Anos Dourados escrita por Pipe


Capítulo 2
Chegada na Grécia




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CAPÍTULO 01 – A CHEGADA NA GRÉCIA.

 

“Dois rapazes de treze e quatorze anos estavam parados na beira do porto, esperando algumas pessoas. Chamavam a atenção pela sua aparência e atitude. O primeiro, mais velho, alto, cabelos longos, olhos e cabelos azuis, se chamava Saga e já era cavaleiro de ouro do signo de Gêmeos. O outro, também alto e forte para a idade, era moreno de olhos claros, de uma aparência mais tranqüila, se chamava Aioros e era cavaleiro de ouro do signo de Sagitário. Os homens olhavam pra eles com inveja e as mulheres com desejo.”

_Putz, que modéstia...Bela maneira de se apresentar, Saga. Vou me lembrar disso pra usar no futuro...- reclamou Miro.

_ Cala a boca e deixa ele continuar... – disse Seiya, querendo ouvir...

_ Como é, pivete? Toma tento...

_ Quieto, Miro. Eu também quero ouvir... – decidiu Camus, pondo a mão sobre o braço do amigo. Pode continuar, velho.

_ Muito obrigado pelo incentivo... e pelo velho...- resmungou Saga. E continuou:

 “O navio que eles esperavam chegou,vindo da Ásia e desceram duas crianças de pele clara, acompanhadas de um senhor, que cumprimentou os rapazes.

_ Como vão, meus cavaleiros?

_ Muito bem, senhor ....

_ Estes são os aprendizes do Oriente...

_ Parecem tão pequenininhos...”

_ Bom, o Shaka continua pequenininho... – brincou Carlo.

_ Mas naquela época parecia um duende loiro...- provocou Shura

_ As aparências enganam... – respondeu Shaka, rindo... – Meu tamanho físico nunca me atrapalhou em bater em vocês, grandalhões...

Risadas. Depois que se acalmaram, Saga continuou:

“_ Tem a mesma idade de vocês quando chegaram aqui. Não se deixem levar pelas aparências. Este é Mu – empurrou para a frente um pequeno garoto de grandes olhos violetas e cabelos curtos igualmente violetas. – E este é o Shaka. – de mãos dadas com o outro menininho havia um loiro de olhos azuis.

_ De onde eles vêm? – perguntou Aioros, sendo gentil.

_ Pergunte a eles. Eles falam. – riu o senhor... piscando o olho.

Aioros se abaixou para se colocar na mesma altura que os garotos e perguntou mesmo:

_ Vocês são da onde?

Mu piscou, gostando dos olhos sinceros de Aioros na hora. Respondeu, numa voz clara:

_ Eu venho do Tibet. De Jamir. Sabe onde fica?

O menino chamado Shaka apertou a mão de Mu antes de responder. Estava visivelmente nervoso. Mas respondeu, ficando vermelho:

_ Eu sou Shaka. Venho da Índia.

Eu arregalei os olhos e antes que pudesse me controlar disse:

_ Com essa cor?

Shaka ficou mais vermelho e abaixou os olhos azuis.

_ Sempre me dizem isso.

Passei a mão na cabeça do menino:

_ Porque você é diferente. Isso não é ruim. Você é especial, nunca se esqueça disso.

Conquistei o coração dos meninos na hora. Eles se despediram do senhor ... no porto mesmo. E foram para o santuário. Shaka acostumado com o calor da Índia sentindo-se em casa, mas Mu achando que estava muito quente.  

Quando chegaram, foram apresentar seus respeitos ao Grande Mestre do santuário, Shion de Áries. Depois foram levados ao dormitório dos aprendizes. Os outros meninos estavam lá esperando ansiosos, pra conhecerem os novatos. Mu e Shaka conheceram um garoto de uns nove anos,  de cabelos negros e olhos azuis, que ainda tinha um forte sotaque diferente, e que sorria constantemente, chamado Shura. Outro garoto da mesma idade, moreno, alto e que falava cantado, mas que parecia não sorrir nunca, chamado Carlo. Uma versão de seis anos do cavaleiro chamado Aioros, seu irmão Aioria,  E um menino menor, de uns oito anos, de pele delicada, olhos azuis e cabelos azuis piscina, mais parecendo uma garota, de nome Afrodite.

_ E os outros?

_ Chegam dois agora a tarde e um amanhã cedo.

_ Afrodite deixa de ser o caçulinha da família agora. – debochou Carlo, mexendo com o outro. – E o time dos café-com-leite só aumenta.

