Anos Dourados escrita por Pipe


Capítulo 7
A Feijoada




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CAPÍTULO 06 – A FEIJOADA

 

_ Então D. Olinda veio para a Grécia, conhecer o local onde seu filho especial desenvolvia seus dons e conhecer os amigos não menos especiais de quem seu menino tanto falava... – começou Shaka

Os outros cavaleiros vaiaram esse início... Mas Milo completou:

_ E trouxe uma das irmãs do Deba, a gatíssima Solana. Foram bem recebidas, até pela ciumenta tia Manda. A nossa tiazinha amou as novidades culinárias e a troca de receitas novas, além, claro de fofo... informações sobre o Aldebaran e outros cavaleiros.

_ Oh, sim, a fogosa Solana, morena dos lábios de mel... – suspirou Shura. – Eu quase virei cunhado...

_ Você sempre foi candidato a cunhado, seu sem vergonha! – exclamou Carlo de Câncer. – Nem sei como você não é cunhado do Afrodite.

_ Talvez porque ele não soubesse passar uma cantada em sueco. – riu Peixes, acompanhado pelos outros.

_ Para um experiente amante, a língua nunca é barreira, é apenas um charme a mais...

_ Se toca, Shurinha. Acha que minha irmã Anfertyte iria dar bola para um moleque de 15 anos, quase dez anos mais novo que ela?

Shura apenas estalou a língua, erguendo as sombrancelhas. Carlo de Câncer virou o rosto e caiu na gargalhada. Camus sacudiu a cabeça:

_ Não acredito. Bien, ainda bem que eu não tinha irmãs para virem me visitar. Vai falar que você não sabia, Afrodite?   

Mú fechou a boca de Afrodite, ainda aberta com a revelação de que nem a sua segunda irmã escapou da lábia latina de Shura de Capricórnio... Seiya não queria saber das fofocas “quem-catou-quem-há-anos-atrás”:

_ E a tal da feijorada?

_ Feijoada. – corrigiu Milo. – Num belo dia, o cheiro da cozinha fica assim, diferente. Algo de dar água na boca, cheiros exóticos. E no cardápio aparece uma palavra desconhecida FEIJOADA. Aldebaran nos explicou que era um prato com feijão, carne de porco em pedaços, acompanhado de um bom arroz branco, aquele matinho fininho e farofa, com direito a pimenta e laranja em pedaços pra quem quisesse.

_ Shaka já ficou desesperado. Quantos porquinhos inocentes não teriam sido sacrificados para satisfazer o apetite voraz de tantos cavaleiros? – Shura colocou as costas da mão na testa, num gesto dramático. Recebeu em resposta um outro gesto, feito com o dedo médio...

_ Pois nosso indiano vegetariano, precursor do movimento ambiental do Santuário, não só comeu, como estava na fila para repetir em primeiro lugar... – riu Carlo.

_ Duas vezes! – apoiou Milo, rindo.

_ Eu não comi a carne de porco, mas aquele feijão com farofa e couve estava divino... – defendeu-se Shaka. – Lembrava um pouco o tempero de casa...

_Sim, tinha alguma coisa de indiano ali... Se bem que eu perguntei e D. Olinda me disse que a origem era africana. Comida de escravos... Deliciosa...

_ Pena que deu um “revertério abdominal” em muita gente que abusou do prato... – suspirou Camus

_ Um o quê? – estranhou Seiya

_ Dor de barriga. Dos cavaleiros de prata, Moses e Dante foram parar na enfermaria... – explicou Mú, mordendo a língua já.

_ E dos cavaleiros de ouro... – sorriu Shiryu

_ Atenção à chamada! – gritou Milo – Quem teve caganeira depois da feijoada levanta a mão: Milo, presente!

_ Aioros, presente! – Sagitário começou a rir...

_ Afrodite, presente... – gemeu o sueco. – Nunca tinha suado frio no banheiro até essa experiência macabra...

_ Saga, presente...

_ Aioria, presente! Mas eu repetiria de novo, se me convidassem pra outra. Vocês nem tem noção de como aquilo é bom... O Deba me contou que lá no país dele, se faz baldes de caipirinha pra acompanhar e se toma litros de cerveja gelada enquanto se come...

_ Caipirinha?

_ E vocês não tiveram dor de barriga? – Seiya apontou os cavaleiros que não se pronunciaram... – O Shaka não repetiu três vezes?

_ Então, né? Eu comi mais o arroz com a couve, farofa e pimenta...

_ Eu comi apenas uma vez – sorriu Camus

_ Eu estou acostumado a comidas fortes, gracias a mi madre.

_ Eu também. E caipirinha é uma receita do chifrudo da segunda casa... Como se chama aquela bebida dourada deliciosa que parece álcool puro?

_ Cachaça...

_ Não. Ele chama por outro nome.

_ Pinga. Que diferença faz? Caipirinha é um coquetel feito com cachaça, limão e açúcar.

_ Mas pode ser feita com vodca também...

_ Você é chique, Camus. A gente prefere do jeito do Deba...

_ Que seja. Aquilo desce queimando, maravilhosa! Bebida de gente grande... – riu Carlo. – Nunca tinha tido uma ressaca tão terrível quanto uma vez que eu tomei um porre de pinga com o Deba.

“Esse daí tem cada gosto.” – pensaram todos os cavaleiros de bronze.

Shura bocejou e disse ao cavaleiro de Áries:

_ Dava pra liberar umas almofadas aí pra uma sestita?

_ Alguém mais vai dormir por aqui agora?

Aioria e Aioros ergueram as mãos, assim como Seiya, Carlo e Milo. Shiryu, Shun, Shaka e Camus não queriam dormir, mas pediram as almofadas assim mesmo. Então Mú trouxe uma pra cada um, pra se acomodarem na fresca varanda da casa de Áries... Quem queria dormir ficou num canto, quem queria continuar conversando foi mais pra lá... Saga, sem cerimônia, deitou a cabeça nas pernas de Afrodite, que ficou mexendo no cabelo de Gêmeos até ele adormecer...

_ Só ele mesmo... – suspirou Peixes.

_ Lembra que você era apaixonado por ele?

_ Coisa de adolescente...algo tipo paixão pelo professor...

_ Hah! Mas suas brigas com o cavaleiro de Lagarto eram causa dele, não eram? – provocou Camus

_ Algumas até foram... Mas Misty sempre me tirou do sério...

_ Lembra algumas aí, pra gente dar risada...

_ Teve aquela do teatro... – Afrodite mordeu o lábio... – Outra engraçada... Ah, já sei... Lembra quando a gente resolveu pintar o cabelo?

_ Quando o cabelo do Milo ficou roxo?

_ Púrpura... roxo é o meu... Conta... os meninos vão gostar...

 


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