O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen
Notas iniciais do capítulo
Oe! Mais um capitulo fresquinho para vocês.
Boa leitura.
PS: Recadinho em notas finais.
Ao vivo e em cores.
Ao vivo e em cores.
No fim, ninguém diz adeus.
Não filmei meus sonhos,
Mas gravei você nos meus.
_Como você é teimosa! _ Exclamou o soldado furioso pela desobediência da mulher que – a todo custo – tentava levantar da cama.
Isabella não entendia o porquê do maldito repouso, afinal, tudo o que queria era tomar um bom banho e tirar aquele cheiro horrível de sangue no cabelo. Edward a segurava pelos ombros e a pressionava na cama, a face furiosa dele não causou efeito nenhum em Bella; ela já estava acostumada com aquela expressão.
_Você não ouviu Emmett? Quer que os pontos saíam e que eu a segure novamente enquanto ele costura esse corte? _ Rosnou Edward, e Bella estremeceu com a lembrança da dor insuportável que sentira. Por fim suspirou e parou de lutar; a ultima coisa que queria era sentir as grandes e pesadas mãos de Emmett.
Edward a soltou e se encaminhou para a janela – uma tentativa inútil de fazê-lo esquecer do desespero de horas atrás. Poderia parecer bobeira, mas o simples pensamento de perdê-la havia causado uma erupção interna em seu ser.
Ele não sabia o real motivo de toda preocupação, não sabia nomear o sentimento que o obrigava a permanecer ao lado dela ou então de protegê-la. Havia muitos sentimentos ocultos em seu ser – esses que ele lutou anos a fim de nunca senti-los – que estavam relacionados com Bella.
Perde-la era definitivamente aquilo que o mataria... por dentro.
_ Sua cabeça dói? _ Perguntou de costas para ela, esperando ou não uma resposta.
Mesmo sabendo que ele não a veria, ela negou.
_O curativo vai causar coceira e quando isso acontecer, por favor, avise-me. – Pediu ele coma voz cansada, a mão direita pressionando a ponte do nariz. _ É uma questão de minutos para que meu pai entre neste quarto e nos encha de perguntas. _ Murmurou para ele mesmo.
E assim foi feito. Quinze minutos depois Carlisle adentrava no aposento junto com Esme.
_ Thomas contou o que houve com Isabella. _ Falou rapidamente enquanto fitava Bella. _ Estás melhor? _ Perguntou suavemente a ela, que assentiu levemente.
_ Veja esse lençol! _ Exclamou Esme. _ Está repleto de sangue. Onde estão os criados que ainda não o trocaram? _ Edward revirou os olhos ao ver a preocupação fútil de Esme. _ Providenciarei para que se sinta melhor, querida. Trarei duas criadas pessoais para que a ajudem a banhar-se. _ Falou em tom afável com ela, retirando-se do quarto lodo em seguida.
_ Edward. _ Chamou Carlisle enquanto se aproximava do filho que ainda fitava a bela vista que a janela proporcionava. _ Você estás bem? Emmett me contou o quão preocupado ficastes com o desmaio de Isabella...
_ Estou bem. Foi só um susto. _ Respondeu brevemente ao Barão, que notou que tocar no incidente de Bella era um tanto difícil para Edward, porém, havia perguntas a serem feitas.
_ Sei que odeia cerimônias por isso vou direto ao ponto: onde ela conseguiu esse machucado? _ O corpo do soldado ficou tenso com a pergunta repentina de seu pai, mas ele sabia que mentir não era uma boa idéia.
Bella – ao ouvir a pergunta do Barão – ficou tensa. Ela sabia que Edward contaria tudo ao pai e também sabia que uma futura rejeição – ou até mesmo uma denuncia – poderia vir de Carlisle. James certamente estaria a procura de Edward e se Carlisle os denunciasse tornar-se-ia só uma questão de horas até que o Conde os encontrasse.
Ela olhou para Edward – esperando que ele começasse a contar tudo –, mas quando seus olhares se encontraram a única coisa que conseguiu ouvir dele fora o silêncio.
