Midnight Secretary escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 3
Capítulo 3




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Pela manhã...

 

Não havia dormido fazendo o bendito relatório, minha cara estava deformada parecia que alguém tinha enfiado um canudinho em mim e sugado até as vísceras! E ainda tive de chegar as sete para fazer café para o tal de Sasuke Uchiha... Sasuke... Como ele é... Gostoso!

 

-Nossa que cara é essa? Parece que foi atropelada antes de vir para cá! –O patife disse.

 

-Bom dia senhor Uchiha! Aqui está o seu café! –Entreguei a xícara com um sorriso forçado no rosto, mas minha vontade era de falar “chupa que é de uva” e mostrar o dedo do meio pra ele!

 

-Ah e eu fiz o relatório que me pediu. Sei que não estou com uma boa aparência, mas é que não dormi ainda.

 

-Deixou de dormir para fazer o relatório? Nossa, mas que eficiência Sakura!

 

-Ah e a que horas apresentarei o relatório?

 

-Não precisa apresentar. Não estou com saco para ouvir uma palestrante sendo assim pode ficar com ele. Ah e Sakura vou querer aquela massagem novamente, mas antes atenda telefonemas e responda meus e-mails. –Eu o vi adentrar sua sala e olhei para o relatório que estava em cima de minha mesa. Fiquei parada, parada. Deixei de dormir para fazer esse relatório e ele simplesmente não quer vê-lo. Será que eu defequei no jardim do santuário de Buda para merecer um tipinho desses como chefe? Ainda bem que ele permaneceu naquela sala escura até a hora do almoço. Queria dormir, mas tinha coisas para fazer. Respondi uns 145 e-mails, atendi 27 ligações que foram passadas para ele. E não demorou a ele me chamar através de uma campainha próxima a minha mesa.

 

-Sakura... Venha aqui. –Ouvi da campainha. Fui à sala, parecia até que a cada dia a sua sala estava mais escura. Esse cara parece avesso a luz... Agora sei por que ele é branco como uma vela!

 

-Sim senhor Uchiha?

 

-Quero que me faça àquela massagem. –Me aproximei e prontamente comecei a massagem. Ao tocar sua pele eu pude constatar que este suava frio por algum motivo. Seus olhos fechados pareciam tensos. Será que ele tem prisão de ventre ou coisa parecida? Será que o deixei estéril pelo chute nas suas coisas? Eu não sabia.

 

-Senhor Uchiha está tudo bem? O senhor parece estar se sentindo mal. Está com uma cara péssima.

 

-Eu com a cara péssima? Se enxergue garota é você que está parecendo com um dos zumbis de resident evil!

 

Tudo bem dois a zero para você seu cretino desprezível!

 

-Bom senhor espero que seu mal estar não esteja ligado com o que fiz ontem a noite.

 

-Ah fala do chute que você me deu no meu pênis? Bom Sakura não tem por que se preocupar. Ontem minha namorada Karin foi até minha casa e fez uma deliciosa massagem com a boca na região afetada. Alias não estou completamente recuperado. Será que poderia fazer uma massagem como a Karin fez? –Eu o vi me olhar como se eu fosse uma marmita e fiquei enojada com as palavras ditas para mim.

 

-Lamento senhor Uchiha, mas isso não será possível. Da ultima vez que fiz uma massagem assim decepei o pênis do meu primeiro namorado. E creio que aconteceria o mesmo com o senhor. Quer arriscar? –O olhei com a verdadeira face do demo e ele pareceu sentir medo de minhas palavras.

 

-Volte para sua mesa Sakura e continue atendendo ligações. Não é necessária uma massagem. Ah e ligue para meu restaurante favorito, o numero está em cima de sua mesa. Peça o que está anotado no papel que deixei lá. Almoçarei aqui.

 

-Tudo bem senhor Uchiha. –E sai. Acho que com a resposta que dei o placar ficou três a dois pra mim!

 

Liguei para o restaurante e pedi um prato chamado sambone... De alguma coisa. Um nome francês eu suponho. Rico come cada coisa esquisita! Tipo esse prato pelo que soube ao fazer o pedido custa três mil ienes. Por que pagar tudo isso? Com um terço disso ele compra uma yakisoba! E o prato não demorou nem dez minutos para chegar. Se fosse um rico pedindo tudo bem logo eles trazem, mas se fosse um pobre ia vir lá para as dez horas da noite. Continuei minha dura sina de responder e-mails e atender telefonemas, já sentia meus olhos arderem e meu corpo pender para trás, estava tão cansada que comecei a ver carneirinhos com saias escocesas pulando um muro.

 

-Boa tarde senhorita! Trouxe a refeição do senhor Uchiha. –Disse um simpático rapaz que adentrou a sala.

