Edward PDV

 

“Hey Harry. Vamos lá ver se aquela menina está bem?” – perguntei quando saímos da aula de poções.

 

“Quê? E perder a aula de feitiços?? Puff..” – disse simplesmente.

 

“Ah é. Esqueci que você é um iniciante em magia. Não pode perder nenhuma aula.” – zombei.

 

“Edward, tenta entender um pouco o meu lado, porra. Eu preciso aprender o que eu puder. Eu não sei nem segurar minha varinha.”

 

“Hum. Aposto que eu te ensinaria melhor e bem mais rápido.”

 

“Ah, claro. Vamos logo pra aula.” – falou me puxando para dentro da sala.

 

Bom, aula de feitiços...talvez eu aprendesse algum feitiço novo...ou não.

 

“Bom dia pessoal. Meu nome é Esme, e eu vou ensiná-los alguns feitiços. Mas por hoje, só os mais básicos.”

 

Quando olhei a professora, tive a impressão de que eu conhecia ela de algum lugar. Mas resolvi ignorar, afinal de contas, eu nunca falava com ninguém mesmo, sempre fui sozinho, principalmente, depois de perder minha família...

 

“Olha aí, Harry. Sua chance de aprender alguma coisa.” – falei tentando irritá-lo.

 

“Quero que vocês fiquem em duplas, um de frente para o outro...agora, peguem suas varinhas e só repitam comigo: Expelliarmus.”

 

“Expelliarmus” – a turma respondeu, o que pareceu mais um monte de zumbis.

 

“Quê isso, pessoal? Vamos lá, repitam com mais vontade.” – incentivou a professora.

 

“Expelliarmus.” – os alunos responderam do mesmo jeito.

 

“Hum, OK...agora empunhem sua varinha à frente e tentem desarmar o seu colega.”

 

Após alguns segundos só se ouvia os gritos dos alunos tentando fazer com que o feitiço funcionasse. Depois, vê-se um clarão vermelho. E de quem saiu? Adivinha, não era nenhuma novidade.

 

“Parabéns, Srta...?” – começou a professora.

 

“Granger, professora.”

 

“Muito bem, Srta. Granger. 5 pontos para a Grifinória.” – concedeu a professora. - “ Vamos continuem todos..”

 

E assim se seguiram vários minutos até que todos conseguiram tirar a varinha do adversário. Em meu momento de distração, Harry lançou o feitiço em mim, e conseguiu tirar minha varinha, que voou longe.

 

“Yes! Consegui.” – exclamou.

 

“Até que enfim, néh.” – falei sorrindo.

 

“Ok. Agora que todos conseguiram vamos passar para outro feitiço...agora um de defesa. Vamos lá, repitam bem forte: Protego.”

 

“Protego!” – repetiram todos em voz alta.

 

“Hum, muito bom. Esse feitiço faz com que o feitiço do oponente ricocheteie e volte para ele mesmo. Agora vamos ver se vocês aprenderam. Podem continuar.”

 

E foi assim...todo o resto da ridícula aula. No final da aula, eu e Harry fomos os últimos a sair. Me surpreendi quando a professora chamou meu nome.

 

“Edward, posso falar com você?..em particular.” – disse ela.

 

“Hã..te espero lá na sala, Edward.” – Harry falou, se retirando.

 

“OK!”

 

Enquanto ele saia, tentei adivinhar o que a professora queria comigo. Não obtive sucesso.

 

“Então professora. Posso saber o que a senhora quer comigo?” – perguntei curioso, me virando pra ela.

 

No momento em que eu vi o seu rosto, me arrependi de o ter feito. Lágrimas escorriam por seu rosto e naquele momento, e eu tive a certeza de que eu a conhecia. Era ela.

 

“Edward...”

 

Harry PDV

 

Deixei Edward lá falando co a professora e me dirigi para a próxima aula. Avistei Hermione e corri para acompanhá-la.

 

“E aí, Harry? Gostando das aulas?” – perguntou.

 

“Hum..sim. É bom começar a conhecer um pouco desse novo mundo. À propósito, qual é a próxima aula?”

