Faltam 10 dias. – 15º dia de treino. 18:35 da noite

- VAMOS WEASLEY!

- Estou tentando! – disse Rose suando. Seu mestre não parecia satisfeito.

- NÃO PARECE! PARE DE SER FRACA!

- Eu não sou fraca! – disse Rose lutando com suas forças para não desabar.

- NÃO ME PARECE! – disse o mestre. Agora ele tinha certeza, ela não era fraca.

- LÍLIAN NÃO ESTÁ ME AJUDANDO! FAZENDO ESSE CICLONE! O fogo não agüenta! – disse Rose, vendo a sua bola de fogo diminuir.

- Tem que se acostumar com isso! Vamos! Falta 10 dias! Você tem que aprender isso até o fim do dia!

- PEDE PARA ELA DIMINUIR O VENTO! EU NÃO VOU AGUENTAR.

- STONE! DIMINUA! A WEASLEY NÃO VAI AGUENTAR! – gritou ele para Lílian que estava afastada deles. Rapidamente o vento diminui e o fogo aumenta.  – MALFOY! – gritou para Scorpius. Scorpius se aproximou.

- Sim senhor.

- No três. – Scorpius se ajeitou. – Weasley! Agüente! Um. Dois. TRÊS! – Scorpius começou a jogar água na bola de fogo de Rose.

- EU NÃO VOU AGUENTAR! – disse ela. A bola de fogo diminuía lentamente.

- VAMOS ROSE! VOCÊ AGUENTA! – incentivou Scorpius, tendo que jogar água na bola de fogo. A bola de fogo, não diminuiu apenas aumentou aos poucos.

- STONE! VAMOS! ENTRE COM UM CICLONE! – ordenou o mestre.  Lílian se aproximou e um ciclone começou a rondar a bola de fogo que lutava com a água.

            Rose não iria resistir. Ela e os outros podiam sentir.

- AGUENTE FIRME WEASLEY! – pediu o mestre. Rose engoliu em seco. Não conseguia. Suas pernas não agüentaram e desabaram no chão, fazendo Rose desmaiar. Rapidamente Lílian e Scorpius pararam e foram socorrer-la. Scorpius jogou um pouco de água no rosto dela. Ela abriu os olhos. Arfava. Se sentou, passou a mão no rosto para tirar o excesso de suor, respirou fundo e aceitou a mão de Lílian e Scorpius. 

- Muito bem Weasley. – disse o mestre. – Descanse um pouco. Irá treinar mais um pouco. Podem ir.

- Vamos Rô. – disse Lílian puxando Rose para dentro da casa. Colocou ela no sofá com a ajuda de Scorpius que foi para a cozinha. Minutos depois trouxe um potinho com brigadeiro e duas colheres.  Ele entregou uma para Lílian. – Eu não quero! Estou muito enjoada. Ai meu Merlin amado! Meu mestre está me chamando. Tchau! – disse ela saindo dali.

- Posso dividir com você? – perguntou Scorpius se referindo ao brigadeiro.

- Claro! – disse ela aproximando o pote dele. Ele pegou uma colherada. – Está melhor?

- Estou sim, obrigada. Eu estou podre. – disse ela colocando a colher na mesinha em frente ao sofá e automaticamente colocou a cabeça no ombro de Scorpius.

            Scorpius estremeceu todo. Sentiu ela enlaçar seus braços em seu braço. Começou a fazer carinho em uma das suas mãos. Sentiu ela relaxar. Ele encostou a cabeça na dela. Sentiu seu corpo relaxar. Suas pupilas estavam ficando pesadas. Antes dele sentir abandonar o mundo para ir ao mundo dos sonhos, ele ouviu um barulho. Não ligando, deixou-se desligar totalmente dali.

- Ei vocês. Acordem! – chamou Marcelo. Eles acordaram assustados. – Imaginem se alguém vê vocês dormindo assim? De qualquer maneira, Malfoy, Isabelle está no quarto e quer falar contigo. Boa coisa não é. E Rosa, está na hora de você ir para lá treinar. Hoje eu sou contigo. Vamos. – disse ele. Ela se levantou.  Scorpius também se levantou. – Boa sorte com ela!

- Obrigado. Até.  – disse ele antes de subir as escadas.  Rose se virou para Marcelo.

- Sabe sobre o que é que a Belle quer conversar com ele?

- Ela desceu para contar uma novidade para Malfoy quando viu vocês dormirem no sofá.

- Ai meu deus! É tudo minha culpa. Eu vou lá falar com eles. – disse ela se virando e indo para as escadas.  Mas Marcelo segurou seu braço.

