A Prisão do Heroi escrita por drikafgsm


Capítulo 5
Rachel chega e escancara minha porta




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Quiron ter chamado os representantes não era um bom sinal, por isso enquanto caminhávamos em direção a casa grande estava um tanto apreensivo e pelo jeito Annabeth também estava, pela força com que ela segurava a minha mão. Assim que adentramos a casa notei como o primeiro piso estava lotado e barulhento, teria que me acostumar a isso, mais chalés mais representantes. Depois de um tempo Quiron também adentrou o recinto, e ainda bem que sua parte cavalo estava escondida dentro de uma cadeira de rodas motorizada.

            - Heróis! Silencio todos, por favor – assim que ele se pronunciou todos ficaram em silencio e o miraram – a questão que temos para discutir é na verdade bem simples.

            Com todos em absoluto silencio Quiron começou a explicar o que tinha de ser feito. Em resumo ele queria que um campista, só para que não chamasse atenção, fosse buscar três meios sangues fugidos em Armpit, Nevada e os trouxéssemos para cá.

            - Por que um satiro não vai buscá-los? – perguntou Nico a meu lado.

            - Porque não temos nenhum classificado disponível no momento – respondeu Quiron – e então, alguém se candidata?

            Todos fizeram silencio, nem mesmo Clarisse que geralmente queria provar o seu valor não se manifestou. Fiquei em duvida se era porque aquela realmente parecia ser uma missão sem graça ou porque quem fosse deveria ir sozinho. Então depois de um tempo daquele silencio mortal resolvi que era melhor eu mesmo me candidatar, antes que aqueles pobres semideuses fossem mortos por algum monstro.

            - Obrigado Percy – disse Quiron – agora todos estão dispensados. Menos você Percy preciso te dar mais detalhes para essa missão.

            Então todos foram saindo aos poucos da casa grande, apenas ficamos eu e Quiron. Annabeth e Nico até que tentaram ficar para me dar um pouco de apoio moral, mas Quiron fez com que os dois fossem embora.

            - Percy, Armpit fica a quase dois dias daqui então você terá que pegar o caro do acampamento – disse Quiron – você sabe dirigir, certo?

            - Claro – falei um pouco indignado – mas Quiron por que é que eu tenho que ir sozinho?

             - Já disse que para não chamar atenção. Não adianta discutir, criança.

            - Tudo bem – concordei desanimado.

            - Voltando, os meios-sangues que você vai procurar se chamam Jason, Leo e Pipper no começo desse ano eles foram mandados para a Escola Wilderness. Ficamos sabendo disso recentemente e então mandamos Gleeson para lá, só que eles conseguiram fugir antes que ele chegasse.

            - Como eles são?

            - Nos não temos muitas informações na verdade – disse Quiron desanimado – apenas que tem 15 anos. Mas para você não deve ser difícil achar três meio-sangues em uma cidade pequena como Armpit – disse Quiron se referindo a alguns truques que me ensinou no verão passado.

            Depois disso não tínhamos muito mais o que conversar, então fui procurar minha namorada para aproveitar o resto do dia junto a ela, já que ficou decidido que eu partiria na manhã do dia seguinte. Finalmente a encontrei sentada a beira do lago, então fui por trás de mansinho e pus minhas mãos sobre seus olhos.

            - Adivinha quem é – sussurrei em seu ouvido.

            Ela nem mesmo se dignou a responder. Ela se virou para mim e me encarou com seus lindos olhos tempestade e então me beijou intensamente, e claro, que eu correspondi. Quando o beijo acabou ela continuou abraçada a mim.

            - Você não consegue mesmo ficar longe de missões, não é cabeça de alga? – disse ela com a cabeça contra meu peito.

            - Não tive escolha dessa vez, não podia deixar aqueles três meio-sangues sem nenhuma ajuda.

            - Eu sei disso - disse ela - só não...

            Annabeth foi interrompida pelo sinal da hora do jantar. Fomos então para o refeitório deixando nossa conversa para depois do jantar. Assim que nossos pratos foram servidos como de costume fomos todos fazer nossas oferendas aos deuses, mas assim que me sentei à mesa não consegui realmente prestar atenção na minha comida, pois não tirava os olhos de Annabeth. Isso porque tinha finalmente me tocado que pela primeira vez em quase um ano teríamos um período de separação. Estava tão abobalhado com a idéia e a olhando tão fixamente que acabei por derramar coca-cola azul em minha camisa. Nesse momento vi que Annabeth começou a rir de mim, e apenas essa cena me tranqüilizou um pouco.

            Assim que todos terminaram de comer me levantei e fui me encontrar com Annabeth do lado de fora do pavilhão. Assim que Annabeth me viu com a camisa toda azul e molhada ela começou a rir novamente.

            - Você acha graça, não é sabidinha? – falei meio risonho e tentei abraçá-la para que também ficasse molhado, mas ela conseguiu fugir por de baixo de meus braços.

            - Ah não! Você não vai fazer isso, cabeça de alga!

            - Por que não? Saiba que é sua culpa eu estar nessa situação – disse agora já em meio a risadas.