 

“É Defesa contra as Artes das Trevas.”

 

“E o que exatamente a gente aprende nessa matéria?”

 

“A duelar.” – respondeu simplesmente.

 

“Ahh, OK.”

 

Que bom. Só espero que não tenha nada de mais..mas minha impressão de que algo iria acontecer não saía da minha cabeça. A professora Macgonagol já nos aguardava.

 

“Bom dia a todos.como vocês já me conhecem, vamos ao que interessa.”

 

Ela esperou todos se sentarem para continuar.

 

“Hoje eu preparei uma aula diferente das que eu costumo dar. Preciso de dois voluntários para duelar.”

 

No momento que ela pronunciou voluntários para duelar um menino loiro deu um passo à frente, enquanto toda a sala dava um passo atrás. Ficando assim, eu e o menino à frente.

 

“Muito bem Sr. Malfoy e Sr. Potter. Venham para o meio da sala.”

 

O Malfoy lançou-me um olhar maléfico e deu uma risadinha, e eu me estremeci todo. Alguma coisa muito estranha irradiava daquele menino.

Nos posicionamos um de frente para o outro, enquanto a professora se dirigia para o nosso meio.

 

“Agora levantem o braço esquerdo acima da cabeça e empunhem suas varinha à frente com a mão direita” – ela esperou até que ficássemos na posição desejada – “E agora, você vão tentar desarmar um ao outro. Podem começar” – e se retirou.

 

Eu e Malfoy ficamos nos encarando durante algum tempo. Os olhos dele brilhavam de excitação. Qual é o problema desse garoto?

 

Malfoy PDV

 

Isso! Agora é a minha chance de acabar com o Potter..vai pagar por ter se metido com o Lorde das Trevas, HAHAHAHAHA.

 

“Rictusempra!” – lancei o feitiço nele. Tomara que esse soco na barriga doa muito.

 

Para meu azar, e para a sorte dele, ele se abaixou para amarrar o sapato e o feitiço passou por ele e atingiu a parede.

 

MERDAA!!!

 

Harry PDV

 

CARALHO!

 

ESSE FILHO DA P** QUER ME MATAR ÉH?

 

Levantei lançando outro feitiço de volta.

 

“Expelliarmus!” – gritei.

 

Para minha infelicidade ele se protegeu do feitiço. E rapidamente lançou outro na minha direção.

 

“Estupefato!” – berrou.

 

Que feitiços são esses que ele está me mandando??AAAHHH alguém me ajudaa!!!!

 

“Protego!” – gritei de volta.

 

O feitiço voltou para ele que conseguiu desviar.

 

AI MEU DEUS! ELE VAI ME MATAR!!!

 

“Everte Statum” (n/a: Esse feitiço serve para jogar o adversário longe, enquanto dá piruetas no ar.)

 

Nesse momento a minha salvação chegou. A professora interviu, acho que ela deve ter cansado de olhar ele tentar me matar e resolveu fazer alguma coisa de útil néh.

 

“Chega! O que pensam que estão fazendo? Eu falei desarmar e não se matar!” – gritou ela indignada.

 

“Mas professora, eu estava tentando desarmá-lo.” – falou o Malfoy em sua defesa.

 

“Ah é mesmo, você ia desarmá-lo com estupefato néh..ah eu já entendi..você ia deixá-lo desmaiado e ia desarmá-lo depois? Francamente Sr. Malfoy. Não vem com essa pra cima de mim, não.” – falou ela rabugenta.

 

Voltei para o meu lugar ao lado de Hermione, que encarava Malfoy boquiaberta. Passei por ela fechando sua boca.

 

“O que foi sua doida?” – perguntei.

 

“Nada..é que estou surpresa..”

 

“Com o quê?” – falei, achando que ela ia me elogiar pelo duelo.

 

“Como é que ele pode saber tantos feitiços? Achei que só eu era inteligente..” – falou tristonha.

 

Encarei ela boquiaberto.

 

“O que foi? É verdade, ué.” – concluiu.

 

“Aff Hermione..ninguém te merece.” – grunhi.

