pra entregar pro meu chefe – disse Shikamaru deixando uma nota em cima da mesa e se levantando – mas pense no que eu pensei, Temari – sorriu e deu uma piscadela de lado para a moça e se retir
Hinata aproximou-se da mesa onde, antes, os dois amigos se encontravam e sentou-se no lugar que estava ocupado por Shikamaru.

 — Shikamaru é muito legal né Temari? – perguntou olhando para o rapaz que já saia de seu ponto de visão.

 — Você só pode ser surda-muda-cega-louca pra achar isso, Hinata – falou a garota com uma cara emburrada – só assim pra alguém gostar desse mala, só assim.

 — Não fale assim, Temari-san – falou repreensiva, Hinata – ele tem muitas qualidades, não é um ‘mala’.

 — É? Porque você não teve que ficar ouvindo uma conversa bocó sobre como o amargo é melhor do que o doce porque ele fica doce no final e vale a pena, mas eu sei que não é assim, porque o amargo não fica doce no final, amargo é amargo e doce é doce, e eu gosto mais de doce do que de amargo – titubeou rapidamente, Temari, ainda com raiva.

A resposta de Temari fora tão rápida e com tantos doces e amargos no meio, que Hinata de perdeu no segundo doce que era amargo.

 — Anh, mesmo assim – respondeu confusa – não devia falar coisas assim sobre ele, ele é muito legal. Devia conhecê-lo melhor.

— Sem essa! Prefiro comer minhoca crua – respondeu com vigor.

Ao ouvir aquilo, Hinata ficou com um certo nojo. E totalmente desacreditada de que a amiga faria isso, afinal as mulheres – pelo menos a maioria – tinham medo de três coisas: cobras e insetos em geral, da solidão e de fim de liquidação na sua loja preferida.

 — Aham, acredito.

 — Olha só quem fala, Narukete – respondeu debochada.

 — O-o quê?

 — Porque VOCÊ então, não conhece o Naruto melhor? – perguntou com uma cara de decepção.

 — Co-o-mo assim? – a face da garota passou do branco ao vermelho, apenas ao ouvir aquele nome – eu já conheço o Naruto-kun há muito tempo, Temari.

 — Ah, qual é? Não é isso – sorriu – é um outro CONHECER, bem melhor – o canto da boca dela se entortou num sorriso malicioso.

 — Temari-san!
 — Não to mentindo! – falou – é o que todo mundo acha que deveria acontecer, e o mais importante, é o que você sente, Hinata.

 — Mas...

 — Só pensa nisso que eu te disse, ta? Eu já vou indo.

 — Naruto-kun...

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 — Graças a Deus! Casa, que alivio – quase choro de emoção gente, sair daquele hospital dos jogos mortais, era quase um paraíso. Agora ninguém podia falar, tinha mais do que motivos para ODIAR aquele lugar, concordam? – nunca mais irei colocar esses pezinhos num lugar daquele de novo.

 — Do jeito que você se acidenta mais do que duble de filme de ação,  duvido – respondeu o frio-amargo-hermafrodita-pintoatrofiado do meu vizinho.

 — Cuidado para não engolir o veneno Sasuke, senão você morre – disse com um sorriso bobo no rosto.

Ele não deu a m-í-n-i-m-a para o que eu disse, novidade. Pegou umas correspondências e subimos no elevador. Consertado, finalmente.

Era só um minutinho até chegar ao sexto andar, então por hoje não tinha mais perigo. Só se um maníaco suicida entrasse no elevador antes de chegarmos até lá. Mas já seria ‘merdição’ demais num dia só, então relaxei e comecei a cantar uma musiquinha happy que estava na minha cabeça.

Sexto andar: lingeries, fantasias eróticas, brinquedinhos e...

BRINCADEIRINHA, seus pervertidos, haha.