_ Talvez... _ Começou o Barão ao perceber que ter esse tipo de conversa perto de Bella não era a melhor coisa a se fazer. _ Seja melhor conversamos em meu escritório.
Para a surpresa da mulher, o soldado assentiu e saiu do quarto em profundo silêncio.
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Carlisle fitou o filho com espanto. Toda historia fora contada e era difícil de acreditar que Edward havia feito tudo aquilo por ela.
_ Por quê? _ Perguntou ainda olhando para a expressão calma de seu filho.
_ Eu ainda me pergunto isso.
_ Ela carrega um filho seu no ventre?
_ Não.
_ Então por que a ajudou sem pedir nada em troca? Por que permanece ao seu lado sem se incomodar com o fato dela ser muda? Por que atravessou esse pequeno país e agora és um fugitivo? Por que você fez isso?
_ Não sei. Mas se não aceitares a presença dela avise logo para que nos retiremos dessa casa ainda hoje.
_ Céus! _ Socou a mesa, espantado com determinação do filho. _ Não sabes nem o sobrenome desta mulher, muito menos o passado.
_ Isso não importa! _ Alterou a voz diante do pai. _ Não me importo com nomes, passado ou dinheiro. Eu a quero junto a mim! Não basta para ti?
Aquela simples frase calou Carlisle – que agora compreendia o magnífico sentimento que únicas os dois. Ele viu amor nos olhos do filho. Ele sentiu a determinação na voz dele. Ele percebeu que aquele homem que já fora cruel e calculista tornou-se outra pessoa por ela... Carlisle Cullen entrou num jubilo secreto no momento em que soube que Edward Cullen amava Isabella.
O Barão sorriu – para espanto de Edward – e disse fez a pergunta que calou o soldado:
_ Você a ama?
Edward engasgou com a própria saliva, a face ficou vermelha e o ar pareceu rarefeito. Ele não esperava por essa pergunta. Porém o problema não era a pergunta em si, mas sim a resposta.
_ Que tipo de pergunta é essa?
_ Responda meu filho. Você possui a valentia para segurar e usar uma arma, mas está com medo de uma simples indagação?
_ Não estou com medo.
_ Então responda a pergunta. _ Os lábios de Carlisle transformaram-se numa linha reta a medida que segurava o riso.
_ Eu quero o melhor para ela... _ Respondeu desconfortável com o rumo da conversa. _ Que diferença faz amar ou ser amado? _ Indagou com a necessidade de ver o pai constrangido como ele ou até pior.
_ Bom, o que é melhor para um pássaro: a asa esquerda ou à direita? _ Rebateu Carlisle sabiamente, piorando ainda mais a situação de Edward.
_ É o mesmo sentimento estúpido!
_ Para você Edward. Mas para Isabella pode fazer toda a diferença. _ O Barão suspirou cansado e se encaminhou lentamente até a porta, mas antes de sair deu um sorriso cansado para Edward. _ Rosalie e Alice provavelmente estão em seu aposento, conhecendo Isabella. Espere um pouco antes de subir, conheça a propriedade, ande a cavalo, aproveite a vida.
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Um de seus novos criados pessoais arrumava a montaria para Edward. Emmett e Jasper também estavam com ele – com a desculpa de ficar de olho no irmão. O clima estava mais ameno entre os Cullen’s e brincadeiras eram feitas sem nenhum ressentimento, mas quando se tratava do humor instável de Edward todo cuidado era pouco.
Edward escolheu o cavalo que utilizou para a fuga, observando o quão forte ele estava – resultado dos cuidados exigentes do Barão.
_ E então soldado... _ Começou Emmett enquanto cavalgava ao lado de Jasper e Edward. _ Fiquei sabendo que depois de quatro anos na guerra o Ministro do Rei praticamente ordenou que você repousasse. Um ano, não?
_ Sim. Voltarei para lá na primavera do próximo ano.
_ Não tens medo de morrer? _ Indagou Jasper.
