Midnight Secretary escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 10
Capítulo 10




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-Será que eu morri? Nossa é o Goku! –E vi o rapaz de cabelos estranhos e negros e uma espécie de uniforme. Nossa... Ele tem um rabo!

 

-Oi! Veio treinar com o senhor Kaiô? –Ele falou sorridente. Senhor Kaiô? Deve ser uma entidade do outro mundo.

 

-Senhor quem?

 

-O senhor Kaiô? Mas você é só uma garota! E nem parece ter força. Acho que está aqui no outro mundo só de passagem não é? –Dei uma porrada no tal de Goku. Eu indefesa? Fala sério! Epa... Estou sendo puxada para outro lugar! Para onde será que eu vou?

 

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

 

Foquei o teto daquele local, não sentia mais dor alguma em meu corpo. Estranhei. Estava repleta de ferimentos, deveria sentir dor não? Talvez eu estivesse no céu, mas que tipo de decoração OVER é essa? Está tão escuro! MEU DEUS! SERÁ QUE ESTOU NO INFERNO? DROGA DEVERIA TER PAGADO AS MULTAS DE TRANSITO QUE RECEBI QUANDO TINHA UMA MOTOCICLETA!

 

-Acordou? Sakura? –Espera. Conheço este lugar e esta voz que fala comigo. Era o quarto de Sasuke e o próprio tentava chamar minha atenção. Ele estava de pé em frente à janela parcialmente aberta, caminhou em minha direção e sentou-se ao meu lado. –Voce está bem? –Levantei lentamente, meu corpo dormente. Estava de lingerie e com o corpo coberto por ataduras aqui e ali nos pontos onde havia sido mordida.

 

-Sasuke?

 

-Não faça esforço. –Ajudou-me a sentar. –Como está se sentindo?

 

-Meu corpo... Está dormente. –Falei meio débil, mas não débil mental! Apenas débil.

 

-Tsunade veio até mim cuidar de seus ferimentos. Aplicou um anestésico para que não sentisse dor.

 

-Tsunade é a medica que você comentou comigo? Aquela que lhe forneceu o colar assim como os comprimidos para suprimir sua sede.

 

-Sim.

 

-Entendo. Que horas são? Acho que do jeito que estou não poderei trabalhar, mas minha falta está mais do que justificada não é? –Sorri. Sasuke ainda mantinha uma expressão fechada.

 

-Sim. Terá que ficar de repouso sendo assim não trabalhará por pelo menos duas semanas. Tsunade receitou medicamentos que acelerarão o processo de cicatrização de seus ferimentos assim como impedirá que se formem cicatrizes.

 

-Nossa Sasuke que bom! Assustava-me com a idéia de que meu lindo corpinho teria prejuízos! –Dei uma gargalhada e Sasuke olhava-me nulo. CARALHO EU É QUE ME FODO E ELE QUE FICA EMBURRADO?

 

-Por que Sakura?

 

-Hã?

 

-Por que age como se nada tivesse acontecido? Tem idéia do que aconteceu? Você quase foi morta!

 

-Eu sei, mas se acha que enlouquecerei pelo que aconteceu está enganado. Eu não tenho dinheiro para pagar um psiquiatra sabia? Loucura é doença para gente rica. –Voltei a sorrir e ele ainda olhava-me com cara de nada. Desse jeito acho que não irei despi-lo como pretendia. Toquei seu rosto e suspirei pesadamente. Olhei fixamente para seus olhos cor ônix e me pronunciei:

 

-Sasuke eu sei que eu quase morri, mas já passou. E ainda que eu tivesse morrido... Bem... O que eu poderia fazer? Sabe essa é a única certeza que nós humanos temos, a certeza de que um dia iremos morrer. Mas isso não quer dizer que eu queira morrer por isso lutei com todas as minhas forças para impedir que o pior acontecesse. Para minha sorte o tal Gaara salvou-me.

 

-Gaara? Você estava consciente ao ponto de vê-lo salva-la?

 

-Claro. A propósito quero agradecê-lo. Pensei que todos os vampiros com exceção de você eram sanguinários, mas ele mostrou-se solidário a ponto de salvar minha vida.