O senhor simpatia em pessoa entrou logo na sua caverna e nem disse mais nada. Ótimo, quem queria conversar? Eu não. E eu peguei minhas chaves e fui colocar na fechadura.
Entrei na minha casinha que agora parecia bem mais aconchegante do que o comum. Acho que era o resultado de muita pressão, adrenalina e a glicose baixa. Mas só a gente sabe como a nossa casinha nos faz bem. No meu caso, me deixa de bom humor depois de um dia horrível. Incrível como hoje, de um dia normal, se transformou numa dramaturgia mexicana. Isso não costumava acontecer antigamente, e quando pensei nisso, fiquei muito feliz. A mudança que ocorreu em tão pouco tempo, a diferença de sensações e muitas novidades me deixavam totalmente entorpecida, talvez de melancolia, talvez de alegria. Mas, pensar nisso me deixou de certa forma, inconsistente comigo mesma. Era idiotice. O que tanto poderia ter mudado? Nada era tão simples de se compreender assim. Nem tão difícil de se esquecer e ser deixado para trás. Como havia feito com minha vida de antes, deixado para trás. A questão era: será que eu seria capaz de deixar tudo isso para trás também? Todas as pessoas que conheci, todos os amigos que consegui fazer, em apenas algumas semanas. Era muito pouco tempo para ficar tão apegada. Mas para mim, fora tempo o suficiente para mudar.

'Mudar de opinião'.

Como dessa vez foi tão fácil?

Já me mudei tanto, que conheço aqueles caminhoneiros que fazem até a entrega de urnas funerárias. A saída mais conveniente para minha mãe sair das confusões e escapar de problemas era sempre a mesma: fugir para o mais distante possível delas. Nunca consegui me estabelecer por mais de um ano em um lugar. Sempre acontecia algo que a deixava chateada, aborrecida e até mesmo triste. Ela nunca conseguiu conviver com isso. Acho que é por isso que considero minha mãe uma pessoa tão frágil, quebradiça quase. Ela é sensível demais ao que os outros são capazes de fazer com ela. Por isso tenho receio também. Um receio que quase de torna certeza quando paro para pensar nesse assunto.

Receio de ter de deixar tudo para trás. De novo.

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Sexta-feira, 8 de fevereiro de 2009.


 — Vamos Sakura-san! Ainda temos que levar toda essa roupa para lavar – disse Hinata, pegando uma sacola cheia de roupa – e quem sabe se as máquinas estarão vagas lá em baixo – suspirou cansada – devia ter falado comigo para lavá-las antes.

 — Mas eu ia falar ontem, Hinata – respondi tranqüilamente – é que quando eu ia falar com você eu vi um gatinho preto no meio do caminho e achei que era um mal sinal, então resolvi deixar para hoje mesmo – disse rindo.

 — ’ Como ela consegue dar uma desculpa tão esfarrapada para dizer que esqueceu da roupa suja?’ Claro que sim, Sakura.

 — É sério, não me olha com essa cara de não-acredito-mais-em-papai-noel.

Nós chegamos à lavanderia e por sorte, as máquinas estavam desocupadas. Rapidamente colocamos toda a roupa em seus respectivos lugares: branca com a branca, roupa intima com roupa intima, jeans com jeans, e vocês me entenderam.

 — Você já parece totalmente recuperada, Sakura.

 — Mas é claro, menina – respondi colocando um pirulito na boca – é necessário mais do que uma garotinha frenética do primário para impedir que eu passe o melhor final de semana da minha vida com vocês nesse hotel.

 — Já está quase tudo pronto, amanhã pela manhã a gente vai deixar tudo na casa da Temari-san e saímos para o hotel – falou animada.

 — Não é incrível? O final de semana perfeito num lugar perfeito – falei com a minha imaginação no hotel onde passaríamos os dois dias tão esperados.

 — Que bom que você vai com a gente – disse sorrindo – parece que nos conhecemos há tanto tempo, que faz soar como brincadeira.

 —Tem razão.

 — Anh, Sakura-san...

 — O que foi?

 — Posso te pedir uma coisa?

 — Claro, o que é?

 — Me responda uma coisa – continuou meio que nervosa – o que você acha do Naruto-kun?

