Os Opostos também se Atraem Vol. Ii escrita por estherly
**Faltam 38 dias.
Marcelo andava de um lado para o outro. Tudo dera certo. Conseguira fazer o feitiço mas não sabia que quando o feitiço “acertava” a pessoa ela desmaiava e brilhava. Olhou para Lílian e Isabelle. Estavam iguais a Rose. Deitadas na cama, imóveis e brilhavam. Cada uma tinha uma luz diferente. A luz de Isabelle era azul, a de Lílian marrom e o da Rose era verde. Deram sinais de vida. Começaram a se mexer. Isabelle acordou primeiro. Olhou para o quarto e as pessoas nele. Scorpius, Jake e Marcelo estavam na frente da cama. Ao lado dela estava Lilian que brilhava e Rose que brilhava também.
- Por que diabos elas estão brilhando? – perguntou Isabelle sentando na cama.
- Por alguns motivos. – disse Marcelo
- Como você está meu peixinho? – perguntou ele. Ela sorriu e disse
- Um pouco dolorida. Estou fraca. – disse ela se jogando na cama novamente. Ele sorriu e pegou ela no colo.
- Venha. Quero falar contigo. – ele disse e saíram do quarto.
O barulho da porta se fechando foi o suficiente para acordar Lílian e Rose. Elas repararam onde estavam.
- O que fazemos aqui? – perguntou Rose.
- Você está bem meu amor? – perguntou Lílian se levantando e indo abraçar Jake.
- Estou bem Ruivinha. Por quê?
- Ontem estávamos passeando e então, senti uma dor no coração e uma preocupação contigo me atingiu, pensei que tivesse acontecido algo. – disse ela apertando ele. Ele segurava Lílian e colocou ela na cama.
- Estou bem. E você Ruivinha? Como está?
- Com fome. Estou com vontade de comer aqui.
- Não quer ir para o nosso quarto? Podemos almoçar lá.
- Eu quero. – disse ela se levantando e saindo com Jake.
Rose olhou para si. Estava de pijama. Como colocou o pijama?
- Eu coloquei em você. – respondeu Marcelo deitando na cama ao lado dela. Ela o olhou com uma cara assustada. – Calma. Eu transfigurei as suas roupas. – ele disse corando e ela sorriu.
- Como parei aqui? Ultima coisa que eu me lembro era que estava num provador de roupas e então eu desmaiei.
- Sim.
- Por quê?
- Fizemos um feitiço para proteger a vida de vocês. – ele disse. Ela olhou assustada para ele. – Nada demais. Então, vocês desmaiaram e vieram para cá, e começaram a brilhar.
- Eu percebi. Não poderia ser o sol. Por que diabos estamos brilhando?
- Demos nossas vidas para vocês. Então precisam de algo para colocar ela. Algo que guarde a minha vida entende?
- Tipo uma horcrux?
- Não. Se você morrer, minha vida passa para você eu morro no seu lugar. Se o colar é destruído por alguém não acontece nada, se você destruir eu fico numa espécie de coma, se você não me amar mais e eu ainda ti amar, minha vida fica para você ainda, se eu não ti amar mais e você sim, minha vida fica comigo, se não nos amarmos cada um fica com a sua.
- E porque você fez isso?
- Porque eu ti amo. – ele disse. Ela sorriu de lado e o beijou. – Agora, o colar.
- Quer de volta?
- Mais ou menos. – ela tirou e lhe entregou. Ele guardou numa caixa e entrou uma caixinha. – Aquele era temporário. Esse é definitivo. – Ela abriu a caixa.
- É lindo! – ela disse tirando o colar. Era um coração de prata com um diamante na ponta.
- Combina com você. Deixe eu colocar. – e Marcelo colocou. Analisou ele. – Linda.
Toc toc.
- Oi. – disse Rose. Entraram no quarto. Estavam arrumadas.
- Pensamos melhor e resolvemos almoçar fora, depois iremos no Louvre. O que acham?
- Acho uma boa idéia.- concordou Rose para Isabelle. – Eu só vou me arrumar.
Rose foi pulando de felicidades ao guarda-roupa, pegou uma muda de roupa e foi para o banheiro. Saiu do banheiro, colocou um gorro, luvas e um cachecol e saíram do quarto.
- O que isso tem demais? – perguntou Jake aborrecido por estarem tanto tempo num museu.
- É simplesmente maravilhoso estar aqui. – suspirou Lílian.
- Gente. Venus de Milo está ali! – disse Rose apontando para uma estátua grega. Ela não tinha a mão ainda, mas braços já. (n/a: Caso não saibam, atualmente ela não tem braço e estavam trabalhando para reconstruir ele.)
- O que dizia a pista? – perguntou Isabelle analisando a estátua. Rose ficou atrás dela.
- “Venus de Milo mostrará o caminho. Sobre o sorriso misterioso a próxima pista se encontra.”. – respondeu Rose
Todos pararam para pensar.
- Venus de Milo mostrará o caminho. – repetiu Rose. Analisou o braço esquerdo sem mão da estátua. Olhou melhor e a resposta ao mistério surgiu. – CLARO!