 

Sasuke crispou os olhos com minhas palavras. Estaria ele com alguma crise de hemorróidas? Nessas horas tudo é possível.

 

-Eu não pude fazer nada por você. Muito pelo contrario por minha culpa você quase morreu. Uma idéia ridícula leva-la a um evento repleto de vampiros e depositar sua segurança em um colar estúpido!

 

-Não fale assim Sasuke! Aquele colar é lindo... E alias... Onde está o colar? Estava com a tal de Karin. O Gaara deve ter matado todos os vampiros que me atacaram. Ele também a matou? Você pegou o colar.

 

-Ela fugiu. Levou o colar consigo, mas não ligo para isso.

 

-MAS DEVERIA LIGAR! AQUELE COLAR DEVE VALER UMA FORTUNA! –Cessei minhas palavras quando senti os braços de Sasuke me envolverem protetores. Por que Sasuke tremia enquanto me abraçava? Será que ele tem parkinson? Eu não sabia.

 

-Sasuke o que houve?

 

-Sakura... –Falou próxima do meu ouvido.

 

-Fale. –Será que ele vai confessar todo o amor que sente por mim?

 

Sakura do mal: Ele vai é te dispensar isso sim!

 

Sakura pervertida: Dispensar sexo de graça? Nem mesmo o Sasuke seria tão idiota!

 

Sasuke pervertido: É isso ai!

 

-Você está demitida. –Ele falou.

 

-O QUE? –Eu o empurrei incrédula.

 

Sakura do mal: To dizendo!

 

Sakura pervertida! FILHO DE UMA PUTA!

 

Sasuke pervertido: SEU IDIOTAAAAAAAAAAAA!

 

-Eu pagarei seu salário e um bônus pelos inconvenientes. Também arrumarei para você um emprego na firma de algum conhecido que possa pagar à mesma coisa que você recebia assim não ficará no prejuízo. Agora pedirei a algum empregado que traga algo para você comer. Fique a vontade. –E ele sai. Isso lá é hora de fazer piada comigo? E como vou comer? Vai que de repente em tomo suco e o suco sai pelos buraquinhos no meu corpo! Vai saber...

 

Ao anoitecer...

 

Estava em meu apartamento. Desde a hora em que aquele idiota do Sasuke supostamente me demitiu não o tinha visto. O que ele estava fazendo afinal? Será que falou seriamente quando me demitiu? Será que me evitava? Será que verei o capitulo de Sakura Card Captors no Cartoon Network? Eu não sabia.

 

-Por que me preocupar, amanhã tudo será como sempre foi. Irei para a empresa mesmo não estando bem. –Sorri. Depois de um demorado banho, feito os curativos eu fui dormir.

 

Pela manhã...

 

-VOCE É QUEM?

 

-Sou a nova secretaria do senhor Uchiha. Meu nome é Shizune, prazer. –Agora eu mato este ser!

 

Sakura do mal: MATA! MATA!

 

Sakura do bem: MATA MESMO ESSE PORRA!

 

Sakura pervertida: Até tu Brutus meu filho?

 

Sakura do bem: FODA-SE A BONDADE! EU QUERO É GUERRA!

 

Sakura do mal: Eu amo essa garota!

 

-Não é possível! Escute eu sou a Sakura e trabalho com o Sasuke e... ONDE ELE ESTÁ?

 

-Ele saiu senhorita Haruno. A senhorita deve passar no departamento pessoal para acertar sua demissão. –Estava arrasada. Peguei a caixa com meus pertences e fui ao departamento pessoal onde peguei o dinheiro que a empresa ainda me devia. Sasuke não estava lá, mas não duvidaria se ele estivesse se escondendo. Senti uma mão tocar meu ombro.

 

-Senhorita Haruno eu suponho.

 

-Sim? –Olhei o jovem de cabelos prateados e óculos.

 

-Eu sou Kabuto. Estava a sua procura. O Sasuke me falou que você precisa de emprego. Você trabalhará na minha empresa como minha secretaria.

 

-O QUE? COMO ASSIM?