 — Como assim? – respondi confusa – bom, o Naruto é legal, Hina. Ele é um bom amigo, meio nojento às vezes, como quando ele pegou o chiclete do chão e colocou na boca, mas é muito legal. Porque perguntou isso?

 — Sabe, eu acho que ele, acho que ele sente algo por você – respondeu, com um pouco de tristeza na voz.

Eu quase morro asfixiada com o pirulito quando ela falou isso.

 — QUE? REPETE - PORQUE EU ACHO QUE COMI CARNE ESTRAGADA HOJE.

 — É que, ele sempre fica olhando você, e...

 — Deixa eu falar, rapidinho... – respirei por um momento e agora, sóbria, respondi:

 — Hinata, eu tenho certeza de que o Naruto não sente nada por mim, e, a não ser que ’Sakura-chan, eu consegui roer a minha unha do pé’ signifique outra coisa por aqui. Tenho certeza de que eu e ele somos só amigos. Just friends. – respondi sorrindo e tentando fazer com que eu fosse totalmente direta e conclusiva.

 — Ah...

 — Eu sei que você gosta dele, acha que eu faria algo assim com você? – perguntei desconfiada.

 — Não, claro que não. Eu confio em você. Mas, se ele gostar de você – falou titubeando – não adianta quais são os meus sentimentos.

 — Hinata, você tem que parar de ser tão temerosa e negativa com relação à isso – disse com um sorriso confiante e mais alegre, agora que tudo fora esclarecido – diga a ele logo o que você sente, antes que os seus dentes e os deles caiam de velhice.

 — Credo, Sakura.

 — Você entendeu.

 — Entendi, mas, pegou pesado.

 — O importante é que você me entendeu.

 — Mas sabe o que eu acho?

 — O que? Neném – disse brincando com ela, fazendo uma carinha fofa. 
 — O mesmo conselho que você acabou de me dar, devia usar com você mesma – falou me olhando de canto e com um risinho que nunca tinha visto em sua expressão – devia dizer ao Sasuke o que você sente, Sakura.

 — O QUÊ? – morridemortemorrida.

 — Eu sei que você sente alguma coisa por ele, Sakura.

 — Tem razão, eu sinto algo por ele.

 — É? *-*

 — Sim. Ódio profundo e desprezo eterno.

 — Ah claro, e eu tenho um macaco que pinta obras de arte lá em casa.

 — Não entendo, você sabe que eu o odeio – disse conturbada – porque acha isso?

 — Porque, o que você chama de ódio, eu chamo de: tentativa de fugir do inevitável – respondeu confiante.

 — Mas, ele é um tirano-idiota-gay-pintoatrofiado-hermafrodita-maluco-engomadinho, eu não gosto dele – disse com um pouco de raiva.

 — Aham, o que você sente quando ele chega perto de você? – perguntou calma ainda.

 — O seu cheiro de porco metido – respondi emburrada.

 — Sakura! – disse sorrindo – você não percebe? Como fica quando fala dele? É tão óbvio que até cega, de tão transparente.

 — É nada.

 — É sim.

 — É nada.

 — É sim.
 — É NADA!


 — É SIM!


 — É NADAA!


 — É SIIIIM!


 — É NADAAA, INFINITAS VEZES NADA!
 — Não dá pra discutir com você – suspirou cansada de gritar louca que nem uma criancinha, porque foi o papel que a gente representou, de duas molecas brigando pelos namoradinhos.

 — Ainda bem que você sabe – disse, ofegante e desesperada, aquilo era um absurdo.

 — Mas, não muda o que eu penso – continuou se virando para uma máquina que estava rodando, lavando as roupas.

 — Eu nem ligo – disse me virando para a outra máquina – eu sei o que se passa aqui ó – apontei para o meu coração.

 — Ah, claro – respondeu aborrecida – se passa ‘Uchiha Sasuke Uchiha Sasuke’ – cochichou.

 — O que você disse? – perguntei com uma veia de irritação subindo por minha cabeça.

