Os Opostos também se Atraem Vol. Ii escrita por estherly


Capítulo 29
Vient de commencer




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93657/chapter/29

O avião descia calmamente no aeroporto de Paris. A frio invadiu os passageiros um por um no momento em que a porta fora aberta. Isabelle se aconchegou mais no casaco negro de pele e no seu marido. Rose se acomodou no seu sobretudo de lã e saiu do avião.  Me aconcheguei no meu casaco e puxei Rose para mim. Passei a minha mão pela sua cintura e juntos fomos pegar as malas. Cada um pegou a sua e fomos para a rua. A temperatura estava de matar. Puxei Rose para mim e abracei-a, ela se aconchegou em mim. Ela estava morrendo de frio. Entramos nos taxis e entreguei o endereço para o taxista, vi uma feição de surpresa no seu rosto. Ele me entregou o papel e começou a rodar. Olhei para o endereço. É o hotel. Por que essa cara? Ok. Respire e se acalme. Trim... Trim... Trim... Peguei o celular no bolso do casaco.

- Alô.

- Oi filho! – disse... Minha mãe?

- Mãe?

- Sou eu filho. Onde você está?

- Como assim?

- Voltamos de viagem de três meses e não encontramos você! Onde você se meteu rapazinho?

- Mãe. Primeiro eu estou na França e...

- FRANÇA? – putz. Fiquei surdo. Não! Estou na Itália...

- Sim mamãe. Estou na França numa missão.

- Aqueles troços de profecia? – minha mãe nunca entende essas coisas de bruxo. Afinal, ela é trouxa.

- Sim mamãe.

- E por onde você passou?

- Guatemala, Suíça, Grécia e viemos para cá...

- Marcelo, estamos indo para o lugar certo?- sussurrou Rose no meu ouvido, medo na sua voz. Olhei para os lados. QUE DIABOS DE LUGAR É ESSE? Olho para o motorista e vejo algo preto no braço dele. PORCARIA! Olhei para o motorista e vi que ele me olhava com uma cara de “Há! Meu mestre vai amar saber quem eu peguei.” Reparei nos objetos e vi uma... varinha? PUTA QUE PARIU. Foi mal pelo palavrão!!

- Marcelo, está aí? – ouvi minha mãe falar.

- Ti ligo mais tarde. – desliguei o celular e coloquei no meu bolso. – Sua mala está contigo?

- Sim. Sabe que sim.

- E a varinha?

- Também.

- Ótimo. Se segure em mim. – Ela assentiu e eu segurei na mão dela e aparatamos bem a tempo de ver um clarão na nossa direção.

            Respirávamos ofegantes. Rose se debatia em mim, acho que ela estava querendo respirar.

- Desculpa.

- O que aconteceu? – perguntou ela passando a mão no cabelo. Mania que ela tinha quando ficava nervosa.

- Comensal Rose. Ele era um comensal! – eu disse soltando sem querer a minha angustia.

- O que? Mas... Como foram saber que estaríamos aqui?

- Eu não sei Rose. – eu disse olhando para o chão. Medo crescia em mim, medo de... De saber que se eu errar alguma coisa acabaria com a única chance que teríamos para acabar com os comensais. Idiotice eu sei. Somos os heróis, os heróis sempre vencem e blá blá blá. Tá! To sabendo. Mas... Os ‘bandidos’ sempre usam armas que nem em pesadelos poderíamos pensar que usariam. Olho para Rose que mexia na sua bolsa.

- O que está procurando? – eu perguntei. Ela não me respondeu. Apenas tirou uma moeda da bolsa.

- Um galeão? Sabe que não se usa isso no mundo trouxa. – eu disse e ela revirou os olhos.

- É obvio que eu sei Marcelo. Eu vou falar com a Lílian.

- Por galeão? Por que não fala por celular? – perguntei como se fosse obvio. Balançava o celular na mão. Ela bufou e numa atitude rápida pegou o celular e começou a falar.

- Oi. Sim. É que tinha um comensal... Calma Lílian! Tinha um comensal fingindo ser o motorista. Sim, estamos bem. Ah! É que o comensal sabe onde estamos hospedados. Sim. Sim Lílian. Certo. Am... Nos encontramos onde estão? Lá? Tá. Você que sabe. Ok. Estaremos lá. Certo. Tchau.

- E...