 

-Bem ele me deu ótimas referencias de você. Bom mas vamos conversar sobre seu emprego em outro lugar tudo bem? –Eu o segui. Fomos para o refeitório da empresa. Parece que o Sasuke pensou em tudo mesmo e para não me prejudicar até conseguiu um emprego que pagaria a mesma quantia ofertada por ele. O rapaz de nome Kabuto era dono de uma empresa de calçados como o próprio revelou, precisava de uma secretaria e dizia ter se simpatizado comigo.

 

Sakura do mal: Simpatizado? Ele quer é te comer isso sim!

 

Sakura pervertida: Hum... Interessante! É quem não tem cão caça com furão. VAI NESSA SAKURA!

 

-E então senhorita Haruno. Basta dizer sim e terá o emprego. Soube que se acidentou e pelas ataduras vejo que foi algo grave. Começará quando quiser.

 

-Senhor Kabuto eu agradeço sua oferta. É muito gentil aceitando-me como sua secretaria sem ao menos ter qualificação para tanto, mas eu terei de recusar.

 

-Mas por que senhorita Haruno?

 

-Não quero nada que venha daquele homem. Eu sei que Sasuke pediu para que me desse esse emprego.

 

-Mas eu quero aceita-la por ter gostado das especificações de seu curiculum, não é pela palavra de Sasuke propriamente dita.

 

-Não importa. Eu tenho amor próprio. Se eu passar fosse fujo para Okinawa e me torno chefe de uma rede de prostituição.

 

-O que?

 

-Nada não. Até mais.

 

-Ah senhorita Haruno caso mude de idéia... Meu cartão. –Peguei o cartão do homem e fui embora. Parei em um pequeno barzinho, depois de tudo o que aconteceu tinha que beber umas. Depois procuraria trabalho. E não é que o trabalho vem até mim?

 

-Sakura!

 

-Oi Naruto! O que está fazendo aqui?

 

-Eu estou de folga e vim comer aqui. A comida é baratinha. E você ta bebendo umas?

 

-Isso mesmo. Quer me fazer companhia Naruto?

 

-Claro! –E logo os dois bebiam saquê.

 

-Naruto sobre o que aconteceu no nosso ultimo encontro...

 

-Tudo bem. Deixa pra lá. Ah é mesmo... –Ele me dá um colírio. Pra que? –Aquele seu chefe deve estar com conjuntivite, tava com o olho vermelho.

 

VIVA A IGNORANCIA!

 

-Ah eu entrego pra ele um dia.

 

-Como assim um dia Sakura?

 

-Ele me demitiu.

 

-POR QUÊ?

 

-Ah Naruto deixa isso pra lá.

 

-E o que aconteceu com você? Você ta tão machucada.

 

-Bem é que... Eu fui atacada por um cachorro ontem.

 

-Sério? Nossa e você está bem Sakura?

 

-Sim. –Dei um sorriso forçado. Estava bem fisicamente, mas meu espírito havia comido churros estragado e agora vegetava nos quintos dos infernos.

 

-Sakura se você quiser ajuda eu posso conseguir um emprego no restaurante.

 

-Sério?

 

-Estão precisando de um entregador lá. Se você souber dirigir moto...

 

-Eu tenho carteira de habilitação para dirigir uma moto. Eu tinha uma antes.

 

-Então vamos falar com o patrão e acho que o emprego é seu! –Naruto... VOCE É MEU SALVADOR!

 

Sakura do bem: ALELUIA IRMÃO!

 

Ao anoitecer...

 

Amanhã trabalharia como entregadora graças ao Naruto que conseguiu este emprego para mim. Ainda estava um pouco debilitada pelo ataque que sofri, nada que me impedisse de trabalhar. E agora, deitada depois de um longo banho e de ter cuidado de meus ferimentos, pensava em Sasuke. Por que ele fez isso comigo? Lembrava do que ocorreu na casa dele, a chave para entendê-lo estava no que ocorreu em sua casa. 

 

-Talvez ele fosse apenas um playboyzinho mulherengo. –Murmurei sentindo os olhos se encherem de lagrimas. O que me consolava é que não havia cometido à burrice de dizer o que sentia.


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