 — Disse que essa máquina já parou, me ajude a pegar as roupas – respondeu, mudando de assunto, ainda bem.

 — Hunf, ta – disse ainda meio aborrecida, mas eu não gosto de ficar chateada com ela então, esquecer essa pequena discurssão por um momento.

Juntei todas as roupas e coloquei numa cesta que havíamos levado. Depois de uns minutos, as outras máquinas também pararam e nós subimos para levar a roupa para o apartamento.



Sem mais garotos por hoje, por favor!
 — Coloca essas roupas nessa pilha aqui, Hinata por favor – disse – não vou levá-las.

 — Tudo bem – respondeu levando uma pulha de roupas lavadas e colocando-as em cima da cama.

 — Acha que eu devo levar esse agasalho? – perguntei segurando uma blusa de mangas compridas de gola alta, azul marinho com estampa do Felix the cat que eu simplesmente amava.

 — Sakura, nós vamos a uma praia... – respondeu incrédula.

 — É eu sei, mas e se de repente lá chover granizo? – respondi com minha dose de imaginação demais para ser verdade – eu ficarei quentinha e protegida, né.

 — Meu Deus, Sakura. Às vezes, acho que você precisa de ajuda – respondeu desacreditada.

 — Que é? Eu não posso ser feliz nem em meus pensamentos? – respondi absorta.

 — Pode sim, mas guarde ele só para você – respondeu sorrindo – fará você se meter em beem menos problemas.

 — Você ta muito engraçadinha sabia? – falei olhando para ela com uma cara de surpresa – cadê a Hinata que não conseguia nem pedir para ir ao banheiro de vergonha?

 — Sakura, eu nunca fiz isso.

 — Eu sei.

DING DONG

 — Você chamou alguém Hinata? – perguntei.

 — Não, ninguém – respondeu, também surpresa.

 — Hum. Deve ser o garotinho que mora no andar de baixo, pedindo de novo para eu namorar ele. Ai, como é chato ser tão irresistível – disse ironicamente.

Hinata fez uma cara INCRÍVEL e capotou para trás.

 — Você é impossível, Sakura!

 — Quem é?

 — Ino, Sakura.

 — Ah, ta.

Abri a porta para a garota de cabelos loiros, e logo que ela entrou eu me abaixei e coloquei as mãos na cabeça, como forma de proteção.

— Há. Muito engraçado, vou guardar para mais tarde senão o riso acaba – respondeu sem senso de humor.
— Desculpe, Ino – respondi sorrindo sem graça – tudo bem? Faz tempo que não te vejo.

 — Tudo sim – respondeu com aquele seu sorriso colgate – ei, vim aqui pedir desculpas por aquele dia sabe?

 — Hn, que nada – falei toda gesticuladora – não foi nada não.

 — Acho que eu meio que perdi o controle.

 — Totalmente – falei séria por um instante, eu vi o rosto dela ficar avermelhado, e pensei em como eu era malvada por fazer aquilo apenas por diversão, mas não era nada comparado ao que ela fez, e eu levei na esportiva – mas, eu nem me importo com isso.

 — Puxa, obrigada – falou aliviada.

 — De nada – respondi – Ei Hinata! A Ino ta aqui.

Depois de um minuto, Hinata veio e se juntou a nós na sala.

 — Você também vai para o hotel Ino? – perguntou Hinata.

 — Não, não vai dar acredita? – disse lamentando-se – vou ter que viajar com meu pai, para fazer negócios. Fala sério.

 — Que pena, vou sentir saudade de suas porradas carinhosas – respondi sorrindo.

 — Não se preocupe, quando eu voltar a gente perde o tempo perdido amor – disse moleca.

 — Hn, acho que passo – respondi com uma gota de suor descendo pelo canto da minha testa.

 — Você que sabe.

 — Hinata, sabe com quem eu conversei? – disse olhando para a garota que estava sentada na poltrona.

— Não, não sei.

—Com a Temari.

— Ai...

— E sabe o que ela me disse? – continuou.

— O que, criatura?