- Rose! Fale baixo. – repreendeu Marcelo.
- Desculpe, mas é que eu entendi a pista. – ela disse. Os cinco se aproximaram mais dela para ouvir ela. – Venus de Milo é essa estatua. Quando construíram, ela possuía as mãos e os braços. Quando a encontraram, ela não possuía as mãos e os braços, reconstruíram, mas só os braços, sem mãos.
- E...?
- Na pista dizia que a estátua iria nos mostrar o caminho. Quando ela tinha mãos, ela apontava para um lugar.
- E que lugar é esse? – perguntou Scorpius. Rose olhava para onde o braço da estátua indicava e Marcelo acompanhou o olhar de Rose.
- Mona Lisa? – perguntou ele incrédulo. Todos olharam para eles. Marcelo olhou para baixo analisando a pista. – Sobre o sorriso misterioso a próxima pista se encontra. Não!
- Sim. É obvio! – ela disse. Ele ainda achava absurda.
- É impossível! Porque diabos a ponta estaria nela?
- Porque sim. Venha. Vamos analisar-la melhor.
Fomos até a frente da Mona Lisa. Me aproximei o máximo que pode. Marcelo foi atrás de mim. Passamos pela faixa que os seguranças colocaram e cheguei numa madeira arredondada. Observei a Mona Lisa. Uma grande madeira que ia até o teto e um buraco, onde ela estava protegida com vidros. Dois seguranças em cada lado e um no corredor. Qual devia ser a grossura daquele vidro? A profundidade do buraco em que ela se encontrava? Pois, do meu ponto de vista dela o vidro estaria no mesmo nível da madeira.
- Porque ela é tão protegida? - me perguntou Marcelo.
- Rose, nós vamos passear, nos encontramos as cinco horas naquele triangulo de vidro. Ok? – me perguntou Lílian. Não gostava de muita gente aglomerada. Sorri para ela e acenei com a cabeça. – Até mais.
- Até. – me virei para analisar a Mona Lisa. Marcelo começou a analisar.
- Vai me responder ou terei que perguntar a alguém? – perguntou-me Marcelo. Enquanto absorvia a pergunta chutei que devia ter pouco menos de 50cm de distância do retrato ao vidro.
- Ela foi roubada. – disse simplesmente.
- O que?
- No dia 22 de agosto de 1911 ela foi roubada aqui mesmo. – Andava de um lado para o outro analisando melhor o vidro que protegia ela. – Naquela época as pinturas eram simplesmente colocadas na parede e uma corda as separava das pessoas curiosas. Então roubaram e só no dia seguinte foram se tocar do roubo. Depois o poeta francês Guillaume Apollinaire e o pintor Pablo Picasso foram presos e ou interrogados, mas depois de meses foram soltos por falta de provas. Só foi achada dois anos depois, 12 de dezembro de 1913 e o cara que estava com o quadro era Vincenzo Peruggia, ele era um antigo empregado do museu e que no fim era o verdadeiro ladrão. Ele foi preso, condenado por um ano e quinze dias, mas um recurso fez com que a data fosse reduzida para sete meses e nove dias.
- Nossa. – disse Marcelo analisando a informação. Eu encarava a parte superior do vidro.
- Nunca parou para reparar o motivo pela qual ela sorria misteriosamente?
- Já. Mas depois de tempo essa idéia desapareceu da minha mente. Por...
- Agora sabemos o motivo. – disse para ele.
- Rose! Isso é um absurdo! – ele disse, mas não pude pensar em responder. Tudo escureceu e a minha visão mudou.
Era noite. Madrugada. Do dia seguinte. Podia sentir. Uma luz da porta, me virei e congelei. Júlia Carniel apareceu ao lado de um cara. Estavam com a varinha na mão, olharam para os guardas de cada lado do quadro da Mona Lisa e lançaram um feitiço neles. Jogaram um bombarda no vidro que se estraçalhou e deram um soco bem na boca da Mona Lisa e tiraram um objeto. A ponta. E então saíram correndo, lançando bombardas na sala.
A minha visão voltou ao normal. A Mona Lisa inteira na minha frente, os guardas ainda vivos, o salão inteiro e iluminado. Olhei para Marcelo que tinha uma expressão preocupada comigo e o puxei pelo braço até um restaurante. Sentamos numa mesa e pedimos uma água.
- O que aconteceu?
- Você sabe que eu tenho visões.
- Sim.
- E que eu tenho visões do nada. Que são visões do que vai acontecer num futuro próximo.
- Sim.
- Ultima vez que eu tive uma foi no restaurante antes de você partir, quando Lílian e Isabelle contaram da gravidez delas.
- Sim.
- Eu tive mais uma agora.
- E o que acontecia nela?
- Os comensais vinham e estraçalhavam com a Mona Lisa para pegar a ponta que estava com ela.
- Então é verdade.
- Sim.
- E quando eles roubavam a ponta?
- Na madrugada do próximo dia.
- Então se prepara porque hoje nós iremos entrar para a história. Seremos os primeiros bruxos a invadir o Louvre. – disse Marcelo. Engoli em seco.
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