- Ela disse para nos encontrarmos na torre.

- Ok. Vamos para lá.

            Saímos do ‘corredorzinho’ e fomos para a Torre Eiffel. Teve um andar que era compras. Um homem perguntou se não queríamos tirar uma foto com o fundo sendo a cidade. Rose logo concordou e pediu duas fotos. Nos posicionamos e puxei ela para um beijo. O moço tirou uma foto nossa se beijando e a outra eu abraçando ela por trás.

            Por um momento eu me esqueci que estávamos numa missão importante. Por um momento eu... Por um momento... Eu fantasiei que éramos um casal apaixonado indo para a cidade da luz. Que estaríamos na nossa lua de mel. Mas... Era fantasia.

- Marcelo! – chamou Rose. Olhei para ela e sem me controlar falei.

- Eu te amo. – ela se assustou um pouco e sorriu. Sorri para ela e dei um selinho nela. Abraçada em mim, ficamos admirando a cidade no fundo. Ao fundo uma fumaça negra.

- Hun hun. Não queremos atrapalhar o casalzinho mas temos um problema. – Scorpius disse atrás de nós. Nos viramos e vimos os quatro. Isabelle e Lílian tinham expressões de medo e angustia enquanto os rapazes estavam cobertos de... Fuligem?

- O que aconteceu com vocês? – perguntou Rose indo abraçar Lílian e logo depois Isabelle.

- Os comensais. – Jake se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido, Lílian prendeu o grito. Deveria já saber o que era. – Eles incendiaram o hotel e estavam atrás da Rose.

- O QUÊ? – eu gritei. Me encolhi. Rose olhava para mim assustada. Sorri para ela como que acalmando-a. Me aproximei de Jake e perguntei sussurrando. – Como é a história?

- Meninas vocês não querem irem comprar algo de paris nas lojinhas daqui? – perguntou Jake. Rapidamente as meninas saíram. Eu, Jake e Scorpius nos sentamos numa mesa afastada e começamos a conversar.

- Então me conte tudo. – pedi.

- Marcelo, por favor. Proteja a Rose. – pediu Scorpius suplicando. Olhei para ele. Ele ainda amava Rose?

- Não como antes. – ele me respondeu. Suspirei aliviado. Então por que diabos ele me pediu isso? Novamente aquele safado leu minha mente. – Elas correm perigo. As três.

- Como...

- Elas têm alguma coisa que eles querem. – Adiantou Jake. – E como eles sabem que não terão elas, eles acharam que seria melhor...

- Matá-las. – completou Scorpius.

            Ar faltou nos meus pulmões. Não agüentaria ver elas mortas. Principalmente...

- O que devemos fazer? – perguntei rapidamente tentando afastar aquela idéia da minha mente.

- Não podemos trancafiá-las em sete chaves num calabouço. – adiantou Jake.

- Elas são peças fundamentais nessa guerra tanto quanto a gente. – disse Scorpius.

- Podemos fazer um feitiço nelas. Mas...

- Mas...? – perguntaram eles.

- Esse é um feitiço muito antigo, foi feito por um deus que quis proteger sua amada duma guerra que se aproximava. Ele fez o feitiço nela e então, quando ela morreu, o feitiço ‘automaticamente’ deu a vida dele para ela. Então... Tem que amar muito essa pessoa, para dar a vida para ela.

- Eu topo. Faço de tudo para salvar a minha ruiva. – disse Jake determinado.

- Eu também. – concordou Scorpius. – O que precisamos?

- Algo que simbolize a união de vocês. Anel, colar, roupa, sei lá. Alguma coisa.

- Certo. – disseram os dois. – Amanhã pode ser?

- Certo. Elas não podem estar junto. – afirmei para eles. Eles assentiram.

- Rapazes! – chamou Isabelle com uma sacola. Rose vinha atrás com sacolas e Lílian também. – Vamos ficar onde?

- Numa casa. O dono é um amigo meu e me emprestou a casa. – eu disse. Eles ficaram boquiabertos. – Eu já sabia que teria que pedir a casa dele emprestada. Não sabia o motivo. – eu disse. Eles assentiram. Descemos da torres e fomos para um lado escuro. Demos as mãos e aparatamos na casa.  

