World Behind My Wall escrita por jubilacs


Capítulo 16
Daniel?!


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora....

Reviews?

Bjo



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Em língua de sinais mandei cobrirem meus flancos (lados) enquanto adentrávamos cada cômodo  sem achar nada. Chegamos finalmente ao ultimo cômodo. Era ali. So podia ser ali. Encarei os homens ao meu lado. Fiz sinal positivo com a cabeça encorajando-os. Contei até três muito baixinho e com um chute arrombamos a porta. OMG! Era Daniel apontando uma arma para a cabeça de Tom o gêmeo mais velho. O rosto amargurado de Daniel não havia mudado, desde quando falecido Paul me contara sobre no ele estava metido e eu o denunciara para a diretoria das Forças Armadas Americanas.

 

[Flashback On]

 

Estava sentado na minha beliche no chalé dos Generais. Folhava algumas anotações que fizera aproveitando que estava sozinho, poderia me concentrar facilmente. Ouvi batidas na porta e para minha surpresa era  Paul Kaulitz o mais novo Cadente da tropa. O recebi e perguntei o que havia acontecido quando percebi sua face contorcida numa careta que não era normal. Eu o conhecia a um bom tempo, já que havíamos treinado juntos para sermos aceitos,mas ele resolveu fazer alguns cursos e acabou ficando algumas posições abaixo da minha, mas eu não ligava e muito menos ele! Ele pareceu hesitar varias vezes antes de falar com uma voz fria e sem sentimentos.

 

- Eu...Eu tenho que lhe contar uma coisa.

 

Ouve uma longa pausa, e finalmente ele tomou coragem para continuar olhando nos meus olhos enquanto falava.

 

- Sabe meu colega de quarto? É um novo Cadente também, se chama Daniel. Ele sempre foi um bom homem,digno e  merecedor de respeito. Eu sempre o considerei como  um irmao pra mim, por isso sempre estive de olho para que ele não fosse no caminho errado da vida. Mas a uns dois ou três meses atrás ele vem mudando. Mudando radicalmente.

 

- Como assim Paul? Me explique isso direito. Talvez eu possa ajuda-lo.Talvez eu possa te ajudar.

 

- Bom eu nem sei como explicar isso, então vou direto ao ponto. Alguns dias atrás enquanto...

Sua voz falhou e eu dei uns tapinhas no seu ombro encorajando-o a continuar.

- Eu achei de tudo. Cocaína, maconha, craque, algumas outras injetáveis.

- Você tem certeza? Porque, quer dizer, isso é muito grave Paul. 

- Não sou louco General. So estou lhe contando isso porque tenho certeza absoluta do que vi.

Ele me contou tudo, a debilitação do colega, a reação dele quando lhe disse que já sabia da verdade, e também me falou com certa dificuldade quando o homem confessou-lhe que estava transportando drogas também. Quase cai pra trás. E prometi que o ajudaria na medida do possível. Eu realmente queria ajuda-lo sem ninguém ser prejudicado, mas eu duvidava que esse tal de Daniel saísse impune.

 

Eu tentei conversar com Daniel, mas nao tive sucess em nenhuma das minhas tentativas. Entao tive de forçar-me a denuncia-lo. Aquilo remoia meu coraçao, afinal uma das coisas que eu nunca vira e que preferia nunca ter visto eram as lagrimas que caiam pelo rosto de Paul, quando seu colega de quarto abandonou as Forças Armadas. Pensei que Paul ficaria bravo comigo e tudo mais, mas nao houve tempo para isso. Algumas semanas depois quando finalmente criei coragem para me desculpar e para me explicar com ele, houve uma explosao no campo de treinamento. Corri até o local e o encontrei muito ferido. Corremos até o ospital com ele, ligamos para a familia, mas apenas o seu filho mais velho chegou a tempo. Tom que na época tinha uns 10 ou 11 anos e estava acampando com uns colegas de classe numa reserva perto dali. Helena sua esposa estava com Bill o gemeo mais novo na casa de sua mae almoçando ja que Bill nunca fora muito chegado picadas de pernelongos.

 

Tom correu até o quarto do pai passando de baixo das pernas de todos os enfermeiros que tentavam o empedir. A cena seria até comica se nao fosse o desepero estampado na delicada face do garoto. Adentrou o quarto onde o pai estava e eu pude ver os dois se abraçando fortemente. Com os olhos marejados e com a voz muito fraca, quase num susurro disse:

 

Tom, eu te amo. Prometa-me uma coisa?

 

- Sim pai. - disse olhando na alma do homem.

 

- Protega seu irmao. Ele é seu bem mais precioso. Nao deixe que nada de ruim o aconteça. Eu ...Te amo filho.

 

Com essas palavras seus olhos se fecharam e sua respiraçao ficou quase imperceptivel. Sua mao pendeu na lateral da cama quando o rapazinho assustado se afastou do pai. Eu queria recomforta-lo, mas era melhor que ele enfrentasse a situaçao por si proprio.

 

Logo o menino se aproximou do corpo sem vida e o chamou segurando o rosto entre suas palmas:

 

- Pai?

 

Sem obter resposta o garoto agora chaqualhava-o pelos ombros suplicando por uma resposta, pedindo para que apenas abrisse os olhos. Revoltado, o garoto bate no peito do cadaver furiosamente, enquanto lagrimas molham o lençou que se estende sobre o  corpo. Seus berros sao houvidos por todo o hospital, e finalmente os enfeirmeiros e paramédicos foram aparta-lo. Quando o garoto ja estava em condiçoes me aproximei e tentei explicar o que havia acontecido e como seria de agora em diante, mas o jovem apesar de estar ali parecia nao houvir. Foi horrivel ver a reaçao de Bill e de Helena quando Tom resolveu contar-lhes a verdade. Um jovem corajoso levando em conta que acabara de ver o pai morrendo.

 

[Flashback Off]


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