 

-Ah obrigada! –Peguei o prato, mas estava tão cansada que quase cai no chão e espelhei a comida pelo mesmo. O rapaz me acudiu impedindo que a comida fosse ao chão. Levou-me até uma pequena poltrona onde pude me recuperar.

 

-Está se sentindo mal moça?

 

-Eu estou bem. Só um pouco cansada. Obrigada... Hum... Qual seu nome?

 

-Meu nome é Naruto! Você deve ser a nova secretaria do senhor Uchiha né?

 

-Ah sou sim! Eu sou a Sakura! Prazer! –O cumprimentei cordialmente, até que em fim encontrei alguém simpático na empresa! Se bem que ele não era funcionário de lá e sim do restaurante, supostamente um entregador do restaurante caro.

 

-Bom eu tenho que ir. Até mais Sakura! –Logo ele saiu, ver alguém sorrindo para mim realmente foi uma injeção de animo. E tive a impressão de que eu o encontraria mais vezes. Levei a comida até o Uchiha. Ao adentrar o local não o encontrei de imediato.

 

-Senhor Uchiha? –Ouvi um barulho vindo de uma porta, a luz do toalete estava acessa. Na certa ele estava lá. Mais barulhos vindos de lá como se alguém estivesse vomitando. Deixei a comida em cima da mesa de mogno e caminhei lentamente para lá. Eu o vi próximo ao sanitário vomitando, o rosto mais pálido do que um cadáver.

 

-Senhor Uchiha? –Ele me ouviu e virou parcialmente o rosto para mim, parecia sofrido. E então meu subconsciente atuou.

 

Sakura do bem: Vá ajudá-lo Sakura! Ele está passando mal!

 

Sakura do mal: AFOGA O FUDIDO NA PRIVADA!

 

Sakura pervertida: POR QUE NÃO ACEITOU FAZER A MASSAGEM EROTICA NELE SUA TAPADA?

 

-Senhor Uchiha, tudo bem?

 

-Eu... Eu estou bem sim. –Definitivamente não dá para acreditar em alguém que diz estar bem, mas está branco como um papel.

 

-De qualquer forma vamos sair desse banheiro. –O ajudei a e levantar e o levei apoiado nos meus ombros para sua poltrona. Peguei uma outra poltrona e posicionei em frente a dele. Peguei o Box onde estava sua comida.

 

-O que pena que está fazendo Sakura?

 

-Você não parece bem na certa isso é fome então eu vou ajudá-lo a comer. –Ele me olhou espantado e só acreditou em minhas palavras quando abri o Box e peguei o hachi já posicionando uma porção de comida em sua boca. Mesmo assustado com minha resolução Sasuke comeu a comida.

 

Sakura do bem: Isso mesmo você deve ajudá-lo!

 

Sakura do mal: ENFIA O HACHI NA GUELA DELE NA GUELA DELE!

 

Sakura pervertida: Eu to com fome de outra coisa! He he he!

 

E ao final da refeição eu o vi puxar uma caixa de comprimidos de uma das gavetas. Olhei a tudo curiosa, seria ele doente? Bom doente mental eu sei que ele é, mas teria ele alguma outra enfermidade? Eu não sabia.

 

-Agora saia, já fez muito por mim. Você tem afazeres a serem realizados ainda. –Me tratou como se eu fosse uma coisinha pegajosa que estava entre seus dentes e que ele desejava tirar com o fio dental. E me culpei enormemente por não ter feito o que meu lado mal falou.

 

Depois de algumas horas...

 

Meu expediente termina. Mal consigo desligar o computador de tão cansada que estou. E me perguntava: Como chegaria a casa nesse estado lamentável? Com muita sorte desmaiaria em um táxi e ele de bom grado me levaria ilesa até meu apartamento. Antes que alcançasse a porta Sasuke passou por mim como um furacão. Quando consegui me aproximar do elevador o mesmo já se encontrava lá dentro.

 

-SENHOR UCHIHA SEGURE O ELEVADOR PRA MIM! –E o que ele fez? O contrario! Acenou e a porta se fechou! CREDITO MISERAVEL! Bom agora era esperar o elevador retornar, o outro estava com defeito. E eu esperei... Esperei... Quando o elevador finalmente mostrou estar chegando ao meu andar o segurança desliga a eletricidade do mesmo. Ótimo agora só falta eu ser assassinada ou algo assim! Agora só tinha um jeito de sair do prédio: pular... Não eu não sou suicida! Ah descer pelas escadas! O problema é que estou no centésimo andar!

 

Meia hora depois...

 

-Onde estou? Quem sou? –De vez em quando me fazia estas perguntas apenas para me manter acordada. Já andava a mais de meia hora pelas escadas e nem sinal de que estava pelo menos na metade do prédio. Minha vista escurecia a cada instante mais, o corpo pendia ao chão involuntariamente. Definitivamente não conseguiria ir para minha casa. Então o que fiz? Sentei-me na escadaria e dormi ali mesmo.


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