_ Não.
_ Mas e Isabella? Vai deixá-la? _ Jasper havia tocado em algo impensado para Edward.
_ Eu ainda não pensei nisso.
_ Você não vai usar a influencia de nosso pai para pedir retirada do exército?
_ Por que faria isso? Não temo batalhas e muito menos a morte...
_ Você não, mas Isabella sim! Já pensou no que seria dela se você morrer como um desconhecido no campo de batalha?
Ele ainda não havia pensado nisso, evitava a todo custo conversas que o fariam pensar num futuro em que ela estivesse sozinha. Morrer era algo difícil para ele, já que era o melhor do batalhão, mas a morte vem quando menos se espera e só o fato de deixá-la vulnerável para qualquer um quase o fazia desistir... Quase.
_ Eu ainda não pensei nisso. _ Resmungou enquanto puxava as rédeas do cavalo e o guiava para a direção oposta dos irmãos.
_ Aonde vai? _ Indagou Emmett nada surpreso pelo ato do irmão.
_ Vou voltar. _ Deu uma simples resposta e logo pôs o cavalo para correr até o Palácio.
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Esme avistou Edward adentrar no Palácio ainda trajando a roupa de equitação, parecia ansioso por algo.
_ Como está Isabella, filho? _ Indagou ela calmamente, ainda sentada na enorme poltrona de couro vermelho.
_ Er... Eu não sei, ainda não a vi. Rosalie e Alice já saíram do quarto? _ Perguntou jogando o chicote e capacete numa mesinha qualquer que encontrou pelo caminho, logo um criado pareceu e retirou os pertences de lá.
_ Creio que não. Foram para lá levando muitos vestidos e estojos com pequenas jóias, certamente para presentear sua Isabella. _ Edward gostou do modo que aquilo soou, mas nada demonstrou.
_ Mande Thomas levar seu almoço, ela não poderá descer. _ Avisou já subindo as escadas.
_ Se juntará conosco para o almoço?
_ Não. _ Escutou a voz distante de Edward.
_ Isso acabará em casamento. _ Murmurou para ela mesma enquanto retomava a leitura. _ Ao menos se ela falasse...
**** **** ****
Edward parou diante a grande porta de madeira de seu aposento, ouvindo as risadas femininas e os gritos de excitação das meninas. Deu um pequeno sorriso ao saber que atrapalharia toda aquela baboseira, mas se pôs sério para intimidar Rosalie e Alice.
Adentrou calmamente no aposento e fitou Rosalie e Alice que ignoraram sua presença e continuaram o monologo com Bella que estranhamente se encontrava rubra.
_ Usarás a gargantilha junto com os brincos e com esse vestido. _Rosalie mostrava todo o acessório enquanto Alice falava. _ Arrumaremos seu belo cabelo e a maquiaremos para que se torne ainda mais bela conseguindo...
_ Poderiam dar licença? _ Cortou Edward antes que a face de Bella ficasse ainda mais vermelha.
Alice lançou um rápido olhar a Rosalie, encaminhando-se para a porta deixando todos os vestidos e jóias para trás, Rosalie também a acompanhou, mas antes se despediu de Isabella com dois pequenos beijos na bochecha.
Quando a porta fechou Edward riu.
_ Elas estavam cansando você. _ Não foi uma pergunta, mas Bella assentiu. _ Vestidos magníficos esse que trouxeram, mas confesso que ficarão ainda mais estonteantes em seu corpo, senhorita. _ Comentou com a voz polida, enquanto se sentava ao lado de Bella.
_ Acho que ficaria linda de qualquer jeito. _ Acariciou a face de Isabella sem nenhuma hesitação. _ Sente-se bem? _ Ela assentiu. _ Ordenei que trouxessem o seu almoço, logo vai chegar. _ Murmurou suavemente no momento em que seus dedos percorreram os lábios da mulher, lábios esses que o atormentavam com seu gosto adocicado.