 

 

Eu estava deitada numa cama aconchegante. Num travesseiro macio. Embaixo de uma mão que agarrava protetoramente minha cintura. Virei para o lado e vi ele. Deus! Como ele era bonito. Super atencioso comigo. Comecei a distribuir beijos pelo pescoço dele e fui puxada para baixo dele. Ele começou a distribuir beijos no meu rosto e me puxou para um. Quando abri os olhos vejo ele me olhando docemente. Ele começa a passar as costas da mão na minha bochecha e com um doce sorriso me falou.

- Eu te amo muito. Não agüentaria ti perder. – ele disse. Fiquei confusa. Por que diabos ele falou isso? Então me lembrei do dia que nós nos encontramos.

 

Início dos Flashbacks

 

- Você vai ficar conosco né?

- Eu vou ficar até a guerra. Depois eu desapareço e apareço como se estivesse numa outra vida.

- Como assim?

 

“- Ainda gosta de bolonhesa?

- Amo. – disse ela colocando um pedaço na boca. Ele sorriu. – Explica melhor aquilo.

- Am... Eu vou ir junto com vocês atrás das pistas. Lutarei com vocês na guerra e depois eu sumirei da vida de vocês.

- Mas...

- E então, depois de um tempo eu aparecerei na vida de vocês. Mas, eu posso estar casado, viúvo, solteiro, namorando... Entende? Com uma vida diferente dessa.

- Ah. – murmurou ela desapontada.  Ele sorriu novamente.”

 

Fim dos Flashbacks

 

            Quem sabe não é isso?

- Um galeão por cada pensamento seu. – disse ele sorrindo. Sorri. É engraçado o poder que ele tem sobre mim.

- Vai ir a falência então. – Brinquei. Ele sorriu e ficou analisando meu rosto, parando por um bom tempo nos meus olhos.

             Comecei a analisar os olhos dele. Preocupação, angústia e... Medo? Segredo tinha em seus olhos. Me sentei na cama e fiquei de frente para ele.

- Você mentiria para mim? – perguntei sem querer diretamente. Ele me olhou pasmamente e parecia que o segredo dançava em seus olhos. Ele abaixou a cabeça. Isso significa que ele não sabe responder. – Mentiria Marcelo?!

- Nunca! – ele disse. Desespero em seus olhos.

- Então o que você esconde de mim? – perguntei. Sua boca abrindo e fechando várias vezes.

- Nada. – Merda. Ele olhou para mim. Segurei o rosto dele entre minhas mãos e fiz ele olhar para mim.

- Responda. Não minta para mim! – supliquei para ele. Ele me olhava com uma cara “Acha que eu esconderia algo de você se não fosse importante?!”. – Por favor.

- EU NÃO POSSO! – e saiu do quarto batendo porta. Assustada fui atrás dele.

 

DIABOS! Por que diabos ela perguntou?! Bosta de dragão. Não posso estar tão nervoso assim para ela ver. Ótimo. Marcelo Scarpari. Se acalme. Ouço passos. Marcelo, vocês são namorados! Devem confiar um noutro!

- Marcelo, por favor. Vamos conversar. – suplicava ela, fui até ela e a abracei. Milagrosamente acalmei meus nervos.

            Trovões começaram a soar em nossos ouvidos.

- Por favor. Me fale. – pediu Rose. Olhava para ela. MEU MERLIN AMADO!

- Tudo bem. Vamos. – e eu puxei ela pela mão até o quarto.

 

- Rose... – eu disse calmamente. Não queria assustar ela falando tudo de uma vez, alias, eu não queria nem contar tudo. – Am... Olha, você sabe que eu ti amo muito. E que eu faria qualquer coisa para ti proteger. Mas... Para ti proteger eu não posso contar para você.

- Mas...

- Eu ti conto. Mas não agora. Terá que ser depois.

- Tudo bem. – ela disse desistindo. Sorri aliviado para ela e a puxei para mim. Nos deitamos na cama e ficamos ali, deitados.

 

- MARCELO! ABRA ESSA PORTA! – batia Jake. Me levantei cambaleante e abri a porta. – Oi Rose. Cadê o Marcelo?

- No banho. Ele já está saindo. – Fui até porta do banheiro e bati nela. – MARCELO!

- QUÊ?

- JAKE ESTÁ AQUI E ELE QUER FALAR COM VOCÊ!

- EU JÁ ESTOU SAINDO!