— Que você vai falar com o Naruto! – disse animada – olha, você sabe que continuo achando ele um completo idiota, mas eu to tão feliz por você! – falou com os olhos ardendo internamente.

 — O QUÊ? – Hinata ao ouvir aquilo deu TILT, apagou, desmaiou.

 — Meu Deus! Hinata? Ino! O que você fez? – gritei espantada e nervosa. 
 — Mas, eu só disse o que a Temari me contou e...

 — Doido! Me ajuda a levar ela pro quarto. Ai vocês ainda me matam!

Levamos a desacordada para o quarto, colocamos na cama e eu peguei um vidrinho de álcool, coloquei numa flanela e fiz com que ela inalasse aquele cheiro forte para acordar.

 — O que? Sakura...

 — Você ta bem Hinata? – perguntou Ino preocupada.

 — Não, Ino eu não... – titubeou ainda confusa.

 — Olha Ino, eu acho melhor você ir, ela vai ficar nervosa se te ver. Depois eu te digo como ela ficou – falei tranqüila – por favor.

 — Tá, tudo bem – falou compreensiva – depois me diz – ela saiu, mas eu sei que por trás daqueles fios loiros pairava a curiosidade.

 — Pronto, ela já foi embora – disse segurando a mão dela, tadinha, o susto foi tão grande para ela, certo Temari, como se a Hinata fosse dizer para todo mundo que ia falar com o Naruto, arrã – senta, você vai se sentir melhor.

 — E-eu não di-isse nada...

 — Eu sei, foi tudo um mal entendido – continuei, ela já com uma expressão melhor – se acalme eu vou esclarecer tudo com elas.

 — Obrigada.

 — Você levou um tremendo de um susto né? – cutuquei-a sorrindo calmamente.

 — É que, elas sabem que eu não quero contar nada a ele – disse meio irritada – porque continuam insistindo nisso? Eu cansei de pedir para não fazerem isso.

 — É porque a gente só te quer feliz – disse.
 — Mas...

 — Hinata, como espera que ele descubra sozinho? – perguntei olhando para ela – homens não são tão inteligentes quanto você pensa quando o assunto é relacionamento minha querida. Ainda mais se tratando do Naruto. Você tem de detalhar nos mínimos detalhes.

 — É isso que me chateia...

 — Hã?

 — Vocês, todos vocês... sempre ficam duvidando dele, colocando ele para baixo, dizendo coisas que não são verdade – balbuciou em voz baixa, eu ouvi, mas parecia que ela conversava mais consigo mesma agora – mas eu sei, sei o quanto ele é especial, e que ele me motivou a mudar, antes eu era tão diferente, tão negativa, mas depois de conhecer ele, eu posso dizer sinceramente que me tornei uma Hinata de quem eu possa me orgulhar, tudo por ele...

 — Viu só!

 — O quê? – perguntou acordando de seu devaneio.

 — Se você falasse isso para ele, eu sei que ele entenderia – falei – e tenho certeza de que ele corresponderia, sua boba! Foi a coisa mais cuti-cuti que eu já ouvi, dá vontade até de apertar essas suas bochechas brancas.

— Ah, Sakura!

— Ah, Hinata! – imitei-a com convicção – porque duvida tanto de si mesma? Você é tão bonita é tão especial, e sente tudo isso por ele, pare de sofrer por isso criatura! Apenas fale. Se você aprendeu tanto com ele, vai saber que o Naruto jamais temeria ou esconderia o que ele sente – falei séria agora – bom, esse foi o meu pequeno discursso, não vou mais interferir se é o que você quer, mas pense muito nisso por favor. Eu gosto muito de você e não quero que se arrependa – terminei dando um beijinho na sua bochecha.

  — Hn, vou pensar – respondeu com um biquinho – e agora eu já vou também, já são oito horas, a Ten Ten deve estar me esperando.

 — Tá bom, boa noite.

 —Boa noite.

 — Sonha comigo.