Bella guiou suas pequeninas mãos até a nuca de Edward e se ergueu um pouco para beijá-lo no queixo. A boca de Edward procurou por mais, mas ela se afastou, beijando-o na testa.
_ Quer sentar? _ Perguntou ele, controlando a vontade avassaladora de possuí-la. Ela assentiu e Edward envolveu seu corpo e a ergueu minimamente, aconchegando-a entre os travesseiros. O soldado procurou novamente pela boca da criada, mas encontrou o nada. _ Não queres o meu beijo? _ Ela negou enquanto mordia os lábios sensualmente.
_ Quero brincar com você. _ Mexeu os lábios e Edward entendeu – ficando ainda mais excitado. Abaixou-se minimamente e sussurrou em seu ouvido:
_ Pode se queimar. Não quero machucar você. _ E mordiscou sua orelha, ficando contente ao sentir o corpo abaixo de si estremecer.
_ Não tenho medo. _ Comunicou enquanto beijava a mandíbula do soldado, arrancando suspiros dele.
Ficaram nessa carícia intimida por um longo tempo. Edward às vezes gemia roucamente – quando recebia uma mordida ousada – no ouvido de Bella e em troca ouvia o seu arfar. Estavam sedentos um pelo o outro.
Quando a espera teve fim e as bocas se uniram um turbilhão de novas sensações os atingiram, tornando o beijo mais urgente.
Porém batidas na porta os interromperam.
_ Senhor Cullen, o almoço está servido. _ Edward abriu a boca para mandá-lo embora, mas Bella o deteve, olhando-o como se pedisse para que ele entrasse.
_ Entre Thomas. _ Rosnou o homem enquanto se afastava para que a bandeja fosse colocada no colo de Isabella.
Ao observá-la comer Edward notou que ela estava banhada e que possuía outro vestido, notou curioso o fato de Bella comer com a mão direita enquanto os demais criados geralmente usavam a esquerda, apercebeu-se do modo limpo em que comia – sem se sujar – e que também quase não usava as mãos. Isabella era educada e polida demais para uma criada.
_ Bella? _ Chamou quando viu que a mulher havia terminado a refeição. _ Sabes escrever?_ Ela o olhou especulativa e sorriu assentindo. _ Poderia escrever seu sobrenome para mim? _ Ela novamente assentiu e o olhou curiosa pelas perguntas formais que ele fazia. _ Espere aqui. _ Avisou enquanto saía do quarto e instantes depois retornava com papel e uma pena tinteira nas mãos.
_ Escreva para mim o seu sobrenome. _ Isabella o olhou exigindo respostas. _ Somente curiosidade. _ Ele lhe entregou o papel e pôs a pena em sua mão direita. Isabella lançou-lhe um ultimo olhar e depois se voltou para o papel e escreveu somente duas palavras:
Marie Swan.
**** **** ****
Edward adentrou sem cerimônia no escritório de seu pai – que analisava alguns documentos – e jogou sobre ele o papel com o nome de Isabella.
_ O que é isso, Edward? _ Perguntou Carlisle sem olhar para o filho ou o papel, concentrado demais nos documentos.
_ Hoje me indagaste sobre o sobrenome de Isabella. Eu o tenho. _ O Barão largou os documentos e olhou para Edward.
_ Ela o escreveu?
_ Sim. Escreves com a mão direita e também come com ela. _ As sobrancelhas do Barão se juntaram e ele pegou o papel lendo as elegantes letras que formavam a palavra Marie Swan.
_ É francês. _ Murmurou para si mesmo enquanto relia o nome. _ Por que alguém como ela saberia escrever e possuiria um sobrenome francês? Pelo que me consta, Isabella era uma simples criada quando a conheceu.
_ É isso o que quero saber. Mande investigarem sobre o passado de seus pais e que os encontre. Quero todas as informações possíveis dela. Quero desvendar o passado obscuro que a persegue.
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Acho que vocês não leram o meu recado no capitulo anterior, pois bem, meu Word ainda está com problemas.
Espero que tenham gostado desse capitulo. Comentem e deixem a sua opinião.
Beijos.