- OK! – parei de gritar. Olhei para Jake. Ele havia deitado na cama, tinha olheiras profundas. Sentei na cama e puxei a cabeça de Jake para o meu joelho e fiz um carinho na cabeça dele. Senti ele relaxar. – O que aconteceu?

- Lílian queria suco de abobora! Tive que descer lá num restaurante para pedir.

- E...

- Sei lá. É cansativo isso. – disse ele. Ele me olhou. – Eu sei que no final vai ser maravilhoso nós termos os nossos filhotes, mas... Eu não agüento. Não agüento ver ela assim, vomitando a qualquer hora e se enjoando por qualquer cheiro. Eu não agüento. Eu sei que ela sofre. Eu não posso ver ela sofrer como ela está sofrendo nessas semanas.

- Eu entendo. Mas, é nessa hora que você deve demonstrar que a ama. Ficando ao lado dela. – eu disse. Ele sorriu para mim e me abraçou.

            A porta se abriu fazendo um bafo quente passear. Marcelo saiu do banheiro vestindo uma calça moletom prata e nenhuma camisa, afinal estava quentinho no quarto.

- Se eu não te conhecesse ao ponto de saber que você adora a sua ‘Ruivinha’, eu iria ti encher de porrada por estar deitado na minha namorada. – ele comentou indo pegar uma peça de roupa no guarda-roupa. Jake se levantou e olhou para mim com um sorriso.

- Lílian e Isabelle querem fazer comprar hoje. – ele disse. Abri um sorriso.

Compras + Paris + Amigas + Noite = Diversão!

- To dentro! – eu disse dando um pulo e levantando da cama. Marcelo sorriu para mim e fez um gesto significativo e Jake saiu do quarto. Marcelo foi até o guarda roupa e tirou um embrulho e deu para mim. Olhei para ele e ele fez um aceno com a cabeça me incentivando. Desembrulhei e abri o pacote e me deparei com um colar. Era um coração de ouro. Oh Meu Deus! – Não posso aceitar. – eu disse entregando a caixa para ele. Peguei e me virei indo olhar para a janela. Me aproximei dela e fiquei olhando a neve cair lentamente. Subitamente uma vontade de deixar essa guerra de lado e ir aproveitar a vida me invadiu. Saudades dos meus pais, dos meus irmãos de todos.

 

            Oh meu Merlin! Porque Rose? Porque você dificulta tanto? Pelo amor de Merlin, aceite esse colar. Respire. Fui ate ela e abracei ela por trás, minhas mãos em sua barriga e as dela por cima. Encostei meu queixo no topo da sua cabeça.

- Rosa, aceite o colar. Por favor. – pedi para ela. Ela não deu sinal de vida. Bom, vou encarar esse silencio como um sim. Abri o colar e passei pela frente, contornei em seu pescoço e fecho ele atrás e puxo os seus cabelos para cima do colar. Viro ela pela cintura e admiro ela com o colar. Linda. Excepcionalmente linda. Unicamente linda.

- Você não precisava ter comprado um colar. – ela disse admirado o colar. Ah Rosa, eu precisava sim. Você não faz idéia do quanto. – Você me compra um anel – ela olhou para o anel que agora ficara vermelha – e agora o colar. Daqui a pouco você vai me mimar de tanta coisa. – Levantei a sobrancelha. Rapidamente ela enrubesceu. – Não! Não que eu espere que você me dê presente o tempo todo mas é que...

            Calei ela com um beijo. Nos sentamos no parapeito da janela.

- Vou ti mimar muito quando você for minha esposa. – eu disse. Ela me olhou e sorriu. Ficamos ali até baterem na porta. 

 

- ROSE WEASLEY E MARCELO SCARPARI! ABRAM LOGO ESSA PORTA! IMEDIATAMENTE! NÃO QUEIRAM CONTRARIAR UMA GRÁVIDA! – gritava Lílian do outro lado da porta. Rapidamente Rose levantou e abriu a porta.

- Oi para você também. – Rose disse sorrindo.

- Rose vamos. Marcelo, Jake está esperando você desesperadamente. – disse Lilian.

- Tudo bem. – ele se levantou e foi até a porta. Parou na frente de Rose e olhou para o colar. – Eu te amo. – e deu um beijo. Ela sorriu e partiu com as garotas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Opostos também se Atraem Vol. Ii" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.