            Depois de um tempo acabei por desistir, ela era muito rápida. Então pedi que me esperasse na fogueira junto aos outros para que eu pudesse trocar minha camisa, mas ela ficou insistindo em ir junto, e é claro que não tive como negar. Mas como era proibido que casais ficassem a sós dentro dos chalés tivemos que ir escondidos para que ninguém nos denunciasse.

            Lá chegando Annabeth se sentou em minha cama enquanto fui até a minha cômoda, onde tinha deixado algumas roupas no verão passado, abri a gaveta e pequei uma camisa azul que estava logo na frente. Assim que tirei a camisa toda molhada que vestia ouvi Annabeth fazer um muxoxo. Então me virei ainda sem camisa para olhá-la e percebi que estava corada então acabei por corar também.

            - Desculpe – falei já pegando a camisa em cima da cômoda, mas então ela veio andando até mim e segurou minhas mãos.

            - Não é isso – ela falou ainda segurando minhas mãos – é que eu estava pensando que faz tempo que não nos separamos e agora você vai nessa missão... desculpa estou sendo egoísta.

            Então eu a abracei e sussurrei em seu ouvido.

            - Então não é só você que esta sendo egoísta, porque estava pensando exatamente a mesma coisa quanto babei toda aquela coca-cola azul – disse rindo um pouco de mim mesmo.

            Então sem se soltar de nosso abraço ela me olhou nos olhos e me vi refletido em seus olhos cinzentos, não saberia dizer quanto tempo ficamos assim, parecia que ela estava se decidindo sobre o que dizer.

            - Eu não queria que você fosse embora – ela finalmente disse.

            - Também não queria ir – disse e então a beijei.

            O beijo começou bem normal, mas de repente senti que Annabeth o aprofundava. Então aquilo saiu do controle. Ainda nos beijando acabamos por cair na minha cama continuamos por um tempo, mas foi então que percebi que aquilo não ia prestar. Claro que uma parte minha não queria parar com aquilo, mas a outra parte sabia que ainda não era a hora certa. Assim a contragosto me separei de Annabeth e me pus sentado à beira da cama me recompondo ela também se sentou a meu lado. Eu estava realmente sem graça então comecei a encarar o chão, foi então que vi que minha camisa estava nele jogada.

            - Acho que deveria colocar a camisa – mas assim que me levantei Annabeth segurou meu pulso me fazendo parar. Então a encarei e percebi que estava vermelha assim como eu devia de estar.

            - Desculpe – ela disse sem graça – é que eu estou com um mau pressentimento sobre essa missão.

            Isso me fez sentar a seu lado novamente e segurar suas mãos.

            - Não vai acontecer nada comigo, lembra eu sou invencível? – eu disse e ela riu um pouco, e então disse serio – eu te amo.

            Eu nunca havia sido tão direto quanto a esse sentimento, por mais que já sentisse isso antes mesmo de começar a namorá-la, e o que eu disse a deixou um tanto surpresa. A principio Annabeth ficou muda e eu já ia me desculpando, quando ela saiu do transe.

            - Eu também te amo, Percy – ela disse e eu não pude resistir e a beijei.

            Eu puxei Annabeth para mais junto de mim e então quando pensei que as coisas iam sair do controle novamente a porta do meu chalé se escancarou.

            - VOLTEI! – gritou Rachel.

            E então ela recebeu a nossa situação e ficou vermelha como um pimentão o que provavelmente não era muito diferente de como eu e Annabeth estávamos. Então me separei rapidamente de Annabeth, e nessa hora não sabia se esganava Rachel ou se agradecia aos deuses por ela ter nos parado a tempo. Seja como fosse me levantei e fui até o local onde minha camisa estava largada ao chão para poder vesti-la. Vestido, porém ainda muito vermelho convidei Rachel para entrar. Então ficamos os três em um silencio envergonhado, sentados a beira da minha cama. 

            - Então – disse Annabeth quebrando o silencio – como foi na nova escola?

            - Bem chato – respondeu Rachel sem o entusiasmo de sempre – muitas meninas metidas que se acham melhor que todo mundo...

            - Ah... – eu e Annabeth dissemos juntos.

            - E vocês, como anda a vida?

            - Bem – respondemos juntos novamente.

            - Soube que você vai a uma missão amanhã, Percy – assim que ela disse isso pareceu que eu e Annabeth saímos de nosso transe.

            - Você não veio me fazer uma profecia, não é mesmo? – disse temeroso, pois odiava profecias.

            Ela me encarou por um momento seria e eu já estava me preparando quando ela disse que estava brincando. Na verdade ela tinha acabado de chegar e veio procurar a mim e a Annabeth, quando esbarrou com Nico que disse que tinha nos visto indo pro meu chalé e que então ela resolveu vir pra cá, nesse momento ela corou um pouco e nos olhou como se pedisse desculpas. Passamos mais um tempo conversando quando percebemos que já era bem tarde e as duas resolveram que era hora de ir.

            Dei um ultimo selinho em Annabeth e fiquei as observando ir enquanto conversavam, Rachel disse alguma coisa, que eu não entendi, e as duas começaram a rir. Eu sorri para mim mesmo me lembrando de como costumavam não se dar bem antes. E então fui dormir e graças aos deuses não tive sonhos.

 

 


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