 

"Bom, já que esse duelo não deu muito certo, será que temos algum outro voluntário?” – perguntou a professora.

 

Vários alunos levantaram a mão. Assim a aula seguiu com vários duelos entre os alunos. Olhei de relance para o Malfoy, e ele conversava meio nervoso com suas companheiras. E..nossa, que companheiras hein. Duas meninas, uma um pouco estranha, a outra uma perfeição de corpo e de beleza. Ele tá podendo, hein.

 

“Hermione, por que será que aquele menino estava me atacando daquele jeito?” – perguntei, subitamente.

 

“Hum..eu não sei Harry..mas eu tenho uma ideia do que pode ser. Quando a aula acabar nós conversamos, ok?”

 

“Ok. E já que vamos conversar preciso te perguntar algumas coisas.”

 

“Sobre o que Harry?”

 

“Sobre mim.” – respondi e ela me encarou sem entender.

 

[..]

 

Ao fim da aula, Hermione me puxou até a sala comunal, que no momento estava vazia.

 

“Táh bom Hermione, eu sei andar. Pelo menos isso meus tios me ensinaram.” – falei e ela me soltou.

 

Sentei num sofá e ela se sentou de frente para mim no outro.

 

“Bom Harry, o que você queria me perguntar?”

 

“Err..eu não sei como começar..”

 

“Que tal começar pelo começo..é o normal néh..já que você já é tão diferente por si mesmo..” – falou ela, sem concluir.

 

“Táh. Olha, eu preciso saber tudo o que você sabe sobre mim.”

  

“Como assim?” – a otária ainda pergunta.

 

“Vey, presta atenção. Eu quero saber o que aconteceu com meus pais. Até agora eu não entendi o que aconteceu que todos me conhecem..sei lá..alumia minha cabeça um pouquinho, vai.” – pedi.

 

“Isso é estranho, Harry.”

 

“Sabe o que é estranho? Eu viver minha vida toda com os trouxas e não saber nada sobre o mundo bruxo. E nada sobre meus pais, nem como ou porque eles foram assassinados.”

 

“Ai, desculpa aí. Táh tá bom. Vou te contar o que eu sei. Bom, na época em que seus pais estudaram aqui em Hogwarts, existia um bruxo do mal à solta, o Lord das Trevas. Quando você nasceu ele ficou sabendo que você seria mais forte do que ele, e que poderia até destruí-lo.”

 

“Mais forte que ele?” – repeti suas palavras.

 

“Aí, ele resolveu te matar antes que você crescesse e pudesse derrotá-lo. Foi aí que ele assassinou seus pais, porque eles não deixaram que ele te matasse. Mas no momento em que ele ia te matar, ele não consegui porque você estava protegido por um feitiço muito poderoso de seus pais, fazendo assim com que ele desaparecesse.” – concluiu ela.

 

“Então meus pais morreram para me salvar? Mas.. peraí, como você sabe de tuuuudo isso?” – perguntei.

 

Ela retirou um livro de sua bolsa e o mostrou pra mim.

 

“É um exemplar do livro: Harry Potter, o herdeiro da cicatriz. Hahahahaha, todo mundo tem um Harry, se preocupa não, é por isso que todos sabem da sua história e te conhecem.” – falou ela, divertindo-se com minha cara.

 

“Ahh, é daí que eu herdei essa cicatriz..meus tios falaram que foi porque quando eu era pequeno caí e bati a cabeça na privada..” – confessei perdido em pensamentos.

 

“Hahahahaha, Harry. Você é muito engraçado. Mas aí, me conta como é viver com os trouxas?”

 

“Humm..é normal, quero dizer, é normal pra mim que vivi com eles todo esse tempo.”

 

“E os seus tios são legais?”

 

“Na verdade, eles são uns filhos da pu**..eles..” – fui interrompido por Edward, que entrava na sala eufórico.

 

“Harry, Harry. Eu não sou só, eu não sou só. Ela está viva, está viva!” – falou ele tentando respirar.

 

“O quê? Como assim Edward?” – perguntou Hermione.

 

“Minha mãe...está viva.” – disse ele.

 

[...]