- Não vai. Deixe eles se entenderem. Vamos.  – e foram para a fora da casa.

22:15 da noite:

            Rose acordou. Estava tendo um sonho bom, sabia que não iria conseguir dormir tão cedo. Apenas um chocolate quente fazia ela dormir. Acendeu as luzes e deu um berro.

- O que aconteceu? – perguntou o motivo do grito. Scorpius Malfoy dormia no sofá.

- Scorpius, por Merlin, o que aconteceu?

- Eu fui expulso do meu quarto.

- Por que?

- Isabelle acha que eu estou traindo-a.

- Traindo? Isso é um absurdo! Com quem?

- Com você.

- Meu Deus do céu! Que loucura! – disse ela histérica. – Por que? Só porque eu encostei a cabeça no seu ombro.

- Eu sei. Mas, eu vamos deixar ela esfriar a cabeça um pouco. Ela verá que é um absurdo e etc. – disse Scorpius.

- E qual era a novidade?

- Ela me contou que estava grávida.

- E...

- Eu não reagi da maneira que ela pensou que eu reagiria e me botou para dormir aqui e emendou aquela história de traição. Engravidar endoidou ela.

- Não é verdade. A pessoa apenas fica de pá virada e depois vem chorar pedindo desculpas e etc, é comum nas...

- SAI DAQUI STONE! VAI DORMIR NA SALA! – gritou Lílian no andar de cima. Coisas sendo jogadas podiam ser ouvidas. – NÃO ME CHAME DE RUIVINHA! VÁ PARA SALA! TERÁ SORTE SE EU NÃO PEDIR DIVÓRCIO AMANHÃ MESMO!

            Podia-se perceber que Jake falava calmamente na tentativa de acalmá-la.

- POUCO ME IMPORTA SE VOU ACORDAR OS OUTROS! VÁ PARA O INFERNO! – e bateu a porta.

- Eles colocaram um feitiço para o barulho? – perguntou Rose.

- Sim.

- Gravidez. Hunf. Só piora o estado da mulher. – resmungava Jake.

- Mas vale a pena. – disse Rose tentando animar ele. Ele sorriu.

- Detesto quando você tem razão. – disse ele.

- O que aconteceu dessa vez? – perguntou Rose vendo ele arrumar e sentindo frio.

- Ela me perguntou se ela estava ficando gorda, e eu disse que ela estava linda como sempre. Ela me perguntou umas outras coisas e eu não sabia o que responder. Ela ficou brava e me botou para dormir aqui.

- Ouvimos uma parte da discussão. – disse Rose.

- Bem vindo ao grupo cara. – disse Scorpius.

- Posso fazer companhia para vocês? – perguntou Rose.

- Claro. Deixarei esse sofá para você. – disse Jake brincando. Ela sorriu e subiu para pegar suas coisas.

                        Pegou tudo que precisava e descia as escadas quando ouviu uma conversa entre Jake e Scorpius

- Você não ama ela né?- perguntou Jake.

- Nunca! – disse como se fosse obvio.

- Então por que fica falando que a ama?

- Por que eu acho que preciso! Você não entende!

- Realmente não entendo.

- Não acha que está muito quente aqui? – perguntou Scorpius se levantando do sofá.

- O quê?

- Rose? Você está aí? – perguntou Scorpius se aproximando da escada e vendo o cobertor e travesseiro queimados jogados nos degraus da escada. Rose chorava, esbarrando em Scorpius ela foi para fora da casa. Scorpius passou pela sala.

- Cara, o que aconteceu?

- Vou descobrir. – disse ele indo atrás dela.

            Não foi difícil encontrar ela. Era apenas seguir um rastro de fogo marcado no chão. Scorpius lentamente foi apagando o fogo. Chegou nela. Um círculo de fogo circulava ela. Ele apagou.

- Rose, o que aconteceu?

- Quem você pensa que é! – gritou ela jogando fogo nele que apagava com água.

- Scorpius Malfoy.

- E ainda responde! – gritou ela. Ele suspirou e se aproximou dela. Ela começava a jogar fogo nela.

- Do que você está falando?

- Eu ouvi a conversa, Malfoy!

- Então por que essa criancice? – perguntou ele irritado. – Você ouviu a conversa.

- POR ISSO MESMO! Você vem e consegue me convencer que você me ama e...

- Mas eu ti amo! – disse ele. Irritado puxou ela para um beijo. Nem ouviram os passos.

- SCORPIUS MALFOY! – gritou Isabelle parada olhando para eles.

- Belle. – disse Rose.

- Vamos conversar Scorpius. – disse ela severa indo para a casa.