Afrodite fez beicinho, enciumado. Shaka e Mu olhavam para o dormitório e para aqueles meninos diferentes, sentindo-se meio perdidos. Mu foi guardar suas coisas no armário e soltou da mão de Shaka, pela primeira vez naquele dia. Depois foi escolher uma cama, Aioria recomendou a que ficava perto da dele. Afrodite ficou olhando para Shaka, que ainda não tinha se mexido. Puxou a mochila da mão do loiro, com cuidado, temendo assustar aquele menino lindo e franzino, e ele só levantou o olhar azul, pra ver onde o outro ia por suas coisas. Depois Afrodite estendeu a mão para Shaka, convidando-o a dormir do seu lado. Foi aí que o indiano sentiu que não estava mais em casa e realmente ia começar uma nova etapa na sua vida, num lugar estranho, numa língua estranha, cercado de gente estranha. E se ajoelhou no chão, chorando baixinho. Foi tão repentino, tão estranho, que num primeiro momento os outros ficaram sem ação. Mas logo todos reconheceram a mesma sensação que tiveram quando chegaram. Aioria pulou pro lado do loirinho e puxou-o do chão e junto com Shura que puxou Mu foram passear pelo santuário. Afrodite correu atrás, e Carlo se deitou com as mãos atrás da cabeça:

_ Bando de café-com-leite! – mas sentiu as lágrimas correrem de saudades de casa.”

_ Hey, espera um pouco... Você está inventando essa parte. Eu não chorei depois que eles saíram. –Saga ficou olhando para Carlo, que abaixou os olhos logo depois – Talvez só um pouco...

_ Daí no dia seguinte chegou o melhor aprendiz de todo santuário: Miro! E seu fiel escudeiro, Camus.

_ Melhor, não digo. Mas o maior causador de encrencas, com certeza. E eu sempre no rolo, n’est ce pás?

_ Esses não choraram ao chegar, Miro porque era entrão, Camus porque já era reservado desde pequeno. – informou Saga. – À tarde, chegou um moleque enorme, parecendo um mini armário.

_ Aldebaran...

_ Mini armário? O moleque era uma montanha. Aos seis anos parecia que tinha dez. Ele vivia perto do Shaka, pra defende-lo, vixe, parecia uma página do Viagens de Gulliver...- brincou Shura.

_ Defende-lo? Shaka... – Shun olhou para o cavaleiro de Virgem que só sorriu.

_ No primeiro ano meu aqui eu era o menor e mais chorão. Então o Deba me “adotou”... Depois eu fui adquirindo confiança...

_ E dentes começaram a rolar... – riu Camus.  

_ Brigavam muito? – perguntou Hyoga

_ Os cavaleiros de prata folgavam muito com nossa cara... – respondeu Carlo, descascando uma laranja. – E alguns outros aprendizes... ah, e os filhos dos servos e guardas que não sabiam seu lugar.

_ Puxa! Falando assim, parece que vocês não faziam outra coisa senão brigar... – declarou Shun.

_ Parece, né? – riu Shura. – E es la pura verdad. Nós sempre estávamos nos pondo à prova. O teste final para cavaleiros de ouro se dava aos dez anos, então a gente vivia se provocando, pra ver quem agüentava...

_ Quando os nanicos chegaram – e Máscara apontou com a faca para Shaka e Mú – Shura e eu já estávamos para ir treinar pesado em outro lugar pra depois voltarmos e fazer a prova final.

_ Com nove anos? – espantou-se Shiryu.

_ Vida de cavaleiro de ouro não é um mar de rosas – brincou Afrodite. – Mas tinha umas coisas agradáveis.

_ Uma folga por semana só pra brincar, por exemplo... – lembrou Miro.

_ Nossa... – espantou-se Seiya.

_ E o Mu empinava pipa sem segurar na linha, só pra humilhar – lembrou Camus.

_ Eu estava treinando, oras... Me lembro que nas horas que a gente ia comer vocês viviam me pedindo pra passar as coisas só pra me verem usar telecinésia...

_ Acha que a gente ia perder a chance de ver uma coisa dessas? Pra uma criança de sete, oito anos, é um espetáculo todo dia...- brincou Miro. E piscou - Mu, passa o queijo, por favor? Ah-ahn, sem as mãos...

Todos na mesa riram e Mu fez a vontade do Miro, sorrindo. Aioria chegou da rua nessa hora e gritou da porta:

_ Ainda bem que eu cheguei na hora!! O que vocês estão falando que foi tão engraçado?

_ Nossa infância no Santuário.

_ Da hora! Tem umas histórias muito boas... Contem aquela do bolo de chocolate...- lembrou Aioria, arrumando um lugar entre o Afrodite e o Mú e se servindo.

_ Essa é ótima! Deixa eu contar? – animou-se Miro

_ Porque não? Foi tudo culpa sua mesmo – riu Mú.  

 

 


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