 — Vai dormir, Sakura!
Ela saiu da casa e mais uma vez eu estava sozinha. Até que achava bom, poder pensar, imaginar as minhas besteiras sem nenhuma censura, e comer muito sorvete até inchar e ficar deprimida. (não, eu não sou emo)

Antes de dormir pensei muito no que a Hinata disse. Deve ser horrível estar se sentindo como ela está agora. Insegura.
mas eu sei, sei o quanto ele é especial, e que ele me motivou a mudar, antes eu era tão diferente, tão negativa, mas depois de conhecer ele, eu posso dizer sinceramente que me tornei uma Hinata de quem eu possa me orgulhar, tudo por ele...

Eu sentia o quanto o sentimento dela era verdadeiro, quando via seus olhos brilharem toda vez que ela falava dele. Era tão intenso, tão sincero, que me dava até um pouco de inveja. Nada relacionado a ela e Naruto. Mas eu nunca me peguei tão apaixonada por alguém assim, a ponto de doer. A ponto de ser algo indispensável, de ser emocionante. Eu acho que nunca me permiti isso, afinal, os meus relacionamentos anteriores comprovam que não tenho sorte com a sexualidade dos rapazes, ou que tenho algo que os faz preferir ficar com os homens. Sei lá, vai ver é o meu mojo.
E pensando com os meus botões de cereja, uma cena me veio à cabeça:

O mesmo conselho que você acabou de me dar, devia usar com você mesma – falou me olhando de canto e com um risinho que nunca tinha visto em sua expressão – devia dizer ao Sasuke o que você sente, Sakura.

Porque ela falou aquilo? Eu não sinto nada por ele, sério. Não, sério mesmo.
Eu e ele sempre tivemos desentendimentos desde o primeiro momento em que nos vimos, na verdade, no primeiro momento em que eu quase o mato com meu all star de estimação, ai. Não sei de onde ela tirou isso. Ele diz que eu sou irritante, infantil, irresponsável e maníaca-suicida, e eu continuo com minha forte opinião de que ele é um engomadinho, idiota, fresco, gay, pintoatrofiado, hermafrodita. O que tem de amor nisso?

Mas eu me lembro daquela noite, a do all star, quando ele saia dando piti da minha casa, quando ele apareceu como um vulto atrás de mim – o que me levantou várias hipóteses sobre ele ser um vampiro ou um fantasma – quando eu senti a sua voz rouca no meu ouvido e sua presença tão perto da minha. AI, estremeço toda, fala sério.

Tudo bem, tenho que admitir, sinto ’atração’ por ele, afinal não sou cega nem burra. O estúpido é muito gostoso. Mas isso não tem nada a ver com gostar, né?

Eu espero, pois se estiver errada, seria o mesmo de não estar certa, e estar errada seria horrível, estar certa seria melhor, estar errada dessa vez me deixaria chateada, mas estar certa me deixaria muito orgulhosa.

CHEGA DE TANTO CERTA OU ERRADA, SUA PERUA LOUCA!

O que, Godofredo?

Sabe de uma coisa? Você ta mais que apaixonada por esse vizinho dos meus sonhos, e se conforme sua louca!

 — NÃO! – gritei sozinha no meu quarto.

 — Não pode ser verdade, eu não posso...

 — Não posso estar apaixonada pelo Sasuke!

                                                          Continua ~


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Notas finais do capítulo

Ae como prometido :D Bem grandinho né ? espero que vocês não se incomodem em os caps ser em partes,..é que eles foram escritos muito grandes e ela postava em várias partes Q ai eu junto várias pra não ficar muito e ter no máximo 3 partes.. Espero que entendam.Então, hoje eu fiz minha matrícula em um curso e vou começar semana que vem.. então vai ficar um pouco dificil pra postar. Até porque é fim de ano e to cheeeeeia de coisas pra fazer.. Vou tentar postar pelo menos uma vez na semana porque mano, toma muito meu tempo "/Mais não vão abandonar, relaxem ^^Próximo post = Quinta/SextaEspero mais reviewns hein ? Beijos lindas ;*